Creio que como intelectuais, devemos sempre avaliar a coisa por este ponto, ora, porque você simplesmente não pega as teses da Filosofia Concreta, e as refuta, você não é capaz disto?
Acredite, será um ótimo exercício. Até que faça isso, tudo que disser é oco. Boa sorte. Em ter, 18 de set de 2018 às 05:25, Carlos Gonzalez <gonza...@gmail.com> escreveu: > Personalidades paranoicas (não confundir com esquizo-paranoicos) tem duas > características fundamentais: > 1) Delírio de grandeza > 2) Delírio de perseguição. > > As duas estão relacionadas, pois apessoa é perseguida devido à sua > pretendida grandeza, sendo dessa maneira injustiçada, segundo o seu > delírio. Uma maneira de efetuar essa perseguição é o ostracismo como > isolamento e desconhecimento. > Nesse sentido podem ser interpretados MFS e Olavo de Carvalho, > pretendidamente injustiçados pela academia que não quer reconhecer os > méritos que o seu delírio paranoico abraça. > MFS acreditava não que ele tinha feito uma contribuição à filosofia, mas > que tinha criado uma nova filosofia, a filosofia concreta, que era A > Filosofia, e que devia substituir a maior parte das erradas filosofias > anteriores. Nesse sentido escreveu livros e livros, parece que financiados > por ele próprio. > Mas não é tão verdade essa questão do ostracismo, isolamento, etc., porque > como conta o Cassiano e como a gente viveu com o Jeseé, periodicamente > aparecem pessoas que ficam seduzidas pelo carisma do MFS e tentam propagar > a sua obra, mas sem sucesso. Aqui em Uberlândia também está acontecendo > isso, de modo que parece que estamos vivendo mais uma ofensiva do MFS ou de > quem está atrás disso (eu vou tentar averiguar aqui a origem dessa onda > MFS), mas alguma pessoa que está tentando impor MFS é afim ao perenialismo > (philosophia perennis). > > Olha a perdida Wikipedia em português, na entrada "Filosofia concreta": > "A filosofia concreta é a filosofia de Mário Ferreira dos Santos > (1907-1968), que se caracteriza, sobretudo, pela tentativa de > metamatematizar a filosofia, dentro de um critério pitagórico, > compreendendo 258 teses com rigorosas demonstrações, de uma forma análoga à > geometria.[1] > Mário sustentou essa filosofia sobre critérios apodíticos, inteiramente > válidos para todas as ciências, evitando juízos assertóricos, válidos > apenas para algumas áreas do saber" > > Igual que no "caso Schreber" (um caso de paranoia) analisado por Freud, a > inspiração messiânica fica bastante clara. > > Para quem acredita, por motivos psicológicos ou outros, que a natureza e o > mundo tem uma ordem estrita, um discurso absolutista com tom messiânico que > promete fundamentar essa ordem é muito sedutor. > > Entretanto, no caso da biologia, o artigo > Sokal, R. R. (1985). The continuing search for order. The American > Naturalist, 126(6), 729-749. > analisa como esse desiderato de ordem é frequentemente frustrado, como as > críticas à classificação biológica do livro recomendado por mim num outro > e-mail. > E autores do anti essencialismo criticam a Árvore de Porfírio em diversos > sentidos: a sua unicidade, o conceito de categoria ou gênero supremo, o > conceito de forma ou infima specie, etc. > > Talvez a minha escolha da palava "charlatão" não tinha sido a mais > adequada. Nestas latitudes o primeiro que se vê é o sentido emotivo e > moral, minimizando o significado. "Maria foi na festa com um vestido de uma > horrível cor azul", o que mais pesa e "horrível", embora o interlocutor > fique perplexo quando peçam uma amostra qualquer de cor azul horrível. > > A minha ideia, ao contrário do Jeseé, não era xingar nem menosprezar, mas > um significado aproximado de: > "[Pejorativo] Aquele que se utiliza da boa-fé de alguém, geralmente, > fingindo atributos e qualidades que não possui, para obter (dessa pessoa) > quaisquer vantagens, ganhos, lucros etc.; impostor." > https://www.dicio.com.br/charlatao/ > > Segundo o velho ditado "é louco, mas não come vidro" poderíamos questionar > até que ponto é personalidade paranoica, até que ponto é enganação, mas > isso termina tendo pouca importância nestes casos. > > Mais relevante parece ser a pergunta: "porque Hitler teve apoio popular > massivo?". E porque seduzem tanto todos esses pequenos Hiltlers que > aparecem por aqui e por lá? > > Não sei se este e-mail é tão off-topic. > Afinal é uma reflexão sobre psicologia e antropologia da ciência. > > Carlos > > > 2018-09-16 13:23 GMT-03:00 Cassiano Terra Rodrigues < > cassiano.te...@gmail.com>: > >> Colegas, >> Apenas alguns relatos. Desculpem se me alongo desnecessariamente. >> Minha avó, quando se graduou em pedagogia pelo Instituto Itapetiningano >> de Ensino Superior, hoje praticamente inexistente, estudou o Parmênides de >> Platão pelo comentário de MFS. Legou-me esse volume, bem como os de >> Filosofia Concreta, dizendo "Não entendi nada, tomara q vc entenda, mas nem >> se preocupe em me contar, já passei da época". Lembro q ao lê-los minha >> impressão foi a de ter conhecido uma obra bestial, como dizem os lusitanos. >> Não consegui dizer isso à minha avó, falecida anteriormente e conforta-me >> pensar q ela foi poupada de mais esse conhecimento na vida (assumindo aqui >> certo tom nietzschiano, para quem o conhecimento pode ser um fardo). >> Hoje, na Wikipedia, li o seguinte: "Segundo Olavo de Carvalho >> <https://pt.wikipedia.org/wiki/Olavo_de_Carvalho>, Mário Ferreira dos >> Santos foi ostracizado <https://pt.wikipedia.org/wiki/Ostracismo> no >> meio acadêmico brasileiro, tendo sofrido uma espécie de boicote nas >> universidades brasileiras nas quais a vertente dominante era o materialismo >> dialético." >> Hj percebo q não tenho razões para rever minhas impressões de jovem >> estudante, ao reler a fórmula de abissal sapiência em lavra do referido >> MFS: "Alguma coisa há, e o nada absoluto não há". Fiquei descurioso em >> rever quais métodos da filosofia da matemática MFS usa para tratar de temas >> filosóficos. >> Resta ainda dizer q minha avó e Olavo de Carvalho certamente são >> autoridades a serem consideradas, mas em áreas diferentes, é claro, minha >> avó se era boa professora do primário e excelente fazedora de biscoitinhos >> de nata, jamais entendeu patavina de astrologia, apesar de em certa época >> andar com pirâmides de arame na cabeça (quem viveu nos anos de 1980 deve se >> lembrar dessa moda). >> >> Saudações, >> cass. >> >> -- >> -- >> Prof. Dr. Cassiano Terra Rodrigues >> Departamento de Humanidades - Divisão de Ciências Fundamentais >> Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) >> >> -- >> lealdade, humildade, procedimento >> >>> -- >> Você recebeu essa mensagem porque está inscrito no grupo "LOGICA-L" dos >> Grupos do Google. >> Para cancelar inscrição nesse grupo e parar de receber e-mails dele, >> envie um e-mail para logica-l+unsubscr...@dimap.ufrn.br. >> Para postar nesse grupo, envie um e-mail para logica-l@dimap.ufrn.br. >> Acesse esse grupo em >> https://groups.google.com/a/dimap.ufrn.br/group/logica-l/. >> Para ver essa discussão na Web, acesse >> https://groups.google.com/a/dimap.ufrn.br/d/msgid/logica-l/270f7917-abec-4745-90cd-4e83c0e6fbe8%40dimap.ufrn.br >> <https://groups.google.com/a/dimap.ufrn.br/d/msgid/logica-l/270f7917-abec-4745-90cd-4e83c0e6fbe8%40dimap.ufrn.br?utm_medium=email&utm_source=footer> >> . >> > > -- > Você recebeu essa mensagem porque está inscrito no grupo "LOGICA-L" dos > Grupos do Google. > Para cancelar inscrição nesse grupo e parar de receber e-mails dele, envie > um e-mail para logica-l+unsubscr...@dimap.ufrn.br. > Para postar nesse grupo, envie um e-mail para logica-l@dimap.ufrn.br. > Acesse esse grupo em > https://groups.google.com/a/dimap.ufrn.br/group/logica-l/. > Para ver essa discussão na Web, acesse > https://groups.google.com/a/dimap.ufrn.br/d/msgid/logica-l/CAGJaJ%2B-%2BhWV3wto3bsHKSjBY8Xn6Lc1_Ou49qzChKWYW%3DRrm%2Bw%40mail.gmail.com > <https://groups.google.com/a/dimap.ufrn.br/d/msgid/logica-l/CAGJaJ%2B-%2BhWV3wto3bsHKSjBY8Xn6Lc1_Ou49qzChKWYW%3DRrm%2Bw%40mail.gmail.com?utm_medium=email&utm_source=footer> > . > -- Você está recebendo esta mensagem porque se inscreveu no grupo "LOGICA-L" dos Grupos do Google. 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