Bem, não é o fim. Acho que o Anahuac anda exagerando às vezes... :D Uma coisa todos nós sabemos, e inclusive vem sendo discutido tanto nos canais IRC do servidor chat.freenode.net (principalmente #fsf e #gnu) quanto nos diversos fóruns dos projetos focados no respeito à filosofia: "É bom que as pessoas usem mais software livre, mesmo que com software não livre?" Sim, mas nós ativistas do software livre não podemos ser as pessoas a ensinar/recomendar/instalar/compartilhar/vender tais softwares não livres ou tais distribuições de sistemas não livres.
"Por quê?" Pois isso levanta toda uma questão de o quão nossas ações estão alinhadas com o movimento. "Mas se não auxiliarmos a sociedade a usar uma distribuição de sistema não livre que seja intermediária, como podemos fazer uma conversão em prol do software livre de/com sucesso?" Como já havia mencionado nos canais IRC, todos nós sabemos que diferentes membros da sociedade têm diferentes curvas de aprendizado e adaptação às coisas novas ou diferentes. Todas nós sabemos que existem três fases: 1. Pessoa usando a distribuição de sistema não livre de escolha dela (seja Windows, Mac OS, Android, CyanogenMod, iOS, ChromeOS, FirefoxOS, OpenWRT, Ubuntu, Fedora, Debian, Mint, SteamOS, NixOS, FreeBSD, e por ai vai). 2. Uma distribuição de sistema não livre é instalada. Esta distribuição supostamente seria um intermédio entre a fase (1) e uma distribuição de sistema livre similar. 3. Uma distribuição de sistema livre é instalada. Em todas as fases é possível instalar/ensinar/compartilhar/vender/recomendar dados funcionais livres (este termo é mais amplo, e inclui, o software). Mas na fase 2, um ativista do movimento político-filosófico do software livre não pode instalar/ensinar/compartilhar/vender/recomendar a distribuição de sistema não livre em si. Visto que tal ação *pode ser* interpretada como compromisso ruinoso (http://www.gnu.org/philosophy/compromise.html), falha em aplicar os critérios do software livre (http://www.gnu.org/philosophy/applying-free-sw-criteria.html), inclusão digital ruim (http://www.gnu.org/philosophy/free-digital-society.html), além de não garantir que a pessoa entenderá nossas ideias de forma correta. Podemos por exemplo, tomar uma das seguintes ações: a. Encontrar uma pessoa não ativista capaz de auxiliar. E sugerir que a pessoa "em conversão" entre em contato com a pessoa que encontramos, deixando bem claro que esta não é ativista do software livre, e que não há garantias de que o que ela recomendará estará alinhado ao nosso movimento. b. Deixar que a pessoa "em conversão" procure por uma pessoa capaz de auxiliar. Fazendo as mesmas observações descritas no item a. c. Sugerir para a pessoa "em conversão" para que a fase 2 seja pulada/ignorada. Esta sugestão vem com a possível impossibilidade da pessoa "em conversão" de se adaptar à forma com que a distribuição de sistema livre em questão trabalha. Para fins de transparência, sugere-se que esta possível dificuldade seja exposta à pessoa "em conversão". Eis minhas notas mais recentes sobre este problema: https://trisquel.info/en/forum/step-step-road-freedom-program#comment-94794 https://trisquel.info/en/forum/how-convice-others-use-foss#comment-95978 https://trisquel.info/en/forum/how-convice-others-use-foss#comment-95981 https://trisquel.info/en/forum/how-convice-others-use-foss#comment-95979
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