oi Carlos

>Desculpa, mas eu não sei a que paper você está se referindo. Agradeço se
especificar.
Eu estava me referindo a discussao comecada pelo Rodrigo em
https://groups.google.com/a/dimap.ufrn.br/forum/#!topic/logica-l/KGfQ33Pp-7w
8 de outubro "a pior tentativa de explicar a hipotese do continuo"

abs
Valeria

On Fri, Jan 3, 2020 at 11:54 AM Carlos Gonzalez <gonza...@gmail.com> wrote:

> Valeria,
>
> Obrigado pelos comentários.
>
> Primeiro:
> " sao bem menores do que os do caso do paper sobre o axioma da escolha"
>
> Desculpa, mas eu não sei a que paper você está se referindo. Agradeço se
> especificar.
>
> Segundo:
> Existem em filosofia sérias discordâncias metodológicas.
> Queria colocar uma delas e gostaria de saber a posição dos membros da
> lista, em público ou em privado.
> Vamos lá.
> A prof. Kennedy afirma:
> "The axioms of PA include the commutative law of addition".
> E eu assinalo que essa afirmação é falsa, citando van Heijenoort.
>
> Verdade que a gente fala "axiomas de AP" como formando parte do folclore e
> aparecendo em manuais introdutórios.
> A autora não faz citação. Tratando-se de um artigo filosófico deveria
> citar alguma fonte, eu acho. Eu sou um pouco fanático de citações bem
> feitas: livro, número de página, por exemplo.
> Não estou discutindo se é ou não necessária, pois você fala:
> "comutatividade da adicao nao 'e necessaria?"
> Estou dizendo que não é enunciada como axioma na AP.
> Como se alguém falasse: "tem uma lata de cerveja na geladeira", mas não
> tem.
> Será um "pecado menor"?
>
> Então se eu falar, "existe um cardinal inacessível está entre os axiomas
> de ZF", também é um erro não muito sério?
>
> Para mim, é melhor citar de mais, que citar de menos. E facilita o
> trabalho científico e a crítica.
>
> Mas onde eu sou radical, é que um trabalho sério não pode fazer afirmações
> falsas porque esqueceu de verificar a citação.
>
> Não sei, gostaria de ver a posição dos colegas e que me falem se estou
> exagerando.
>
> Carlos
>
>
> On Thu, Jan 2, 2020 at 10:28 PM Valeria de Paiva <
> valeria.depa...@gmail.com> wrote:
>
>> Alo Carlos, e todos,
>>
>> Desculpe, mas eu nao acho que o artigo seja ruim nao.
>>
>> De novo, 'e escrito pra gente que nao 'e da area.
>>
>> Os "erros" nesse caso sao bem menores do que os do caso do paper sobre o
>> axioma da escolha. (comutatividade da adicao nao 'e necessaria? pecado
>> pequeno!)
>> Sao simplificacoes para facilitar o entendimento, me parece. como disse o
>> JM.
>>
>> A pergunta original do JM me parece bem interessante e a discussao que se
>> seguiu tb.
>> concordo completamente com o Hermogenes que
>> >Típico matemático clássico! Sempre que há uma bela e elegante
>> construção, substitui uma definição
>> existencial e alega um resultado mais geral e abstrato. ;-)
>>
>> E' claro que a uma certa altura, estamos discutindo o que individualmente
>> achamos mais claro ou mais elucidativo ou mais razoavel e ai as pessoas as
>> vezes nao convergem.
>>
>> eu concordo com o Rodrigo que:
>> >A representabilidade é relativa a uma nomeação das fórmulas.
>> e tb tambem q
>> > Por nomeação entendo uma atribuição de termos a fórmulas de modo
>> injetivo. Normalmente isso é chamado de godelizacao.
>> mas discordo de
>> >Sua questão deve ser entendida assim: mostre que há uma nomeação das
>> fórmulas tal que a diagonalização é representável com essa nomeação.
>>
>> quando a "prova" prossegue com
>> >Enumere as fórmulas que não são diagonalização com os termos para os
>> números primos.
>> e eu vou explicar pra um aluninho o que sao numeros primos, eu ja' uso
>> a aritmetica tradicional, como de costume.
>>
>> dai que concordo mais com:
>> >A codificação particular escolhida por Gödel é, de fato, inessencial,
>> como observou o próprio Gödel, e pode ser substituída,
>> eventualmente por versões melhores, sem qualquer prejuízo.  Porém, a
>> aritmetização em si me parece desempenhar um papel central.
>>
>> Enfim, sempre bom saber de maneiras de reformular as coisas que sejam ou
>> nao equivalentes.
>> aprendemos todos mais algumas coisas, ou pelo menos eu aprendi.
>>
>> mas a pergunta que o JM fez, que me parece a mais interessante 'e como a
>> gente define o que 'e uma codificacao melhor ou uma pior?
>> qual deve ser o criterio pra codificacoes?
>>
>> Acho que chamar a professora no caso de uma "impostora intelectual" 'e
>> pegar pesado.
>> mas de novo, isso 'e so' mimha opiniao.
>>
>> Meus melhores votos pra 2020,
>> Valeria
>>
>>
>>
>>
>> On Wed, Jan 1, 2020 at 2:16 PM Carlos Gonzalez <gonza...@gmail.com>
>> wrote:
>>
>>> Prezado JM e lista,
>>>
>>> Só agora que li o artigo em questão. O lado bom é que gerou uma
>>> discussão muito interessante na lista.
>>>
>>> Más o artigo é muito ruim, um lixo.
>>> Por exemplo:
>>> "Gödel’s own position. In remarking that “My theorems only show that the
>>> mechanization of mathematics . . . is impossible” (italics mine), Gödel was
>>> expressing the view that while the activity of the mathematician cannot be
>>> reduced to a set of computational rules, mathematics is nevertheless still
>>> decidable, meaning that the truth of any mathematical proposition can, at
>>> least in principle, be decided one way or another, by human beings"
>>>
>>> :-) Deve estar usando a famosa regra super-indutiva: "se existe um x tal
>>> que P(x), então para todo x vale P(x)"
>>> -----> como a atividade do matemático não pode ser reduzida a um
>>> conjunto de regras computacionais, nunca é decidível, de modo que a verdade
>>> de 2+2=4 deve ser decidida por seres humanos <-----
>>> Non sequitur!
>>>
>>> "In ordinary language, consider, say, a system with a fixed finite
>>> alphabet together with some simple axioms describing the behaviour of the
>>> natural numbers 0, 1, 2 . . "
>>>
>>> "In ordinary languaje" os números naturais são bem, mas muito bem
>>> comportados. A aritmética de Presburger descreve ou não o comportamento dos
>>> número naturais?
>>>
>>> Só para evitar outro erro comum: as fórmulas indecidíveis tem de ter
>>> variáveis e o seu prefixo mínimo é "para todo x existe y para todo z". Para
>>> as fórmulas sem variáveis, AP é completa e decidível. Também para fórmulas
>>> com prefixo "para todo x existe y" e "existe x para todo y". Ackermann
>>> trabalhou muito para mostrar fragmentos da lógica de primeira ordem que são
>>> decidíveis, dando início ao que depois foi o método de eliminação de
>>> quantificadores de Tarski.
>>>
>>> "The axioms of PA include the commutative law of addition"
>>> Por favor, me ajudem a encontrar a lei da comutatividade da adição!
>>> P. ex., na página 94 do livro de van Heijenoort.
>>> Eu nunca vi na minha vida alguém escrever os axiomas de AP e colocar
>>> a comutatividade da adição.
>>>
>>> Várias outras críticas foram feitas por colegas na discussão desse
>>> artigo.
>>>
>>> Mas acho que os mal-entendidos dessa senhora são tão básicos que
>>> dificilmente seja interessante continuar discutindo esse artigo.
>>> Repito, entretanto, que várias contribuições da discussão nesta lista
>>> são muito esclarecedoras e devem ser tomadas em séria consideração.
>>>
>>> Com relação à senhora Juliette Kennedy, talvez seja conveniente pensar
>>> seriamente em abandonar a filosofia da matemática.
>>>
>>> O capítulo 10 do livro "Imposturas intelectuais" de Sokal e Bricmont
>>> trata sobre os abusos usando o Teorema de Gödel e a Teoria de Conjuntos.
>>> Mas parece que isso é um história de nunca acabar.
>>>
>>> Colegas: sintam-se a vontade para assinalar erros e mal-entendidos meus.
>>>
>>> Carlos
>>>
>>> Off topic: Décadas atrás, Roberto Cignoli era diretor da Revista da
>>> Uniión Matemática Argentina. Pediu-me para fazer uma resenha do livro "El
>>> Teorema de Gödel", de Emilio Díaz Estévez.
>>> Eu tomei o trabalho muito seriamente, anotando num caderno muitos erros
>>> básicos de lógica que continha o livro.
>>> Mostrei para Cignoli, que falou: "Si ese tipo no entendió nada de
>>> lógica, entonces no vale la pena publicar una reseña."
>>> Nunca foi publicada la resenha na revista de UMA e longas horas de
>>> trabalho minhas foram perdidas.
>>>
>>>
>>>
>>>
>>>
>>>
>>>
>>> On Wed, Dec 18, 2019 at 1:32 PM Joao Marcos <botoc...@gmail.com> wrote:
>>>
>>>> Kurt Gödel and the mechanization of mathematics
>>>> - Juliette Kennedy discusses Kurt Gödel’s Incompleteness Theorems: the
>>>> ingenious proofs and enduring impact
>>>> https://www.the-tls.co.uk/articles/kurt-godel-incompleteness-theorems/
>>>>
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>>>> JM
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>> Valeria de Paiva
>> http://vcvpaiva.github.io/
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