Justamente: eu tenho paciência para decidir a regra geral. Para tratar
de cada caso eu prefiro ter um guia bastante claro pra não ter que
ficar batendo boca com quem tem a boa intenção de colaborar. Se
tivesse que fazer assim, eu simplesmente desistiria de colaborar -
primeiro porque haveria várias pessoas opininando de formas
contraditórias sobre as minhas edições, e depois porque eu teria que
fazer a mesma coisa com várias outras pessoas.

Eu concordo que classificar de baixo pra cima faz sentido pelo menos
para os níveis mais baixos da classificação (que no Brasil são
relativamente livres). Já os niveis mais altos (a partir de primary)
eu acho que outras características têm mais impacto. Isso porque a
classificação afeta a renderização do mapa (vias de classificação
menor não aparecem nos níveis de ampliação mais altos) e também o
roteamento (roteadores diferentes tendem a certas velocidades por tipo
de via, e existe até um artigo no wiki estabelecendo qual velocidade
presumir por via).

Se dissociarmos completamente desses efeitos, então teremos que:
- adicionar a tag "maxspeed" a todas as vias (muito mais trabalho para
que o roteamento funcione coerentemente) e decidir como preencher esse
valor quando não houver sinalização relativa à velocidade
- assumir que a forma com que a via é desenhada pouco indica as suas
características gerais (acho que reduziria drasticamente o valor
utilidade do mapa para o usuário final)
- assumir que algumas vias "importantes" (subjetivo) não serão
exibidas em certos níveis de ampliação, e outras menos importantes
serão (seria o caso de uma rodovia que, em certo trecho, talvez até
longo, só cruza vias residenciais - classificando de baixo para cima,
à risca, o trecho seria uma terciária)

Enfim, acho que devemos nos orientar pela utilidade dos critérios sugeridos.

Eu penso que para um motorista "médio" o útil é usar estradas mais
"rápidas" (contemplado na maioria dos GPSs) e mais "seguras"
(geralmente negligenciado por mapas e por GPSs). Pavimentação, número
de pistas e acostamento afetam a segurança. Pavimentação, número de
pistas e frequência das obstruções (semáforos e cruzamentos sem
preferência) afetam a velocidade. Estar pavimentado, nesse caso, quer
dizer sem muitos buracos (e isso abriria outro ramo da discussão...).
Ser rápido significaria ter pouco trânsito (abrindo ainda outro ramo).
Talvez esses dois fatores não sejam mensuráveis e não devessem ser
considerados a menos que tivéssemos fontes confiáveis.

Não importa muito se a via liga duas cidades grandes ou se liga uma
via maior a uma conurbação pequena, o caminho simplesmente é bom se
essas características forem favoráveis para os principais objetivos
(velocidade e segurança).

Eu acho que uma via que termine numa cidade pequena poderia ter
classificação mais livre desde que fosse o único caminho até ela. Mas
se alguém um dia contruir uma continuação até outra via, a
classificação poderia mudar. Se nos basearmos mais em características
mensuráveis, a tendência seria de não mudar.

2013/5/20 Nelson A. de Oliveira <nao...@gmail.com>:
> 2013/5/20 Pedro Geaquinto <pedrodi...@gmail.com>:
>> 4- Utilizem o bom senso para adicionar vias de maior hierarquia que as
>> próprias vias de acesso à cidade. Se a cidade não tem uma grande
>> infraestrutura rodoviária (como rodoanéis ou arcos e uma rede de vias
>> rápidas), não tem porque utilizar uma hierarquia maior. Vejam por exemplo:
>> Votuporanga [3] e Fernandópolis [4] no interior de SP. Não é exatamente um
>> erro, mas faz pouco sentido chamar de trunk todas as vias da cidade.
>
> Eu já conversei com algumas pessoas que mapeiam as vias principais da
> cidade como trunk (como os exemplos que você citou) e basicamente
> dizem que é o certo, porque está na wiki
> (http://wiki.openstreetmap.org/wiki/Pt-br:How_to_map_a#Categoriza.C3.A7.C3.A3o_de_vias).
> (eu não tenho paciência pra discutir o que é certo ou não é)
>
> Só minha opinião, mas cidade deveria ser mapeada de "baixo para cima":
> ruas da cidade como residential, ruas mais importante em tertiary,
> caso necessário, vias maiores e principais como secondary e assim por
> diante. É uma hierarquia, afinal. Caso não haja necessidade em se
> utilizar uma classificação maior (primary ou trunk), então deixa sem
> (e não começar mapeando já utilizando de cara uma via com
> classificação maior, como trunk).
> Podem dizer que é um critério muito subjetivo, mas eu ainda acredito
> que para áreas urbanas é o que encaixa melhor. Funciona muito bem em
> cidades menores, por exemplo (onde claramente existem as ruas
> principais (tertiary) e as avenidas duplicadas (secondary)).
>
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Fernando Trebien
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