Concordo com você Fernando. Só acho que o termo importância (parâmetros vermelhos) pode continuar sendo discutido. Estamos caminhando para um consenso intermediário [1], inclusive criando convenções para tags como unclassified e track.
Tirando da discussão podemos dizer que: *motorway:* via pavimentada; obrigatoriamente 2 faixas por sentido; obrigatoriamente sem cruzamentos, semáforos ou lombadas; predominantemente com canteiro central; preferencialmente com acostamento; acessos e saídas especiais. *tertiary: *via pavimentada para acesso de conurbações pequenas *isoladas*, ou seja, que não sejam caminho para uma cidade; quando não pavimentada liga municípios. *unclassified:* via não pavimentada para acesso de conurbações pequenas * isoladas*. *track:* via não pavimentada onde só um veículo pode passar por vez. geralmente são as vias vicinais, aquelas que ficam entre os campos de plantação, ou dão acesso a uma sede de fazenda. Agora espero uma maior discussão para trunk, primary e secondary. Se for pra supersimplificar esse assunto, causando menos dúvidas, prefiro até que utilizamos todas as BRs pavimentadas como no mínimo trunk e todas as BRs não pavimentadas como secondary. Esse conceito é utilizado para as RNs da Argentina e rodovias nacionais na Austrália, e creio que seja copiado no Uruguai (esse último a hierarquia não tem normas formais na wiki). Claro que nas demais vias manteríamos os conceitos gerais de trunk, primary e secondary. O que acham? E entrando pela primeira vez no meio urbano aqui, acho MUITO bom o conceito de hierarquia que nós firmamos, que é: *motorway: *mesmo que no meio rural. *trunk: *via duplicada, com sinais, cruzamentos ou lombadas. *primary: *via muito importante para a cidade como um todo *secondary: *via muito importante para um conjunto pequeno de bairros *tertiary:* via muito importante para um bairro e demais... Só gostaria de adicionar alguns conceitos: 1- Ao invés de tratar apenas vias isoladas, tentar criar um sistema de * corredores*, mesmo que não oficial, ou informal com os outros colaboradores. É recomendável até começar abrir páginas na wiki para isso. Só não faço no momento para o Rio de Janeiro porque estou com tempo curto. 2- Sempre apliquem o *"predominantemente"*: se houver uma exceção em um pequeno trecho, relevem. Por exemplo, não é porque um trunk entrou numa rotatória ou num pequeno binário para voltar a ser uma via só que deixará de ser um corredor trunk. 3- *Evitem* utilizar *descontinuidade de hierarquias*. Por exemplo, não é necessário chamar um mergulhão/trincheira de motorway se ele sai e volta de uma trunk. Para isso servirá o sistema de corredores do primeiro conceito, nesse exemplo o corredor não deixará de ser trunk. Fiz um pequeno tutorial [2] sobre descontinuidade. 4- Utilizem o *bom senso* para adicionar vias de maior hierarquia que as próprias vias de acesso à cidade. Se a cidade não tem uma grande infraestrutura rodoviária (como rodoanéis ou arcos e uma rede de vias rápidas), não tem porque utilizar uma hierarquia maior. Vejam por exemplo: Votuporanga [3] e Fernandópolis [4] no interior de SP. Não é exatamente um erro, mas faz pouco sentido chamar de trunk todas as vias da cidade. Um abraço. [1]: Meu fluxograma com parâmetros intermediários: http://i.imgur.com/rcY2LC6.gif [2]: Tutorial sobre descontinuidade de hierarquias: http://i.imgur.com/xpuqmgm.gif [3]: Votuporanga/SP: http://osm.org/go/NqR~LW8 [4]: Fernandópolis/SP: http://osm.org/go/NqUkNm8_- Em 20 de maio de 2013 16:03, Fernando Trebien <fernando.treb...@gmail.com>escreveu: > Acho que a sua definição de "vicinal" é bem próxima de ser uma via não > pavimentada onde apenas 1 veículo pode passar por vez. Eu entendo por > que você usaria track para vias em mau estado, mas daí não sei se o > melhor não seria usar a tag "smoothness", proposta justamente pra isso > mas bem pouco usada (não sei de nenhum GPS que considere esse valor no > cálculo da rota). > > Então na sua opinão a ocorrência de semáforos deveria ser uma > característica para diferenciar motorways de trunk, certo? Sem > problemas, desde que todos concordem, acrescentamos essa > característica como requisito para ser "motorway" além dos que já > foram contemplados. > > O caso das pontes acho que seria uma exceção. Nesse caso, poderíamos > ignorar esse fator na classificação e, se ficarmos em dúvida entre 2 > classes, escolhemos a mais próxima da classificação do restante da via > (antes e depois da ponte). > > Eu assumo que as características sejam sempre "predominantes" e não > "absolutas" na via. Quer dizer, se houver um curto trecho em que uma > das características varia, isso não afeta a classificação de toda a > via - no máximo, afetaria a classificação daquele trecho, mas não > seria obrigatório. Agora se alguém decidir mudar o trecho baseado > nesses critérios, também não estaria errado. > > Eu entendo e concordo que "highway" deve ser a hierarquia, mas o que > estamos tentando decidir é como estabelecer essa hierarquia. Eu e você > podemos discordar sobre o nível hierárquico (ou de importância) de uma > via. Eventualmente, discutiríamos e chegaríamos a um consenso. Alguns > meses depois, outra pessoa poderia vir e reabrir a discussão. E assim > ficaríamos discutindo eternamente, cada vez com uma pessoa diferente, > que tem um senso subjetivo de importância diferente, como ficou bem > claro pela quantidade de critérios diferentes propostos nessa > discussão até agora. > > Você não concorda que a hierarquia tem efeitos colaterais sobre o > formato da via? Ou seja, que o formato "diz alguma coisa" (sem dizer > tudo, é claro) sobre a importância da via? > > Quando você analisa o contexto "local", você tem que ver que "local" > pode ser uma área muito pequena ou muito ampla, depende da pessoa que > está considerando. Por exemplo, se eu for calcular uma rota (com GPS > ou à olho) do Rio de Janeiro até Buenos Aires, o contexto local (a > relação hierárquica/de importância) das vias depende de comparações > numa área muito grande. Já se for fazer uma rota do Rio até Niterói a > relação hierárquica pode ser bem diferente porque as vias da região > são muito mais parecidas entre si. > > 2013/5/20 Pedro Geaquinto <pedrodi...@gmail.com>: > > A discussão está muito interessante! Desculpem pelo fluxograma estar meio > > mal explicado, podemos mudar juntos. > > Tentem fazer novas versões! > > > > Em 20 de maio de 2013 13:08, Fernando Trebien < > fernando.treb...@gmail.com> > > escreveu: > > > >> Eu concordo com tudo que o Pedro e o Gerald disseram (com o que o > >> Vitor disse sobre as BR-4xx eu precisaria estudar mais) e achei os > >> fluxogramas muito bons. > >> > >> Mas o problema que eu tentei abordar desde o começo é a ambiguidade > >> nas interpretações do que é comparativamente mais "importante" (qual o > >> raio de comparação?), do que é "vicinal", do que é uma "pequena" > >> conurbação, e até o do que é "paralela" (pois nenhuma via é > >> absolutamente reta). > > > > > > Vicinal: eu imaginei vicinal todas aquelas pequenas estradinhas que > passam > > entre os "lotes" de plantação (não sei o termo certo) e acessos a > chácaras, > > sítios e sedes de fazenda. Eu também utilizo "highway=track" para ruas de > > terra em péssimas condições, mas posso mudar. > > > > Pequena conurbação: nesse caso fica meio fora do contexto apenas "pequena > > conurbação", o termo que usei foi "acesso a pequena conurbação isolada". > A > > ênfase está em "isolada", ou seja, um distrito ou concentração rural que > não > > seja caminho para outro município. > > > > Paralela: imaginei uma cidade populosa com um caminho mais utilizado e um > > caminho alternativo. > > > >> > >> Foi muito bom marcar as coisas ambíguas em > >> vermelho no fluxograma para guiar o debate, mas eu marcaria algumas > >> coisas a mais. > >> > > > > Eu marquei essas coisas a mais com preto! Leia a legenda no fluxograma > que > > explica minha sugestão. Em preto são características que levam um pouco > de > > reflexão, em cinza são características físicas (podem ganhar um > "predomina" > > antes de cada pergunta) e em vermelho são características que devem ser > > discutidas por toda a comunidade. > > > >> > >> Acho melhor tentarmos nos concentrar nas características mensuráveis > >> da via para minimizar as nossas divergências. Parece que estamos nos > >> concentrando na classificação em área não-urbana, então vou considerar > >> apenas isso a seguir. > >> > >> Parece que todos concordam que uma "motorway" precisa ter 2 pistas, > >> acostamento, canteiro central, e (eu defendo) a alta velocidade. Se > >> faltar alguma dessas coisas, o máximo que ela poderia ser é "trunk". > > > > > > Não concordo em colocar na mesma medida acostamento com falta de > > cruzamentos! E falta de canteiros centrais em pequenos trechos não faz a > via > > deixar de ser motorway como um semáforo faria: isso é uma convenção > global > > no OSM. > > Não seria bom senso chamar a Ponte Rio-Niterói de trunk, aquilo é > claramente > > uma motorway, apesar de não ter acostamento (já teve inclusive no > passado). > > Em "restrições?", eu pensei nisso: "semáforos, lombadas e/ou > cruzamentos?" > > (com resposta invertida, claro) > > > >> > >> Para ser trunk, o Gerald e o Pedro parecem concordar que teria que ter > >> tudo isso exceto o canteiro central, e eu dispensaria a alta > >> velocidade também. (Em meio urbano, no entanto, uma trunk seria de > >> velocidade superior (80 km/h) à das avenidas principais (60 km/h) para > >> corresponder à definição no wiki.) > >> > >> Isso faria com que as primárias do Gerald que fossem duplicadas e > >> tivessem acostamento se tornassem "trunk" e concordaria com os > >> fluxogramas do Pedro. > >> > >> As primárias, então, seriam parecidas com as trunk, mas de pista > >> simples e com acostamento. Temos que pensar se o acostamento teria que > >> ser contínuo ou se aceitaríamos a sua ausência se houver refúgios com > >> certa frequência. > > > > > > Perfeita sua colocação. Se fôssemos considerar tudo ao pé da letra > iríamos > > restringir ainda mais as rodovias e tudo seria secondary, a não ser perto > > das regiões metropolitanas. Por isso que em cada característica física > > (marcada em cinza nos fluxogramas), deve-se perguntar se a característica > > predomina e não se ela é completamente absoluta na via em questão. Isso > com > > exceção em motorways, que o carregamento 2x2 deve prevalecer sempre. > > > >> > >> > >> As secundárias poderiam ser as duplicadas sem acostamento. Isso > >> indicaria que ainda comportam bastante tráfego mas não foram tão bem > >> projetadas e podem oferecer alguns riscos. Nesse grupo entrariam > >> algumas estradas de praticamente todos os níveis administrativos. > >> > >> (Acho que alguns prefeririam inverter essas duas definições anteriores > >> de acordo com o que acharem mais importante, segurança ou volume de > >> tráfego.) > >> > >> As terciárias seriam então as de pista simples sem acostamento e > >> pavimentadas. > >> > > > > Eu acho que dessa forma vai ficar muito destoante do resto do mundo. O > > acostamento não é fator decisivo. > > > >> > >> As não-classificadas (unclassified) seriam as de pista simples não > >> pavimentadas e largas o bastante para fluxo de veículos nos dois > >> sentidos em quase todo o seu percurso. Seria uma via que bastaria > >> pavimentar (sem ampliar) para se tornar terciária. > >> > > > > Excelente. A não ser quando liga dois municípios, aí é tertiary. Acho que > > vocês estão levando muito em consideração as caracterísiticas físicas! > Para > > isso servem as tags lanes, shoulder, surface... A tag highway é > > primariamente para HIERARQUIA. > > > >> > >> Por fim, sobrariam as trilhas (track) que seriam as de pista simples, > >> não pavimentadas, onde apenas 1 veículo pode passar por vez. > >> > > > > Gostei da definição. :) > > > >> > >> O que acham? Isso poderia virar uma tabela bem simples para um > >> principiante seguir sem ter dúvidas. > >> > >> 2013/5/20 Gerald Weber <gwebe...@gmail.com>: > >> > Oi Pedro > >> > > >> > seus fluxogramas ficaram muito legais, parabéns pelo esforço > >> > interpretativo. > >> > > >> > 2013/5/20 Pedro Geaquinto <pedrodi...@gmail.com> > >> >> > >> >> > >> >> - Um muito próximo do que está escrito na wiki, que é a interpretação > >> >> livre do Gerald: http://i.imgur.com/2IAfQT7.gif > >> > > >> > > >> > Eu notei que há várias partes na wiki descrevendo as hierarquias das > >> > rodovias e que não parecem consistentes entre sí. Acho que vamos ter > de > >> > fazer uma busca geral. > >> > > >> > Sobre este fluxograma, acho que não ficou muito claro as caixas com > >> > "vicinal" no caso de rodovias não-pavimentadas e "restrições" no caso > >> > de > >> > motorway. Eu trocaria "restrições" por "tem canteiro central, acessos > >> > especiais e não tem cruzamentos?" ou algo assim. > >> > > >> > Trocaria "vicinal" por "é de uso constante, larga e tem manutenção > >> > periódica?" > >> > > >> >> > >> >> > >> >> - Um intermediário da minha sugestão. Só com alguns parâmetros a mais > >> >> que > >> >> adicionei, para padronizar por exemplo o uso de "unclassified": > >> >> http://i.imgur.com/rcY2LC6.gif > >> > > >> > > >> > Ficou interessante também. > >> > > >> >> > >> >> > >> >> - Minha sugestão. Com o conceito de "importância" que depende da > >> >> interpretação da comunidade: http://i.imgur.com/MsqrZlp.gif > >> > > >> > > >> > Não querendo puxar a sardinha para a minha brasa, mas este fluxograma > é > >> > o > >> > que melhor mostra a complexidade em optar por este esquema de > >> > classificação. > >> > > >> >> > >> >> > >> >> > >> >> Ah, e quanto a essa questão (meio off) de que se houvesse > >> >> infraestrutura > >> >> não haveria essa indagação: foi exatamente assim que eu comecei a me > >> >> questionar. Essas vias que eu sugiro serem marcadas como trunk, por > >> >> serem > >> >> mais importantes que meras primary, deveriam ter sido duplicadas há > >> >> tempos > >> >> pelo tráfego pesado que recebem. Acaba que no Brasil temos corredores > >> >> muito > >> >> importantes com um formato totalmente desproporcional. É um atraso > que > >> >> temos > >> >> no país, infelizmente. > >> >> > >> > > >> > O país é gigante e pobre, e suas prioridades tem hora são muito > >> > estranhas. > >> > Não vejo como o resultado pudesse ser muito diferente. > >> > > >> > Nem por isto podemos marcar as rodovias pelo que elas deveriam ser, > quer > >> > dizer, não faz sentido marcar uma rodovia como trunk por que ela > deveria > >> > ser > >> > duplicada mas não é. > >> > > >> > mais uma vez obrigado por esta sistematização. > >> > > >> > abraço > >> > > >> > Gerald > >> > > >> > _______________________________________________ > >> > Talk-br mailing list > >> > Talk-br@openstreetmap.org > >> > http://lists.openstreetmap.org/listinfo/talk-br > >> > > >> > >> > >> > >> -- > >> Fernando Trebien > >> +55 (51) 9962-5409 > >> > >> "The speed of computer chips doubles every 18 months." (Moore's law) > >> "The speed of software halves every 18 months." (Gates' law) > >> > >> _______________________________________________ > >> Talk-br mailing list > >> Talk-br@openstreetmap.org > >> http://lists.openstreetmap.org/listinfo/talk-br > > > > > > > > _______________________________________________ > > Talk-br mailing list > > Talk-br@openstreetmap.org > > http://lists.openstreetmap.org/listinfo/talk-br > > > > > > -- > Fernando Trebien > +55 (51) 9962-5409 > > "The speed of computer chips doubles every 18 months." (Moore's law) > "The speed of software halves every 18 months." (Gates' law) > > _______________________________________________ > Talk-br mailing list > Talk-br@openstreetmap.org > http://lists.openstreetmap.org/listinfo/talk-br >
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