2008/5/27 Olival Gomes Barboza Júnior <[EMAIL PROTECTED]>:
> Peraí!!! Eu estava só tirando onda da afirmação original de que devemos
> "louvar" quem constrói qualquer coisa com SL, sem levar em conta a cultura
> da empresa.

Ok ok, entendi ;-)

> E dê um google na opinião do pessoal do KHTML sobre a *qualidade* desses
> "retornos"... Vide o caso do KHTML e do Webkitt/WebCore. O fork da Apple foi
> tão violento que até hoje não conseguiram incorporar no KHTML as
> "contribuções" da Apple. Enfim, é uma discussão que dura anos e tem seus
> altos e baixos.

Entre ser um fork violento e ter má qualidade de código, vai um grande
caminho. Se você tentar incorporar as alterações do G-Forge no
Sourceforge, provavelmente não vá conseguir tb. Então, tem uma grande
diferença entre condenar um fork, e dizer que a empresa não devolveu
nada. Se não conseguiram ou quiseram aproveitar são outros 500, mas o
fonte está lá.

>> Engraçado vc mencionar isso mas não condenar o autor que vendeu os
>> direitos... cUPS!
>
> A idéia aqui foi só reforçar a minha afirmação sobre o tamanho do
> "portifólio livre" da Apple.

Neste caso, não entendi, porque comprar os direitos não tem nada a ver
com fechar o fonte ilegalmente de algo que era para ser livre. Se
compraram, pensa tb na parte ética do cara que vendeu os direitos de
algo que era livre para uma empresa conhecida por ter software e
práticas proprietárias. Acho que o pecado aí é tão grande quanto a MS
comprar os direito do Linux do Linus.

"Má empresa, coitadinho do programador que vendeu os direitos"...

> Mas, isso não significa melhoria àquilo que ela usa.

Ou seja, vc aí deve ter muitas contribuições feitas para os N
softwares livres que vc usa.

> Nem sequer colaboração pra valer.

Sim, fato, mas usar sem modificar não obriga a colaborar.

> Você lembra como eles cortaram o acesso ao código do Darwin
> quando mudaram a plataforma de PPC pra Intel? Lembra do triste destino do
> OpenDarwin?

Lembro, por isso o mundo deveria ter se mantido a usar o FreeBSD ao
invés de fazer festinha para o MacOS bonitinho dos ícones coloridinhos
e efeituzinhos especiais.

> Além disso, a Apple sempre teve (e terá enquanto o Jobs estiver à sua
> frente) uma cultura proprietária: vide o DRM da iTunes Music Store (e não se
> deixe enganar por aquela carta tardia do Jobs); vide as tentativas de usar o
> Trusted Computing no Mac OS; vide o recente SDK do iPhone e sua política
> altamente restritiva de construção de aplicações (que simplesmente impede a
> criação *legal* de aplicativos livres para a plataforma) e assim por diante.

Pois é, aí voltamos ao assunto do CUPS. Se o cara que criou era tão
pró-SL, porque vendeu para uma empresa sabidamente proprietária? Isso
me lembra o filme Nueve Reinas, onde o ator malandro faz proposta para
o outro.

" - Finge que isso aqui são 10.000 pesos. Você me daria a bunda?
- Claro que não
- 50.000
- Tá doido?
- Ok, 1.000.000,00
(momento constrangedor de silêncio)
- Viu? Todo mundo tem seu preço, a questão é achar quem pague."

Fica fácílimo críticar a empresa que ganha zilhões e zilhões, mas
criticar o cara que é o criador da coisa, que todo mundo idolatrou
durante anos, ser o cara que vira e fala na cara dele "seu porco! cadê
sua ética? custou qto?". Esse aí é mais difícil de encarnar...

> É mais ou menos como achar q o Port25 faz do Steve Ballmer um defensor do
> SL. ;-)

Puf... fala sério.
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