On Jun  3, 2008, "Felipe Augusto van de Wiel (faw)" <[EMAIL PROTECTED]> wrote:

> As interpretações agressivas e a "Síndrome do Chifre na Cabeça do
> Cavalo" são o que geram as discussões e os conflitos, como eu disse
> em outra mensagem ao Pablo, o tom é importante.

É importante mesmo.  Estou voltando nessa thread, agora que as coisas
deram uma esfriadinha, pra chamar a atenção para *quão* importante é
isso que você falou.

Não leve a mal o que vai ler, é um conselho pra você e pra tanta gente
aqui em nosso meio que não dá muita atenção para essas coisas no canal
de saída, mas que sente muito no canal de entrada.  Conselho de amigo,
com aquelas coisas que só um amigo de verdade teria coragem de dizer
assim na cara.  Conselho de amigo que acabou de entrar nesse mundo
diferente de prestar atenção cuidadosa a esses "detalhes", e que vem
colhendo bons frutos disso.

Escrevi a mensagem de forma que não peça uma resposta, pois acho
desnecessário.  O passo seguinte que recomendo, após a leitura, é
introspecção e pensamento a respeito, deixar passar algum tempo, e
depois ler novamente, talvez voltando ao debate para percebê-lo sob
outra perspectiva.  Mas, se quiser comentar algum ponto, fique
inteiramente à vontade.


Primeiro, deixa eu lembrar de como eu entrei no debate:

  Por favor, leia tudo que eu escrever abaixo entre (-: :-) imaginando
  um Oliva bem sorridente, ainda que um pouquinho irônico.  Se você
  ler isso imaginando um Oliva de cara fechada, vai ficar chateado e a
  gente vai acabar brigando.  Não quero brigar.

  > ela é fornecida [...]

  (-: por quem? :-)

  > Debian *não* distribui pacotes não-livres, 

  (-: Err...  Quem é que cria e distribui o non-free do Debian, então? :-)

  (-: Ah, peraí, não é do Debian.  Quem é que cria e distribui o
      non-free do...  de...  erhm...  *para* o Debian GNU/Linux? :-)


Você responde a outros pontos com um monte de divagações, suposições,
insinuações, ataques pessoais e teorias de perseguição ao Debian, mas
não responde ao que está acima, que teria resolvido o debate já em seu
início.


Respondo também ao Marcelo Akira, e você entrou de quatro patas
(qualquer relação com o cavalo que tem chifre na cabeça é mera
coincidência :-)

        - Não foi isso que ele perguntou.
        - Meu nick não é uma sigla, você não precisa "gritá-lo".
        - As respostas não são óbvias e eu não as deixei de fora
          graciosamente, deixei-as de fora por saber que a
          discussão não será *produtiva* nem *saudável* com você.


Depois a gente descobriu que foi, sim, o que ele perguntou; que não
era seu nick e sim suas iniciais; que as respostas eram de fato óbvias
e que, se suas intenções eram encerrar o debate, teria sido bem mais
produtivo admitir logo a verdade em vez de fazer todo um carnaval
antes.  E ainda insinuou que o debate era OT!


Quanto ao tom, eu imagino que fosse mesmo mais conveniente quando eu
perdia a paciência e acabava falando besteira.  Não conte mais com
isso.  Sugiro que, ao invés de fazer especulações e colocar em dúvida
o tom que eu disse já no início do debate que pretendia utilizar, e
que você confirmou que eu tinha conseguido manter ao longo do debate
(pelo menos até o momento em que confirmou), preste mais atenção ao
seu próprio tom.

As interpretações agressivas sobre que você falou na mensagem à qual
estou respondendo são lamentáveis, mas fica claro que acontecem dos
dois lados.  Como comunicação tem duas pontas e já andamos nos
estranhando recentemente, fica bem difícil distinguir quanto da
interpretação agressiva vem do que de fato o autor escreveu e quanto
vem da interpretação do leitor.  Certamente nós dois estamos
hipersensibilizados a qualquer coisa que pareça agressão que venha do
outro.  Agora, convenhamos, chamar o que o outro acha importante de
"Síndrome do Chifre na Cabeça do Cavalo" também não é de bom tom, é
até desrespeitoso.

Em várias passagens do debate, foi bastante desagradável ler as coisas
do jeito que você escrevia e engolir as provocações pra não escalar a
briga.  Se eu nao tivesse um compromisso de cumprir uma missão pelo
bem comum, provavelmente teria deixado você falando sozinho.

Um exercício difícil, mas valioso, é ler um debate novamente,
colocando-se na posição de seu interlocutor, tentando imaginar como
você reagiria lendo o que você mesmo escreveu, estando na pele do
interlocutor, tentando excluir o benefício de saber o que você
pretendia dizer.  Se tiver memória ruim como a minha, fica mais fácil
ainda fazer isso, pois você realmente não terá o benefício de saber :-)

Pense nessas coisas, como eu pensei, e tente dar uma melhorada, como
eu tenho tentado.  Parece que não só tenho conseguido me convencer de
que tenho melhorado, mas também tenho obtido resultados melhores nos
debates em que me envolvo.  De fato, não são poucos, o que torna ainda
mais importante o aprendizado.

Um abração,

-- 
Alexandre Oliva         http://www.lsd.ic.unicamp.br/~oliva/
Free Software Evangelist  [EMAIL PROTECTED], gnu.org}
FSFLA Board Member       ¡Sé Libre! => http://www.fsfla.org/
Red Hat Compiler Engineer   [EMAIL PROTECTED], gcc.gnu.org}
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