Se eu estou entendendo, você define ~P como int(X\P), ~ usado para negação intuicionista. Mas, para alguns modalistas, isto seria precisamente Necessário¬P. Curioso isto.
Em 24 de abril de 2012 15:23, Joao Marcos <botoc...@gmail.com> escreveu: > > A noção de conseqüência é esta: > > > > "P |- Q" quer dizer "P está contido em Q"... > > Suponho, além disso, que "P, ~P |- Q" quer dizer que "(P meet ~P) está > contido em Q"? Bom, se for este o caso você já tem a resposta para a > sua pergunta... > > JM > > > > On Tue, Apr 24, 2012 at 2:17 PM, Joao Marcos <botoc...@gmail.com> wrote: > >> > >> Viva, Eduardo: > >> > >> Para decidir se um certo operador de "negação" é paraconsistente você > >> precisa antes definir qual a noção de *consequência* com a qual está > >> trabalhando. (A relação de ordem "natural" do seu espaço topológico?) > >> > >> Joao Marcos > >> > >> > >> PS: a co-implicação é importante nesta história, sim --- embora os > >> paraconsistentistas raramente tenham apontado isso > >> > >> > >> 2012/4/24 Eduardo Ochs <eduardoo...@gmail.com>: > >> > Supondo que não vá pegar mal eu fazer uma pergunta bem ingênua sobre > >> > negações paraconsistentes, lá vai... > >> > > >> > O meu modo preferido de pensar em lógica(s) intuicionista(s) tem sido > >> > fixar um espaço topológico (X, O(X)) e aí dizer que os meus valores de > >> > verdade vão ser os ABERTOS desse espaço topológico. Aliás, acho que é > >> > melhor eu explicar de outra forma: ao invés de pensar em "lógica > >> > intuicionista em geral" eu tenho preferido começar escolhendo um > >> > espaço topológico (X, O(X)) e aí olhar pra álgebra dos abertos dele, > >> > que é uma Álgebra de Heyting - ou seja, dá pra interpretar cálculo > >> > proposicional nela - e aí eu trabalho nessa Álgebra de Heyting. > >> > Defino: > >> > > >> > um "valor de verdade clássico" em (X, O(X)) é um subconjunto > >> > qualquer de X, > >> > > >> > um "valor de verdade intuicionista" em (X, O(X)) é um suconjunto > >> > aberto de X, > >> > > >> > o "verdadeiro", o "falso", a conjunção e a disjunção > >> > "intuicionistas" são definidos da mesma forma que as suas versões > >> > "clássicas" - são o X, o vazio, a interseção e a união de > >> > subconjuntos, > >> > > >> > a implicação clássica (P ->_C Q) é a união de (X \ P) e Q, > >> > > >> > a implicação intuicionista (P ->_I Q) é o interior de (P ->_C Q), > >> > > >> > a negação clássica é not_C P = (P ->_C F) = (X \ P), > >> > > >> > a negação intuicionista é not_I P = (P ->_I F) = int (X \ P). > >> > > >> > e repare que a operação "interior" transforma qualquer valor de > >> > verdade clássico num intuicionista. > >> > > >> > Se o nosso espaço topológico (X, O(X)) é Alexandroff a gente tem uma > >> > operação "cointerior": o interior de P é o maior aberto contido em P, > >> > e o cointerior de P é o menor aberto contendo P. Isto gera uma > >> > "coimplicação" - que não interessa agora - e uma "conegação": a > >> > conegação de P é o menor aberto contendo o complemento de P. > >> > > >> > Agora eu posso fazer a minha pergunta: essa conegação é uma negação > >> > paraconsistente? > >> > > >> > Obrigado! =) > >> > [[]], Eduardo > >> > >> -- > >> http://sequiturquodlibet.googlepages.com/ > > > > > > > > -- > http://sequiturquodlibet.googlepages.com/ > _______________________________________________ > Logica-l mailing list > Logica-l@dimap.ufrn.br > http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l > _______________________________________________ Logica-l mailing list Logica-l@dimap.ufrn.br http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l