Em 30 de outubro de 2014 17:28, Alexandre Oliva <lxol...@fsfla.org> escreveu:
> On Oct 14, 2014, Marcelo Akira <marcelo.ak...@gmail.com> wrote:
>> O usuário de Software Proprietário não tem consciência da sua própria
>> prisão e não vai trocar para Software Livre enquanto a relação de prazer
>> não mudar. O que encanta o usuário comum é o valor que o software
>> proporciona.
> Desculpe, mas o argumento análogo sobre drogas seria que pessoas só
> deixariam de usar drogas se elas deixassem de lhes causar prazer, ou se
> algo ainda mais prazeroso surgisse. Mas há várias pessoas que evitam drogas, 
> não porque elas não lhes
> trariam um prazer imediato, mas porque entendem que o prazer imediato
> seria seguido de um desprazer imenso, e por isso conscientemente evitam
> as drogas.

O que eu disse é que uma das formas de fazer as pessoas mudarem para
software livre é mudar sua relação de prazer com o Software. Em vez de
usar a tática do medo do software proprietário, pode-se fazer com que
elas tenham prazer com software livre.Como? Proporcionando a
experiência da liberdade do software. Por exemplo, dou aula de redes e
estimulo meus alunos a melhorar software que dão permissão para
executar (L0); ler e alterar (L1); distribuir cópias (L2) ou versões
modificadas (L3). O prazer de experimentar as liberdades é muito
didático e convence muitos a mudarem de atitude e passam a valorizar
mais o software livre.

No entanto, o usuário leigo, que geralmente usufrui somente das
liberdades 0 e 2 do software, é muito mais difícil de mudar valores e
consequentemente sua relação de prazer. Ele deseja que sua necessidade
de curto prazo seja atendida: editar texto, pagar uma conta,
comunicar-se com um parente, compartilhar uma foto, etc.

Também não quis dizer que todo software livre não proporciona prazer.
O software livre, para ser popular, tem que compreender a visão do
usuário comum. Há exemplos de software livres que entendem bem os seus
usuários comuns: VLC, Mozilla Firefox, Reditt, etc.

> O mesmo pensamento, EMHO, vale para o software privativo: educação para
> que usuários saibam evitar o imenso desprazer que uso continuado e
> dependência provocam.  Requer mais força de vontade e o esforço para
> educar é maior, mas qual a alternativa?  Proibir o tráfico de drogas
> nunca funcionou, então não tenho muitas esperanças quanto ao possível
> sucesso de proibir o tráfico de software privativo ;-)

Você disse o correto: educar é o ponto-chave. Eu defendo que
poderíamos propor leis que seja proibido software privativo para
menores de idade. Mais ainda, que elas seja proporcionada educação em
que ela pode exercer as liberdades nos recursos educacionais que lhes
forem oferecidos: software, robótica, biotecnologia, química, etc. E
inclusive de serem protagonistas, participantes e críticos com o
conteúdo que recebem, podendo comentar e contribuir com seus próprios
artefatos didáticos para ajudarem seu próximo.

Abraços,
-- 
Marcelo Akira Inuzuka
(62) 9261-4004
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