Essa minha resposta deu "bounced back" e não sei se apareceu na lista.
Apenas peço que não seja censurada, não quero ter de repostá-la em tamanho
menor, aliás não quero ter de me repetir mais.

Em 8 de abril de 2012 17:23, Tony Marmo <marmo.t...@gmail.com> escreveu:

> Dois problemas:
>
> 1. O que marca a teologia medieval no ocidente é justamente a
> incompreensão ou má compreensão dos ensinamentos deixados pelos teólogos da
> patrística. O Papa, aliás, foi ex-comungado pelos Patriarcas do Oriente por
> ter escrito uma heresia. Foi um período de decadência para os estudos
> teológicos. Mas, em todo caso, jamais os católicos confundiram mágica com a
> religião cristã. Pessoas que têm preconceito contra o cristianismo costumam
> fazer essa confusão, a partir da leitura pessoal que fazem desses textos.
>
> A respeito disso: o *Malleus Maleficarum, *citado pelo sr, tem partes
> devotadas a explicar para as pessoas a diferença entre ciência e
> bruxaria. Diz claramente, por exemplo, que a arte de advinhar o futuro
> lendo folhas de chá ou a astrologia não são bruxaria, porque são ciências.
>
> Quanto a dizer que o espírito pode entrar por uma ventosa, por que em tese
> um espírito pode inclusive atravessar uma densa parede, lembro que também
> em ritual de exorcismo o padre o pode expulsar por um simples sopro.
>
> 2. O fato de que a prática fosse difundida e espalhada em livros nunca
> implicou que as pessoas realmente obtivessem cura. O que é documentado
> pelos médicos críticos da época é que, contra a recomendação da esmagadora
> maioria da literatura da época, essas técnicas deixavam as pessoas doentes
> e a insistência nelas levava até a morte.
>
> MAS, O MAIS IMPORTANTE: a medicina alopática historicamente descende
> justamente dessa medicina das sangrias e trepanações. E até que se provasse
> a inexistência dos quatro humores, eram esses os princípios gerais dessa
> medicina. Os princípios acabaram-se, mas as prescrições melhoradas
> continuam como soluções ad hoc. Ou seja, a medicina alopática se diz uma
> ciência, mas não tem leis gerais mais.
>
> O pior é que a lógica alopática é a mesma daquele tempo quando os médicos
> induziam gangrenas em feridos de guerra. Para quê induziam gangrenas? Para
> que pudessem amputar logo em seguida, acreditando que todo membro ferido
> tinha de invariavelmente ser amputado. Igualzinho hoje que o tratamento
> para diabetes implica a inutilização progressiva do pâncreas.
>
> Em 7 de abril de 2012 21:02, Manuel Doria <manueldo...@gmail.com>escreveu:
>
> A prática da trepanação com seu arcabouço teológico como eu descrevi é bem
>> documentada. Mágica, religião e medicina eram indistinguíveis durante
>> certos períodos históricos. O fato de escolásticos sofisticados não
>> endossarem dessas crenças não implica que não faziam parte do imaginário
>> popular; demônios como agentes patogênicos. Até hoje, mesmo no Brasil, essa
>> é uma crença muito comum (os "encostos" dos neopentecostais e os "espíritos
>> obsessores" e "ovóides" do espiritismo)
>>
>> http://www.salon.com/1999/04/29/trepanation/
>> http://www.skepdic.com/trepanation.html
>> http://www.trepanationguide.com/trepanation_across_cultures.htm
>>
>> Lendo o *Malleus Maleficarum* ou outro tratado de demonologia/feitiçaria
>> feito por inquisidores e teólogos medievais pode-se constatar a
>> multiplicidade de teses de como demônios enquanto agentes espirituais
>> podiam interagir fisicamente com seres humanos, incluindo relações sexuais:
>>
>> http://www.sacred-texts.com/pag/mm/
>>
>> Existia até uma teoria teratológica no *Malleus Maleficarum*, da
>> etiologia das deformidades de certos recém-nascidos. Eram o produto de
>> íncubus fertilizando mulheres através do sêmen coletando por súcubus.
>>
>> Se o "sopro divino" pode entrar pelas ventas, não vejo objeção teológica
>> à possibilidade de um "espírito maligno" sair por um buraco no crânio. O
>> dualismo de substância *folk* que milhões de pessoas no mundo ainda
>> acreditam consiste nisso, em um fantasma aprisionado em um corpo, que
>> flutua pelo ar após à morte.
>>
>> Curiosamente, trepanação continua sendo praticada para fins terapêuticos
>> ao redor do mundo, e exatamente com o mesmo discurso contra a "medicina
>> alopática ocidental"
>>
>> http://www.trepan.com/
>>
>> [ ]'s
>>
>>
>> 2012/4/7 Tony Marmo <marmo.t...@gmail.com>
>>
>>> Está errada a hipótese porque, como qualquer teólogo já sabia na época,
>>> demônios não entram ou saem por buracos. Aliás, a expulsão de demônios,
>>> para quem acreditava na existência deles, se faria por rituais de exorcismo
>>> que não se reduzem a procedimentos médicos.
>>>
>>> Está aí mais um exemplo de pessoas tirando conclusões falsas a partir do
>>> que elas não conhecem, deixando de compreender a ciência do seu próprio
>>> tempo.
>>>
>>> Em todo caso, não é verdade que para muita gente trepanação funcionou.
>>> Os historiadores da medicina modernamente não dão testemunho que técnicas
>>> como essa ou a sangria tenham de fato curado pessoas. Ao contrário, os
>>> médicos mais críticos que viveram nessas épocas relatam a invariável piora
>>> (morte ou complicação) dos pacientes. Sobreviviam os que paravam com esses
>>> tratamentos e buscavam outros. É claro que os médicos menos críticos
>>> costumavam repetir as técnicas utlizadas sem sucesso. É como hoje em dia os
>>> alopatas que nos receitam medicamentos de uso contínuo que só pioram nossas
>>> condições, ao invés de nos dar algo que nos livre delas.
>>>
>>> Em 7 de abril de 2012 14:45, Manuel Doria <manueldo...@gmail.com>escreveu:
>>>
>>>  Na Idade Média, a teoria da psicopatologia demonológica assertava que
>>>> enxaquecas eram causadas por demônios aprisionados no crânio, atormentando
>>>> a cabeça dos pobres cristãos.
>>>>
>>>> Uma previsão dessa teoria é se as enxaquecas deveriam cessar se
>>>> conseguíssemos remover os demônios aprisionados na caixa craniana. Para
>>>> tal, foi amplamente utilizado o método cirúrgico mais antigo da história da
>>>> humanidade: a trepanação, que consiste em abrir buracos na cabeça.
>>>>
>>>> Surpreendentemente, o procedimento funcionou para muita gente (ao menos
>>>> para os que não morreram de hemorragia!). Mas isso não foi uma confirmação
>>>> da demonologia. Essa entidade teórica é completamente supérflua
>>>> explicativamente na explicação causal de por quê a redução da pressão
>>>> intra-craniana obtida pela trepanação pode mitigar enxaquecas.
>>>>
>>>> [ ]'s
>>>>
>>>> 2012/4/7 Julio Stern <jmst...@hotmail.com>
>>>>
>>>>>
>>>>>
>>>>>  Tony:
>>>>>
>>>>> Usei a paravra metafisica em um sentido estritamente Aristotelico,
>>>>> isto eh, referindo se a explicacoes causais de porque algo eh como eh.
>>>>>
>>>>> Minha intencao foi apenas a de reduzir o escopo da discussao de
>>>>> modo a podermos (espero) eleger uma metodologia cientifica padrao.
>>>>>
>>>>> Antes de investigar Porque Homeopatia funciona (ou nao) creio que
>>>>> fariamos melhos de restringissemos a discussao a SE homeopatia
>>>>> funciona (ou nao). Este eh o objetivo de estudos clinicos controlados.
>>>>>
>>>>> Nao vejo problema algum em fazer um estudo em que se colete toda
>>>>> a informacao necessaria para que o homeopata faca seu diagnostico
>>>>> prescreva o tratamento adequado e faca o seu prognostico.
>>>>>
>>>>> Obviamente, a informacao que o medico e o paciente recebem deve
>>>>> limitada de modo a nao invalidar as Condicoes de Censura requeridas
>>>>> por estudos duplo (ou+) cegos.
>>>>>
>>>>>  ---Julio
>>>>>
>>>>>
>>>>>
>>>>>
>>>>>
>>>>>
>>>>>
>>>>>
>>>>>
>>>>>
>>>>>
>>>>>
>>>>> Date: Sat, 7 Apr 2012 13:47:13 -0300
>>>>> Subject: Re: [Logica-l] Homeopatia é ciência? Se funcionar, precisa
>>>>> ser ciência?
>>>>> From: marmo.t...@gmail.com
>>>>> To: jmst...@hotmail.com; logica-l@dimap.ufrn.br
>>>>>
>>>>> Desculpe, minhas referências não foram em metafísica e isso é claro.
>>>>>
>>>>>
>>>>> Mas, uma vez mais, os estudos homeopáticos começaram com experimentos,
>>>>> sob condições controladas, em que pessoas SAUDÁVEIS tomavam certas
>>>>> substâncias não-diluídas ou mesmo soluções homeopáticas, sem saber o
>>>>> propósito delas, e que após a ingestão apresentaram certos sintomas. Isto 
>>>>> é
>>>>> ciência experimental sim e relaciona causa e efeito. O próximo passo
>>>>> experimental é o uso do que foi testado em pessoas sanas, diluído ou não,
>>>>> agora como diluições em pessoas doentes que já tenham o quadro de 
>>>>> sintomas:
>>>>> se nessa segunda fase os sintomas desaparecem, então outra vez a relação
>>>>> causa e efeito está estabelecida.
>>>>>
>>>>>
>>>>> Pergunta se há experimentos feitos com placebo num grupo e no outro
>>>>> com o medicamento mesmo. Sim, isto é feito com grupos de pessoas sanas,
>>>>> geralmente. Os homeopatas fazem ensaios duplo-cegos, triplo-cegos também.
>>>>> Sempre fizeram, antes mesmo de muitos remédios alopáticos serem 
>>>>> inventados.
>>>>>
>>>>>
>>>>> Mas, veja bem e isso tem que ser entendido: quando os homeopatas fazem
>>>>> experimentos com pessoas sanas ou quando tratam doentes, a coleta dos 
>>>>> dados
>>>>> tem de levar em conta os parâmetros que eles buscam. Não basta falar em
>>>>> grupo A ou B: as características individuais dos membros de cada grupo
>>>>> também têm de ser anotadas com bases em critérios que eles usam para 
>>>>> traçar
>>>>> o perfil de cada paciente.
>>>>>
>>>>>
>>>>> Outro fator importante: a análise de um quadro clínico por um
>>>>> homeopata não fica completa se ele não tiver a informação com relação ao
>>>>> histórico familiar. Antes mesmo da genética avançar, eles já pesquisavam
>>>>> isso.
>>>>>
>>>>>
>>>>> Outro elemento que não pode faltar: a correlação entre sintomas, mesmo
>>>>> de sintomas que aparentemente não tenham nada a ver uns com os outros. É
>>>>> diferente quando duas pessoas supostamente têm a mesma doença, mas uma tem
>>>>> febre e a outra não, uma apresenta dor de cabeça, a outra não, quando uma
>>>>> têm períodos de piora à noite e outra durante o dia. A maioria desses
>>>>> parâmetros, os médicos alopatas em experimentos ou em tratamento
>>>>> simplesmente desconsideram. Por isso que, além das hipóteses serem
>>>>> diferentes na pesquisa homeopática, os parâmetros de busca dos alopatas 
>>>>> são
>>>>> muito diferentes dos que os homeopatas buscam.
>>>>>
>>>>>
>>>>> Em 7 de abril de 2012 13:20, Julio Stern <jmst...@hotmail.com>
>>>>> escreveu:
>>>>>
>>>>>
>>>>>
>>>>>
>>>>> Tony:
>>>>>
>>>>> Suas referencia foram exatamente sobre os topicos
>>>>> em que eu Nao estou interessado, isto eh,
>>>>> Metafisica = Explicacoes de "porque funciona".
>>>>>
>>>>> Gostaria de ter referencias sobre Ensaios Clinicos em
>>>>> Condicoes Controladas, ex: um ensaio Duplo-Cego com
>>>>> pelo menos um Braco de Controle (placebo ou tratamento padrao).
>>>>>
>>>>> Se nao ha estudos assim, ficarei desconfiado.
>>>>>
>>>>> Se confrontado com argumentos que justifiquem que
>>>>> "nao eh possivel" fazer estudos assim, devido a incompatibilidades
>>>>> filosoficas com a ciencia ocidental, tornar-me-ei muito cetico
>>>>> sobre este assunto (homeopatia).
>>>>>
>>>>> ---Julio (Stern)
>>>>>
>>>>>
>>>>>
>>>>>
>>>>>
>>>>> > Date: Sat, 7 Apr 2012 12:57:55 -0300
>>>>> > From: marmo.t...@gmail.com
>>>>> > To: botoc...@gmail.com; logica-l@dimap.ufrn.br
>>>>> > Subject: Re: [Logica-l] Homeopatia é ciência? Se funcionar, precisa
>>>>> ser ciência?
>>>>>
>>>>>
>>>>>
>>>>> >
>>>>> > João Marcos,
>>>>> >
>>>>> > [1] Não é método científico diferente, João Marcos. Os parâmetros a
>>>>> serem
>>>>> > buscados é que diferem e as hipóteses são diferentes. Aliás, isso eu
>>>>> nem
>>>>> > precisava explicar, porque está cristalino.
>>>>> >
>>>>> > [2] O argumento da autoridade é tido como uma falácia. Mas, ainda
>>>>> que não
>>>>> > seja, por que as autoridades confiáveis seriam justamente os
>>>>> > anti-homeopatas que não estudam o assunto e não os próprios
>>>>> homeopatas que
>>>>> > estudam o assunto? Por favor, então se houver um inimigo da
>>>>> > paraconsistência, a palavra final sobre a lógica paraconsistente é
>>>>> dele e
>>>>> > não sua? Desculpe, mas não é uma atitude racional teimar nesse
>>>>> preconceito
>>>>> > anti-homeopático, assim como os preconceitos teimosos contra a lógica
>>>>> > paraconsistente não têm nada de racional.
>>>>> >
>>>>> >
>>>>> > Em 7 de abril de 2012 12:51, Joao Marcos <botoc...@gmail.com>
>>>>> escreveu:
>>>>> >
>>>>> > > Tony:
>>>>> > >
>>>>> > > Por uma questão de princípios, não pode haver um "método científico
>>>>> > > alopático" e um "método científico homeopático". Não vou opinar
>>>>> sobre
>>>>> > > os "resultados experimentais" que abundam ou deixam de abundar,
>>>>> neste
>>>>> > > caso específico, pois esta não é a minha área de especialidade ---
>>>>> nem
>>>>> > > a área de especialidade desta lista de discussão (por isso mesmo,
>>>>> > > aliás, esta será minha última mensagem sobre este tema aqui).
>>>>> > >
>>>>> > > Quanto aos papers de "autoridades" sobre os quais eu porventura
>>>>> deva
>>>>> > > me debruçar, na sua opinião ou de algum outro colega, confesso que
>>>>> > > tenho preferência a priori por aqueles publicados em periódicos
>>>>> > > internacionais de "autoridade reconhecida", e de preferência
>>>>> > > periódicos que não sejam "simpáticos à causa" já no título.
>>>>> > >
>>>>> > > Disclaimer:
>>>>> > > Não trabalho para laboratórios estrangeiros nem escrevo aqui a
>>>>> mando
>>>>> > > da "ciência europeia".
>>>>> > >
>>>>> > > Joao Marcos
>>>>> > >
>>>>> > >
>>>>> > > 2012/4/7 Tony Marmo <marmo.t...@gmail.com>:
>>>>> > > >
>>>>> > > > João Marcos,
>>>>> > > >
>>>>> > > > Eu já apresentei uma referência de um físico que estudava
>>>>> assuntos
>>>>> > > > relacionados e apresentou resultados experimentais. No meu caso
>>>>> não foi
>>>>> > > > apenas relato pessoal. E não é culpa dos homeopatas, nem minha
>>>>> que das
>>>>> > > > várias publicações que eles têm todos os anos, de todas as
>>>>> pesquisas que
>>>>> > > há
>>>>> > > > 2 séculos eles fazem, outros não conheçam nada e ficam falando de
>>>>> > > > insuficiência de dados, de achismos. No meu caso não é.
>>>>> > > >
>>>>> > > > Em 7 de abril de 2012 09:59, Joao Marcos <botoc...@gmail.com>
>>>>> escreveu:
>>>>> > > >
>>>>> > > >> SIM, se a coisa (homeopatia, ou fusão a frio) realmente
>>>>> "funcionar"
>>>>> > > >> deve-se buscar uma explicação científica para isto. Não dá para
>>>>> > > >> trocar *ciência* por relatos pessoais, de fato, mas também não
>>>>> dá para
>>>>> > > >> trocá-la por espiritismo, hermetismo, ou mesmo por filosofia da
>>>>> > > >> ciência.
>>>>> > > >>
>>>>> > > >> JM
>>>>> > > >>
>>>>> > > >>
>>>>> > > >> 2012/4/7 Walter Carnielli <walter.carnie...@gmail.com>:
>>>>> > > >> > Colegas,
>>>>> > > >> >
>>>>> > > >> > ao invés de ficarem trocando "axismos", "gostimos", relatos
>>>>> pessoais
>>>>> > > >> > de cura e casos de causa-e-efeito duvidosos ou não, porque não
>>>>> > > >> > discutem tendo por base uma análise por um filósofo da ciência
>>>>> > > >> > competente, como nosso colega Silvio Seno Chibeni do DF-
>>>>> Unicamp?
>>>>> > > >> >
>>>>> > > >> >
>>>>> > > >> > "A Questão da Cientificidade da Homeopatia"
>>>>> > > >> > Silvio Seno Chibeni- Departamento de Filosofia - IFCH -
>>>>> Unicamp
>>>>> > > >> >
>>>>> > > >> >
>>>>> > > >> >
>>>>> > >
>>>>> http://www.mangolini.med.br/artigos/A%20Cientificidade%20da%20Homeopatia.pdf
>>>>> > > >> >
>>>>> > > >> > -----------------------------------------------
>>>>> > > >> > "A Homeopatia como Ciência: Uma Análise Filosófica"
>>>>> > > >> > Revista de Homeopatia (Associação Médica Homeopática
>>>>> Brasileira), n.
>>>>> > > >> > 4: 89-96, 2002.
>>>>> > > >> > Resumo:
>>>>> > > >> > Neste artigo recorre-se à filosofia da ciência, ramo da
>>>>> filosofia que
>>>>> > > >> > se ocupa da análise do conhecimento científico, para
>>>>> esclarecer
>>>>> > > >> > algumas questões relativas ao debatido tema da cientificidade
>>>>> da
>>>>> > > >> > homeopatia. Após traçar-se algumas distinções fundamentais
>>>>> entre tipos
>>>>> > > >> > de teorias científicas, mostra-se que, quando restrita ao seu
>>>>> nível
>>>>> > > >> > fenomenológico, a homeopatia apresenta uma estrutura teórica
>>>>> típica de
>>>>> > > >> > um ciência genuína. Salienta-se, no entanto, a necessidade de
>>>>> se
>>>>> > > >> > renovarem as pesquisas sobre as bases experimentais dessa
>>>>> teoria.
>>>>> > > >> > Discute-se, por fim, a questão distinta das explicações dos
>>>>> fenômenos
>>>>> > > >> > homeopáticos. Diversas confusões presentes tanto nas críticas
>>>>> como na
>>>>> > > >> > defesa da homeopatia são apontadas.
>>>>> > > >> > -------------------
>>>>> > > >> > A "penitência" do Ulisses Capozzoli em
>>>>> > > >> >
>>>>> > > >> >
>>>>> > >
>>>>> http://blogdasciam.blog.uol.com.br/arch2012-04-01_2012-04-07.html#2012_04-05_19_00_27-11592244-0
>>>>> > > >> >
>>>>> > > >> > na minha opinião é perigosa e apressada:
>>>>> > > >> > "Scientific American, refletindo talvez a maioria das
>>>>> opiniões no meio
>>>>> > > >> > científico, entende que homeopatia não é ciência"
>>>>> > > >> >
>>>>> > > >> > Já decretou?
>>>>> > > >> >
>>>>> > > >> > e mais
>>>>> > > >> >
>>>>> > > >> > "A fusão a frio foi um fiasco (reproduzido em várias partes
>>>>> do mundo)
>>>>> > > >> > pelos eletroquímicos Martin Fleischmann e o americano Stanley
>>>>> Pons, em
>>>>> > > >> > 1989."
>>>>> > > >> >
>>>>> > > >> > O CERN promoveu recentemente um colóquio sobre reações
>>>>> nucleares de
>>>>> > > >> > baixa energia
>>>>> > > >> >
>>>>> > > >> >
>>>>> > >
>>>>> http://newenergyandfuel.com/http:/newenergyandfuel/com/2012/03/26/cern-has-a-lenr-colloquium/
>>>>> > > >> >
>>>>> > > >> > Vejam também: Defense Intelligence Agency (DIA US) Report -
>>>>> Cold
>>>>> > > >> > Fusion "Gaining Acceptance"
>>>>> > > >> >
>>>>> http://www.youtube.com/watch?v=-XAR2GbIQ0M&feature=player_embedded#
>>>>> > > >> >
>>>>> > > >> >
>>>>> > > >> > Abs,
>>>>> > > >> >
>>>>> > > >> > Walter
>>>>> > > >> >
>>>>> > > >> >
>>>>> > > >> >
>>>>> > > >> > Em 7 de abril de 2012 08:44, Ricardo Pereira <
>>>>> rha...@gmail.com>
>>>>> > > >> > escreveu:
>>>>> > > >> >> Fala, Eduardo!
>>>>> > > >> >>
>>>>> > > >> >> 2012/4/6 Eduardo Ochs <eduardoo...@gmail.com>:
>>>>> > > >> >>> Oi Ricardo,
>>>>> > > >> >>>
>>>>> > > >> >>> acho que não há nenhuma chance de todo mundo aqui concordar
>>>>> com
>>>>> > > >> >>> relação ao seu ponto 1... sob o ponto de vista de alguns a
>>>>> gente tem
>>>>> > > >> >>> pelo menos duas curas passíveis de serem atribuídas à
>>>>> homeopatia: a
>>>>> > > do
>>>>> > > >> >>> Tony e a minha - uma sinusite crônica, que eu acabei não
>>>>> contando a
>>>>> > > >> >>> história -, mas sob o ponto de vista de outros nem estas...
>>>>> Por
>>>>> > > isto é
>>>>> > > >> >>> que eu já tinha desistido de qualquer possibilidade de
>>>>> consenso
>>>>> > > desde
>>>>> > > >> >>> o início, e em
>>>>> > > >> >>
>>>>> > > >> >> Bom...
>>>>> > > >> >> Se isso não for possível (ponto 1), realmente acho que não
>>>>> há muito o
>>>>> > > >> >> que discutir.
>>>>> > > >> >> Confesso que imaginava que poderíamos pelo menos chegar a um
>>>>> consenso
>>>>> > > >> >> sobre o procedimento-modelo a ser usado para tal atribuição,
>>>>> que a
>>>>> > > meu
>>>>> > > >> >> ver envolve teoria de probabilidades. Iss posto, nos
>>>>> restaria checar
>>>>> > > >> >> se as autoridades que respeitamos estão seguindo esse padrão
>>>>> mínimo
>>>>> > > de
>>>>> > > >> >> exigência.
>>>>> > > >> >>
>>>>> > > >> >> Observo, ainda, que como sociedade extremamente
>>>>> especializada, me
>>>>> > > >> >> parece que o desejável é que tivéssemos mecanismos simples
>>>>> para
>>>>> > > >> >> atribuir autoridade às fontes confiáveis (homeopáticas e
>>>>> > > >> >> não-homeopáticas), em vez de tentarmos nos tornar
>>>>> especialistas em
>>>>> > > >> >> todos os assuntos sobre que quisermos decidir. Apesar de já
>>>>> ter lido
>>>>> > > >> >> (há anos) bastante coisa sobre homeopatia, nunca me
>>>>> considerei um
>>>>> > > >> >> expert e, hoje, não conheço as novidades relativas a essa
>>>>> questão da
>>>>> > > >> >> eficiência.
>>>>> > > >> >>
>>>>> > > >> >>
>>>>> > > >> >> --
>>>>> > > >> >>
>>>>> > > >> >> []'s ...and justice for all.
>>>>> > > >> >>
>>>>> > > >> >> Ricardo Gentil de Araújo Pereira
>>>>> > > >> >> _______________________________________________
>>>>> > > >> >> Logica-l mailing list
>>>>> > > >> >> Logica-l@dimap.ufrn.br
>>>>> > > >> >> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l
>>>>> > > >> >
>>>>> > > >> >
>>>>> > > >> >
>>>>> > > >> > --
>>>>> > > >> > -----------------------------------------------
>>>>> > > >> > Prof. Dr. Walter Carnielli
>>>>> > > >> > Director
>>>>> > > >> > Centre for Logic, Epistemology and the History of Science –
>>>>> CLE
>>>>> > > >> > State University of Campinas –UNICAMP
>>>>> > > >> > 13083-859 Campinas -SP, Brazil
>>>>> > > >> > Phone: (+55) (19) 3521-6517
>>>>> > > >> > Fax: (+55) (19) 3289-3269
>>>>> > > >> > Institutional e-mail: walter.carnie...@cle.unicamp.br
>>>>> > > >> > Website: http://www.cle.unicamp.br/prof/carnielli
>>>>> > > >> > _______________________________________________
>>>>> > > >> > Logica-l mailing list
>>>>> > > >> > Logica-l@dimap.ufrn.br
>>>>> > > >> > http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l
>>>>> > > >>
>>>>> > > >>
>>>>> > > >>
>>>>> > > >> --
>>>>> > > >> http://sequiturquodlibet.googlepages.com/
>>>>> > > >> _______________________________________________
>>>>> > > >> Logica-l mailing list
>>>>> > > >> Logica-l@dimap.ufrn.br
>>>>> > > >> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l
>>>>> > > >
>>>>> > > >
>>>>> > >
>>>>> > >
>>>>> > >
>>>>> > > --
>>>>> > > http://sequiturquodlibet.googlepages.com/
>>>>> > >
>>>>> > _______________________________________________
>>>>> > Logica-l mailing list
>>>>> > Logica-l@dimap.ufrn.br
>>>>> > http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l
>>>>>
>>>>>
>>>>> _______________________________________________
>>>>> Logica-l mailing list
>>>>> Logica-l@dimap.ufrn.br
>>>>> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l
>>>>>
>>>>
>>>>
>>>
>>
>
_______________________________________________
Logica-l mailing list
Logica-l@dimap.ufrn.br
http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l

Responder a