"Se a dúvida é sobre a rodovia ser pavimentada ou não todas as
rodovias não pavimentadas devem ser classificadas no máximo tertiary
ou unclassified ou track dependendo do estado da via."

Track não pode ser - isso já foi citado por aqui algumas vezes. Track
é para caminhos dentro de florestas ou dentro de fazendas, como os
caminhos que dão acesso às plantações. (E talvez para algumas
situações similares.)

Eu não acho que a classificação deva colocar as necessidades dos
caminhoneiros à frente das necessidades do público geral. Sem dúvida
os caminhoneiros são um público importante do OSM [1], mas não são o
único, nem o principal. Não há qualquer menção a eles nos arquivos
sobre os diversos valores de highway=*, nem no artigo principal sobre
highway=*.

"Se for olhar só para o chão delas ambas são primary mas se for olhar
o tráfego que elas carregam a primeira e o eixo de transporte de todo
o norte do RS na direção de Curitiba/SP e a outra é só uma estrada
usada pelos moradores locais das cidades por onde ela passa."

Isso pode ser fáci de afirmar nesse caso mas não se traduz
imediatamente numa regra genérica que possa ser aplicado à maioria dos
outros. Pelo menos não com essas palavras.

[1] http://wiki.openstreetmap.org/wiki/Maxheight_Map

2014-07-07 3:15 GMT-03:00 Gabriel Teixeira <gabrieldiegoteixe...@gmail.com>:
> Se a dúvida é sobre a rodovia ser pavimentada ou não todas as rodovias não
> pavimentadas devem ser classificadas no máximo tertiary ou unclassified ou
> track dependendo do estado da via. Por sinal eu notei que alguém classificou
> a Transamazônica como primary.
> O importante é que um caminhoneiro, por exemplo, quando for planejar a sua
> viagem ele vai querer rodar em uma rodovia onde ele vai poder rodar centenas
> de quilômetros sem ter que parar (isso custa especialmente caro em um
> caminhão) em uma região onde há serviços para quem faz viagens longas e não
> ter que passar dentro de centros urbanos onde o veiculo vai ter de fazer
> esquinas ou passar por rótulas apertadas aumentando o custo da viagem e
> arriscando acidentes. Eu não acho que eu sou o único aqui que consegue ver a
> diferença entre a BR-116 e a SC-449. Se for olhar só para o chão delas ambas
> são primary mas se for olhar o tráfego que elas carregam a primeira e o eixo
> de transporte de todo o norte do RS na direção de Curitiba/SP e a outra é só
> uma estrada usada pelos moradores locais das cidades por onde ela passa.
>
> Em 07/07/2014 02:49, "Fernando Trebien" <fernando.treb...@gmail.com>
> escreveu:
>
>> De fato o objetivo real nunca foi muito claro pra mim. Uma
>> classificação pode não fazer tanto sentido no Brasil onde há estradas
>> "importantes" com qualidade bastante variável. Classificar uma rodovia
>> federal não-pavimentada com uma classe "importante" pode (e certamente
>> vai) confundir (pra não dizer "enganar") alguns usuários do mapa
>> (particularmente os turistas, mas também com frequência os
>> brasileiros). Uma coisa é você afirmar que "todas as estradas
>> regionais são trunk" num país com estradas excelentes como a Alemanha,
>> outra é você querer afirmar isso (sem exceções) num país com
>> infraestrutura precária como o Brasil.
>>
>> Eu entendo o seu ponto de vista. No começo eu insistia para que todas
>> as federais brasilerias fossem motorway, todas as estaduais fossem
>> trunk, e as demais classes (primária, secundária, terciária, etc.)
>> fossem usadas apenas para o meio urbano. Mas depois de ver os mapas do
>> Ministério dos Transportes [1] e de revisar o texto no wiki do OSM, eu
>> fui facilmente convencido de que essa classificação é bem pouco útil
>> para o usuário final do mapa, além de não corresponder bem às
>> expectativas genéricas descritas no wiki do OSM.
>>
>> Eu ainda apoiaria essa minha visão original (com algumas diferenças) caso:
>> - a comunidade internacional concordasse que a classificação da via
>> tem como um dos seus objetivos principais poder exibir a via em
>> determinados níveis de zoom (nunca vi essa afirmação sendo feita no
>> fórum ou nas listas em inglês)
>> - as pessoas (inclusive você), além de classificar a via, também
>> mapeassem as características da via: maxspeed (que já influencia o
>> roteamento em praticamente todas as aplicações), lanes, shoulder,
>> surface e smoothness (que hoje não influenciam o roteamento, mas
>> poderiam [2], e já afetam a renderização pelo menos na camada
>> Humanitarian e em breve a camada principal OSM-Carto também)
>>
>> [1] http://www2.transportes.gov.br/bit/01-inicial/index.html
>> [2] https://github.com/DennisOSRM/Project-OSRM/pull/955
>>
>> 2014-07-07 1:06 GMT-03:00 Nelson A. de Oliveira <nao...@gmail.com>:
>> > 2014-07-07 0:12 GMT-03:00 Gabriel Teixeira
>> > <gabrieldiegoteixe...@gmail.com>:
>> >> Então poderia ser usado a definição por via preferencial. Uma trunk
>> >> seria
>> >> uma primary que tem preferencia sobre todas as outras rodovias primary.
>> >
>> > Mas isso não é objetivo.
>> > Quem olhar o mapa não vai saber o que é a rodo via.
>> >
>> > _______________________________________________
>> > Talk-br mailing list
>> > Talk-br@openstreetmap.org
>> > https://lists.openstreetmap.org/listinfo/talk-br
>>
>>
>>
>> --
>> Fernando Trebien
>> +55 (51) 9962-5409
>>
>> "Nullius in verba."
>>
>> _______________________________________________
>> Talk-br mailing list
>> Talk-br@openstreetmap.org
>> https://lists.openstreetmap.org/listinfo/talk-br
>
>
> _______________________________________________
> Talk-br mailing list
> Talk-br@openstreetmap.org
> https://lists.openstreetmap.org/listinfo/talk-br
>



-- 
Fernando Trebien
+55 (51) 9962-5409

"Nullius in verba."

_______________________________________________
Talk-br mailing list
Talk-br@openstreetmap.org
https://lists.openstreetmap.org/listinfo/talk-br

Responder a