Olá Kentaro,

>McClure apresenta diversos dados concretos. As identidades reais de
>Vesco, Belluzo, Schriever, Lusar;

Como você menciona "identidades REAIS", isto tanto diz respeito à 
informação das identidades em si, como supõe uma prévia informação 
irreal, ou incorreta, destas identidades, assim provavelmente 
imputando-as na "comprovação de fraudes" que discutimos.

Está parecendo importante definir o que é fraude. Fraude (Houaiss) 
significa "qualquer ato ardiloso, enganoso, de má-fé, com o intuito 
de lesar ou ludibriar outrem, ou de não cumprir determinado dever; 
logro"

Veja que a fraude caracteriza-se basicamente por ser intencional. 
Informações incorretas ou conflitantes, por si, jamais comprovam 
fraude. Se um autor utilizou uma informação incorreta, ele pode não 
ter estado ciente disto, e a imputação da origem da incorreção deve 
continuar suspensa até o surgimento de dados que inequivocamente lhe 
digam respeito. Pelo menos em direito, ou em ciência, deve ser assim.

Já, considerar a mera *informação* das identidades como 
sendo "apresentação de dados concretos", implica que o autor 
realmente informou muitíssmos outros "dados concretos", que podem 
servir para o que for, menos para comprovar qualquer FRAUDE.

>as fraudes do Projeto Urano,

Não considerando a qualidade quase pífia da pesquisa inteira de 
McClure, por apenas citar outros autores e alegadamente ter escrito 
alguma carta ou dado algum telefonema, este Projeto Urano tem como 
fraude comprovada simplesmente uma admitida fraude forjada pela 
oposição. Equivaleria a eu forjar um "ótimo caso de fraude 
ceticamente comprovada" e esperar que você avidamente o colocasse no 
seu site, para que então eu o expusesse de modo a provar que seu site 
é fraudulento. Ridículo!

>a Invasão Schweinfurt,

Quanto a esta invasão, o autor obriga a leitura de uma série de 
buscas negativas (deliciosas aos céticos) para finalmente mostrar que 
houve uma positiva. A citação conclui: "Pelo menos nós sabemos agora 
que a referência de Caidin [o acusado] existe! Além disso realmente 
há pouco para dizer. Os objetos informados são intrigantes, mas não 
completamente mistificadores." E apesar de acabar de concluir estas 
exatas palavras, ele em seguida informa (baseado em assumidas 
SUPOSIÇÕES técnicas) que os objetos devem ser subprodutos de 
artefatos militares - sem apresentar qualquer ulterior informação que 
sequer (também) supostamente possa comprová-lo - e tudo isto na cara 
do leitor.

E ainda em seguida, terminando suas "conclusões" sobre esta invasão, 
o autor acrescenta descrições que ELE qualifica de "tolas"; alegados 
projetos que ELE não acha "críveis"; e várias perguntas quanto ao que 
ELE considera "contraditório". Entretanto, como ELE não respondeu as 
mesmas, podemos até ficar aguardando que o faça, um dia, mas não 
precipitaremos o julgamento de que as perguntas indicam fraude só 
porque AINDA não têm respostas.

>o Projeto Massey;

Basta a conclusão do autor: "Segundo a evidência, o 'Projeto Massey' 
soa como uma completa e deliberada fraude."

E por esta conclusão eu pergunto: "O Projeto Massey FOI uma fraude?" 
Lembremo-nos que estamos discutindo *comprovação* de fraudes.

>ou o fato de que um dos
>principais livros nesses mitos é de autoria de Ernst Zundel, neo-
>nazista já preso que nega a ocorrência do holocausto judeu.

Ou seja, aqui o raciocínio cético seria o de que, como Zundel nega o 
holocausto, então o que ele relata sobre ufos nazistas em seus livros 
deve ser falso. Eis um evidente sofisma em que um erro (para muitos 
apenas suposto) comprova outro erro, por mera co-autoria.

>> Não sei se entendi, mas o autor não comprovou fraude alguma.
>>
>Renato, você provavelmente não leu com atenção esta página:
>http://www.ceticismoaberto.com/ufologia/ufosnazistas06.htm
>É uma das doze páginas que se espera que tenha lido, e apresenta
>diversas fraudes comprovadas.

Trata-se das referências já criticadas acima. Cabe a quem se 
interesse avaliar meus pareceres.

>> Toda dúvida é sempre razoável, pois é função intelectual.
>>
>Toda função intelectual é razoável? Isso não é nada razoável.

Desculpe, eu deveria ter sido mais cuidadoso com o vocabulário (como 
geralmente tento ser). O que eu quis dizer é que, como a dúvida é uma 
função intelectual, então ela é sempre razoável (RACIONAL).

>Desculpe por cortar boa parte de sua mensagem questionando
>o "ceticismo". Fiz isto porque penso que você questiona
>um "ceticismo" que nem é o que eu defendo e promovo, nem é o que
>pude constatar no trabalho de Kevin McClure sobre o mito dos UFOs
>nazistas. Suspeito que você não tenha lido com suficiente atenção o
>referido trabalho.

Espero que considere evidente que venho escrevendo para mais de mil 
INTELIGÊNCIAS desta lista, e não apenas para você. Para mim, o corte 
apenas caracteriza uma atitude previsível e já tipificada entre 
céticos. Mas se o bloco quase completo de minha mensagem anterior 
deve ser considerado homogêneo e ainda vale por sua justificativa, 
não sou eu quem deve julgar.

>Renato, soando tanto grosso quanto interesseiro,

...por mim não tem problema... :)

>ainda assim lhe peço que visite meu site e leia mais nas seções de
>ceticismo e ufologia. É minha esperança que perceba que, além do
>nome "ceticismo" (ainda que "aberto"), se apresenta uma seleção de
>textos que vai além do mero "ceticismo refratário". Talvez ache
>interessante este ensaio, por exemplo:
>
>- Sobre o Pseudo-ceticismo
>http://www.ceticismoaberto.com/ceticismo/truzzi.htm

Gostaria de lhe pedir permissão para criticar este ensaio (e 
possivelmente ainda outros de seu site) em minhas próprias páginas.

Valeu,

Renato







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