Supondo que não vá pegar mal eu fazer uma pergunta bem ingênua sobre negações paraconsistentes, lá vai...
O meu modo preferido de pensar em lógica(s) intuicionista(s) tem sido fixar um espaço topológico (X, O(X)) e aí dizer que os meus valores de verdade vão ser os ABERTOS desse espaço topológico. Aliás, acho que é melhor eu explicar de outra forma: ao invés de pensar em "lógica intuicionista em geral" eu tenho preferido começar escolhendo um espaço topológico (X, O(X)) e aí olhar pra álgebra dos abertos dele, que é uma Álgebra de Heyting - ou seja, dá pra interpretar cálculo proposicional nela - e aí eu trabalho nessa Álgebra de Heyting. Defino: um "valor de verdade clássico" em (X, O(X)) é um subconjunto qualquer de X, um "valor de verdade intuicionista" em (X, O(X)) é um suconjunto aberto de X, o "verdadeiro", o "falso", a conjunção e a disjunção "intuicionistas" são definidos da mesma forma que as suas versões "clássicas" - são o X, o vazio, a interseção e a união de subconjuntos, a implicação clássica (P ->_C Q) é a união de (X \ P) e Q, a implicação intuicionista (P ->_I Q) é o interior de (P ->_C Q), a negação clássica é not_C P = (P ->_C F) = (X \ P), a negação intuicionista é not_I P = (P ->_I F) = int (X \ P). e repare que a operação "interior" transforma qualquer valor de verdade clássico num intuicionista. Se o nosso espaço topológico (X, O(X)) é Alexandroff a gente tem uma operação "cointerior": o interior de P é o maior aberto contido em P, e o cointerior de P é o menor aberto contendo P. Isto gera uma "coimplicação" - que não interessa agora - e uma "conegação": a conegação de P é o menor aberto contendo o complemento de P. Agora eu posso fazer a minha pergunta: essa conegação é uma negação paraconsistente? Obrigado! =) [[]], Eduardo On Tue, Apr 24, 2012 at 10:03 AM, Marcelo Esteban Coniglio < meconig...@gmail.com> wrote: > Caro Tony, > > A Tamar Lando, estudante de doutorado em Berkeley sob a orientação de > Paolo Mancosu e Barry Stroud, está realizando um excelente trabalho > mostrando a conexão entre lógicas modais, topologia, medida e > probabilidades. Eis sua pagina > http://philosophy.berkeley.edu/people/detail/66 > > Veja seus papers online em > http://philosophy.berkeley.edu/people/files/66 > > Talvez a abordagem da Tamar, combinada com os estudos do Jean-Yves > Béziau e do João Marcos mostrando as conexões entre lógica modal e > paraconsistência, possam ser úteis para sua pesquisa. > > Abraço, > > Marcelo > > 2012/4/23 Tony Marmo <marmo.t...@gmail.com>: > > Dear friends, colleagues and Professors, > > > > > > > > I write to inquire on the issue of interpreting the consistency operator > ° > > as a modal one, either necessity or possibility. > > > > > > > > 1. Are there any works which, from the perspective of neighbourhood > > semantics, treat it as necessity operator, i.e., °A means that [[A]] > belongs > > to N(w)? > > > > > > > > 2. Are there any works which, by another topological approach, treat °A > as > > necessity operator defined as the interior, i.e., [[°A]]= int[[A]]? > > > > > > > > 3. 2. Are there any works which, by another topological approach, treat > °A > > means the closure of [[A]]? > > > > > > Please, feel free to write me any thoughts you might have on the issue. > > > > > > Thank you very much. > > > > > > Very best regards, > > > > > > Tony Marmo > _______________________________________________ > Logica-l mailing list > Logica-l@dimap.ufrn.br > http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l > _______________________________________________ Logica-l mailing list Logica-l@dimap.ufrn.br http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l