Se o sujeito B agir conforme o caso clássico, para n portas, as chances do
sujeito A aumentam de 1/n para 1 - 1/n (as chances de A errar na primeira
escolha de porta). Nas vezes em que A errar na primeira, trocar de porta
levará A ao carro. Se acertar de primeira, bem, é claro que trocar não
ganha.
Agora, se B não souber onde está o carro e começar a abrir portas que não
sejam a escolhida por A até restarem 2 portas fechadas, para A tanto faz
trocar, pela mesma razão: cometer um erro e trocar de porta não lhe
garantirá um carro. Esta última parte ainda não é muito clara pra mim.

Em 31 de agosto de 2011 21:04, Ralph Teixeira <ralp...@gmail.com> escreveu:

> Oi, Douglas. Vamos lah.
> 2011/8/31 <douglas.olive...@grupoolimpo.com.br>
>
>> **
>>
>> Olá, gostaria de saber como se faz a seguinte questão:
>>
>> 1) Existem 100 portas numeradas de 1 a 100, atrás de 99 delas existe um
>> burro, e em uma delas existe um carro, um rapaz começa a abrir as portas,
>> sabendo que ele abriu 98 delas e em todas havia um burro, qual a
>> probabilidade de que na outra ele encontre o carro?
>>
>
> Olha, do jeito que voce enunciou o problema, nao faz sentido. Como assim
> "na outra" -- ainda ha 2 portas fechadas, neh? Do jeito que voce enunciou, a
> resposta eh 50% para cada uma das duas portas restantes (pressupondo que o
> carro tinha a mesma chance de estar em qualquer porta no comeco).
>
> Agora, talvez voce queira o problema classico de Monty Hall, cujo
> enunciado preciso eh assim:
> i) 100 portas numeradas de 1 a 100, o carro tem inicialmente a mesma chance
> de estar em qualquer uma delas;
> ii) Um "participante" A (que nao sabe onde estah o carro) escolhe uma
> porta, mas nao a abre;
> iii) Um "rapaz" B abre 98 portas seguindo as regras:
>  -- B NUNCA abre a porta que A escolhera;
>  -- B NUNCA abre a porta do carro.
>  -- Se B ainda assim tiver alguma escolha (o que eh raro -- soh acontece se
> A escolheu o carro de primeira!), ele escolhe 98 portas com burros,
> aleatoriamente, para abrir.
> (Note que, para estas regras serem seguidas, B tem que SABER onde estah o
> carro!)
> iv) Neste momento, qual a chance da porta que A escolheu ter o carro? Qual
> a chance da outra porta fechada ter o carro?
>
> Com este enunciado, as respostas sao 1/100 e 99/100 respectivamente. Era
> este o problema que voce tinha em mente?
>
> ---///---
>
>
>>  2) Num concurso de música, eistem 3 jurados, e um publico geral, e esses
>> jurados aprovam ou não um candidato conforme a opinião do público e a tabela
>> abaixo
>>
>>
>>
>> público geral    jurado 1 /   jurado 2/  jurado 3
>>
>> aprova               50%             75%           80%
>>
>> não aprova         50%             40%            25%
>>
>>
>>
>> qual a diferença entre as probabilidades de um candidato ser aprovado caso
>> o público geral o aprove e caso o público geral não o aprove??
>>
>>
>>
> Esta tabela nao esta muito clara para mim... Vou supor que estes
> numeros significam o seguinte:
>
> -- Dado um candidato aprovado pelo publico; ele tem 50% de chance de ser
> aprovado pelo jurado 1, 75% de chance de ser aprovado pelo jurado 2, e 80%
> de chance de ser aprovado pelo jurado 3.
> -- Dado um candidato nao aprovado pelo publico, ele tem 50% de chance de
> ser aprovado pelo jurado 1, 40% de chance de ser aprovado pelo jurado 2, e
> 25% de chance de ser aprovado pelo jurado 3.
>
> A outra coisa que nao estah clara: o que eh necessario para um candidato
> ser "aprovado"? Unanimidade, ou maioria?
>
> Entao, vou fazer as seguintes hipoteses adicionais:
>  i) O candidato eh aprovado se pelo menos 2 dos jurados o aprovam, e eh
> soh. O voto do publico nao conta diretamente (mesmo que, indiretamente, o
> publico afete a decisao dos jurados)
> ii) Outra hipotese que se faz necessaria: vou supor que, apos o publico ter
> votado, as decisoes dos jurados sao independentes entre si. Note que esta
> hipotese eh sutil, e usualmente nao verdadeira! Usualmente, se o candidato
> eh bom, ele tem uma maior chance de ser aprovado; entao, o fato de que o
> jurado 2 aprovou eh uma indicacao de que o candidato eh bom, o que afeta a
> probabilidade do jurado 3 aprova-lo! Entao a gente precisaria de varias
> outras probabilidades condicionais para terminar o problema... A hipotese de
> independencia eh como se os jurados NAO olhassem para o candidato, nem uns
> para os outros; por assim dizer, eles veem a reacao do publico, e jogam uma
> moeda (enviesada) para decidir se aprovam ou nao o candidato.
>
> Bom, entao, vou usar J1 para indicar o evento "Jurado 1 APROVA" (idem para
> J2 e J3):
>
> -- Se o publico aprova, a probabilidade de pelo menos 2 jurados aprovarem o
> candidato eh:
> p(J1 e J2) + p(J2 e J3) + p(J1 e J3) - 2 p(J1 e J2 e J3) =
> (0.5)(0.75)+(0.75)(0.80)+(0.5)(0.8)-2(0.5)(0.75)(0.8)=77.5%
> (O "-2" eh necessario pois, nos 3 primeiros termos, contamos 3 vezes o
> candidato que eh aprovado por todos os 3 jurados - descontamos 2 para
> conta-lo uma vez)
> (Note como eu usei fortemente a independencia de J1, J2 e J3 ao trocar "e"
> por produtos de probabilidades)
>
> -- Se o publico nao aprova...
> Idem  = (0.5)(0.4)+(0.4)(0.25)+(0.5)(0.25)-2(0.5)(0.4)(0.25)=32.5%
>
> Abraco,
>      Ralph
>



-- 
Sinceramente,
Francisco Costa D. Barreto

Responder a