Re: [PSL-Brasil] Distribuição Linux Livre
2008/6/12 Gustavo Noronha Silva [EMAIL PROTECTED]: On Wed, 2008-06-11 at 09:13 -0300, Marcus de Vasconcelos Diogo da Silva wrote: ps.: alongamento dessa discussão sem encaminhamentos práticos o melhor seria off lista. Eu nunca espero encaminhamento prático numa discussão aqui. Senti nesta sua frase um certo desprezo pela utilidade da lista, me senti na obrigação de expressar meu ponto-de-vista :-( Na minha humilde opinião, acho que esta lista tem um sentido mais didático do que prático. Levei 6 meses para postar minha primeira mensagem, lendo cada uma das mensagens que passavam aqui. Li pontos-de-vista diferentes e debates bons e outros ruins, alguns calorosos com informações pessoais que geravam ruído, mas que filtrando dava para tirar muitas idéias boas. Mesmo tendo um bom tempo nesta lista, continuo achando que ela é muito útil, rolam informações valiosas aqui e acho que continuo aprendendo e de vez em quando ensinando. Essa é a relação que tenho e espero com as pessoas daqui :-) Sobre os encaminhamentos práticos, não dá para mensurar diretamente, pois as ações que cada um realiza localmente nem sempre tem retorno da divulgação de seu resultado. Acho que de certa forma procuro ser um bom ativista de SL nas redondezas onde moro, onde eu tenho melhores condições de atuar. E acho que o que leio aqui ajuda muito no direcionamento de minhas ações. E considero que qualquer um que espere um sonhador =). Não acredito que seja só um sonho. A lista também tem um sentido de articulação para a ação. Alguns encaminhamentos práticos partiram daqui: 1) Revisão da lei goiana de Software Livre: participaram Oliva, Nanda e o prof. Pedro Rezende. Apesar de não estar sendo aplicada, pelo menos ela foi aprovada pelos órgãos competentes. 2) Participação da comunidade na revisão das palestras do FISL: partiu daqui uma reclamação geral de falhas na seleção de trabalhos do FISL, que tinha que ter maior participação da comunidade. Pode ser especulação, mas parece que teve efeito no último FISL; Ainda estamos muito aquém do que esta comunidade pode oferecer. Temos potencial de fazer muito mais. Se revisarem a lista de assinantes, encontrarão pessoas muito boas, excelente ativistas do SL e que tem competência para realizar ações locais com resultado prático. Mas não espere unanimidade ou coordenação centralizada, cada um aqui tem personalidade forte e muitas vezes contrárias. Alguém que queira mobilizar a maioria terá que ser muito convincente para mostrar que vale a pena ser levado a sério. Nosssa forma de operação parece ser um pouco com a Ética Hacker, discutida aqui recentemente. Acho que através da lista do PSL-Brasil eventos foram divulgados, notícias e assuntos polêmicos foram discutidos e iniciativas de projetos (ações) foram esclarecidas. Isso não é ação direta e nem ação coordenada, mas pode ser interpretada como alinhamento de pensamentos, mobilização para ações e aprendizado. Abraços, -- Marcelo Akira Inuzuka http://akira.sistemasabertos.com.br (62) 32851100-novo, (62) 84045272 ___ PSL-Brasil mailing list PSL-Brasil@listas.softwarelivre.org http://listas.softwarelivre.org/mailman/listinfo/psl-brasil Regras da lista: http://twiki.softwarelivre.org/bin/view/PSLBrasil/RegrasDaListaPSLBrasil
Re: Re: [PSL-Brasil] Distribuição Linux Livre
+1 Marcelo Muito foi feito e muito mais pode ser feito. Por exemplo, as aulas do Oliva pela lista são verdadeiras teses de mestrado :). Eu sempre busco ler o que ele escreve. O que mais me doi não é ter essa afirmação pois a galera do sp tá doida que aconteça. Mas é ter essa afirmação de uma figura muito importante para muitos que é o Gustavo Noronha. Só que ele não é o único discrente, tem muitos outros assim por aqui. Tem como reverter? Eita já virou outro tópico totalmente diferente. Ainda to precisando de muitas outras aulas do Faw :) (outro que eu sempre busco ler)Em 23/06/2008 às 10:01, psl-brasil@listas.softwarelivre.org; escreve:2008/6/12 Gustavo Noronha Silva <[EMAIL PROTECTED]>: Eu nunca espero encaminhamento prático numa discussão aqui. Senti nesta sua frase um certo desprezo pela utilidade da lista, me senti na obrigação de expressar meu ponto-de-vista :-( Na minha humilde opinião, acho que esta lista tem um sentido mais didático do que prático. Levei 6 meses para postar minha primeira mensagem, lendo cada uma das mensagens que passavam aqui. Li pontos-de-vista diferentes e debates bons e outros ruins, alguns calorosos com informações pessoais que geravam ruído, mas que filtrando dava para tirar muitas idéias boas. Mesmo tendo um bom tempo nesta lista, continuo achando que ela é muito útil, rolam informações valiosas aqui e acho que continuo aprendendo e de vez em quando ensinando. Essa é a relação que tenho e espero com as pessoas daqui :-) Sobre os encaminhamentos práticos, não dá para mensurar diretamente, pois as ações que cada um realiza localmente nem sempre tem retorno da divulgação de seu resultado. Acho que de certa forma procuro ser um bom ativista de SL nas redondezas onde moro, onde eu tenho melhores condições de atuar. E acho que o que leio aqui ajuda muito no direcionamento de minhas ações. E considero que qualquer um que espere um sonhador =). Não acredito que seja só um sonho. A lista também tem um sentido de articulação para a ação. Alguns encaminhamentos práticos partiram daqui: 1) Revisão da lei goiana de Software Livre: participaram Oliva, Nanda e o prof. Pedro Rezende. Apesar de não estar sendo aplicada, pelo menos ela foi aprovada pelos órgãos competentes. 2) Participação da comunidade na revisão das palestras do FISL: partiu daqui uma reclamação geral de falhas na seleção de trabalhos do FISL, que tinha que ter maior participação da comunidade. Pode ser especulação, mas parece que teve efeito no último FISL; Ainda estamos muito aquém do que esta comunidade pode oferecer. Temos potencial de fazer muito mais. Se revisarem a lista de assinantes, encontrarão pessoas muito boas, excelente ativistas do SL e que tem competência para realizar ações locais com resultado prático. Mas não espere unanimidade ou coordenação centralizada, cada um aqui tem personalidade forte e muitas vezes contrárias. Alguém que queira mobilizar a maioria terá que ser muito convincente para mostrar que vale a pena ser levado a sério. Nosssa forma de operação parece ser um pouco com a Ética Hacker, discutida aqui recentemente. Acho que através da lista do PSL-Brasil eventos foram divulgados, notícias e assuntos polêmicos foram discutidos e iniciativas de projetos (ações) foram esclarecidas. Isso não é ação direta e nem ação coordenada, mas pode ser interpretada como alinhamento de pensamentos, mobilização para ações e aprendizado. Abraços, -- Marcelo Akira Inuzuka http://akira.sistemasabertos.com.br (62) 32851100-novo, (62) 84045272 ___ PSL-Brasil mailing list PSL-Brasil@listas.softwarelivre.org http://listas.softwarelivre.org/mailman/listinfo/psl-brasil Regras da lista: http://twiki.softwarelivre.org/bin/view/PSLBrasil/RegrasDaListaPSLBrasil ___ PSL-Brasil mailing list PSL-Brasil@listas.softwarelivre.org http://listas.softwarelivre.org/mailman/listinfo/psl-brasil Regras da lista: http://twiki.softwarelivre.org/bin/view/PSLBrasil/RegrasDaListaPSLBrasil
Re: [PSL-Brasil] Distribuição Linux Livre
On Mon, 2008-06-23 at 10:03 -0300, Marcelo Akira wrote: 2008/6/12 Gustavo Noronha Silva [EMAIL PROTECTED]: On Wed, 2008-06-11 at 09:13 -0300, Marcus de Vasconcelos Diogo da Silva wrote: ps.: alongamento dessa discussão sem encaminhamentos práticos o melhor seria off lista. Eu nunca espero encaminhamento prático numa discussão aqui. Senti nesta sua frase um certo desprezo pela utilidade da lista, me senti na obrigação de expressar meu ponto-de-vista :-( Se eu desprezasse a utilidade da lista eu acho que o caminho certo seria usar o unsubscribe =). O que quis dizer é que diversas vezes se tentou alterar a natureza da lista (e do grupo) de um espaço de discussão para algo mais organizado e formal, e isso nunca foi possível, e eu acho que nunca será. A diversidade é muito grande, e não há unidade de objetivos e meios o suficiente para esperar que uma posição única seja conseguida, ou que uma ação coordenada tenha legitimidade para se dizer 'da PSL-Brasil'. A lista também tem um sentido de articulação para a ação. Alguns encaminhamentos práticos partiram daqui: Mas como iniciativas individuais, sempre. E eu acho que deve ser assim mesmo. Abraço, -- Gustavo Noronha Silva [EMAIL PROTECTED] Debian Project signature.asc Description: This is a digitally signed message part ___ PSL-Brasil mailing list PSL-Brasil@listas.softwarelivre.org http://listas.softwarelivre.org/mailman/listinfo/psl-brasil Regras da lista: http://twiki.softwarelivre.org/bin/view/PSLBrasil/RegrasDaListaPSLBrasil
Re: [PSL-Brasil] Distribuição Linux Livre
On Jun 17, 2008, Felipe Augusto van de Wiel (faw) [EMAIL PROTECTED] wrote: On 15-06-2008 19:43, Alexandre Oliva wrote: O 'responder várias vezes' é recomendado como uma prática justamente para possibilitar dividir as sub-discussões e evitar mensagens quilométricas sobre vários temas distintos. Eu ainda não aprendi a fazer isso, mas é boa prática, não algo de que reclamar, muito menos atribuir a má fé ou desleixo. Pode muito bem ser que você tenha tido experiências em que esse foi o caso, mas acho que não se justifica banir uma boa prática só porque há maus usos que se parecem com ela. Há uma diferença entre múltiplas respostas pra separar temas e múltiplas respostas pra completar respostas mal escritas. Foi exatamente o que eu ressaltei, justamente porque sua recomendação fazia parecer que os dois casos eram o mesmo. Ainda bem que você concorda. -- Alexandre Oliva http://www.lsd.ic.unicamp.br/~oliva/ Free Software Evangelist [EMAIL PROTECTED], gnu.org} FSFLA Board Member ¡Sé Libre! = http://www.fsfla.org/ Red Hat Compiler Engineer [EMAIL PROTECTED], gcc.gnu.org} ___ PSL-Brasil mailing list PSL-Brasil@listas.softwarelivre.org http://listas.softwarelivre.org/mailman/listinfo/psl-brasil Regras da lista: http://twiki.softwarelivre.org/bin/view/PSLBrasil/RegrasDaListaPSLBrasil
Re: [PSL-Brasil] Distribuição Linux Livre
-BEGIN PGP SIGNED MESSAGE- Hash: SHA1 On 15-06-2008 19:43, Alexandre Oliva wrote: Oi, FAvdW, E tem gente que chora quando dizem Linux... Além do conselho que você deu sobre tom, concordo também com o que você escreveu a respeito das boas práticas, com exceção de um detalhe: On Jun 14, 2008, Felipe Augusto van de Wiel (faw) [EMAIL PROTECTED] wrote: * explosão temática: acontece pelas mistura de múltiplos assuntos e temas escalando a conversa sem dividí-la em sub-discussões mais objetivas; ou com pessoas que respondem várias vezes a mesma mensagem por que não escreveram um texto completo e vão adicionando parágrafos à medida que vão respondendo. O 'responder várias vezes' é recomendado como uma prática justamente para possibilitar dividir as sub-discussões e evitar mensagens quilométricas sobre vários temas distintos. Eu ainda não aprendi a fazer isso, mas é boa prática, não algo de que reclamar, muito menos atribuir a má fé ou desleixo. Pode muito bem ser que você tenha tido experiências em que esse foi o caso, mas acho que não se justifica banir uma boa prática só porque há maus usos que se parecem com ela. Há uma diferença entre múltiplas respostas pra separar temas e múltiplas respostas pra completar respostas mal escritas. Na primeira a prática é boa pra dividir a thread e é interessante fazer isso, incluindo renomear os títulos das mensagens para facilitar a discussão e transmitir a idéia da separação/divisão. Na segunda o remetente manda uma mensagem só com uma gargalhada e aí começa o ciclo: - 5min depois manda outra dizendo que esqueceu de comentar sobre A; - 10min depois manda outra fazendo algum comentário aleatório; - 15min depois corrige o texto porque esqueceu de revisar e a frase ficou completamente sem sentido; - 30min depois escreve de novo arrumando o parágrafo que ficou incompreensível por causa da pressa e desespero pra mandar o e-mail e aproveita pra comentar sobre o item B totalmente desconexo ao assunto central da mensagem; - 40min depois escreve de novo comentando que falou com o amigo dele e que mudou de opinião sobre A, mas que B ainda vale e comenta sobre C. - 60min depois manda um AOL pra alguma outra mensagem que corrigiu os vários pontos que ele omitiu, ocultou, esqueceu ou entendeu errado. No segundo caso, o correto teria sido refletir e montar uma resposta concisa sobre o tema, até mesmo uma mensagem com OT apontando pra uma entrada no blog dele com uma abordagem mais cômica ou uma referência que ele fez numa outra lista sobre algo que motivou outra discussão baseada na mensagem original. Abraço, - -- Felipe Augusto van de Wiel (faw) Debian. Freedom to code. Code to freedom! -BEGIN PGP SIGNATURE- Version: GnuPG v1.4.6 (GNU/Linux) Comment: Using GnuPG with Mozilla - http://enigmail.mozdev.org iD8DBQFIV8PBCjAO0JDlykYRAu4NAJ9bBXoJCGAH/U5tRPOSl/kKxXsnQwCg04pg pE1J+AEDQoA+E17OiA6KpR8= =bxzI -END PGP SIGNATURE- ___ PSL-Brasil mailing list PSL-Brasil@listas.softwarelivre.org http://listas.softwarelivre.org/mailman/listinfo/psl-brasil Regras da lista: http://twiki.softwarelivre.org/bin/view/PSLBrasil/RegrasDaListaPSLBrasil
Re: [PSL-Brasil] Distribuição Linux Livre
Oi, FAvdW, Além do conselho que você deu sobre tom, concordo também com o que você escreveu a respeito das boas práticas, com exceção de um detalhe: On Jun 14, 2008, Felipe Augusto van de Wiel (faw) [EMAIL PROTECTED] wrote: * explosão temática: acontece pelas mistura de múltiplos assuntos e temas escalando a conversa sem dividí-la em sub-discussões mais objetivas; ou com pessoas que respondem várias vezes a mesma mensagem por que não escreveram um texto completo e vão adicionando parágrafos à medida que vão respondendo. O 'responder várias vezes' é recomendado como uma prática justamente para possibilitar dividir as sub-discussões e evitar mensagens quilométricas sobre vários temas distintos. Eu ainda não aprendi a fazer isso, mas é boa prática, não algo de que reclamar, muito menos atribuir a má fé ou desleixo. Pode muito bem ser que você tenha tido experiências em que esse foi o caso, mas acho que não se justifica banir uma boa prática só porque há maus usos que se parecem com ela. {}s, -- Alexandre Oliva http://www.lsd.ic.unicamp.br/~oliva/ Free Software Evangelist [EMAIL PROTECTED], gnu.org} FSFLA Board Member ¡Sé Libre! = http://www.fsfla.org/ Red Hat Compiler Engineer [EMAIL PROTECTED], gcc.gnu.org} ___ PSL-Brasil mailing list PSL-Brasil@listas.softwarelivre.org http://listas.softwarelivre.org/mailman/listinfo/psl-brasil Regras da lista: http://twiki.softwarelivre.org/bin/view/PSLBrasil/RegrasDaListaPSLBrasil
Re: [PSL-Brasil] Distribuição Linux Livre
On Thu, 2008-06-12 at 19:16 -0300, Glauber Machado Rodrigues (Ananda) wrote: Acho que a principal dificuldade do desenvolvimento de SL no Brasil foi a tentativa de fazer o SL crescer como modelo econômico, enquanto no resto do mundo isso isso foi apenas um efeito colateral. É, mas o que me incomoda nesse jeito de falar é que parece que é necessário uma postura 'nacional' para a coisa. Nós temos de lembrar que importa mais a iniciativa individual que qualquer postura da 'nação'. Não me interessa o que grupos de interesse querem, o que me interessa é que poucos indivíduos estão desenvolvendo, se comparado com o resto. Não tem que ser necessária uma ação estatal para que haja mais desenvolvimento. Outra coisa que puxa as calças do Brasil é que a vida útil do programador brasileiro é muito curta. O cara é programador por uns 5 anos e depois evolui para gerente/executivo/empreendedor-no-mercado-de-ti/sei-lá-o-que. Isso é uma grande merda, mesmo. Eu fujo de ser gerentizado. =P Os poucos que se salvam (pela própria maneira de agir pensando ao longo prazo) pouco a pouco estão conseguindo fazer frente a estes outros perfirs de desenvolvedores, e seus trabalhos tem se mantido estáveis e frutificando indefinidamente. Que cresçam e se reproduzam! Deixa ver se eu entendi: Num e-mail corporativo ninguém discute muito um assunto. O e-mail de quem tem o poder chega na caixa de quem obedece, a mensagem é recebida e ponto final. O e-mail de quem solicita chega na caixa de quem é solicitado, o solicitado responde, ponto final. Parecem cartas: prezado fulando de tal (...) atenciosamente, eu. Não... minha questão era mais formal, mesmo. Na minha experiência com email corporativo, nos meus trabalhos anteriores (hoje eu trabalho com hackers ;)), eu cheguei a ver emails chegando perto de 1MiB depois de um ciclo de discussões, porque o povo clicava reply, deixava a discussão já existente citada completamente e escrevia em cima. Além de usar Reply To All indefinidamente. Ficava inconveniente, difícil de ler, difícil de citar... enfim haja saco, banda e espaço no servidor de email =). Abraço, -- Gustavo Noronha Silva [EMAIL PROTECTED] Debian Project signature.asc Description: This is a digitally signed message part ___ PSL-Brasil mailing list PSL-Brasil@listas.softwarelivre.org http://listas.softwarelivre.org/mailman/listinfo/psl-brasil Regras da lista: http://twiki.softwarelivre.org/bin/view/PSLBrasil/RegrasDaListaPSLBrasil
Re: [PSL-Brasil] Distribuição Linux Livre
-BEGIN PGP SIGNED MESSAGE- Hash: SHA1 On 12-06-2008 19:16, Glauber Machado Rodrigues (Ananda) wrote: 2008/6/12 Gustavo Noronha Silva [EMAIL PROTECTED]: eu vou um pouco além: eu acho que ler a maioria dos emails na PSL-Brasil é complicado e cansativo, já que todo mundo está acostumado com a cultura de uso de email corporativo, que eu particularmente abomino. Deixa ver se eu entendi: Num e-mail corporativo ninguém discute muito um assunto. O e-mail de quem tem o poder chega na caixa de quem obedece, a mensagem é recebida e ponto final. O e-mail de quem solicita chega na caixa de quem é solicitado, o solicitado responde, ponto final. Parecem cartas: prezado fulando de tal (...) atenciosamente, eu. Se você for o destinatário, você ler e responte, se você for apenas copiado, você só lê para se manter a par do assunto. Uma mensagem nova do mesmo assunto não aparece até que você responda (para originar outra em cima da sua resposta). Já listas de discussão é isso aqui. O assunto pode se tornar um livro antes mesmo de você começar a ler. Não exatamente. Conhecendo a debian-devel e o kov, imagino que ele esteja se referindo também à falta do pensar no próximo. Quando você participa em listas onde muitas pessoas com idéias diferentes tem que sintetizar pensamentos, discutir problemas e encontrar soluções, é *importante* expressar idéias seguindo a netiquette, o texto estrutura de forma consistente facilita a leitura dos demais, de forma que outros possam compreender mais facilmente, facilitando a resposta e melhorando a dinâmica da discussão. No ambiente corporativo geralmente os clientes de e-mail são ruins ou estão mal configurados, esse fato ajuda mas não é o único responsável por e-mails com respostas top-posts, usando a ordem lógica inversa, o que dificulta a leitura. O próprio padrão de marcação do que a pessoa anterior disse também pode atrapalhar, sem falar é claro dos e-mails em HTML. Outros fatores que aparecem com freqüência (inclusive na PSL-Brasil) são: * explosão temática: acontece pelas mistura de múltiplos assuntos e temas escalando a conversa sem dividí-la em sub-discussões mais objetivas; * verborragia: pessoas que querem convencer seus pontos a todo custo e não apenas debatê-los, transformando uma sentença em três ou mais parágrafos; * falta de uso da netiqueta: linhas em até 80 colunas, assinaturas curtas, e-mails com fontes de largura fixa e em texto simples, estrutura de parágrafos. * uso da lista como blog ou mecanismo de bate-papo, acontece em especial com itens que deveriam ter sido um comentário em PVT ou com pessoas que respondem várias vezes a mesma mensagem por que não escreveram um texto completo e vão adicionando parágrafos à medida que vão respondendo. Então é importante dispensar: 1- Aberturas de carta, como Sras. e Srs. da lista e o Obrigado; 2- cortar tudo puder ser cortado (pois se puder ser cordato é lixo); 3- manter o fluxo de idéias numa ordem coerente (pois idéias incoerentes são lixo). É mais ou menos isso que você chama de cultura de e-mail corporativo x cultura de listas? Um dos pontos é não pensar em quem vai ler, não é a idéia de manda quem pode, obedece quem tem juízo, é a idéia do eu escrevo de qualquer jeito e você se vira pra ler e entender. Não só isso, mas as práticas sujas que muitos utilizam pra tentar ganhar debates, as acusações pessoais, a teimosia e a falta de pró-atividade por parte de algumas pessoas que deveriam tomar atitudes corretivas rapidamente, podem agravar os problemas e deixar que o monstro da energia engula a lista. Um vídeo interessante é o Como Projetos 'Open Source' Sobrevivem a Pessoas Venenosas -- (How Open Source Projects Survive Poisonous People (And You Can Too)): http://video.google.com/videoplay?docid=-4216011961522818645 Abraço, - -- Felipe Augusto van de Wiel (faw) Debian. Freedom to code. Code to freedom! -BEGIN PGP SIGNATURE- Version: GnuPG v1.4.6 (GNU/Linux) Comment: Using GnuPG with Mozilla - http://enigmail.mozdev.org iD8DBQFIVBDdCjAO0JDlykYRAkC/AJ4ru2ffsV+nD1607W1o0VSO9IfNBwCggev4 e+CA3IBNgMYzO0ZGB3IbkGY= =pwX/ -END PGP SIGNATURE- ___ PSL-Brasil mailing list PSL-Brasil@listas.softwarelivre.org http://listas.softwarelivre.org/mailman/listinfo/psl-brasil Regras da lista: http://twiki.softwarelivre.org/bin/view/PSLBrasil/RegrasDaListaPSLBrasil
Re: [PSL-Brasil] Distribuição Linux Livre
On Wed, 2008-06-11 at 09:13 -0300, Marcus de Vasconcelos Diogo da Silva wrote: O que eu consegui condensar foi que o modelo econômico adotado para Software Livre nas massas deve ser outro bem diferente do modelo adotado pelo Software Livre nos Servidores. A briga pode não estar em Non-free e free ela pode estar em Gestão de governo ou Gestão social ou no próprio modelo Econômico Capitalista. Isso é se desviar do princípio da nossa luta. Se a idéia é tolerar software não-livre já perdeu o sentido a discussão. Em servidores o cara que usa o GNU Linux é o mesmo que programa (geralmente) neste caso ter acesso aos fontes é vital para todos e Não mesmo. A maioria dos sysadmins que eu conheço não sabe programar; o que eu considero um absurdo, mas é a realidade =). No caso do OpenOffice.org/BrOffice.org o modelo de gestão só conseguiu acontecer no Brasil graças a uma força de comunidade que está apoiada em poucas pessoas e poucas instituições que sabem da importância do SL e que se importam. (SERPRO, Celepar e umas 5 outras a maioria Modelo de gestão? Gestão de quê? Na questão do software 'para massas', você esquece de considerar coisas como o GNOME, que nunca devem ser instaladas em um servidor, e que ainda assim tem usuários que programam e se importam com ter as liberdades e potencialidades que licenças livres dão, como meu caso e o de muitas pessoas com quem eu convivo diariamente. Olhando na ótica capitalista é isso mesmo. Porque eu vou gastar ou ajudar estruturalmente o próximo? O meu umbigo é mais importante. Só que na mesma ótica capitalista, não há sentido em gastar dinheiro mantendo uma coisa minha se os outros já estão fazendo e eu já posso usar sem custo. O que os criadores de sistemas embutidos, por exemplo, estão percebendo é que sempre que eles fazem um fork do Linux (eu dou o nome correto ao sistema, então aqui me refiro só ao kernel, mesmo =)) eles acabam ganhando um problemão, que é manter o fork. Vale muito mais à pena, inclusive do ponto de vista capitalista, fazer com que suas alterações aconteçam no projeto original. Dois exemplos que eu recomendo estudar, se você quiser fazer uma análise mais profunda disso são o Linux e o WebKit. ps.: alongamento dessa discussão sem encaminhamentos práticos o melhor seria off lista. Eu nunca espero encaminhamento prático numa discussão aqui. E considero que qualquer um que espere um sonhador =). As pessoas só vão usar o Linux nas massas quando o Bem vencer o mau e não quando o convencimento individual for maior que a sua lógica limitada (meu ponto de vista). A minha parte eu tento fazer mas somos poucos contra muita grana. A minha opinião é que desktops livres só vão atingir as massas quando forem mais convenientes para as pessoas. A história mostrou várias vezes que a conveniência é o maior fator para adoção de um software. Bem se essa energia para escrever emails fosse canalizada para a construção de algo putz o Software Livre tava até no notebook do Papa. Eu costumo concordar com isso. Acho que, pensando no Brasil nós temos falação de mais e contribuição real de menos. Nós temos um número maior de desenvolvedores hoje do que tínhamos há uns 3 anos atrás, quando eu estava em plena campanha para passar a mensagem de que nós não podemos perder a oportunidade de nos tornarmos desenvolvedores de tecnologia, e que para isso não bastava só usar software livre. Isso, no entanto, não faz com que a discussão da liberdade seja menos importante. Se nós evitamos a discussão da liberdade perde o sentido; a idéia, lembre-se, não é fazer todo mundo usar 'Linux', mas sim dar às pessoas a liberdade que elas devem ter. O Glauber já indicou que ler seus emails é trabalhoso e cansativo, mas eu vou um pouco além: eu acho que ler a maioria dos emails na PSL-Brasil é complicado e cansativo, já que todo mundo está acostumado com a cultura de uso de email corporativo, que eu particularmente abomino. Até a debian-devel é mais fácil de ler, porque a cultura de uso de email é diferente. Mesmo com todos os flames =D. Acho que vale à pena dar uma lida nisso: http://kov.eti.br/netiquetinha.html Abraço, -- Gustavo Noronha Silva [EMAIL PROTECTED] Debian Project signature.asc Description: This is a digitally signed message part ___ PSL-Brasil mailing list PSL-Brasil@listas.softwarelivre.org http://listas.softwarelivre.org/mailman/listinfo/psl-brasil Regras da lista: http://twiki.softwarelivre.org/bin/view/PSLBrasil/RegrasDaListaPSLBrasil
Re: [PSL-Brasil] Distribuição Linux Livre
2008/6/12 Gustavo Noronha Silva [EMAIL PROTECTED]: Eu costumo concordar com isso. Acho que, pensando no Brasil nós temos falação de mais e contribuição real de menos. Nós temos um número maior de desenvolvedores hoje do que tínhamos há uns 3 anos atrás, quando eu estava em plena campanha para passar a mensagem de que nós não podemos perder a oportunidade de nos tornarmos desenvolvedores de tecnologia, e que para isso não bastava só usar software livre. De qualquer forma, veja uma evolução real do SL no Brasil, em meio à falação. Deve ter a ver com o poder da motivação, sei lá. Eu costumo pensar que a motivação é mais importante que a inteligência, já que a inteligência sem motivação não é aplicada (e com motivação você usa até a inteligência que não tem). Acho que a principal dificuldade do desenvolvimento de SL no Brasil foi a tentativa de fazer o SL crescer como modelo econômico, enquanto no resto do mundo isso isso foi apenas um efeito colateral. A idéia da maioria dos developers brasileiros é segue a linha vai dar dinheiro? tô dentro., enquanto o que funciona melhor com o SL parece ser a linha vai resolver meu problema? Tô dentro. Dessa forma, as soluções no Brasil precisam ser conjuradas por alguma força, enquando deveriam simplesmente aparecer ao sabor da necessidade. Outra coisa que puxa as calças do Brasil é que a vida útil do programador brasileiro é muito curta. O cara é programador por uns 5 anos e depois evolui para gerente/executivo/empreendedor-no-mercado-de-ti/sei-lá-o-que. Isso faz com que o carinha que programa esteja mexendo com algo que ele aprendeu dentro dos 5 anos anteriores, e só deus sabe qual era o hype na época que ele estudou. Você só aprende UNIX se você tiver consciência de que é para a vida toda, trabalhando muito. Mas o que mais tem é o cara que imagina que boa carreira é escrever o programa da sua vida e depois passar o resto dela vendendo o tal programa. Este tipo vai se sentir mais motivado a descobrir uma forama mágica de arrastar componetes de GUI num delphi da vida, de um jeito que ninguém nunca arrastou antes. Depois disso a dama do lago vai te entregar a escalibur dos programas e você vai experimentar um reino de prosperidade por longos anos, pois você se mostrou digno. Esse pensamento do cara que quer ser programador porque acha que vai enricar sem trabalhar é que mata. Daí para o cara achar que o SL é um encurtamento para sua meta final, já que ele agora em vez de escrever o programa todo só vai precisar escrever parte dele, e o resto vai emergir magicamente da comunidade. O que mata o pensamento do desenvolvedor brasileiro é que ele pensa na comunidade como a dama do lago da lenda do rei artur. Ou seja, pura falta de noção. Claro, tem o pessoal que só quer resolver seus problemas, e o modelo proprietário tem sido um problema para fazer seu trabalho bem feito. Esse deve ser o seu caso, kov. Os poucos que se salvam (pela própria maneira de agir pensando ao longo prazo) pouco a pouco estão conseguindo fazer frente a estes outros perfirs de desenvolvedores, e seus trabalhos tem se mantido estáveis e frutificando indefinidamente. Isso, no entanto, não faz com que a discussão da liberdade seja menos importante. Se nós evitamos a discussão da liberdade perde o sentido; a idéia, lembre-se, não é fazer todo mundo usar 'Linux', mas sim dar às pessoas a liberdade que elas devem ter. Exato, esse é o ponto. eu vou um pouco além: eu acho que ler a maioria dos emails na PSL-Brasil é complicado e cansativo, já que todo mundo está acostumado com a cultura de uso de email corporativo, que eu particularmente abomino. Deixa ver se eu entendi: Num e-mail corporativo ninguém discute muito um assunto. O e-mail de quem tem o poder chega na caixa de quem obedece, a mensagem é recebida e ponto final. O e-mail de quem solicita chega na caixa de quem é solicitado, o solicitado responde, ponto final. Parecem cartas: prezado fulando de tal (...) atenciosamente, eu. Se você for o destinatário, você ler e responte, se você for apenas copiado, você só lê para se manter a par do assunto. Uma mensagem nova do mesmo assunto não aparece até que você responda (para originar outra em cima da sua resposta). Já listas de discussão é isso aqui. O assunto pode se tornar um livro antes mesmo de você começar a ler. Então é importante dispensar: 1- Aberturas de carta, como Sras. e Srs. da lista e o Obrigado; 2- cortar tudo puder ser cortado (pois se puder ser cordato é lixo); 3- manter o fluxo de idéias numa ordem coerente (pois idéias incoerentes são lixo). É mais ou menos isso que você chama de cultura de e-mail corporativo x cultura de listas? -- Glauber Machado Rodrigues PSL-MA jabber: [EMAIL PROTECTED] Opções desconhecidas do gcc: gcc --bend-finger=padre_quevedo O que faz: dobra o dedo do Padre Quevedo durante a execução do código compilado. Não uso termos em latim, mas poderia: http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_Latin_phrases_(full) A ignorância é um
Re: [PSL-Brasil] Distribuição Linux Livre
Bom dia Alexandre e demais, Bem demorei um pouco para responder pois não é uma resposta fácil. Ainda mais teclando para o Oliva. O cara que sabe tudo :). Concordo com tudo que você prega, o que eu acho que o modo poderia mudar um pouco. Mostrar o caminho das pedras e não atirar as pedras que estão no caminho. O que eu consegui condensar foi que o modelo econômico adotado para Software Livre nas massas deve ser outro bem diferente do modelo adotado pelo Software Livre nos Servidores. A briga pode não estar em Non-free e free ela pode estar em Gestão de governo ou Gestão social ou no próprio modelo Econômico Capitalista. Vivemos em um mundo capitalista. Em servidores o cara que usa o GNU Linux é o mesmo que programa (geralmente) neste caso ter acesso aos fontes é vital para todos e ele sabe disso portanto é importante para ele corrigir e reportar os bugs, se ele corrigir o programa e ficar para si no futuro vai ter muita dor de cabeça para corrigir denovo e ele fica obsoleto rápido. Nas massas (usuário doméstico) quem faz o programa ou é alguma empresa que distribuiu com alguma finalidade e modelo econômico que muitas vezes aprisiona o Software (grana é osso apesar de ser vital) ou uma distribuição heróica e martirizada (a meu ver Debian). No caso do OpenOffice.org/BrOffice.org o modelo de gestão só conseguiu acontecer no Brasil graças a uma força de comunidade que está apoiada em poucas pessoas e poucas instituições que sabem da importância do SL e que se importam. (SERPRO, Celepar e umas 5 outras a maioria pequenas). Grandes empresas como BB gastam fortunas com programas paralelos mas conseguem notar que não dá para ficar no paralelo (Freedows) e não apoiam o Oficial (não estou dizendo não usam). Um modelo econômico que eu já disse aqui anteriormente a meu ver furado e o cara que ajudou a fazer o Freedows ainda achou ruim do meu ponto de vista (não sei se com razão). Olhando na ótica capitalista é isso mesmo. *Porque eu vou gastar ou ajudar estruturalmente o próximo*? O meu umbigo é mais importante. Para concluir: 1. O medo e desconhecimento das licença no modelo capitalista dificulta a liberdade de tudo. Não poder usar algo por medo de licença e burocracia sobre as licenças recai sempre no aprisionamento. A meu ver uma unica solução seria que o modelo capitalista tenha que dar plena liberdade como padrão (hoje tudo é aprisionado como padrão). Neste ponto o outro caminho é gastar tanto quanto as grandes empresas em propaganda pelo SL (alguns bilhões de dólares). 2. Definir um modelo de gestão de Software Livre local com apoio aos gestores de programas Livres de coração. Quem for aprisionado vai notar que prisão não é mais tão legal quanto antes. (A SUN viu e se pronunciou recentemente que ser aprisionado é ruim e disse que vai mudar. Como o mundo que ela vive ainda é capitalista acho que ela não conseguiu nem 10%.) Bem outras respostas abaixo mas só para responder mesmo pois depois desse livro todo ninguém vai ler mais nada. hehehe ps.: alongamento dessa discussão sem encaminhamentos práticos o melhor seria off lista. Alexandre Oliva escreveu: On Jun 3, 2008, Marcus de Vasconcelos Diogo da Silva [EMAIL PROTECTED] wrote: Fato. Atento para o fato de que o software 'ser legal', no sentido de bacana, não tem relação alguma com a missão a que me dedico. Exposição da violação de direitos humanos raramente é algo bonito de se ver. Algo só é util para a pessoa se ela for util. Ela só vai usar se servir para ela. O ser legal poderia ser funcional. Na sua missão eu apoio 100% ela é nobre e vc DEVE defender ela e eu quero ajudar nisso mas se o software não foi legal como as massas vão usar? Volta ao ponto do modelo capitalista de desenvolvimento do software. Atento também para o fato de que você usa o termo Linux, o nome do núcleo, para se referir a distribuições do sistema operacional GNU combinado com o núcleo Linux. Com isso, você se demonstra no mínimo despreocupado com (se não efetivamente antagônico a)os objetivos sociais, morais e éticos do movimento do Software Livre. Dá a impressão de partir de premissas diferentes e trabalhar num sistema de valores diferente. Nada errado em princípio em você selecionar premissas e valores diferentes para trabalhar, mas não se surpreenda se chegar a conclusões completamente diferentes das nossas, e se atitudes que lhe parecem inúteis por não avançarem os pontos com os quais você se preocupa sejam, para nós, as mais importantes, e vice-versa. Já tá me apedrejando por eu ser um leigo e você um mestre? 2. Muitas pessoas retiram o Linux que vem nos computadores para colocar o Windows. Quando compram um computador com o objetivo de continuar rodando o sistema que já rodavam, agora no computador novo, provavelmente já aceitaram a licença do Windows e talvez até já tenham alimentado o monstro para ter permissão para usá-lo. Assim sendo, já sofriam e impingiam à sociedade os males decorrentes dessa escolha. O
Re: [PSL-Brasil] Distribuição Linux Livre
2008/6/11 Marcus de Vasconcelos Diogo da Silva [EMAIL PROTECTED]: Bem outras respostas abaixo mas só para responder mesmo pois depois desse livro todo ninguém vai ler mais nada. hehehe Para facilitar a leitura do que você escreve, coloque linhas em branco entre os parágrafos, e tente quebrar os parágrafos longos em parágrafos pequenos. Facilita a leitura. Tipo assim, ao invés de: Ouviram do Ipiranga as margens plácidas, de um povo heróico o brado retumbante. E o sol da liberdade, em raios fúlgidos, brilhou no céu da pátria nesse instante. Se o penhor dessa igualdade conseguimos conquistar com braço forte. Em teu seio, ó liberdade, desafia o nosso peito a própria morte! Ó Pátria amada, idolatrada, Salve! Salve! Escreva: Ouviram do Ipiranga as margens plácidas, de um povo heróico o brado retumbante. E o sol da liberdade, em raios fúlgidos, brilhou no céu da pátria nesse instante. Se o penhor dessa igualdade conseguimos conquistar com braço forte. Em teu seio, ó liberdade, desafia o nosso peito a própria morte! Ó Pátria amada, idolatrada, Salve! Salve! Tenho certeza que assim as pessoas vão ler tudo até o final sem se importarem com o tamanho do seu texto =D -- Glauber Machado Rodrigues PSL-MA jabber: [EMAIL PROTECTED] Opções desconhecidas do gcc: gcc --bend-finger=padre_quevedo O que faz: dobra o dedo do Padre Quevedo durante a execução do código compilado. Não uso termos em latim, mas poderia: http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_Latin_phrases_(full) A ignorância é um mecanismo que capacita um tomate a saber de tudo. Que os fontes estejam com você... ___ PSL-Brasil mailing list PSL-Brasil@listas.softwarelivre.org http://listas.softwarelivre.org/mailman/listinfo/psl-brasil Regras da lista: http://twiki.softwarelivre.org/bin/view/PSLBrasil/RegrasDaListaPSLBrasil
[PSL-Brasil] Distribuição Linux Livre (era :novo site do gnu)
Oi Oliva e demais, Bem eu acho que esse papo ta meio torto, nem arrumar o assunto tiveram coragem? Vamos para alguns pontos: 1. A grande maioria das distribuições Linux não está nas massas. Mesmo umas sendo bem legais. 2. Muitas pessoas retiram o Linux que vem nos computadores para colocar o Windows. A maioria com preguiça ou desconhecimento de instalar pela internet os milhões de programas que o Linux vem que são livres. Muitos ainda preferem o piratão. 3. A maior parte do fogo contra as distribuições do Linux vem da própria comunidade. Será que vem a ajudar ou a atrapalhar? São construtivas? 4. Todas as grandes distribuições Linux (mais populares) possuem non-free software. Oliva o que a FSF pode fazer para mudar a realidade enfrentada? Como criar um modelo de negócio viável com as distros e com o governo? Pontos positivos: Por favor não reclame de falta de recursos financeiros pois o governo tem muita grana para isso. E as distros podem até financiar um pedaço do bolo (comprem um micro com 100 jogos livres + 50 programas que poderiam valer mais de 1 reais) Pontos negativos: Falta de programadores qualificados. Falta de marqueting e união entre distros. Falta de repositório Brasileiros unificado (minha visão). Falta de liderança. Bem se essa energia para escrever emails fosse canalizada para a construção de algo putz o Software Livre tava até no notebook do Papa. E ai vamos construir?? Marcus Alexandre Oliva escreveu: Os fatos: - Software não-Livre está disponível a partir de debian.org (non-free, link já apresentado), e isso não é considerado um problema a ser revolvido urgentemente. Não é nem mesmo um conflito com a política do projeto Debian. - Passado mais de um ano e meio desde a resolução de abrir uma exceção para distribuir Software não-Livre no main (link já apresentado), permanece (e é atualizado, link já apresentado) o sofware ali incluído dentro do regime de exceção, embora uma solução trivial tenha existido desde pouco depois da tomada da decisão. Não há indícios de esforços em caráter de urgência para a resolução de exceção tão grave à política oficial. - Debian tem como decisão de projeto manter e oferecer de forma facilitada a seus usuários o contrib (que facilita a obtenção de Software não-Livre) e o non-free (que de fato inclui Software não-Livre). Isso tudo torna difícil recomendar somente os mains de versões que não contenham Software não-Livre neles, sem correr o risco de que a recomendação seja mal interpretada e pareça que se está recomendando o release como um todo, ou o projeto Debian como um todo, ou mesmo suas práticas. Tipo, o projeto GNU recomenda gNewSense, não 'gNewSense 1.0, ou o gNewSense 2.0 sem o linux-ubuntu-modules do .iso'. Da mesma forma, o projeto provavelmente GNU gostaria de poder recomendar o 'Debian' ou o 'Debian GNU/Linux', mas dizer 'recomendamos somente o main do Nextch do Debian GNU/Linux' não dá, até porque o 'somente' poderia ser interpretado como excluindo outras distribuições ainda mais comprometidas com a liberdade de seus usuários. Marcus de Vasconcelos Diogo da Silva Instrutor Informática [EMAIL PROTECTED] Consultor Software LivreFone: +55 85 32153026 SENAI CETAFR - cearáCelular:+55 85 88777045 Prof. Multiplicador Senior Intel Educar SL SP http://www.broffice.org/blog/7040 [EMAIL PROTECTED] No caudaloso rio de nossas vidas nos dando as mãos navegaremos mais seguros, pois a força da amizade é o maior dos escudos contra as adversidades. (OHeremita) ___ PSL-Brasil mailing list PSL-Brasil@listas.softwarelivre.org http://listas.softwarelivre.org/mailman/listinfo/psl-brasil Regras da lista: http://twiki.softwarelivre.org/bin/view/PSLBrasil/RegrasDaListaPSLBrasil
Re: [PSL-Brasil] Distribuição Linux Livre (era:novo site do gnu)
On Jun 3, 2008, Ada Lemos [EMAIL PROTECTED] wrote: O o outro lado é muito pragmático demais da conta e sempre vigilante, nada desavisado, alem do que - carne de pescoço - usa meios danados, vai que vai. organizados e organizando-se, nunca param Eles têm duas vantagens: 1. eles têm um interesse e uma prioridade, e tudo para eles giram em torno disso: maximizar os lucros para os acionistas; já nossas comunidades agregam interesses e prioridades os mais diversos. 2. eles não têm os escrúpulos da ética e da moral que nós temos Os dois pontos são, para nós, ao mesmo tempo fraquezas e forças. Fraquezas, porque precisamos buscar atender aos vários interesses combinados sem privilegiar alguns em detrimento de outros, e porque deixamos de nos defender com armas poderosas que usam nossos oponentes. Forças, porque da diversidade vem a possibilidade de observar e preservar os interesses sociais e democráticos, e porque mantendo-nos fiéis aos princípios garantimos que, por mais que demore nossa vitória, quando a alcançarmos, não nos teremos tornados iguais ao nosso oponente, o que faria da vitória não um avanço, mas sim uma mera substituição de uma força dominante por outra igual. -- Alexandre Oliva http://www.lsd.ic.unicamp.br/~oliva/ Free Software Evangelist [EMAIL PROTECTED], gnu.org} FSFLA Board Member ¡Sé Libre! = http://www.fsfla.org/ Red Hat Compiler Engineer [EMAIL PROTECTED], gcc.gnu.org} ___ PSL-Brasil mailing list PSL-Brasil@listas.softwarelivre.org http://listas.softwarelivre.org/mailman/listinfo/psl-brasil Regras da lista: http://twiki.softwarelivre.org/bin/view/PSLBrasil/RegrasDaListaPSLBrasil
Re: [PSL-Brasil] Distribuição Linux Livre (era:novo site do gnu)
On Jun 3, 2008, Marcus de Vasconcelos Diogo da Silva [EMAIL PROTECTED] wrote: 1. A grande maioria das distribuições Linux não está nas massas. Mesmo umas sendo bem legais. Fato. Atento para o fato de que o software 'ser legal', no sentido de bacana, não tem relação alguma com a missão a que me dedico. Exposição da violação de direitos humanos raramente é algo bonito de se ver. Atento também para o fato de que você usa o termo Linux, o nome do núcleo, para se referir a distribuições do sistema operacional GNU combinado com o núcleo Linux. Com isso, você se demonstra no mínimo despreocupado com (se não efetivamente antagônico a)os objetivos sociais, morais e éticos do movimento do Software Livre. Dá a impressão de partir de premissas diferentes e trabalhar num sistema de valores diferente. Nada errado em princípio em você selecionar premissas e valores diferentes para trabalhar, mas não se surpreenda se chegar a conclusões completamente diferentes das nossas, e se atitudes que lhe parecem inúteis por não avançarem os pontos com os quais você se preocupa sejam, para nós, as mais importantes, e vice-versa. 2. Muitas pessoas retiram o Linux que vem nos computadores para colocar o Windows. Quando compram um computador com o objetivo de continuar rodando o sistema que já rodavam, agora no computador novo, provavelmente já aceitaram a licença do Windows e talvez até já tenham alimentado o monstro para ter permissão para usá-lo. Assim sendo, já sofriam e impingiam à sociedade os males decorrentes dessa escolha. O fato de passarem a fazê-lo em outro computador, sem alimentar mais o monstro, não é um retrocesso nem um aumento do mal, é apenas a preservação do mal já existente. É ruim, mas não é o fim do mundo. Já no caso de quem compra o primeiro computador, nunca tendo tido contato com qualquer sistema operacional, se induzido pelo vendedor ou pelo vizinho a fazer a troca, cabe o questionamento: isso é apenas reverberação do mal já existente, dos efeitos perversos da força dos efeitos de rede do monopólio, ou é de fato um novo mal? Em minha opinião, é um pouco dos dois. É ruim, mas continua sendo um problema conhecido, e um retrocesso, se é que é, relativamente pequeno. Certamente desaponta, especialmente porque alguns dos objetivos do programa eram justamente a popularização do Software Livre e do GNU/Linux, o enfraquecimento do monopólio proprietário mediante o crescimento da consciência de que há opções. São objetivos bastante desejáveis, mas que, em função de detalhes de implementação, muitas vezes passam ao largo do objetivo maior do movimento do Software Livre: a libertação do usuário. Esse processo começa com educação sobre a valorização da liberdade; depois é que entra o Software que lha propicia, que portanto deve ser todo Livre. Senão se está enganando o usuário que ainda engatinha nesse aprendizado, pois ele pode pensar que Software Livre significa outra coisa. Ele pode acabar pulando apenas de uma frigideira para outra ainda não tão quente. Sem entender o valor da liberdade no longo prazo, vai fatalmente sacrificá-la por conveniências imediatas, enquanto a frigideira para a qual pulou esquenta sem que perceba (e vivam os Sapos Piramidais!) Os detalhes de implementação que menciono são o fato de nenhuma das distros GNU/Linux cumprir a regulamentação do programa Computador para Todos, que exige a inexistência de Software não-Livre instalado no sistema. Conheço uma aqui de Campinas que chega bem perto mas, por pressão dos montadores^Wfabricantes dos computadores, que acabam sendo seus patrões, acaba não só mantendo software que, do jeito que vem da montante (eita tradução esquisita para upstream, não?) no kernel.org, viola as regras do programa (putz, preciso falar com o Pereira sobre o linux-libre), como ainda volta e meia se vê tendo de recriar drivers para evitar violar ainda mais as regras. Fora isso, há outras perversidades no programa, como colocar a parte menos interessada em que o software funcione direito a cargo de fazer a escolha do software, com devastadores efeitos sobre a qualidade do produto final. 3. A maior parte do fogo contra as distribuições do Linux vem da própria comunidade. Será que vem a ajudar ou a atrapalhar? São construtivas? Defina comunidade, cara pálida ;-) O que existe são comunidades, cada uma delas formadas por membros que têm interesses suficientemente comuns para que se organizem para trabalhar juntas por esses interesses, a despeito de muitas vezes terem outros interesses bastante diferentes e às vezes até conflitantes. É o que vemos aqui. Para focar em apenas alguns pontos da vasta game de possibilidades, podemos falar de liberdade, popularidade, aspectos técnicos, econômicos, sociais, éticos, e cada pessoa vai priorizá-los de forma diferente; cada grupo de pessoas vai concordar em priorizar alguns deles numa certa medida, assim como cada comunidade. Não faz nem sentido tentar achar uma agenda comum, por exemplo, para os movimentos