Você falou em carro, vou te dar um exemplo de carro.

Quando fui ver um para comprar, eu olhei Air-Bag, Ar-Condionado, Freios-ABS,
Motor-Flex, estado de conservação, e outros mais.  e por ultimo sentei para
ver se era confortável, isso após a filtragem dos itens acima.

Com software meu cliente faz o mesmo, ele não olha o sistema, faz toda
entrevista, ou seja, resolverá meu problema? Ai eu ligo o notebook e mostro
a interface.

 1° Pense na TI;
 2° Pense no problema;
 2° Pense no usuário.

PS: Esta entrevista é sempre feita pelo responsável de TI e por algum
diretor que só ouve. O de TI fará as perguntas e normalmente ele quem
solicita. não sei os seus, mais os meus são assim... Os meus e os das
empresas que trabalhei...

  *Eduardo Kraus*
Desenvolvedor
 eduardokr...@gmail.com
http://blog.mxml.com.br
http://twitter.com/EduardoKraus


2009/8/20 Beck Novaes <beck.nov...@gmail.com>

>
> Bem...
> ... a questão do bonito ser importante para mim é simples. Usuários
> são antes de tudo pessoas e pessoas gostam de coisas bonitas e ponto
> final.
>
> Ninguém compra um carro apenas por causa do motor. Muitas pessoas que
> têm carros não buscan apenas resolver seu problema de transporte.
> Ninguém compra um celular só porque ele "funciona". Em minha opinião o
> que acontece com software é que, ao contrário das outras áreas
> (egenharia, construção civil, arquitetura, etc) que já existem há
> muitos anos, ainda é uma área relativamente nova. Em todas estas áreas
> num primeiro instante as coisas tendem a ser feias, toscas, por uma
> questão de prioridade: prioriza-se a solução do problema essencial.
> Mas passada esta fase (que acredito que estamos chegando próximo no
> que diz respeito ao desenvolvimento de software) começa a pesar os
> fatores humanos, os fatores psicológicos, etc. Como diria Donald
> Norman "As coisas mais bonitas funcionam melhor". Por que? Porque
> somos seres humanos e as coisas mais bonitas colocam nosso cérebro num
> estado muito mais propicio para uma determinada atividade: seja
> dirigir um carro, manusear um celular ou usar uma aplicação. Aqui
> entra uma outra tese minha junto com o TI-Centrismo que é o tradeoff
> com foco no valor agregado.
>
> (F E R R O U!!! Vou escrever pra caramba agora)
>
> Desenvolver softwares é também saber tomar as decições certas com foco
> no todo e não em partes isoladas. E este conceito é sutil mas
> poderoso. Daí a importância do Tradeoff - que para quem não sabe é
> você escolher entre uma coisa e outra mas sempre sair perdendo umas
> coisas e ganhando outras. Mas o grande problema do Tradeoff em
> desenvolvimento do Software é que ele é guiado pelo TI-Centrismo.
> Vejam exemplos:
>
> Tabela de Tradeoff Atual nas empresas que desenvolvem Software
> ===================================================
>
> Estética VS. Simplicidade de Implementação = O vencedor é Simplicidade
> de Implementação
> Estética VS. Não fazer POG (ver POG do Bem no meu post sobre TI-
> Centrismo) = O vencedor é "Não fazer POG"
>
> E, mais recente:
> Estética VS. Usabilidade = O vencedor é usabilidade
>
> Ou seja, a visão TI-Centrista faz a estética sempre perder. Vou
> explicar agora porque isso é ruim visando o sofware como um todo.
>
> Se a informática fosse uma ciência exata literalmente a regra acima
> poderia ser aplicada em todas as situações - como é de fato feito na
> maioria das empresas que desenvolvem software. Mas e se a minha
> premissa de que a estética é importante por que somos seres humanos
> estiver certa? Será que, visando o produto final, visando a
> experiência como um todo, não seria interessante considerar
> eventualmente fazer um POG para oferecer uma melhor estética pois o
> usuário vai se sentir melhor na sua aplicação? Será que você não
> deveria considerar que a Usabilidade não precisa ser a melhor do mundo
> num dado contexto para deixar o Designer Gráfico mais livre para
> trabalhar a estética (sim, a Usabilidade cria restrições para o Design
> Visual)?
>
> Vamos a um exemplo real de Usabilidade Vs. Estética para ficar claro o
> que eu chamo de Tradeoff com foco no valor agregado:
>
> Antigamente na DClick os arquitetos de informação definiam a
> usabilidade e depois restava ao Designer colorir os wireframes. Toda e
> qualquer alteração proposta pelo designer era recusada com argumentos
> dos arquitetos do tipo: "isso é ruim. o usuário terá que dar dois
> cliques no lugar de um". Mas espere um pouco? Com que frequencia ele
> terá que dar dois cliques? Não muita - disseram os arquitetos. Então
> isso é realmente um problema? - perguntou Beck Novaes. Não, não é um
> problema grande! Então vamos priorizar a estética que no final das
> contas vai agregar mais à solução visto que não é com frequencia que o
> usuário terá que dar dois cliques. Isto é Tradeoff com foco no valor
> agregado! Você precisa abstrair e pensar num contexto maior: o produto
> final. Assim, não se deve tomar como regra nenhum dos itens descritos
> na tabela de tradeoff acima.
>
> O que temos que ter em mente que nosso cérebro (novamente ele) não
> avalia nada isoladamente. Assim, o usuário falar se uma app é boa ou
> não vai depender do conjunto da obra. Você precisa encontrar um
> equilibrio entre a estética e a parte funcional. As vezes você deve
> deixar de fazer algo assim tão performático pois é algo que não
> acontece com frequencia para dedicar mais tempo a fazer algo mais
> bonito numa parte do software que o usuário passa a maior parte do
> tempo. As vezes você deve deixar de querer a melhor usabilidade do
> mundo se o problema de usabilidade não for assim tão grave e, por
> outro lado, isto deixa o designer livre para fazer algo realmente mais
> bonito. Por que? Porque é disso que o usuário vai lembrar quando ele
> pensar sobre o software. Não digo que ele vai lembra APENAS da
> estética. Não digo que ele vai lembrar APENAS do funcional. Ele vai
> lembrar do conjunto da obra (já ouviram falar de Gestalt?). Ele vai
> lembrar das animações e isso o fará pensar que, junto com outras
> coisas, o software é bom. Ele vai lembrar do que ele pode fazer
> (funcionalidades) e isso o fara pensar que o softeware, em conjunto
> com a estética, é bom. Então, permitam-me refazer a tabelinha de
> tradeoff:
>
> Tabela de Tradeoff que eu gosto de usar nos projetos que participo
> ===================================================
>
> Estética VS. Simplicidade de Implementação = O vencedor depende do que
> agrega mais valor para o usuário
> Estética VS. Não fazer POG do Bem (ver meu post sobre TI-Centrismo) =
> O vencedor depende do que agrega mais valor para o usuário
> Estética VS. Usabilidade = O vencedor depende do que agrega mais valor
> para o usuário
>
> Isto é Tradeoff com foco no valor agregado e não em paradgmas
> irraigados na cultura das organizações devido ao TI-Centrismo.
>
>
> []'s
> Beck Novaes
>
>
>
> On 19 ago, 23:16, Eduardo Kraus <eduardokr...@gmail.com> wrote:
> >  Diferente de site, sistema o cliente nunca comprou o meus pelas belezas.
> Se
> > os sistemas se vendessem por beleza, os softwares da SAP estariam
> falidos.
> >
> > Os da PeopleSoft nem se fala.
> >
> > O Cliente quer saber de um sistema que atenda os requisitos dele. que
> > resolva o problema dele e quer saber se você terá condições de dar
> suporte
> > rapido ao problema dele. Se beleza fosse quesito de venda, todos
> adorariam o
> > Vista.....
> >
> > O Cliente paga beleza quando precisa apresentar aos outros, tipo o painel
> de
> > entrada. Agora um sistema ele quer saber que irá resolver os problemas
> dele.
> >
> > Eu posso dizer que o cliente de sistema preza muito mais pela resolução
> do
> > problema que da usabilidade dele. É muito subjetivo, você ter um sistema
> com
> > milhares de atalhos, altamente usuál e didático, mais se não resolver o
> > problema o cliente não quer.
> >
> > Todos, todos os meus clientes querem saber se o meu sistema resolverá o
> > problema, mais nada. Eu já ganhei de muitos outras empresas que ofereciam
> > sistemas mais complexos, e mais bonitos, mais não resolviam o problema.
> >
> > Isso também se refere a sites, quantos sites feios vendem mais que o seu,
> ou
> > o meu... Porque será? Eles atendem a minha solicitação.... Resolvem o meu
> > problema... E o seu....
> >
> >   *Eduardo Kraus*
> > Desenvolvedor
> >  eduardokr...@gmail.comhttp://blog.mxml.com.brhttp://
> twitter.com/EduardoKraus
> >
> > 2009/8/19 GuiSjlender <guisjlen...@gmail.com>
> >
> >
> >
> > > Não podemos esquecer do seguinte...
> >
> > > Quem irá usar o nosso sistema final é o usuário, o cliente... ou
> > > seja... pra quem não faz idéia do que é uma TAG ou coisa do tipo... o
> > > layout é um fator muito apreciado pelo mesmo.
> >
> > > Usando o Catalyst o código fica bem comprido e aparentemente poluido,
> > > mas, fazer transações e animações no muque igual ao Catalyst não é bem
> > > assim não é?!
> >
> > > Sou do seguinte pensamento...
> >
> > > Vale estudar um pouco a estrutura do Catalyst e poder criar um sistema
> > > 100% completo tanto na parte backend quanto frontend do que não ser
> > > reconhecido o seu sistema ótimo pelo fato de não ser agradável aos
> > > olhos do cliente.
> >
> > > É isso! hehehe
> >
> > > Abraços
> >
> > > On 19 ago, 12:31, Eduardo Kraus <eduardokr...@gmail.com> wrote:
> > > >  O Catalyst é uma ferramenta que esta vindo para que o designer
> trabalhem
> > > em
> > > > Flex  e montar as telas para o programador.
> >
> > > > Mais será que irá ajudar?
> >
> > > > Sou da teoria que o programador deve saber o básico de designer, o
> > > > suficiente para abrir Photoshop ou Fireworks e exportar as imagens
> para
> > > usar
> > > > no aplicativo.
> >
> > > > O Catalyst com certeza irá fazer com que o design trabalhe em Flex,
> mais
> > > o
> > > > quanto isso será util? Quanto irá atrapalhar o desenvolvimento com
> > > geração
> > > > de códigos que não são meus, e que terei que entender primeiro, visto
> que
> > > o
> > > > Catalyst gerará o código visual, mais não o código de interação.
> >
> > > > Então agora pensando, quase 80% das minhas linhas de código são AS, e
> > > apenas
> > > > 20% são MXML de layout. Será que vale a pena inserir um código não
> meu,
> > > não
> > > > seguindo meu padrão, no meu Projeto.
> >
> > > > Neste caso estou sim pensando no TI-Centrismo, mais nesta parte do
> > > projeto
> > > > tenho que pensar em quem dará manutenção no software, ou memso em
> quem
> > > > programará o software . . .
> >
> > > > Será que ajudará?
> >
> > > >   *Eduardo Kraus*
> > > > Desenvolvedor
> > > >  eduardokr...@gmail.comhttp://blog.mxml.com.brhttp://
> > > twitter.com/EduardoKraus
> >
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