[Logica-l] O PROBLEMA DA DEONTOLOGIA E A DIVERSIDADE DE LÓGICAS

2020-09-17 Por tôpico Antonio Marmo
Caros membros da lista,

Há várias formas de abordar um mesmo problema filosófico e vários gêneros 
discursivos para apresentar uma mesma abordagem.  A apresentação pode tornar 
mais fácil expressar ou não certas questões.

No caso das lógicas multimodais (vide Carnielli e Pizzi) o uso de parâmetros na 
formação dos operadores é um grande recurso expressivo. Porém, em linguagem 
formal ainda é difícil expressar uma questão crucial que é a separação entre o 
doxástico e o deôntico, a saber, se quando se fala de uma injunção, está-se a 
falar da mera opinião individual de alguém que quer prescrever regras e 
comportamentos, ou de uma convenção que de fato o coletivo aceita.

Essa questão está bem melhor expressa por exemplo no seguinte monólogo da 
“”Antígona” lido belamente por Andréia Beltrão:

https://globoplay.globo.com/v/7931318/

Uma tentativa de trazer de algum modo esta percepção consiste em introduzir 
operações nos parâmetros, ou seja, falar por exemplo da união deles.

Mas, mesmo a essas operações escapará um complicador já percebido por 
antropólogos de que não apenas os indivíduos de um mesmo coletivo têm morais 
diferentes, mas que os valores e as regras variam de coletivo para coletivo. 
Essa variação pode ser pequena, como a regra do que fazer com um presente de 
aniversário: em várias partes do Brasil o aniversariante deve abrir o embrulho 
do presente na frente do convidado, enquanto em outras o aniversariante deve 
guardar o embrulho fechado e só abrir depois (ao cavalo dado não se olham os 
dentes). Outro exemplo já envolve diferenças maiores como a indumentária: de 
país para país e de região para região, e mesmo de religião para religião, 
varia o padrão de vestimenta considerado aceitável, e há mesmo sociedades onde 
as pessoas não se vestem ou aceitam a nudez em público, como é o caso de 
indígenas, dos gregos antigos e das atuais comunidades de nudistas.

Já se tentou no passado usar da lógica para formular melhor prescrições, tanto 
gramaticais quanto jurídicas e morais. Essas tentativas não contemplaram os 
anseios dos que buscavam uma deontologia universal, pois de qualquer forma os 
resultados dependiam das premissas adotadas.

As modernas democracias tentam responder à questão da seguinte forma: aceita-se 
que cada um tenha sua moral, que haja uma liberdade de costumes, juntamente com 
as de opinião e expressão, e que se adotem umas poucas regras de boa 
convivência. Esses são valores democráticos e racionais. Porém, um princípio 
assim é difícil de captar numa linguagem formalizada.

Diante dessas questões a atual diversidade lógica se mostra útil, porém 
insuficiente como instrumento para uma completa apreensão racional das coisas.

https://independent.academia.edu/TonyMarmo/

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[Logica-l] A Analogia Geométrica

2020-09-05 Por tôpico Antonio Marmo
Caros amigos, mestres e colegas,

Um tema que foi caro nas discussões lógicas por um bom tempo foi a chamada 
“analogia geométrica”. Simplificando bem o assunto, trata-se de um argumento a 
favor do relativismo lógico: como há mais de um tipo de geometria legítimo, 
pode-se pensar o mesmo acerca da pluralidade de lógicas legítimas.

Todavia, Nicholas Rescher, que é relativista, não achou este um argumento muito 
forte a favor do relativismo. Contra as objeções de Rescher se levantou Graham 
Priest, defendendo a analogia geométrica.

Pois bem, o seguinte liame aponta para um artigo de Luís Estrada-González que 
contra-argumenta Priest e Rescher ao mesmo tempo:

“The Geometric Analogy and the Idea of Pure Logic”

https://www.academia.edu/318015/The_Geometric_Analogy_and_the_Idea_of_Pure_Logic?email_work_card=title

O argumento central do artigo de Estrada-González é o de que a ideia de uma 
lógica pura faz sentido no cenário atual da lógica, pois a lógica não tem 
necessariamente de ser aplicada, como ele pensa ser a ideia de Rescher.

Eu já respondo o seguinte, como leitor de Rescher, que não é exatamente isso o 
que Rescher quer dizer. Estrada-González caiu num erro: o de que se a 
disciplina não é pura então é necessariamente aplicada. Na verdade, o que 
Rescher quer dizer ao afirmar que não há uma lógica pura, é que a disciplina 
lógica não versa sobre temas vazios: tem-se sempre de abordar um assunto 
importante para poder construir algo. É possível, obviamente, tentar uma 
abordagem que seja tão abstrata, mas tão abstrata, que não tenha assunto. 
Porém, Rescher ensina que nesses casos a construção final fracassará. O que 
guia a construção e possibilita seu sucesso é o assunto.

https://independent.academia.edu/TonyMarmo

>> On 5 Sep 2020, at 07:52, Julio Stern  wrote:
> 
> Caro Alexandre: 
> Vi dois videos, e achei ambos muito ruins. 
> 
> 1) Steihaus Problem: 
> No caso da divisao do bolo em 3 pedacos, a Eugenia da a entender que seria 
> perfeitamente razoavel "dar" a 4a fatia para uma 4a pessoa, pois cada um dos 
> 3 irmaos ja estariam "satisfeitos" com o que receberam. 
> Creio que esta interpretacao esta totalmente errada: Apos receberem o seu 
> primeiro pedaco, cada irmao pode sentir nao nao foi prejudicado em relacao ao 
> que receberam os outros irmaos, mas pode estar muito prustrado em relacao ao 
> que achava que deveria receber em uma divisao equitativa do total. Para 
> ilustar este ponto, no caso de tres irmaos, faca-se o primeiro corte [1/2, 
> 1/4, 1/4] e vejam como o jogo prossegue. 
> 
> 2) O problema da escala bem temperada de Bach e da afinacao do cravo em seus 
> preludios e fugas. 
> Neste video ela realmente enfia o pe na jaca:  
> O problema era que o pessoal nao sabia calcular  x^(1/12) ?!   
> Faca-me o favor! 
> Pior eh que no youtube ha muitos bons videos explicando diversos afinamentos 
> de escalas musicais (Pytagorico, Justo(s) Mesotonico, etc.) 
> O video esta cheio de explicaoes erradas e erros historicos crassos... e esta 
> Sra alem de matematica eh musica?  Ha algo errado ai. 
> 
> ---Julio Stern 
>  
>
>  
> 
> From: Alexandre Rademaker 
> Sent: Saturday, September 5, 2020 12:28 AM
> To: Lista acadêmica brasileira dos profissionais e estudantes da área de 
> LOGICA 
> Subject: Re: [Logica-l] categorias e inclusão
>  
> 
> As apresentações dela no Youtube são muito boas!
> 
> 
> > On 4 Sep 2020, at 21:14, Joao Marcos  wrote:
> > 
> > Agora no New York Times:
> > https://www.nytimes.com/2020/09/04/books/review/x-y-mathematicians-manifesto-gender-eugenia-cheng.html
> > 
> > JM
> > 
> > On Tue, Jul 28, 2020, 15:59 Joao Marcos  wrote:
> > Book review:
> > 
> > Equity: a mathematician shares her solution
> > (by Eugenia Cheng)
> > 
> > "Look beyond gender — if research thrives on collaboration, a book
> > asks, why do we reward individualism?"
> > https://www.nature.com/articles/d41586-020-02205-8
> > 
> > 
> > Bom conferir também:
> > http://eugeniacheng.com/inclusivity/
> > 
> > 
> > JM
> 
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Re: [Logica-l] Fwd: Glossário inglês-português

2020-08-31 Por tôpico Antonio Marmo

Parabéns ao Desiderio pela iniciativa e pelo trabalho.

O problema de traduções que tomam os cognatos falsos pelo que eles aparentam é 
mais frequente do que se podia esperar. Há campos em que essa prática até 
prevalece, donde textos confusos e sem muito sentido surgem. Juntem-se a isso 
umas hipóteses exdrúxulas colocadas no início de alguns trabalhos, dados mal 
coletados e pronto: uma linha de pesquisa inteira perde a credibilidade.

Os glossários são necessários, extremamente necessários e pelo visto o amigo 
Desiderio trouxe uma contribuição muito boa nesse sentido. O que falta? Falta 
as demais pessoas terem a disciplina e a clareza de usar esse glossário, ou 
então de buscar aos dicionários as alternativas. Portanto, o que se há de fazer 
agora é conscientizar as pessoas e incentivar a consulta.


https://independent.academia.edu/TonyMarmo

> On 31 Aug 2020, at 09:31, Julio Stern  wrote:
> 
> 
> Caros: 
> Ha 20 anos visitei a Universidade Tecnica de Eindhoven, na Holanda. 
> Esta eh uma universidade de 1a linha na area de Engenharia, trabalhando com o 
> suporte do centro de desenvolvimento da Philips, que fica na mesma cidade. 
> Todas as disciplinas de pos-graduacao, a muitas das de graduacao na TU 
> Eindhoven eram ministradas em Ingles. 
> Espantei-me com a ideia, para mim entao uma novidade. 
> A logica dos uso das linguas, conforme me foi explicado pelo pessoal local, 
> seguia de perto o poema de Fernando Pessoa, citado pelo Joao Marcos. 
> Ademais, me disseram os Holandeses, queremos atrair os melhores alunos da 
> Europa e do mundo e, neste contexto, Nao eh razoavel pedir a um potencial 
> aluno que aprenda Holandes. Depois que ele estiver por aqui, para melhor 
> sentir e se integrar com nossa vida e cultura, ele pode ate aprender nossa 
> lingua do coracao. 
> Me prece uma boa abordagem. Todavia, creio que no Brasil, poderiamos tentar 
> fazer isto em algumas Universidades selecionadas, mas nao em todas, nem mesmo 
> na maioria. 
> ---Julio Stern 
> 
>  
> 
> From: Joao Marcos 
> Sent: Monday, August 31, 2020 12:06 PM
> To: Desiderio Murcho 
> Cc: Lista acadêmica brasileira dos profissionais e estudantes da área de 
> LOGICA 
> Subject: Re: [Logica-l] Fwd: Glossário inglês-português
>  
> > Recentemente, vi “anecdote” traduzido por “anedota”, o que realmente é uma 
> > anedota.
> 
> E eu vi na semana passada "anecdotal evidence" traduzido por
> "evidência anedótica". :-)
> 
> > Do meu ponto de vista, a língua portuguesa deveria ser abandonada
> > nas escolas e universidades, e dever-se-ia passar a usar só o inglês.
> > Evitar-se-ia talvez assim que um académico se veja na situação trágica
> > de nem saber escrever português corretamente, nem inglês com elegância
> > e abrangência, por oposição ao inglês meramente técnico.
> 
> "Usando do inglês como língua científica e geral, usaremos do
> português como língua literária e particular.  Teremos, no império
> como na cultura, uma vida doméstica e uma vida pública.  Para o que
> queremos aprender leremos inglês; para o que queremos sentir,
> português.  Para o que queremos ensinar, falaremos inglês, português
> para o que queremos dizer."
> — Fernando Pessoa, "Babel — or the Future of Speech", excerto de "As
> Cinco Línguas Imperiais", 1930s
> 
> 
> Enquanto não adotamos a atual língua franca da ciência ao menos dentro
> dos câmpi universitários, vou lutando para reduzir o assassinato da
> língua portuguesa nos mesmos...
> Joao Marcos
> 
> -- 
> http://sequiturquodlibet.googlepages.com/
> 
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Re: [Logica-l] Elliott Mendelson (May 24, 1931 - May 7, 2020)

2020-08-08 Por tôpico Antonio Marmo
Triste notícia!
É um bom livro e realmente muito adotado.
Fica o legado de um homem que dedicou sua longa vida à pesquisa e o ensino.

https://independent.academia.edu/TonyMarmo

> On 8 Aug 2020, at 17:55, Ítalo Oliveira  wrote:
> 
> 
> Olá a todos e todas,
> 
> Em apreço à memória do Prof. Mendelson, informo aqui o seu recente 
> falecimento.
> 
> https://www.dignitymemorial.com/obituaries/great-neck-ny/elliott-mendelson-9173757
>  
> 
> https://en.wikipedia.org/wiki/Elliott_Mendelson 
> 
> Creio que muitos aqui conhecem o seu famoso livro de introdução à lógica.
> 
> Respeitosamente,
> 
> Ítalo Oliveira
> Blog Not So Short Notes
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Re: [Logica-l] on the Synthese special issue on *Varieties of Entailment*, dedicated to the memory of Carolina Blasio

2020-07-16 Por tôpico Antonio Marmo
Já se passaram três anos! 
A todos os que participaram do volume meus comprimentos, o resultado final 
ficou interessante.
São 16 trabalhos, portanto, bastante produção! E há um liame temático 
subjacente organizando tudo. Temos material de leitura novo para essa era de 
confinamento, portanto.

Bom trabalho a todos.

https://independent.academia.edu/TonyMarmo

> On 15 Jul 2020, at 16:30, Joao Marcos  wrote:
> 
> O belo editorial do volume da Synthese dedicado à memória de Carolina
> Blasio está finalmente online:
> https://doi.org/10.1007/s11229-020-02778-x
> https://rdcu.be/b5DtB
> 
> ###
> 
> Estes são os artigos que compõem o *Varieties of Entailment*.
> Todos estão livremente disponíveis online.
> 
> 1. Sergey Drobyshevich, “Tarskian consequence relations bilaterally:
> some familiar notions”
> https://doi.org/10.1007/s11229-019-02267-w
> https://rdcu.be/b5Duw
> 
> 2. Yaroslav Shramko and Heinrich Wansing, “The nature of entailment:
> an informational approach”
> https://doi.org/10.1007/s11229-019-02474-5
> https://rdcu.be/b5Duy
> 
> 3. Eduardo Barrio, Federico Pailos, and Damian Szmuc,
> “(Meta)Inferential Levels of Entailment beyond the Tarskian Paradigm”
> https://doi.org/10.1007/s11229-019-02411-6
> https://rdcu.be/b5Duz
> 
> 4. Rohan French and David Ripley, “Two Traditions in Abstract
> Valuational Model Theory”
> https://doi.org/10.1007/s11229-019-02447-8
> https://rdcu.be/b5DuA
> 
> 5. Emmanuel Chemla and Paul Egré, “From Many-Valued Consequence to
> Many-Valued Connectives”
> https://doi.org/10.1007/s11229-019-02344-0
> https://rdcu.be/b5DuD
> 
> 6. Arnon Avron, “Quasi-canonical Systems and Their Semantics”
> https://doi.org/10.1007/s11229-018-02045-0
> https://rdcu.be/b5DuF
> 
> 7. Sergio Marcelino and Carlos Caleiro, “Axiomatizing
> non-deterministic many-valued generalized consequence relations”
> https://doi.org/10.1007/s11229-019-02142-8
> https://rdcu.be/b5DuH
> 
> 8. Elaine Pimentel, Luiz Carlos Pereira, and Valeria de Paiva, “An
> Ecumenical Notion of Entailment”
> https://doi.org/10.1007/s11229-019-02226-5
> https://rdcu.be/b5DuJ
> 
> 9. Peter Verdée, “Obtaining infinitely many degrees of inconsistency
> by adding a strictly paraconsistent negation to classical logic”
> https://doi.org/10.1007/s11229-020-02638-8
> https://rdcu.be/b5Dn7
> 
> 10. Abílio Rodrigues, Walter Carnielli, and Juliana Bueno, “Measuring
> evidence: a probabilistic approach to an extension of Belnap-Dunn
> Logic”
> https://doi.org/10.1007/s11229-020-02571-w
> https://rdcu.be/b5Dob
> 
> 11. Carolina Blasio, João Marcos, and Carlos Caleiro, “What is a
> logical theory? On theories containing assertions and denials”
> https://doi.org/10.1007/s11229-019-02183-z
> https://rdcu.be/b5Doe
> 
> 12. José Zalabardo, “Logic without Metaphysics”
> https://doi.org/10.1007/s11229-019-02124-w
> https://rdcu.be/b5Dog
> 
> 13. Elisángela Ramírez-Cámara and Luis Estrada-González “Knot is not
> that nasty (but it is hardier than tonk)”
> https://doi.org/10.1007/s11229-019-02498-x
> https://rdcu.be/b5Duo
> 
> 14. Ekaterina Kubyshkina, “Conservative translations of four-valued
> logics in modal logic”
> https://doi.org/10.1007/s11229-019-02139-3
> https://rdcu.be/b5Dup
> 
> 15. Konrad Rudnicki and Piotr Łukowski, “Psychophysiological approach
> to the Liar sentence. Jean Buridan's virtual entailment principle put
> to test”
> https://doi.org/10.1007/s11229-019-02107-x
> https://rdcu.be/b5Dur
> 
> 16. Marco Ruffino, “Contingent A Priori Truths and Performatives"
> (ainda não disponível online)
> 
> ###
> 
> Este volume foi preparado cuidadosamente por Heinrich Wansing e Marco
> Ruffino ao longo dos últimos dois anos.
> 
> É uma homenagem pequena mas muito bonita a um ser humano
> extraordinário, que deixou um grande buraco no mundo, há três anos.
> 
> Joao Marcos
> 
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Re: [Logica-l] Inclusive Logic: o castelo anglófono

2020-06-11 Por tôpico Antonio Marmo
Quando eu escrevia sobre sintaxe, num grupo para linguistas gerativistas, fiz 
algumas exposições em inglês da estrutura do português. Enquanto os brasileiros 
que participavam do grupo achavam que eu era norte-americano, aceitaram tudo o 
que eu disse sobre o português. Aí algum deles me perguntou como sabia tanto da 
língua portuguesa, algo incomum para um norte-americano. Daí eu expliquei que 
era brasileiro. Pronto, esses brasileiros imediatamente recusaram tudo o que 
tinham aceito até então. 

https://independent.academia.edu/TonyMarmo

> On 11 Jun 2020, at 10:02, Walter Carnielli  wrote:
> 
> 
> Car@s colegas:
> 
> Infelizmente devido a um deadline não consegui participar da apresentação do 
> João Marcos ontem sobre o Dia Da Lógica Inclusiva.
> 
> Dessa forma eu continuo sem entender exatamente o que significa ter um slot 
> lá, mas de todo modo a sugestão do João Marcos é realmente muito boa.
> 
> Há tempos eu levanto a questão da ditadura anglofônica na pesquisa em lógica.
> 
> Já aconteceu comigo ter trabalho dos rejeitados sumariamente por pequenas 
> questões linguísticas, ou porque o  trabalho não vinha do Canadá ,Estados 
> Unidos Inglaterra Austrália e Nova Zelândia.
> 
> E o preconceito é também dos leitores l, daqueles que citam: eles têm mais 
> confiança em citar o  Priest do que alguns de nós, por exemplo, quando se 
> trata de paraconsistência. Nisso amigo que nos perdoe tomá-lo como exemplo 
> mas é o mais obvio.
> 
> Isso se "explica" porque o Priest, publicou no New York Times --mas de novo  
> o jornal vai preferir publicar as coisas dele do que de  alguém de nós.
> 
> 
> As coisas se repetem em cadeias muito longas.
> 
> Eu até queria falar sobre isso, mas parece que já acabou o espaço --ou vai 
> haver outro?
>  Aguém sabe disso, ou o João sabe nos dizer?
> 
> Abraços 
> -- 
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Re: [Logica-l] Day of Inclusive Logic

2020-06-09 Por tôpico Antonio Marmo
Quem discutiu mais seriamente este tópico nessa lista, ou seja, inclusão 
social, foram o Marcos Silva e o Eduardo Ochs. Os dois com sobrenomes judaicos, 
por sinal. E deu até uma briga, houve gente que se sentiu magoada e tudo mais. 

De lá para cá, haver um evento desses é uma grande viragem e merece nosso 
aplauso entusiasmado.

Mas, eu vou aqui homenagear um colega nosso, que se afastou da lógica e que 
está tendo um grande sucesso acadêmico, o Teófilo Reis, que escreve e dá cursos 
sobre o assunto. Ele nem deve estar lendo esta lista, só que eu faço essa 
homenagem do mesmo modo. Ele tem o perfil ideal para abordar o tema para uma 
plateia de lógicos e matemáticos e deixo a sugestão, caso queiram convidá-lo.

https://independent.academia.edu/TonyMarmo

> On 9 Jun 2020, at 16:12, Shay Logan  wrote:
> 
> 
> Dear Cheerful Logicians,
> 
> Tomorrow, June 10 from 0:00-23:59 GMT, we will be holding a Day of Inclusive 
> Logic. 
> 
> This is an informal virtual event where we work together to address various 
> inequities in logic. The date and time of the event has been chosen to 
> coincide with the ShutDownSTEM strike also going on on June 10. This strike 
> is affiliated with the global protests against inequity and systemic racism 
> that have erupted in the wake of the police killing of George Floyd in 
> Minneapolis.
> 
> A google document with suggestions for what to do during this time is 
> available here. A small number of time slots have designated hosts, but most 
> time slots are open. If you want to show up when someone in particular is 
> present, use the schedule in the google document to find out when that person 
> will be around. If you show up and nobody else is present, congratulations! 
> You're the host. 
> 
> A dedicated zoom room for this event can also be found here: 
> https://ksu.zoom.us/j/97578446498 
> password: 184783.
> 
> Let's try to spend the day making logic a better space for everyone, in all 
> the ways that matter. 
> 
> Yay for inclusive logic!
> 
> Shay
> -- 
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> Grupos do Google.
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> e-mail para logica-l+unsubscr...@dimap.ufrn.br.
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Re: [Logica-l] Day of Inclusive Logic

2020-06-09 Por tôpico Antonio Marmo
As expressões “feito nos joelhos” e “atamancado” também se usam no Brasil para 
coisa mal feita. São alternativas mais polidas. “Feito nas coxas” não é, como 
alguns sugerem erradamente, uma expressão racista. Mas, é sim uma forma vulgar 
e ríspida para dizer que algo é uma porcaria ou um excremento. Hoje em dia, 
porém, inventaram alternativas ainda mais grosseiras e deselegantes de dizer a 
mesma coisa.

https://independent.academia.edu/TonyMarmo

> On 9 Jun 2020, at 22:21, Joao Marcos  wrote:
> 
> 
>> 
>> Eu próprio só sei fazer o papel de advogado do diabo!
> 
> Estes dias também recebi da minha sobrinha no WhatsApp uma daqueles
> links de Instagram bem populares:
> 
> "Muitas palavras e expressões da nossa língua tem uma origem
> preconceituosa, e quando as usamos acabamos reproduzindo o racismo,
> mesmo que não seja nossa intenção.  Passa pro lado pra descobrir
> alguns desses termos e alternativas pra substitui-los no dia a dia!"
> https://www.instagram.com/p/CAp9cAJlMm_/?igshid=w7fnrcv5ddep
> 
> Respondi assim a ela:
> 
> %%%
> Interessante!
> 
> Alguns comentários:
> 
> - "boçal": surpreendeu-me a ligação com os escravagistas brasileiros!
> A palavra já existia, contudo, bem antes de ser sequestrada em terras
> tupiniquins:
> https://dicionario.priberam.org/bo%C3%A7al
> Há até mesmo um significado positivo para a palavra, tal como foi
> usada por Bocage:
> https://pt.wiktionary.org/wiki/bo%C3%A7al
> Talvez não muitos se lembrem mais hoje desta associação mais recente
> (a saber, com o africano recém-chegado)? Isto que eu chamo de
> "sequestro linguístico" é um fenômeno comum, e afetou particularmente
> a Alemanha nazista, por exemplo.
> 
> - "criado-mudo": eu só me dei conta do quão estranha era esta palavra
> quando vivi em Portugal e descobri que o termo não existia por lá! Eu
> até então achava que o termo brasileiro era uma adaptação de
> dumbwaiter:
> https://en.wikipedia.org/wiki/Dumbwaiter
> (A propósito, ainda falando dos garçons, também achei estranha em
> Portugal a ausência de uma palavra de origem latina que inventamos no
> Brasil: "cardápio".)
> 
> - "feito nas coxas"
> Em Portugal se diz que é "feito em cima dos joelhos", "feito às três
> pancadas", ou "atamancado". As expressões não têm, obviamente, a mesma
> origem. O curioso é que também se diz que os charutos cubanos são
> "feitos nas coxas" das mulheres cubanas, e supostamente isto serviria
> para valorizar o produto.
> 
> - "denegrir"
> Que judiação!
> 
> - "mulata"
> Sobre sermos eternamente reféns da etimologia:
> https://veja.abril.com.br/blog/sobre-palavras/8216-mulata-8217-veio-de-8216-mula-8217-isso-torna-a-palavra-racista/
> A seguinte alternativa etimológica também trata de mestiçagem (que na
> cultura brasileira não é exatamente algo visto como negativo):
> https://bahia.ba/entretenimento/historiadora-defende-que-palavra-mulata-nao-vem-de-mula/
> 
> - "mercado negro":
> A acepção racista não parece encontrar suporte etimológico:
> https://www.etymonline.com/word/black%20market
> 
> - "lista negra":
> Novamente, vale conferir:
> https://en.wikipedia.org/wiki/Blacklisting#Origins_of_the_term
> 
> - "humor negro":
> Mais uma vez, parece um equívoco associar "negro" com "ruim", e também
> não parece haver conexão etimológica clara neste caso:
> https://en.wikipedia.org/wiki/Black_comedy#History_and_etymology
> Note-se, com referência às três expressões anteriores, que o uso de
> "negro" para fazer referência a pessoas de pele preta é razoavelmente
> recente. Em Portugal (país também bastante racista), ainda se usa
> "preto" (eles alegam que este é o nome da cor; não existe lápis-de-cor
> "negro").
> 
> - "não sou tuas negas"
> Nem é preciso comentar... Racista + sexista.
> 
> - "inveja branca"
> Confesso que sempre fiz um paralelo disto com a "magia negra" e seu
> oposto no espectro das cores. Como todo mundo sabe (hahaha), a inveja
> de verdade é um "monstro de olhos verdes":
> https://www.sensationalcolor.com/green-with-envy/
> Isto não chega, de todo modo, a ser tão terrível quanto "negro de alma
> branca", que eu próprio já vi ser usado por gente que se pensa "muito
> branca"...
> 
> - "a coisa tá preta"
> Quando eu era pequeno a gente dizia com mais frequência "a coisa tá
> russa". Confesso que não fiquei com preconceito com os soviéticos por
> causa disso. Mas agora o mundo todo tá "cheio de comunistas", né?
> 
> Nota de pé-de-página:
> As línguas têm um monte de palavras cujas associações se perderam ao
> longo dos tempos. Basta lembrar da origem da palavra "bárbaro", usada
> pelos gregos para designar todos os povos estrangeiros ---por
> extensão, gente selvagem e inculta--- que balbuciavam coisas
> incompreensíveis como bar-bar-bar, ao invés do grego clássico. Muito
> racistas, aqueles gregos!
> (Como vingança, talvez, a palavra "gringo", que também tem um
> significado depreciativo, vem do espanhol "griego".)
> %%%
> 
> Isto tudo pode até ser _urgente_, nestes nossos tempos, mas vai bem
> além da Lógica, 

[Logica-l] Múltiplas Conclusões e Múltiplas Consequências

2020-06-05 Por tôpico Antonio Marmo
Acabei de receber um artigo muito bem escrito, sucinto e agradável de ler da 
Valéria Paiva, cujo título é “A Short Note on Intuitionistic Propositional 
Logic with Multiple Conclusions “ e que foi publicado na Manuscrito 15 anos 
atrás.

Além de ser meu hábito recomendar artigos quando gosto deles, esse artigo já me 
lembrou de outros que propunham sistemas com mais de um operador de 
consequência. Havia, salvo equívoco meu, dois pesquisadores da USP trabalhando 
com essa ideia, porém não me lembro exatamente quem. Se alguém souber, por 
favor me diga.


https://independent.academia.edu/TonyMarmo

> On 2 Jun 2020, at 16:13, Haniel Barbosa  wrote:
> 
> 
> [We apologize for the spam.]
> [Please forward to whoever may be interested.]
> 
> PhD position in ICT available in Trento (Italy) on
> 
> "Quantum Annealing for SAT Solving"
> 
> under the supervision of prof. Roberto Sebastiani (DISI, University of Trento)
> in collaboration with D-Wave Systems Inc. (http://www.dwavesys.com)
> sponsored by Q@TN Project (https://www.quantumtrento.eu)
> 
> !! Deadline: June 15 th , 2020 !!
> 
> See: http://disi.unitn.it/rseba/QTN-DWAVE-Recruit-phd.txt
> http://disi.unitn.it/rseba/QTN-DWAVE-Recruit-phd.pdf
> 
> Applications:
> https://ict.unitn.it/education/admission/reserved-topic-scholarships#C2
> 
> for enquiries: Roberto Sebastiani
> roberto.sebasti...@unitn.it
> http://disi.unitn.it/rseba/
> 
> 
> --
> ! PLEASE USE "roberto.sebasti...@unitn.it", NO MORE "rs...@disi.unitn.it"
> --
> Prof. ROBERTO SEBASTIANI
> Dept of Information Engineering and Computer Science   Ph: +39 0461 281514
> University of Trento  Fax: +39 0461 283987
> Via Sommarive 9, Povo, I-38123, Trento, Italy   Skype: roberto.sebastiani1
> roberto.sebasti...@unitn.iturl: http://disi.unitn.it/rseba
> --
> Any views or opinions presented in this email are solely those of the
> author and do not necessarily represent those of University of Trento.
> --
> 
> 
> -- 
> Haniel Barbosa
> https://homepages.dcc.ufmg.br/~hbarbosa/
> 
> -- 
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> Grupos do Google.
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> e-mail para logica-l+unsubscr...@dimap.ufrn.br.
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> https://groups.google.com/a/dimap.ufrn.br/d/msgid/logica-l/87eeqx5lj6.fsf%40gmail.com.

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Re: [Logica-l] The Normal and Self-extensional Extension of Dunn–Belnap Logic

2020-05-29 Por tôpico Antonio Marmo
Há mais de um tipo de negação. 
Consideremos a definição de negação ~P= 1-P, que é usual. Precisamos das muitas 
outras negações pensadas na literatura para chegar a uma lógica em que a 
trivialização não é um princípio? Ou essa definição usual já seria suficiente 
para o propósito mencionado?

Vejamos, então o caso de uma lógica trivalente. Suponha A=1/2, donde ~A=1/2. 
Disto se segue que A&~A=1/2. 

Podemos dentro da mesma linguagem definir A=>B como ~AouB. Mas, para A=1/2 não 
será o caso que A&~A=>B. Então, não vale o princípio da trivialização, mas a 
negação é usual.



https://independent.academia.edu/TonyMarmo

> On 29 May 2020, at 22:40, Joao Marcos  wrote:
> 
> 
>> 
>> Implicação é um geral nome que se dá a vários operadores binários. Um deles 
>> é a famosa implicação material. Uma maneira de definir implicação material é 
>> através da disjunção e da negação. A implica B seria o mesmo que não A ou B.
> 
> As negações 3-valoradas e 4-valoradas consideradas nestes artigos não
> são *clássicas*...
> 
> Pense um pouquinho: como você definiria a "implicação material",
> digamos, a partir da disjunção (clássica, ou intuicionista) e a
> negação _intuicionista_?
> 
> JM
> 
> Nota: Isto não quer dizer que não seja possível definir em alguma das
> citadas lógicas multi-valoradas uma _outra_ implicação com sabor
> "material", ou mesmo uma negação com sabor "clássico".  Mas, de fato,
> tais definições nem sempre estão disponíveis.
> 
> -- 
> http://sequiturquodlibet.googlepages.com/

-- 
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Re: [Logica-l] The Normal and Self-extensional Extension of Dunn–Belnap Logic

2020-05-29 Por tôpico Antonio Marmo
PS: Esse “ele consideram” é por conta do corretor automático da minha caixa de 
correio. Leia-se “ele considera”.

https://independent.academia.edu/TonyMarmo

> On 29 May 2020, at 22:17, Antonio Marmo  wrote:
> 
> Vamos lá, só para recapitular, usando de uma linguagem mais acessível:
> 
> Paraconsistente significa uma lógica em que a trivialização não é princípio.
> 
> Implicação é um geral nome que se dá a vários operadores binários. Um deles é 
> a famosa implicação material. Uma maneira de definir implicação material é 
> através da disjunção e da negação. A implica B seria o mesmo que não A ou B.
> 
> No resumo o Avron diz que entre os operadores que ele consideram estão 
> justamente a negação e a disjunção. Então, ele já colocou ali os dois 
> operadores a partir dos quais se define a implicação material. Como assim 
> então não vai haver implicação?
> 
> https://independent.academia.edu/TonyMarmo
> 
>>> On 29 May 2020, at 18:57, Walter Alexandre Carnielli  
>>> wrote:
>>> 
>> Obrigado João!
>> Resposta mais rápida, e melhor, do que poderia!
>> 
>> Abs
>> Walter
>> 
>>> Em sex., 29 de mai. de 2020 às 15:57, Joao Marcos  
>>> escreveu:
>>> 
>>>> A primeira dúvida que surge é a seguinte: por que na linguagem há 
>>>> disjunção e negação, mas não há implicação material?
>>> 
>>> (A pergunta foi especificamente para o Walter, mas a lista é pública, 
>>> logo...)
>>> 
>>> Do abstract citado:
>>> "It is known that no three-valued paraconsistent logic which has an
>>> implication can be self-extensional."
>>> Avron, A., Béziau, J.-Y.: Self-extensional three-valued paraconsistent
>>> logics have no implication. Log. J. IGPL 25, 183–194 (2017)
>>> 
>>> (Em contraste, no novo paper Avron demonstra que há exatamente uma
>>> extensão auto-extensional da lógica 4-valorada de Dunn-Belnap com o
>>> acréscimo de uma implicação dedutiva.)
>>> 
>>> JM
>>> 
>>>> On Fri, May 29, 2020 at 3:49 PM Antonio Marmo  wrote:
>>>> 
>>>> Caros Walter e demais amigos estimados,
>>>> 
>>>> Esse tema que o nosso bom Jean-Yves levantou, no tocante às contribuições 
>>>> do autor citado, o Avron, é intrigante e curioso. Num resumo de um artigo 
>>>> de 2017, cujo título é “Self-Extensional Three-Valued Paraconsistent 
>>>> Logics”, também publicado na LU, ele coloca as coisas assim:
>>>> 
>>>> “A logic L is called self-extensional if it allows to replace occurrences 
>>>> of a formula by occurrences of an L-equivalent one in the context of 
>>>> claims about logical consequence and logical validity. It is known that no 
>>>> three-valued paraconsistent logic which has an implication can be 
>>>> self-extensional. In this paper we show that in contrast, there is exactly 
>>>> one self-extensional three-valued paraconsistent logic in the language of 
>>>> {¬, ∧, ∨}, for which ∨ is a disjunction, and ∧ is a conjunction.(...)”
>>>> ∧
>>>> 
>>>> A primeira dúvida que surge é a seguinte: por que na linguagem há 
>>>> disjunção e negação, mas não há implicação material?
>>>> 
>>>> Acho que você, Walter, poderia aclarar em breves linhas aclarar esse ponto 
>>>> para todos poderem seguir melhor essa discussão. Obrigado.
>>>> 
>>>> 
>>>> https://independent.academia.edu/TonyMarmo
>>>> 
>>>>> On 29 May 2020, at 12:26, Walter Alexandre Carnielli 
>>>>>  wrote:
>>>> 
>>>> Car@s,
>>>> 
>>>> contribuindo para a discussão  (Joao, Jean-Yves) gostaria de dar meu  
>>>> pitaco:
>>>> 
>>>> De fato, o paper  "Bivalent semantics, generalized compositionality
>>>> and analytic classic-like
>>>> tableaux for finite-valued logics" é excelente, e está disponível
>>>> para  download no próprio site;
>>>> 
>>>> Mas  só gostaria de lembrar dois pequenos pontos:
>>>> 
>>>> 1) Nosso artigo   mais antigo  (com  João, Marcelo, Caleiro) :
>>>> 
>>>> C. Caleiro, W. Carnielli, M.E. Coniglio, J. MarcosTwo's company: “The
>>>> humbug of many logical values”
>>>> J.-Y. Béziau (Ed.), Logica Universalis, Birkhäuser Verlag, Basel,
>>>> Switzerland (2005), pp. 169-189
>>>> 
>>>> traz a semente, de forma bastante intuitiva, da questão da
>>>> 

Re: [Logica-l] The Normal and Self-extensional Extension of Dunn–Belnap Logic

2020-05-29 Por tôpico Antonio Marmo
Vamos lá, só para recapitular, usando de uma linguagem mais acessível:

Paraconsistente significa uma lógica em que a trivialização não é princípio.

Implicação é um geral nome que se dá a vários operadores binários. Um deles é a 
famosa implicação material. Uma maneira de definir implicação material é 
através da disjunção e da negação. A implica B seria o mesmo que não A ou B.

No resumo o Avron diz que entre os operadores que ele consideram estão 
justamente a negação e a disjunção. Então, ele já colocou ali os dois 
operadores a partir dos quais se define a implicação material. Como assim então 
não vai haver implicação?

https://independent.academia.edu/TonyMarmo

> On 29 May 2020, at 18:57, Walter Alexandre Carnielli  
> wrote:
> 
> Obrigado João!
> Resposta mais rápida, e melhor, do que poderia!
> 
> Abs
> Walter
> 
>> Em sex., 29 de mai. de 2020 às 15:57, Joao Marcos  
>> escreveu:
>> 
>>> A primeira dúvida que surge é a seguinte: por que na linguagem há disjunção 
>>> e negação, mas não há implicação material?
>> 
>> (A pergunta foi especificamente para o Walter, mas a lista é pública, 
>> logo...)
>> 
>> Do abstract citado:
>> "It is known that no three-valued paraconsistent logic which has an
>> implication can be self-extensional."
>> Avron, A., Béziau, J.-Y.: Self-extensional three-valued paraconsistent
>> logics have no implication. Log. J. IGPL 25, 183–194 (2017)
>> 
>> (Em contraste, no novo paper Avron demonstra que há exatamente uma
>> extensão auto-extensional da lógica 4-valorada de Dunn-Belnap com o
>> acréscimo de uma implicação dedutiva.)
>> 
>> JM
>> 
>>> On Fri, May 29, 2020 at 3:49 PM Antonio Marmo  wrote:
>>> 
>>> Caros Walter e demais amigos estimados,
>>> 
>>> Esse tema que o nosso bom Jean-Yves levantou, no tocante às contribuições 
>>> do autor citado, o Avron, é intrigante e curioso. Num resumo de um artigo 
>>> de 2017, cujo título é “Self-Extensional Three-Valued Paraconsistent 
>>> Logics”, também publicado na LU, ele coloca as coisas assim:
>>> 
>>> “A logic L is called self-extensional if it allows to replace occurrences 
>>> of a formula by occurrences of an L-equivalent one in the context of claims 
>>> about logical consequence and logical validity. It is known that no 
>>> three-valued paraconsistent logic which has an implication can be 
>>> self-extensional. In this paper we show that in contrast, there is exactly 
>>> one self-extensional three-valued paraconsistent logic in the language of 
>>> {¬, ∧, ∨}, for which ∨ is a disjunction, and ∧ is a conjunction.(...)”
>>> ∧
>>> 
>>> A primeira dúvida que surge é a seguinte: por que na linguagem há disjunção 
>>> e negação, mas não há implicação material?
>>> 
>>> Acho que você, Walter, poderia aclarar em breves linhas aclarar esse ponto 
>>> para todos poderem seguir melhor essa discussão. Obrigado.
>>> 
>>> 
>>> https://independent.academia.edu/TonyMarmo
>>> 
>>>> On 29 May 2020, at 12:26, Walter Alexandre Carnielli  
>>>> wrote:
>>> 
>>> Car@s,
>>> 
>>> contribuindo para a discussão  (Joao, Jean-Yves) gostaria de dar meu  
>>> pitaco:
>>> 
>>> De fato, o paper  "Bivalent semantics, generalized compositionality
>>> and analytic classic-like
>>> tableaux for finite-valued logics" é excelente, e está disponível
>>> para  download no próprio site;
>>> 
>>> Mas  só gostaria de lembrar dois pequenos pontos:
>>> 
>>> 1) Nosso artigo   mais antigo  (com  João, Marcelo, Caleiro) :
>>> 
>>> C. Caleiro, W. Carnielli, M.E. Coniglio, J. MarcosTwo's company: “The
>>> humbug of many logical values”
>>> J.-Y. Béziau (Ed.), Logica Universalis, Birkhäuser Verlag, Basel,
>>> Switzerland (2005), pp. 169-189
>>> 
>>> traz a semente, de forma bastante intuitiva, da questão da
>>> "separabilidade", e ainda mostra o "trade off" entre  dar
>>> uma semântica de dois valores não-vero-funcional e uma de vários
>>> valores plenamente funcional.
>>> Acho que vale a pena chamar  a atenção  para este artigo   aos
>>> leitores mais jovens, ou que queiram  ingressar na questão.
>>> 
>>> 2) Outro ponto é que de fato, como o João menciona, nosso paper
>>> recente (submetido)  contribui bastante para esta discussão.
>>> 
>>> "Logics of Formal Inconsistency enriched with replacement: an
>>> algebraic an

Re: [Logica-l] The Normal and Self-extensional Extension of Dunn–Belnap Logic

2020-05-29 Por tôpico Antonio Marmo
Caros Walter e demais amigos estimados,

Esse tema que o nosso bom Jean-Yves levantou, no tocante às contribuições do 
autor citado, o Avron, é intrigante e curioso. Num resumo de um artigo de 2017, 
cujo título é “Self-Extensional Three-Valued Paraconsistent Logics”, também 
publicado na LU, ele coloca as coisas assim:

“A logic L is called self-extensional if it allows to replace occurrences of a 
formula by occurrences of an L-equivalent one in the context of claims about 
logical consequence and logical validity. It is known that no three-valued 
paraconsistent logic which has an implication can be self-extensional. In this 
paper we show that in contrast, there is exactly one self-extensional 
three-valued paraconsistent logic in the language of {¬, ∧, ∨}, for which ∨ is 
a disjunction, and ∧ is a conjunction.(...)”
∧

A primeira dúvida que surge é a seguinte: por que na linguagem há disjunção e 
negação, mas não há implicação material?

Acho que você, Walter, poderia aclarar em breves linhas aclarar esse ponto para 
todos poderem seguir melhor essa discussão. Obrigado.


https://independent.academia.edu/TonyMarmo

> On 29 May 2020, at 12:26, Walter Alexandre Carnielli  
> wrote:
> 
> Car@s,
> 
> contribuindo para a discussão  (Joao, Jean-Yves) gostaria de dar meu  pitaco:
> 
> De fato, o paper  "Bivalent semantics, generalized compositionality
> and analytic classic-like
> tableaux for finite-valued logics" é excelente, e está disponível
> para  download no próprio site;
> 
> Mas  só gostaria de lembrar dois pequenos pontos:
> 
> 1) Nosso artigo   mais antigo  (com  João, Marcelo, Caleiro) :
> 
> C. Caleiro, W. Carnielli, M.E. Coniglio, J. MarcosTwo's company: “The
> humbug of many logical values”
> J.-Y. Béziau (Ed.), Logica Universalis, Birkhäuser Verlag, Basel,
> Switzerland (2005), pp. 169-189
> 
> traz a semente, de forma bastante intuitiva, da questão da
> "separabilidade", e ainda mostra o "trade off" entre  dar
> uma semântica de dois valores não-vero-funcional e uma de vários
> valores plenamente funcional.
> Acho que vale a pena chamar  a atenção  para este artigo   aos
> leitores mais jovens, ou que queiram  ingressar na questão.
> 
> 2) Outro ponto é que de fato, como o João menciona, nosso paper
> recente (submetido)  contribui bastante para esta discussão.
> 
> "Logics of Formal Inconsistency enriched with replacement: an
> algebraic and modal account ""
> (Carnielli, Coniglio, Fuenmayor)
> https://www.cle.unicamp.br/eprints/index.php/CLE_e-Prints/article/view/1348/1079
> 
> 
> Abraços,
> 
> Walter
> 
>> Em sex., 29 de mai. de 2020 às 11:54, Joao Marcos  
>> escreveu:
>> 
>> Viva, JY:
>> 
>>> do  Arnon Avron,
>>> foi publicado ha pouco na Logica Universalis
>>> https://link.springer.com/article/10.1007/s11787-020-00254-1
>>> 
>>> Com foi mostrado num artigo anterior
>>> não ha logicas paraconsistentes trivalentes  auto-extensionais que tem uma 
>>> implicação:
>>> A.Avron and J.-Y.Beziau, “Self-extensional three-valued paraconsistent 
>>> logics have no implication”, Logic Journal of the IGPL, Volume 25, Issue 2 
>>> (April 2017), pp.183-194.
>>> https://academic.oup.com/jigpal/article-abstract/25/2/183/2739325/Self-extensional-three-valued-paraconsistent?redirectedFrom=fulltext
>>> 
>>> Neste novo  artigo o Arnon mostra que é possivel ter uma logica 
>>> paraconistente quadri-valorada auto-extensional com uma implicação,
>> 
>> Não apenas isso, vale apontar que Avron mostrou que há uma ÚNICA
>> implicação que serve a este propósito.
>> 
>>> respondendo a uma pergunta que eu tinha feito par ele quando estava em Tel 
>>> Aviv trabalhando com ele em 2016 no ambito  do projeto GeTFun.
>>> Acredito que esta nova logica parasonsistente (extensao da lógica de 
>>> Dunn-Belnap) é uma das melhores que foi descoberta até hoje.
>>> 
>>> Tenho intenção de publicar um artigo apresentando uma semantica bivalorade 
>>> para esta nova lógica DBA (Dunn-Belnap-Avron), como eu fiz para a logica do 
>>> Dunn-Belnap:
>>> J.-Y.Béziau, “Bivalent semantics for De Morgan logic (the uselessness of 
>>> four-valuedness)", in W.A.Carnielli, M.E.Coniglio, I.M.L.D'Ottaviano (eds), 
>>> The many sides of logic, College Publication, London, 2009, pp.391-402.
>>> https://www.jyb-logic.org/papers/morgan.pdf
>>> é um exercicio trivial usando o teorema que eu provei na minha tese de 
>>> doutrado establecededno relações entre regras de sequentes e bivalorações, 
>>> que foi publicado no artigo:
>>> J.-Y.Béziau, “Sequents and bivaluations”, Logique et Analyse, 44 (2001), 
>>> pp.373-394.
>>> https://www.jyb-logic.org/seqbiv.pdf
>> 
>> De fato, JY, a semântica bivalente para a lógica proposta por Avron,
>> como extensão para a lógica 4-valorada de Dunn-Belnap, é muito fácil
>> de definir.  Basta acrescentar à semântica bivalente da lógica de De
>> Morgan (usando a negação como "separador", usado na receita mencionada
>> na digressão abaixo) as seguintes cláusulas para a implicação:
>> 
>> b(\alpha\to\beta) = T  iff  

Re: [Logica-l] O enforcado - de novo

2020-03-24 Por tôpico Antonio Marmo
Caro Rodrigo,

Obrigado pela sua resposta.
Entendi agora qual é o caminho que você está vendo.

Como há mais pessoas lendo essa discussão,  se me permite, vou apenas dizer 
algo sobre a literatura: esse problema do enforcado apareceu, conforme já disse 
a professora Andreia, num livro de Quine, cujo título é “Ways of Paradox”. No 
primeiro capítulo desse livro, Quine faz uma exposição da distinção entre 
falácia e paradoxo. No segundo capítulo, páginas 21 a 23, ele aborda esse 
problema dando a entender que não é um paradoxo de verdade, mas apenas um caso 
de um sujeito que raciocinou errado sobre uma proposição. Vale a pena ler o 
livro só por esses dois capítulos.


> On 24 Mar 2020, at 19:35, Rodrigo Freire  wrote:
> 
> 
> Não é a lógica (modal) que é inconsistente, é a teoria modal em que o rábula 
> raciocina. Vamos analisar esse raciocínio para tentar esclarecer.
> 
> Seja K o operador de conhecimento de véspera, ~ o operador de negação, p1 a 
> proposição que diz que o enforcamento será na segunda, ..., p5 a proposição 
> que diz que o enforcamento será na sexta.
> 
> O rábula admite como axiomas
> 
> A: (p1 e ~K(p1)) ou ... ou (p5 e ~K(p5)). [a interpretação dele da sentença]
> 
> 
> B1: p1 implica ~p2 e ... e ~p5
>  .
>  .
>  . 
> B5: p5 implica ~p1 e ... e ~p4
> 
> C: p5 implica K(p5)
> 
> D: K(~p5) implica (p4 implica K(p4))
> 
> E: (K(~p5) e K(~p4)) implica (p3 implica K(p3))
> 
> F: (K(~p5) e K(~p4) e K(~p3)) implica (p2 implica K(p2))
> 
> G: (K(~p5) e K(~p4) e K(~p3) e K(~p2)) implica (p1 implica K(p1))
> 
> Agora o raciocínio:
> 
> - A partir de C, de B5 e de A, conclui-se ~p5. Da necessitação, que o rábula 
> assume pois o que ele deduz ele considera como conhecimento de véspera, 
> K(~p5).
> 
> - A partir de K(~p5), de B4, de D e de A, conclui-se ~p4.  Da necessitação, 
> que o rábula assume pois o que ele deduz ele considera como conhecimento de 
> véspera, K(~p4).
> 
> - A partir de K(~p5), K(~p4), de B3, de E e de A, conclui-se ~p3.  Da 
> necessitação, que o rábula assume pois o que ele deduz ele considera como 
> conhecimento de véspera, K(~p3).
> 
> - A partir de K(~p5), K(~p4), K(~p3), de B2, de F e de A, conclui-se ~p2.  Da 
> necessitação, que o rábula assume pois o que ele deduz ele considera como 
> conhecimento de véspera, K(~p2).
> 
> - A partir de  K(~p5), K(~p4), K(~p3), K(~p2), de B1, de G e de A, conclui-se 
> ~p1. 
> 
> - A partir de  ~p5, ~p4, ~p3, ~p2, ~p1 e de A, conclui-se bottom.
> 
> Abraço
> 
> 
> 
> 
>> On Tue, Mar 24, 2020 at 6:54 PM Andrea Loparic  wrote:
>> Ah, tá. Eu não tinha entendido sua primeira msg.
>> Também acho que o furo do rábula tem a ver com "saber" e 
>> que já a eliminação do último dia não se sustenta, ou seja, o
>> "se eu fosse morrer no sábado, eu saberia na sexta que 
>> ia morrer no sábado" é falso e ele não poderia impugnar
>> a sentença na sexta dizendo algo como "eu não vou morrer 
>> amanhã pois eu estou sabendo hoje que vocês vão me matar 
>> amanhã"... 
>> 
>> 
>>> Em ter., 24 de mar. de 2020 às 18:27, Rodrigo Freire  
>>> escreveu:
>>> A sentença do rei é mais que sustentável, ela de fato ocorre, não é?
>>> O raciocínio do rábula não é sustentável, como não são alguns raciocínios 
>>> que contém a noção metalinguística de "verdade" na linguagem objeto. Ele 
>>> poderia, por exemplo, dizer ao rei: "se o que estou a dizer é verdade, 
>>> então sou inocente". O rei teria que concluir que essa frase é verdadeira, 
>>> portanto que o rábula é inocente. É essa analogia que faço.
>>> No caso em questão, o raciocínio contém a noção metalinguística de "saber" 
>>> na linguagem objeto. 
>>> Meu ponto é que isso gera um sistema inconsistente, como a inclusão da 
>>> noção metalinguística de "verdade" na linguagem objeto. 
>>> 
>>> 
>>> 
>>> 
>>> On Tue, Mar 24, 2020 at 6:14 PM Andrea Loparic  wrote:
>>>> Então não entendi sua posição antes.  Deixe ver agora:
>>>> Na sua opinião, a sentença do rei é sustentável e
>>>> é o raciocínio do rábula que não é?
>>>> E você estava mostrando por que a argumentação do 
>>>> rábula está furada, é isso?
>>>> 
>>>>Livre de vírus. www.avast.com.
>>>> 
>>>>> Em ter., 24 de mar. de 2020 às 17:50, Antonio Marmo 
>>>>>  escreveu:
>>>>> Pois é preciso dizer antes em quais termos se coloca o problema para 
>>>>> pensar a solução. Ainda assim, isto não garante que alguém não o resolva 
>>>&

Re: [Logica-l] O enforcado - de novo

2020-03-24 Por tôpico Antonio Marmo
Rodrigo,

A que semântica você se refere quando diz isso?

Suponha que numa lógica epistêmica o operador K faz o modal “quadradinho”. Numa 
semântica como a de Scott-Montague, Kp então quer dizer que o conjunto de 
mundos da proposição p está na vizinhança de um mundo de referência w. Por que 
isso seria inconsistente de dizer?

> 
> On 24 Mar 2020, at 18:27, Rodrigo Freire  wrote:
> 
> 
> A sentença do rei é mais que sustentável, ela de fato ocorre, não é?
> O raciocínio do rábula não é sustentável, como não são alguns raciocínios que 
> contém a noção metalinguística de "verdade" na linguagem objeto. Ele poderia, 
> por exemplo, dizer ao rei: "se o que estou a dizer é verdade, então sou 
> inocente". O rei teria que concluir que essa frase é verdadeira, portanto que 
> o rábula é inocente. É essa analogia que faço.
> No caso em questão, o raciocínio contém a noção metalinguística de "saber" na 
> linguagem objeto. 
> Meu ponto é que isso gera um sistema inconsistente, como a inclusão da noção 
> metalinguística de "verdade" na linguagem objeto. 
> 
> 
> 
> 
> On Tue, Mar 24, 2020 at 6:14 PM Andrea Loparic  wrote:
>> Então não entendi sua posição antes.  Deixe ver agora:
>> Na sua opinião, a sentença do rei é sustentável e
>> é o raciocínio do rábula que não é?
>> E você estava mostrando por que a argumentação do 
>> rábula está furada, é isso?
>> 
>>  Livre de vírus. www.avast.com.
>> 
>> Em ter., 24 de mar. de 2020 às 17:50, Antonio Marmo  
>> escreveu:
>>> Pois é preciso dizer antes em quais termos se coloca o problema para pensar 
>>> a solução. Ainda assim, isto não garante que alguém não o resolva pensando 
>>> “fora da caixa”.
>>> 
>>> A lenda do nó górdio é um exemplo óbvio. Alexandre o Grande teria sido o 
>>> único que resolveu o problema passando a espada, ao passo que todos antes 
>>> dele pressupuseram que a proposta era desfazer o nó sem partir a corda.
>>> 
>>> Voltando ao problema específico: as Cortes de Lisboa determinam que El-rei 
>>> D. João VI deve voltar à Lisboa. O monarca responde: “um dia eu volto, hoje 
>>> não.” Como vamos analisar o problema? Usando alguma lógica epistêmica 
>>> conhecida, como T ou D? Usando da simples lógica proposicional clássica? Ou 
>>> vamos observar como as pessoas intuitivamente reagem ao problema?
>>> 
>>> No caso do exemplo histórico, os deputados portugueses não se surpreenderam 
>>> com o retorno de D. João VI quando aconteceu. Na verdade, ao ouvirem dele 
>>> que regressaria algum dia, mas sem uma data marcada, entenderam que ele não 
>>> regressaria e o pressionaram até que anunciasse sua partida do Rio de 
>>> Janeiro. Qual era a lógica que guiou a intuição política nesse caso? Houve 
>>> uma lógica nisso?
>>> 
>>> Por isso é que questões em lógica não se limitam à parte técnica. Não 
>>> existe a técnica sem a indispensável reflexão filosófica. É no bojo dela 
>>> que os problemas se formulam. Obviamente, admitimos que ad soluções quando 
>>> nos chegam podem estar fora da caixa, mas neste caso é outrossim necessário 
>>> ter ciência de que a reflexão se deslocou para outros termos. Só com a 
>>> reflexão clara entendemos direito o que significam os problemas e as 
>>> soluções propostas.
>>> 
>>> Most problems of teaching are not problems of growth but helping cultivate 
>>> growth. As far as I know, and this is only from personal experience in 
>>> teaching, I think about ninety percent of the problem in teaching, or maybe 
>>> ninety-eight percent, is just to help the students get interested. 
>>> Noam Chomsky 
>>> 
>>>> On 24 Mar 2020, at 16:48, Rodrigo Freire  wrote:
>>>> 
>>>> 
>>>> Ao contrário, discordo do raciocínio do rábula. O rábula raciocina em um 
>>>> sistema que usa o raciocínio do rábula (o próprio sistema, portanto) na 
>>>> linguagem objeto. Esse sistema é contraditório, dele qualquer coisa se 
>>>> segue. Não se pode usar esse sistema.
>>>> 
>>>> On Tue, Mar 24, 2020 at 4:08 PM Andrea Loparic  wrote:
>>>>> Bem o que você está dizendo é que o probema tradicional é um 
>>>>> falso problema, ou seja, que a sentença não tem modelo. Você 
>>>>> concorda então com o rábula! E seria contraditado na terça
>>>>> feira, quando fosse surpreendido pela chegada do carrasco 
>>>>> pra te buscar as 5:50 !
>>>>> 
>>>>>   Livre de vírus. www.ava

Re: [Logica-l] O enforcado - de novo

2020-03-24 Por tôpico Antonio Marmo
Pois é preciso dizer antes em quais termos se coloca o problema para pensar a 
solução. Ainda assim, isto não garante que alguém não o resolva pensando “fora 
da caixa”.

A lenda do nó górdio é um exemplo óbvio. Alexandre o Grande teria sido o único 
que resolveu o problema passando a espada, ao passo que todos antes dele 
pressupuseram que a proposta era desfazer o nó sem partir a corda.

Voltando ao problema específico: as Cortes de Lisboa determinam que El-rei D. 
João VI deve voltar à Lisboa. O monarca responde: “um dia eu volto, hoje não.” 
Como vamos analisar o problema? Usando alguma lógica epistêmica conhecida, como 
T ou D? Usando da simples lógica proposicional clássica? Ou vamos observar como 
as pessoas intuitivamente reagem ao problema?

No caso do exemplo histórico, os deputados portugueses não se surpreenderam com 
o retorno de D. João VI quando aconteceu. Na verdade, ao ouvirem dele que 
regressaria algum dia, mas sem uma data marcada, entenderam que ele não 
regressaria e o pressionaram até que anunciasse sua partida do Rio de Janeiro. 
Qual era a lógica que guiou a intuição política nesse caso? Houve uma lógica 
nisso?

Por isso é que questões em lógica não se limitam à parte técnica. Não existe a 
técnica sem a indispensável reflexão filosófica. É no bojo dela que os 
problemas se formulam. Obviamente, admitimos que ad soluções quando nos chegam 
podem estar fora da caixa, mas neste caso é outrossim necessário ter ciência de 
que a reflexão se deslocou para outros termos. Só com a reflexão clara 
entendemos direito o que significam os problemas e as soluções propostas.

Most problems of teaching are not problems of growth but helping cultivate 
growth. As far as I know, and this is only from personal experience in 
teaching, I think about ninety percent of the problem in teaching, or maybe 
ninety-eight percent, is just to help the students get interested. 
Noam Chomsky 

> On 24 Mar 2020, at 16:48, Rodrigo Freire  wrote:
> 
> 
> Ao contrário, discordo do raciocínio do rábula. O rábula raciocina em um 
> sistema que usa o raciocínio do rábula (o próprio sistema, portanto) na 
> linguagem objeto. Esse sistema é contraditório, dele qualquer coisa se segue. 
> Não se pode usar esse sistema.
> 
>> On Tue, Mar 24, 2020 at 4:08 PM Andrea Loparic  wrote:
>> Bem o que você está dizendo é que o probema tradicional é um 
>> falso problema, ou seja, que a sentença não tem modelo. Você 
>> concorda então com o rábula! E seria contraditado na terça
>> feira, quando fosse surpreendido pela chegada do carrasco 
>> pra te buscar as 5:50 !
>> 
>>  Livre de vírus. www.avast.com.
>> 
>>> Em ter., 24 de mar. de 2020 às 15:48, Rodrigo Freire  
>>> escreveu:
>>> Oi Andrea,
>>> 
>>> Sim, meu ponto é que a teoria epistêmica resultante não é confiável (se 
>>> formalizada será contraditória). Por isso sugiro que "não saberá de 
>>> véspera" não deve ser interpretada como uma nova informação e internalizada 
>>> através de uma linguagem epistêmica, mas apenas como a metainformação "sem 
>>> mais informações". O problema se dissolve se interpretado desse modo. 
>>> 
>>> Abraço
>>> Rodrigo 
>>> 
>>> 
>>> 
>>> 
 On Tue, Mar 24, 2020 at 3:39 PM Andrea Loparic  wrote:
 Oi Rodrigo,
 
 Assim formulado, o problema é outro. O problema tradicional é uma questão
 de lógica epistêmica. O não poder saber de véspera é parte da sentença
 do problema tradicional. Eu não estou nesse momento podendo pegar meu
 exemplar do "The ways of Paradox" do Quine, onde ele expõe o problema e
 a solução que ele dá; se você ou algum colega tiver à mão esse livro, peço 
 que copie aqui a formulação que lá aparece.
 Abraços,
 Andréa 
 
Livre de vírus. www.avast.com.
 
> Em ter., 24 de mar. de 2020 às 11:15, Rodrigo Freire 
>  escreveu:
> Olá Andrea. A formulação da prova surpresa é mais familiar para mim. 
> 
> A sentença poderia ser reformulada com o axioma: 
> 
> *Você será enforcado na segunda ou na terça ou na quarta ou na quinta ou 
> na sexta.*
> 
> Essa é a única informação da sentença. O resto tem o efeito de "sem mais 
> informações" e é melhor entendida como uma frase da metalinguagem (sobre 
> o sistema de informações, não como uma informação adicional). Uma 
> incorporação do "sem mais informações" como uma informação positiva não 
> gera um sistema confiável.
> 
> A interpretação que o rábula faz da sua sentença de morte incorpora em 
> seu sistema de justificação a parte prescreve o que ele não saberá. Ou 
> seja, ele interpreta, com ajuda da má formulação da sentença, uma 
> ausência de informação como informação positiva.
> Esse movimento incorpora na lógica do rábula uma modalidade 
> metalinguística. O sistema resultante de justificação do rábula é baseado 
> na própria noção de justificação que o sistema tenta capturar. Esse é um 
> tipo de planificação da 

Re: [Logica-l] Uma nova classe de modelos para a Teoria Paraconsistente de Conjuntos

2019-12-10 Por tôpico Antonio Marmo
Entendo sua intuição. Mas, não saberia definir o que é uma aplicação 
não-matemática. Com auxílio da matemática todos os dias resolvemos problemas 
difíceis e criamos ferramentas úteis para nosso cotidiano, como o sistema de 
GPS, o termostato que regula o ar condicionado, o controle remoto da TV e 
tantas coisas mais que já incorporamos à vida moderna. Nosso coletivo usa e se 
aproveita tanto da matemática que nem se dá conta dela!

Mas, enfim, vamos afunilar a questão: quem defende a existência de conjuntos 
paraconsistentes já tem uma ideia de possíveis aplicações tecnológicas do 
conceito? 

> On 10 Dec 2019, at 11:21, 'Durante' via LOGICA-L  
> wrote:
> 
> 
> Oi Tony,
> 
>> Ou seja, dir-se-á que não existem os unicórnios porque podemos ignorá-los já 
>> que eles não podem atacar-nos com seus chifres, ao contrário dos 
>> rinocerontes.
>> Mas, então qual seria a consequência de ignorar conjuntos paraconsistentes? 
>> Qual seria o dano?
> 
> Acho que esta é a pergunta fundamental! E não cabe aos matemáticos, aos 
> lógicos e nem aos filósofos respondê-la. Apesar de fundamental, é uma 
> pergunta que não merece nossa preocupação. Se a inclusão de conjuntos 
> paraconsistentes na estrutura que pressupomos para a realidade nos ajudar a 
> prever e evitar situações que, caso os ignorássemos, sentiríamos a dor das 
> pedras e das dívidas, então nós nos disporemos a considerá-los existentes, 
> reais. E não será preciso nenhuma filosofia para isso ocorrer, tanto quanto 
> não é preciso nenhuma filosofia para reconhecermos que o valor do dinheiro 
> existe. Ou seja, resumindo, se e quando os conjuntos paraconsistentes tiverem 
> aplicações não matemáticas, eles passarão a existir, independentemente de 
> nossa vontade ou tendências teóricas.
> 
> Saudações,
> Daniel.
>  
>> 
>> Em seg, 9 de dez de 2019 16:39, 'Durante' via LOGICA-L 
>>  escreveu:
>>> Prezados,
>>> 
>>> Aqui vão meus "dois tostões" de comentários alegóricos sobre o formalismo.
>>> 
>>> O que é isso que existe, que uma formalização bem definida indica existir? 
>>> Acho que o formalismo jamais chega àquilo que existe, mas apenas ao 
>>> conceito daquilo que se considera que existe. A formalização, como o nome 
>>> indica, nos leva a formas não a substâncias (conteúdo), e o formalismo, eu 
>>> acho, identifica a forma com o bolo.
>>> Mas parece que algo se perde aí, afinal, é o bolo que sacia o apetite, não 
>>> a forma. Mas, para aquilo com o que não conseguimos tropeçar, que não dói 
>>> quando cai na nossa cabeça, que não é captado pelas antenas de nossos 
>>> celulares, o que haveria além da forma? Eu acho que há um elemento extra 
>>> não capturável pelo mero formalismo. Há uma disposição.
>>> A existência, em um sentido amplo, me parece ser apenas uma disposição do 
>>> pensamento.
>>> As pedras não são meros conceitos (formas), mas existem (têm substância, 
>>> realidade, conteúdo, são instanciadas) porque nos dispomos a pensar que 
>>> elas existem, e estamos assim dispostos, porque dói se as ignoramos.
>>> Do mesmo modo, o valor do dinheiro existe porque nos dispomos a pensar que 
>>> ele existe, e estamos assim dispostos, porque dói (mais até do que algumas 
>>> pedras) se o ignoramos.
>>> Algumas das entidades matemáticas existem porque nos dispomos a pensar que 
>>> elas existem, e estamos assim dispostos, porque elas dão estrutura à nossa 
>>> concepção da realidade, e a pressuposição desta estrutura nos ajuda a 
>>> prever e evitar situações em que sentiríamos a dor das pedras e das 
>>> dívidas. Ou seja, estamos dispostos a pensar que algumas entidades 
>>> matemáticas existem, porque dói se as ignoramos.
>>> O chupa-cabras não existe porque não estamos dispostos a pensar que ele 
>>> exista, e não estamos assim dispostos, porque ignorá-lo não dói.
>>> Quanto ao estilo e ao bom gosto, bem, eu diria que variadas versões deles 
>>> existem para alguns, mas não existem para outros. Existem para aqueles cuja 
>>> sensibilidade mais frágil os faria sentir dor em situações nas quais eles 
>>> os ignoram. E não existem para aqueles mais casca grossa para quem ignorar 
>>> o estilo e o bom gosto jamais provocaria qualquer dor.
>>> 
>>> Saudações,
>>> Daniel.
>>> 
>>> Em sexta-feira, 6 de dezembro de 2019 22:31:42 UTC-3, gonzalcg escreveu:
 
 Prezado Walter e lista,
 
 Coincido contigo, que o formalismo ---e fundamentalmente o de Hilbert, 
 entre tantas variantes dele--- é uma saída "confortável" e eu 
 acrescentaria: genial. Além disso, o formalismo foi apresentado mais de 
 uma vez como uma alternativa ao idealismo-platonismo.
 
 O problema está quando o platonismo que jogamos fora pela porta, entra 
 pela janela de uma concepção platonista da linguagem. Claro, um problema 
 para aqueles que se reivindicam não platonistas, como eu. 
 
 Sim, "não somente em matemática" como você disse. Porque envolve-se em 
 contextos mais amplos que o relacionam com vários outros problemas, como 

Re: [Logica-l] Entrevista de Walter Carnielli

2019-11-30 Por tôpico Antonio Marmo
Caro Marcos,

Essas são boas referências. De fato, a Catarina Dutilh escava muito chão e 
encontra b
vários “tesouros arqueológicos”. Mas, sobre o papel do Brandom na lógica 
recente não posso comentar muita coisa, porque eu não sei que alcance, ou seja, 
que grau de influência teve ele desde os anos 1990. Olhar historicamente para 
fatos mais distantes é mais fácil. 

Sei que houve um período da lógica em que vários desenvolvimentos dos 
acadêmicos medievais foram postos de lado. Atualmente, estamos “recuperando” 
muito do que numa época ficou, digamos assim, “fora de moda”. Mas, não só há a 
redescoberta desses autores europeus de antes de Port-Royal: desde o século XIX 
há ocidentais pesquisando a lógica hindu e a chinesa, além da árabe. 

O quanto dessa redescoberta que está sendo objeto de pesquisa vai verter para o 
ensino introdutório de lógica nas faculdades, vai depender dos professores 
acharem isto didaticamente útil.

E há muitas escolas lógicas na atualidade, vamos confessar. À primeira vista 
pode parecer que não, mas uma pesquisa mais ampla acaba encontrando os mais 
diversos grupos, de cuja existência a gente nem suspeitava. Fica muito difícil 
acompanhar notícias sobre todas essas “correntes contemporâneas”.

> 
> On 30 Nov 2019, at 07:31, Marcos Silva  wrote:
> 
> 
> ola, Tony,
> 
> sobre este ponto em específico...
> 
>>   Na Europa durante a Idade Média, uma das componentes da Lógica era a 
>> teoria das “obrigações”, que, ao contrário do que o nome sugere, nada tinha 
>> com os silogismos modais deônticos. Eram as obrigações que alguém assumia 
>> quando se propunha a sustentar uma tese, ou opor-se à mesma. Esse ramo de 
>> estudos está quase esquecido.
> 
>  meus dois centavos...
> 
> independente da tradicão medieval, eu acho que a assim chamada escola de 
> pittsburgh tem importantes contribuicoes para isto que voce chamou de "ramo 
> esquecido".
> 
> Os neo-pragmatistas de Pittsburgh não vao abordar este problema em termos de 
> obrigações, mas em termos de compromissos. 
> 
> Inclusive, nesta abordagem, ha uma (filosoficamente) relevante revisao da 
> relação de consequencia logica em termos de preservação de compromissos e não 
> em termos de preservação de verdade.
> 
> a meu ver, nao podemos negligenciar, por exemplo, neste contexto, o tipo de 
> inferencialismo pragmatista introduzido no "making it explicit" (1994) do 
> Brandom.
> 
> alem disso, provavelmente, voce ja conhece este artigo da Catarina Novaes 
> discutindo esta tematica de obrigacoes/compromissos marcando algumas 
> diferencas com a tradição medieval:
>  “A contentious trinity: levels of entailment in Brandom's pragmatist 
> inferentialism”. Philosophia 40(1), 41-53, 2012.  
> 
> abraços,
> Marcos
> 
>> On Fri, Nov 29, 2019 at 1:45 AM Antonio Marmo  wrote:
>> Na Europa durante a Idade Média, uma das componentes da Lógica era a teoria 
>> das “obrigações”, que, ao contrário do que o nome sugere, nada tinha com os 
>> silogismos modais deônticos. Eram as obrigações que alguém assumia quando se 
>> propunha a sustentar uma tese, ou opor-se à mesma. Esse ramo de estudos está 
>> quase esquecido.
>> 
>> Isto dito, a corrente irracionalidade destes dias que flui pelas redes 
>> sociais em nada se deve a mudanças nos estudos lógicos. Não passam de 
>> técnicas rasteiras de propaganda enganosa e de coação psicológica. Muitos 
>> desses comentários, os mais medíocres por sinal, não são nem obra de 
>> humanos, mas apenas programas que “os disparam”. Certamente, por detrás de 
>> vários deles há assessorias de poderosos interessados ou em desinformar o 
>> público ou em inibir a contestação.
>> 
>> Exemplo disto é uma situação típica: um ser humano escreve “morreu uma 
>> criança de meningite num hospital no DF” e um robô responde algo totalmente 
>> sem conexão como: “o chefe dos ladrões está preso, seu babaca!” E por aí 
>> vai. 
>> 
>> De forma que a “irracionalidade pós-verdade” não será nada além de mera 
>> disputa por poder. Definir o que são “boas razões” dá muito material para 
>> reflexão, mas não estanca essa sangria.
>> 
>> Most problems of teaching are not problems of growth but helping cultivate 
>> growth. As far as I know, and this is only from personal experience in 
>> teaching, I think about ninety percent of the problem in teaching, or maybe 
>> ninety-eight percent, is just to help the students get interested. 
>> Noam Chomsky 
>> 
>>>> On 29 Nov 2019, at 00:08, Cassiano Terra Rodrigues 
>>>>  wrote:
>>>> 
>>> olâ camaradas, abri o computador e dei de cara com uma entrevista do meu 
>>> amigo e antigo prof

Re: [Logica-l] Entrevista de Walter Carnielli

2019-11-29 Por tôpico Antonio Marmo
Aí é preconceito contra a História da Lógica. É legítimo e inclusive melhor 
ensinar lógica começando sim com o que foi feito pelos antigos e pelos 
escolásticos. As pessoas precisam aprender o porquê se faz, não apenas o “como 
se faz”. E a consciência disso só se adquire com a apresentação histórica e 
filosófica.

Aliás, a própria entrevista do Walter no fundo indica isso.

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Grupos do Google.
Para cancelar inscrição nesse grupo e parar de receber e-mails dele, envie um 
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Para ver esta discussão na web, acesse 
https://groups.google.com/a/dimap.ufrn.br/d/msgid/logica-l/D5ADC973-C626-463E-9F3D-6E4792D7C28F%40gmail.com.


Re: [Logica-l] Entrevista de Walter Carnielli

2019-11-28 Por tôpico Antonio Marmo
Na Europa durante a Idade Média, uma das componentes da Lógica era a teoria das 
“obrigações”, que, ao contrário do que o nome sugere, nada tinha com os 
silogismos modais deônticos. Eram as obrigações que alguém assumia quando se 
propunha a sustentar uma tese, ou opor-se à mesma. Esse ramo de estudos está 
quase esquecido.

Isto dito, a corrente irracionalidade destes dias que flui pelas redes sociais 
em nada se deve a mudanças nos estudos lógicos. Não passam de técnicas 
rasteiras de propaganda enganosa e de coação psicológica. Muitos desses 
comentários, os mais medíocres por sinal, não são nem obra de humanos, mas 
apenas programas que “os disparam”. Certamente, por detrás de vários deles há 
assessorias de poderosos interessados ou em desinformar o público ou em inibir 
a contestação.

Exemplo disto é uma situação típica: um ser humano escreve “morreu uma criança 
de meningite num hospital no DF” e um robô responde algo totalmente sem conexão 
como: “o chefe dos ladrões está preso, seu babaca!” E por aí vai. 

De forma que a “irracionalidade pós-verdade” não será nada além de mera disputa 
por poder. Definir o que são “boas razões” dá muito material para reflexão, mas 
não estanca essa sangria.

Most problems of teaching are not problems of growth but helping cultivate 
growth. As far as I know, and this is only from personal experience in 
teaching, I think about ninety percent of the problem in teaching, or maybe 
ninety-eight percent, is just to help the students get interested. 
Noam Chomsky 

> On 29 Nov 2019, at 00:08, Cassiano Terra Rodrigues  
> wrote:
> 
> olâ camaradas, abri o computador e dei de cara com uma entrevista do meu 
> amigo e antigo professor Walter Carnielli. Entrou na retrospectiva do veículo 
> Nexo.
> Envio aqui a quem interessar possa:
> https://www.nexojornal.com.br/expresso/2016/12/27/Por-que-%E2%80%98opini%C3%A3o-n%C3%A3o-%C3%A9-argumento%E2%80%99-segundo-este-professor-de-l%C3%B3gica-da-Unicamp
> 
> E agora pergunto, o q são boas razões? gostaria de ouvir o q têm a dizer a 
> respeito, em tempos de irracionalidade pós-verdadeirística.
> Saudações, 
> Cass. 
> 
> -- 
> Você está recebendo esta mensagem porque se inscreveu no grupo "LOGICA-L" dos 
> Grupos do Google.
> Para cancelar inscrição nesse grupo e parar de receber e-mails dele, envie um 
> e-mail para logica-l+unsubscr...@dimap.ufrn.br.
> Para ver esta discussão na web, acesse 
> https://groups.google.com/a/dimap.ufrn.br/d/msgid/logica-l/ef763dc9-9276-4ce6-aa8e-9eb2485930db%40dimap.ufrn.br.

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Fwd: [Logica-l] RE: Quantum supremacy reached?

2019-10-24 Por tôpico Antonio Marmo


Most problems of teaching are not problems of growth but helping cultivate 
growth. As far as I know, and this is only from personal experience in 
teaching, I think about ninety percent of the problem in teaching, or maybe 
ninety-eight percent, is just to help the students get interested. 
Noam Chomsky 

Begin forwarded message:

> From: Antonio Marmo 
> Date: 24 October 2019 18:53:47 GMT-3
> To: Walter Carnielli , logic...@ufrn.br
> Subject: Re:  [Logica-l] RE: Quantum supremacy reached?
> 
> 
> Caro Walter,
> 
> Há dois problemas quando os grandes jornais e revistas não-acadêmicas 
> publicam esse tipo de notícias:
> 
> Primeiro que nem sempre explicam direito para o leitor o que se passa. Na 
> vontade de “resumir” a informação, omitem detalhes ou conceitos que seriam 
> importantes para as pessoas entenderem o que resultado de uma pesquisa 
> científica. 
> 
> Segundo que do modo como eles abordam o desenvolvimento tecnológico, misturam 
> a construção física de aparelhos com conceitos abstratos por detrás dessa 
> construção. E isto é uma confusão muito presente no imaginário popular.
> 
> Dou um exemplo mais banal: outro dia estava eu tentando explicar que os 
> problemas de lógica que interessam à computação ou vice-versa têm em mente 
> sempre algo a ver com uma máquina. Mas, estava eu pensando em máquinas de 
> Turing ou conceitos assemelhados. A pessoa que me ouviu teimou que não, que 
> nem sempre tem relação com uma máquina. Mas, isto porque na mente dele 
> máquina é uma geringonça concreta, feita de metal, que a gente liga a uma 
> tomada elétrica, etc. Como eu estava bastante extenuado, levei um longo tempo 
> para perceber qual seria a razão de tanta teimosia e não me importei de 
> explicar mais. 
> 
> Acho que teria feito melhor ao recomendar o teu livro sobre computabilidade. 
> Cansava-me menos. Talvez fosse o caso de você dar uma entrevista a respeito 
> do tema juntamente com alguém da computação. Pelo menos você já escutou tanta 
> pergunta em cursos, já tem uma ideia das possíveis dúvidas que normalmente 
> pairam na mente do público.
> 
> Most problems of teaching are not problems of growth but helping cultivate 
> growth. As far as I know, and this is only from personal experience in 
> teaching, I think about ninety percent of the problem in teaching, or maybe 
> ninety-eight percent, is just to help the students get interested. 
> Noam Chomsky 
> 
>>> On 24 Oct 2019, at 14:12, Walter Carnielli  
>>> wrote:
>>> 
>> A  Tese de  Church-Turing Forte  (ou "Extended Church-Turing Thesis",
>> ECT) é  em geral  descrita como:
>> 
>> "A probabilistic TM can efficiently  simulate any realistic model of
>> computation".
>> 
>> Embora o artigo da Nature de 23/10/*2019  assinado por dezenas de
>> autores  ("Quantum supremacy using a programmable superconducting
>> processor")
>> 
>> diga :
>> "Our experiment suggests that a model of computation may now be
>> available that violates this [ECT] assertion."
>> 
>> muita gente já está se apressando  em dizer   que a "supremacia
>> quântica" (já  sendo chamada de "vantagem quântica "  ou
>> "superioridade quântica", por sua  reminiscência com a "supremacia
>> branca") derrubou a ECT.
>> 
>> A  Folha de São Paulo  de dois dias atrás não perdeu tempo em errar, e
>> copiou  de algum lugar que a Google  teria "derrubado a Tese de
>> Church".  Bobagem, a  Extended Church-Turing Thesis  não tem nada a
>> ver com Church, nem com Turing, nem com a  Tese de Church-Turing
>> original.
>> 
>> W.
>> 
>> ==
>> Dois bons links para começar a se informar sobre o assunto do momento:
>> 
>> 
>> https://www.scottaaronson.com/blog/?p=4372
>> https://www.scottaaronson.com/blog/?p=4317
>> 
>> 
>> E um video de três minutos para quem tem pressa de saber do que se trata:
>> https://www.youtube.com/watch?v=vTYp5Kd9nMA
>> 
>> 
>> Para o bem ou para o mal, a notícia está estampada nos principais
>> jornais do mundo.
>> 
>> 
>> O artigo da Google está na Nature de hoje:
>> https://www.nature.com/articles/s41586-019-1666-5
>> 
>> A crítica da IBM está no ar desde anteontem:
>> https://www.ibm.com/blogs/research/2019/10/on-quantum-supremacy/
>> https://arxiv.org/abs/1910.09534
>> 
>> 
>> 
>> 
>> 
>> 
>> 
>> 
>> -- 
>> ---
>> Walter Carnielli
>> https://waltercarnielli.com/
>> 
>> Centre for 

[Logica-l] Re: Sobre a Crítica de Wittgenstein a Goedel e a Aritmética Paraconsistente

2019-10-22 Por tôpico Antonio Marmo
Existe outro artigo, de Timm Lampert (não o conheço pessoalmente), que vai na 
mesma linha, mas cujo liame está mais fácil de encontrar e abrir. 

http://www2.cms.hu-berlin.de/newlogic/webMathematica/Logic/wittandgoedel_final_coll.pdf

“ According to some scholars, such as Rodych and Steiner, Wittgenstein objects 
to Go ̈del’s undecidability proof of his formula G, arguing that given a proof 
of G, one could relinquish the meta-mathematical in- terpretation of G instead 
of relinquishing the assumption that Principia Mathematica (PM) is correct (or 
ω-consistent). Most scholars agree that such an objection, be it Wittgenstein’s 
or not, rests on an inadequate understanding of Go ̈del’s proof. In this paper, 
I argue that there is a pos- sible reading of such an objection that is, in 
fact, reasonable and related to Go ̈del’s proof.“


O de Francesco Berto encontra-se no sítio Academia.edu.

> On 22 Oct 2019, at 23:26, Antonio Marmo  wrote:
> 
> The Gödel Paradox and Wittgenstein's Reasons

-- 
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[Logica-l] Sobre a Crítica de Wittgenstein a Goedel e a Aritmética Paraconsistente

2019-10-22 Por tôpico Antonio Marmo

Sabe-se que Wittgenstein não recebeu bem os resultados de Goedel. Mas, sua 
crítica foi depois muito rebatida. Francesco Berto, todavia, no artigo cujo 
resumo está a seguir, argumenta que Wittgenstein propositalmente recusava a 
distinção entre o nível objeto e o meta-nível e ao mesmo tempo tinha intuições 
que hoje conferem com propostas de uma aritmética dita paraconsistente.

Quem tiver comentários a fazer, contra ou a favor da ideia, sinta-se à vontade.

“The Gödel Paradox and Wittgenstein's Reasons - Philosophia Mathematica
By Francesco Berto 

“An interpretation of Wittgenstein’s much criticized remarks on Gödel’s First 
Incompleteness Theorem is provided in the light of paraconsistent arithmetic: 
in taking Gödel’s proof as a paradoxical derivation, Wittgenstein was drawing 
the consequences of his deliberate rejection of the standard distinction 
between theory and metatheory. The reasoning behind the proof of the truth of 
the Gödel sentence is then performed within the formal system itself, which 
turns out to be inconsistent. It is shown that the features of paraconsistent 
arithmetics match with some intuitions underlying Wittgenstein’s philosophy of 
mathematics, such as its strict finitism and the insistence on the decidability 
of any mathematical question.

Most problems of teaching are not problems of growth but helping cultivate 
growth. As far as I know, and this is only from personal experience in 
teaching, I think about ninety percent of the problem in teaching, or maybe 
ninety-eight percent, is just to help the students get interested. 
Noam Chomsky 

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[Logica-l] Múltiplas conclusões: Artigo muito proveitoso

2019-10-21 Por tôpico Antonio Marmo
Caríssimos amigos, mestres e colegas,

Quando encontro um artigo de que gosto, faço questão de o divulgar. E este 
inclusive é de autoria da estimada Valéria de Paiva que participa desta lista. 
O texto encontra-se no sítio academia.edu.

A Short Note on Intuitionistic Propositional Logic with Multiple Conclusions
By Valeria de Paiva
Manuscrito, 2005

It is a common misconception among logicians to think that intuition-ism is 
necessarily tied-up with single conclusion (sequent or Natural Deduction) 
calculi. Single conclusion calculi can be used and are convenient, but they are 
by no means necessary, as shown by such influential authors as Kleene, Takeuti 
and Dummett, to cite only three. If single conclusions are not necessary, how 
do we guarantee that only intuitionistic derivations are allowed? Traditionally 
one insists on restrictions on particular rules: implication right, negation 
right and universal quantification right are required to be single conclusion 
rules. In this note we show that instead of a cardinality restrictionm such as 
one conclusion only, we can use a notion of dependency between formulae to 
enforce the constructive character of derivations.











Most problems of teaching are not problems of growth but helping cultivate 
growth. As far as I know, and this is only from personal experience in 
teaching, I think about ninety percent of the problem in teaching, or maybe 
ninety-eight percent, is just to help the students get interested. 
Noam Chomsky 

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Re: [Logica-l] Lógica em Juiz de Fora

2019-09-07 Por tôpico Antonio Marmo
Parabéns ao Desidério pela obra e desejo-lhe muitos leitores.
Este ano não vem sendo fácil para a comunidade acadêmica, por razões que 
ninguém 
ignora e que os jornais noticiam sem parar. 
Além de livros que estão saindo, é bom ver que a comunidade de filósofos e 
lógicos continua ativa de modo geral, fazendo eventos vários, inclusive justas 
homenagens aos seus maiores, como a que o nosso caríssimo Jean-Yves está 
organizando para o professor Newton da Costa.
Serão raios de luz para dissipar uma longa noite!

Most problems of teaching are not problems of growth but helping cultivate 
growth. As far as I know, and this is only from personal experience in 
teaching, I think about ninety percent of the problem in teaching, or maybe 
ninety-eight percent, is just to help the students get interested. 
Noam Chomsky 

> On 7 Sep 2019, at 09:37, 'Desidério Murcho' via LOGICA-L 
>  wrote:
> 
> Caros colegas
> 
> Na próxima quarta-feira, às 19 horas, irei apresentar as minhas ideias sobre 
> a concepção epistémica de consequência lógica na Universidade Federal de Juiz 
> de Fora, no evento seguinte: 
> 
> https://www.sympla.com.br/xxv-semana-de-filosofia-da-ufjf__611198
> 
> Na ocasião, irei lançar o meu livro Lógica Elementar: Raciocínio, Linguagem e 
> Realidade, que já está à venda em Portugal e no Brasil:
> 
> https://www.wook.pt/livro/logica-elementar-desiderio-murcho/23255951
> https://www.amazon.com.br/Lógica-Elementar-Desidério-Murcho/dp/9724421066/
> 
> São todos muitíssimo bem vindos! 
> 
> Desidério Murcho
> https://dmurcho.net 
> 
> 
> 
> 
> 
> -- 
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Re: [Logica-l] [OFF-Topic] Filósofos mais citados na SEP

2019-08-21 Por tôpico Antonio Marmo
Os primeiros nomes até o 21º lugar são os seguintes:

1. Lewis, David K. (cited in 267 main-page SEP entries) 
2. Quine, W.V.O. (191) 
3. Putnam, Hilary (168) 
4. Rawls, John (146) 
5. Davidson, Donald (142) 
6. Kripke, Saul (139) 
7. Williams, Bernard (133) 
8. Nozick, Robert (126) 
9. Nussbaum, Martha (121) 
10. Williamson, Timothy (116) 
11. Jackson, Frank (113) 
11. Nagel, Thomas (113) 
13. Searle, John R. (111) 
13. Van Fraassen, Bas (111) 
15. Armstrong, David M. (106) 
16. Dummett, Michael (104) 
16. Fodor, Jerry (104) 
16. Harman, Gilbert (104) 
19. Chisholm, Roderick (103) 
19. Dennett, Daniel C. (103) 
21. Chalmers, David J. (101) 
21. Strawson, P.F. (101) 

Most problems of teaching are not problems of growth but helping cultivate 
growth. As far as I know, and this is only from personal experience in 
teaching, I think about ninety percent of the problem in teaching, or maybe 
ninety-eight percent, is just to help the students get interested. 
Noam Chomsky 

> On 21 Aug 2019, at 10:14, Walter Carnielli  wrote:
> 
> Interessante, mas apenas pelo seguinte: isso comprova que a SEP é  uma 
> anglo-enciclopédia,não tem nessa lista nem um nome latino, russo, chinês, 
> indiano, etc.
> A partir das primeiras posições, quase todos nomes solenemente desconhecidos.
> 
> Gabbay aparece em 197...
> 
> Abs 
> Walter 
> 
> -- 
> Você está recebendo esta mensagem porque se inscreveu no grupo "LOGICA-L" dos 
> Grupos do Google.
> Para cancelar inscrição nesse grupo e parar de receber e-mails dele, envie um 
> e-mail para logica-l+unsubscr...@dimap.ufrn.br.
> Para ver esta discussão na web, acesse 
> https://groups.google.com/a/dimap.ufrn.br/d/msgid/logica-l/24d96aa1-8b47-4f3d-90b5-e101e2333965%40dimap.ufrn.br.

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[Logica-l] [off topic] MINISTRO CORTA RECURSOS DE 3 FEDERAIS

2019-04-30 Por tôpico Antonio Marmo
A propósito disto trago assunto relevante para a comunidade acadêmica que foi 
manchete nos jornais:

Diz a Constituição Federal:

“Art. 207. As universidades gozam de autonomia didático-científica, 
administrativa e de gestão financeira e patrimonial, e obedecerão ao princípio 
de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão.
§ 1º É facultado às universidades admitir professores, técnicos e 
cientistas estrangeiros, na forma da lei.
§ 2º O disposto neste artigo aplica-se às instituições de pesquisa 
científica e tecnológica.”

Dizem os jornais do dia 30 de abril de 2019:

MEC cortará verba de universidade por 'balbúrdia' e já mira UnB, UFF e UFBA

O Ministério da Educação (MEC) vai cortar recursos de universidades que não 
apresentarem desempenho acadêmico esperado e, ao mesmo tempo, estiverem 
promovendo "balbúrdia" em seus câmpi, afirmou o ministro Abraham Weintraub ao 
jornal O Estado de S. Paulo.

 
https://educacao.uol.com.br/noticias/agencia-estado/2019/04/30/mec-cortara-verba-de-universidade-por-balburdia-e-ja-mira-unb-uff-e-ufba.htm

Bloqueio de verba de universidade por motivo ideológico fere Constituição
A ameaça do governo Jair Bolsonaro (PSL) de bloquear 30% dos recursos de 
custeio de três universidades federais –UnB, UFBA e UFF– por motivos 
ideológicos fere a Constituição, segundo especialistas.
A afirmação do ministro, Abraham Weintraub que essas universidades teriam 
também fraco desempenho ignora os resultados positivos dessas instituições em 
indicadores do ensino superior.
https://www.jb.com.br/pais/2019/04/997619-bloqueio-de-verba-de-universidade-por-motivo-ideologico-fere-constituicao.html

Tirem suas conclusões, por favor. Mas, a mim me parece óbvio o erro do Ministro.


Most problems of teaching are not problems of growth but helping cultivate 
growth. As far as I know, and this is only from personal experience in 
teaching, I think about ninety percent of the problem in teaching, or maybe 
ninety-eight percent, is just to help the students get interested. 
Noam Chomsky 

> On 30 Apr 2019, at 17:55, Marcos Silva  wrote:
> 
> 
> 
> -- Forwarded message -
> 
> 
> 
>  
> Daily Nous
> 
> Open Letter Regarding President Bolsonaro’s Recent Pronouncements on 
> Defunding Philosophy and Sociology
> Below is a letter responding to Brazilian President Jair Bolsonaro’s recent 
> declarations that he is considering a plan to withdraw funding for the study 
> and teaching of philosophy and sociology at public universities in Brazil.
> 
> Written by Sergio Tenenbaum (University of Toronto), Alice Pinheiro Walla 
> (University of Bayreuth), and Catarina Dulith Novaes (VU Amsterdam), the 
> letter is open for academics from around the world to sign. (To sign, use the 
> form at the end of the letter.)
> 
> 
> 
> Open Letter Regarding President Bolsonaro’s Recent Pronouncements on 
> Defunding Philosophy and Sociology
> 
> We, the undersigned academics around the world, would like to express our 
> alarm and concern about President Bolsonaro’s recent claims that he is 
> planning to defund Philosophy and Sociology (and possibly other areas in the 
> Humanities and social sciences). Brazilian public universities have produced 
> internationally recognized major research in both of these areas. Philosophy 
> and Sociology are fundamental disciplines of any modern university, and, 
> given the interdisciplinary nature of the university, defunding them will 
> affect not only research in these specific areas, but also the reputation, 
> and the quality of research and teaching, of Brazilian universities across 
> all areas. In fact, it is ironic that Philosophy is singled out in this 
> respect, as philosophers in Brazil were among the pioneers of paraconsistent 
> logic, a research program that has had impact in such diverse areas as 
> robotics and expert systems for medical diagnosis.
> 
> President Bolsonaro implies in his remarks that public funding should flow 
> exclusively to professional schools. These are certainly important programs. 
> However, a democratic society depends not only on its commercial productive 
> output, but also on its social institutions, its understanding of their 
> foundations and governing principles, as well as its understanding of how 
> these policies and institutions affect its population. Research in social 
> sciences and humanities, and especially Philosophy and Sociology, is vital to 
> such an understanding. The contribution of academics to public debates is 
> also of crucial importance to a well functioning democracy.
> 
> Students taking courses in these areas learn to think critically about their 
> conditions, and the broader condition of the society and the world around 
> them. But also the wider public and Brazilian society benefit from the 
> intellectual expertise from philosophers and sociologists.
> 
> Thus an attack on Philosophy and Sociology, as well as the humanities and 
> social sciences more generally, is an 

[Logica-l] The Social Shaping of Modern Logic by Amirouche Moktefi

2019-04-08 Por tôpico Antonio Marmo
Caros participantes da lista,

É com prazer que destaco um artigo do professor e amigo Amirouche Moktefi que 
vai sair numa coleção em homenagem ao John Woods e cujo resumo trago aqui. 
(Quem quiser pode ler uma versão preliminar dele na Academia.edu).

No artigo em comento, a ideia de “Social Shaping” corresponde à de interação 
social, o que não é reduzir a Ciência às hipóteses sociológicas, mas tomar como 
ponto de partida que se trata de uma construção empreendida por um coletivo, no 
meio do qual alguns se sobressaem mais ou menos.


The Social Shaping of Modern Logic
Natural Arguments: A Tribute to John Woods, 2019By  
Amirouche Moktefi
Traditional accounts of the history of logic seldom record the difficulties and 
obstacles that symbolic logic faced in its early development. We are more often 
offered a ‘modern success story’, to borrow an expression of George 
Englebretsen (1996, 53), where discoveries and innovations were accumulated by 
various logicians, hence leading to what is known as modern logic. This 
narrative makes hardly any room for the social shaping of symbolic logic as a 
discipline of its own. A close look shows that early symbolic logicians hardly 
formed a tradition or a school. They rather developed rival logical systems, 
theories and notations. By the end of the nineteenth century, symbolic 
logicians were still in minority and one can hardly say that they formed a 
community. Many invested symbolic logic as amateurs and outsiders who did not 
have the influence of the holders of the philosophy and mathematics positions 
with whom they fought. 

In the following, we will briefly expose three disputes in the early stages of 
symbolic logic. They illustrate the long road to recognition that the new ideas 
had to undertake. Each of these disputes is well-known among historians of 
logic and we will not engage in a thorough discussion of the issues that are 
debated. Our attention will rather focus on the social interaction between the 
opponents and how the conduct and outcome of each dispute were to some extent 
shaped by the disciplinary and institutional positions of the opponents. The 
first dispute opposed Hugh MacColl and William Stanley Jevons. It illustrates 
the rivalry between symbolic logicians themselves. In the second dispute, 
Charles L. Dodgson, alias Lewis Carroll, faces the opposition of the 
philosopher John Cook Wilson. Finally, the third dispute sketches the 
well-known argument on logicism between Louis Couturat and the mathematician 
Henri Poincaré.





































Most problems of teaching are not problems of growth but helping cultivate 
growth. As far as I know, and this is only from personal experience in 
teaching, I think about ninety percent of the problem in teaching, or maybe 
ninety-eight percent, is just to help the students get interested. 
Noam Chomsky 

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[Logica-l] Dia Mundial da Lógica

2019-01-15 Por tôpico Antonio Marmo
Aos participantes da lista:

Tivemos ontem na Academia Brasileira de Filosofia uma proveitosa tarde de 
palestras em comemoração do Dia Internacional da Lógica. Fomos recepcionados 
pelo Presidente Jean-Yves Béziau que como sempre transmite alegria e empolgação.

Tive a oportunidade de falar um pouco sobre questões filosóficas subjacentes ao 
desenvolvimento da teoria das probabilidades e de como alguns fatos da História 
da Matemática tiveram influência na da Lógica. 

Fui antecedido por palestrantes de envergadura, os professores,  Dória, Chaitin 
e Ochs. 

O Presidente finalizou um encontro fazendo a defesa do ensino de Lógica na 
Filosofia e em outras áreas.

Dize à sabedoria: Tu és minha irmã...
Provérbios 7:4

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Re: [Logica-l] Doria Workshop - Dec 8 and 9, 2018 - Brazilian College of Advanced Studies

2018-12-09 Por tôpico Antonio Marmo
Caros,

Transcorreu o evento ontem e hoje. Tive a felicidade de participar dele neste 
domingo.

Estava muito bom, excelentes apresentações e assuntos variados, desde Economia 
até  Física, passando por vários tópicos de Lógica. Houve no final uma palestra 
proferida pelo próprio homenageado.

Fiquei muito honrado de finalmente encontrar a família Dória, cujo patriarca é 
ainda mais simpático pessoalmente.

Muita gente da UFRJ naturalmente compareceu, mostrando que a Lógica está cada 
vez mais forte no Rio de Janeiro, inclusive como um estudo verdadeiramente 
interdisciplinar! (Aliás, o evento foi num prédio ainda sob restauro que deverá 
ficar um primor tão logo acabem as obras!)

E também pude rever a professora Ítala depois de mais de um ano, que aliás fez 
uma exposição muito rica e muito profunda, trazendo os resultados do grupo de 
auto-organização da Unicamp.

Agradeço aos organizadores pelo gentil convite. Que haja outra oportunidade 
assim!

Dize à sabedoria: Tu és minha irmã...
Provérbios 7:4

> On 8 Dec 2018, at 18:47, Antonio Marmo  wrote:
> 
> Você me mata de rir, assim! Estou preparando a apresentação de amanhã!
> 
> Dize à sabedoria: Tu és minha irmã...
> Provérbios 7:4
> 
>> On 8 Dec 2018, at 18:44, jean-yves beziau  wrote:
>> 
>> melhor que o avião é o  helicóptero !
>> cavalo à bom também ...
>> 
>> 
>>> Le sam. 8 déc. 2018 à 21:16, Antonio Marmo  a écrit :
>>> Tive problemas com o avião. Amanhã estarei no evento.
>>> 
>>> 
>>>> On 8 Dec 2018, at 17:52, jean-yves beziau  wrote:
>>>> 
>>>> ja estamos a tarde
>>>> 
>>>>> Le sam. 8 déc. 2018 à 11:49, Tony Marmo  a écrit :
>>>>> So poderei estar ai pela tarde.
>>>>> 
>>>>> Em quarta-feira, 5 de dezembro de 2018, jean-yves beziau 
>>>>>  escreveu:
>>>>>> Doria Workshop - Dec 8 and 9,  2018 -  Brazilian College of Advanced 
>>>>>> Studies
>>>>>> http://www.rio-logic.org/doria
>>>>>> 

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[Logica-l] Os primeiros lógicos do Brasil: como se lhes ensinou Lógica?

2018-11-05 Por tôpico Antonio Marmo
Voltando ao assunto “Lógica”, quero destacar aqui um artigo importante do nosso 
caro amigo, Professor Evandro sobre o desenvolvimento da Lógica no Brasil:

Título: “O desenvolvimento da lógica no Brasil:
 da herança ibero-portuguesa aos primórdios do século XIX”

Resumo:
“Que lógica foi ensinada no Brasil durante o século XIX? Foi ela desenvolvida 
formalmente? Que relações
mantiveram a lógica, a filosofia e as ciências? Considerando o contexto da 
lógica ibero-européia dos séculos
XVI-XVIII, quais dos seus aspectos foram identificados nas manifestações de 
lógica encontradas no Brasil?
Qual era o papel da lógica neste contexto? Com efeito, os intelectuais 
brasileiros, tal como seus pares europeus
esperavam que a lógica sustentasse as ciências e a racionalidade, provendo-lhes 
uma teoria geral da
argumentação e da verdade, do método e da ciência. Aqui como lá, a compreensão 
de lógica subjugou a abordagem formal.”

https://www.academia.edu/22716711/O_desenvolvimento_da_lógica_no_Brasil_da_herança_ibero-portuguesa_aos_primórdios_do_século_XIX

É um artigo importante. Evandro faz uma análise da História que em muitos 
pontos difere da minha. Mas, como justamente estamos falando de História, não 
bastam nossas hipóteses explicativas, é preciso apoiar os argumentos em fatos 
empíricos principalmente. E nesse trabalho há muita informação fundamental.

Vale a pena, ademais, ressaltar uma percepção que ele tem e com a qual estou 
plenamente de acordo: antes do século XX não faz sentido separar a Filosofia 
feita no Brasil daquela feita em Portugal. Mesmo com a independência, as nossas 
tradições acadêmicas continuam as mesmas por cerca de cem anos. E o ensino da 
Lógica aqui era o que havia em Portugal. 

(Aqui, podemos acrescentar, terá sido a geração do professor Newton da Costa,  
Oswaldo Chateaubriand e Oswaldo Porchat que introduziu aqui uma visão mais 
contemporânea e colocou o Brasil como uma liderança na área.)

Não se entende, porém, o que foi a vida acadêmica lusófona no século XIX sem 
examinar os séculos anteriores. Pois bem, neste artigo, Evandro aponta que um 
dos pontos centrais de conflito que afetam o estudo da Filosofia e da Lógica 
foi a recepção ambígua das ideias iluministas em Portugal. Este mesmo 
apontamento aparece em outros trabalhos históricos, como, por exemplo, Luís 
Carlos Villalta que no seu “Usos do Livro no Mundo Luso-Brasileiro sob as 
Luzes: Reformas, Censura e Contestações” diz o seguinte:

“A partir da ascensão de D. José I, “o sábio rei” do poema em epígrafe1, ao 
trono português, em 1750, Sebastião José de Carvalho e Mello, “o immortal 
Carvalho”, Conde de Oeiras (1759) e, depois, Marquês de Pombal (1770), 
tornou-se uma espécie de côn- sul, nos moldes romanos. E, com este “sol 
brilhante”, a Coroa portuguesa ingressou mais  rmemente na Era das Luzes, 
desenvolvendo uma política reformista em várias áreas, da economia à educação, 
passando pela censura. A Coroa portuguesa, sob o Reformismo Ilustrado, fez uma 
incorporação seletiva das ideias das Luzes, rechaçando aquelas que ameaçavam as 
prerrogativas absolutistas do trono, o domínio colonial e a religião. Com isso, 
a Ilustração constituiu, ao mesmo tempo, referência e alvo de ataque.”

Havia também neste período, conforme Villalta lembra, uma atitude que hoje se 
chama de anticientificismo e que igualmente funcionava de modo ambíguo. Esse 
anticientificismo persistiu bastante tempo no Brasil, se é que não subsiste 
ainda na atualidade.

Para mim, o que o artigo do professor Evandro traz é algo que já analisei na 
minha tese, mas acerca dos períodos moderno e medieval. A minha análise é a 
seguinte: quando as condições de ensino e pesquisa estão boas e estáveis, todas 
mudanças por que passa uma ciência ou disciplina são movidas por questões 
internas à própria pesquisa. Quando as condições externas à produção acadêmica, 
todavia, estão deterioradas, é a própria deterioração que força rupturas.

Há contextos intermediários: quando as condições materiais para o ensino e a 
pesquisa estão entre não tão ruins e nem tão boas, digamos, estão melhorando um 
pouco, são questões culturais gerais, inclusive políticas, que direcionam o 
desenvolvimento da disciplina. Portugal sob a ditadura de Pombal estava nesse 
pé: era a classe dirigente política que ditava para a comunidade acadêmica o 
que devia ler e o que devia não ler e com quais ideias podia trabalhar. Houve 
um progresso, mas controlado e por isso mesmo muito limitado.

Quem quiser entender mais essa minha análise, pode ler o exemplar da minha 
tese, que lá encontrará mais detalhes, embora não fale especificamente sobre o 
mundo lusófono:

https://www.academia.edu/36690102/Dissenso_Lógico_Mudanças_de_Paradigma_e_Pluralismo


Dize à sabedoria: Tu és minha irmã...
Provérbios 7:4

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Re: [Logica-l] olavismo & Lógica

2018-10-31 Por tôpico Antonio Marmo
Do ponto de vista filosófico, “atacar” a ideia de infinito atual não é algo 
muito viável. É muito forte. O que é possível fazer é ou indagar-se se tal 
ideia é concebível em certos termos, quais são suas consequências e a que 
conceitos pode ela aplicar-se.  Mas, uma vez que um filósofo pode pensar a 
respeito, sem incorrer em contradição ou paradoxo, ela pode fazer parte de uma 
doutrina perfeitamente.

Só que não se aborda a distinção entre infinito atual e potencial en passant, a 
título de mero comentário. Não existe reflexão filosófica que comece sem mais 
nem menos, ainda mais se adentrar um tema que tem relevância para os 
fundamentos de uma teoria. É preciso primeiro ter uma questão clara para tentar 
responder.



> On 31 Oct 2018, at 08:58, Anderson Nakano  wrote:
> 
> Saudações a todos. Permito-me dar alguns "pitacos".
> 
> 1. A ideia de que um conjunto é infinito quando ele é similar a uma parte 
> própria sua vem, salvo engano, de Dedekind (no Was sind und wie sollen die 
> Zahlen?). Na verdade, trata-se de uma definição do infinito.
> 2. Cantor subscreve a essa ideia e a utiliza nos seus artigos. Cantor 
> defendeu que o infinito potencial, no sentido rigoroso, pressupõe o infinito 
> atual. Essa é a posição que me parece atacável do ponto de vista filosófico.
> 3. Concordo com o João Marcos: a crença cantoriana no infinito "atual" é 
> "irrelevante" para embasar o cálculo por ele introduzido (isso soa, a 
> propósito, bastante "wittgensteiniano")
> 4. (3) não implica que não se possa atacar a definição de Dedekind e a defesa 
> de Cantor do infinito atual do ponto de vista filosófico.
> 5. Eu não estou defendendo, obviamente, as ideias do OC, só estou dizendo que 
> elas não estão erradas "já de partida".
> 6. Se a negação do infinito atual implica que não há totalidades infinitas, 
> então é claro que não há, em particular, totalidades que possuem partes 
> próprias similares a ela e, portanto, vale o Axioma 5 de Euclides.
> 
> Abraço,
> 
> Anderson
> -- 
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Re: [Logica-l] Olavismo & Lógica: como ele consegue?

2018-10-30 Por tôpico Antonio Marmo
Caro Cassiano,

Senti-me forçado a ler alguns capítulos do livro citado, “O Jardim das 
Aflições”. O prefácio é horrível, só verborragia. O livro em si seria uma 
reação do OC a uma palestra sobre Epicuro que ele teria ouvido no MASP há anos. 
São várias páginas dedicadas ao que seria a filosofia de Epicuro, porque o 
palestrante não entenderia dela e porque ela mesma não seria boa.

 Pois bem, a grande dificuldade de estudar a filosofia grega está no fato de 
que somente uma pequena fração dos livros da época chegou até nós. A impressão 
que se tem é que esse jornalista acredita conhecer mais de Epicuro do que os 
historiadores da Filosofia conseguiram já garimpar até hoje! 

Todo o livro parece reduzir-se à proposição “eu sei o que pensava Epicuro, 
vocês não”. Não vai muito além disso. No meio de tudo, ele recheia com umas 
passagens que parecem muito mais querer ostentar uma falsa erudição do que algo 
que tenha alguma motivação para estar no texto. Além de estarem erradas, 
geralmente quase nada têm a ver com o que seria o assunto inicialmente. 

Não serve nem como trabalho final de graduação esse livro!



> On 30 Oct 2018, at 11:48, Cassiano Terra Rodrigues  
> wrote:
> 
> Colegas, um fator importante no poder de convencimento do OC é seu uso de 
> técnicas de neurolinguística (assim chamada) e hipnose. Ele mesmo cita os 
> autores, em seu Jardim das Aflições, criticando a instrumentalização política 
> dessas teorias por regimes totalitárias etc. O q ele mesmo não diz é q ele Tb 
> as instrumentalizar.
> São os autores e as obras:
> Joost A. M. Meerloo. The Rape of mind.
> Paul M. A. Linebarger. Psychological Warfare. 
> Recomendo a quem se interessar q Tb leia um livro mais recente até onde sei 
> não citado por OC, a saber : Ari Berkowitz. Governing behavior.
> Técnicas de persuasão usadas em marketing básico, expressões corporais e 
> linguagem bem pensada para suscitar reações emotivas determinadas fazem parte 
> do pacote. Acrescente-se a isso a característica privada e potencialmente 
> mais imersivo das telas de computador celulares etc do nosso mundo. E um 
> discurso bem formatado para confirmar certas crenças bem arraigados na nossa 
> cultura. Tem mais a ver com hipnose e retórica q com outras coisas, a meu 
> ver, sem prejuízo do q já disseram outros aqui. 
> Espero ter contribuído.
> Saudações, cass. 
> 
> -- 
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Re: [Logica-l] olavismo & Lógica

2018-10-30 Por tôpico Antonio Marmo
Segundo outros entendem, também Aristóteles acreditava somente no infinito 
potencial. Ver link abaixo:

http://sites.middlebury.edu/fyse1229pisapati/mathematical-work/potential-infinite-v-actual-infinite/


> On 30 Oct 2018, at 09:08, Joao Marcos  wrote:
> 
> (Um colega me pediu para esclarecer ---offlist--- o ponto 1 abaixo.
> Copio aqui a resposta que enviei a ele; talvez os demais colegas da
> lista tenham suas próprias intuições / opiniões a este respeito?)
> 
>> 1 - A "crença" no infinito atual não é necessária ao citado resultado
>> de Cantor; os conjuntos em questão são recursivos e a bijeção pode ser
>> definida recursivamente.
> [...]
>>> Pergunta:
>>> no seu argumento contra o Olavo além de indicar a bijecao f(x)=2x,
>>> que para mim é o suficiente, você mencionou o fato dessas funções
>>> serem recursivas. Por quê?
> 
> Obrigado pela pergunta.  A primeira (e principal?) crítica feita por
> Olavo era de que o argumento cantoriano só funcionava se baseado no
> infinito "atual", completado, e ruiria caso considerássemos como
> _real_ apenas o infinito "potencial".  As funções recursivas, a meu
> ver, não necessitam do infinito atual, dado que são baseadas em
> relações bem-fundadas: a cada passo é possível entender o que se passa
> reduzindo este passo a uma sequência limitada e bem definida de passos
> anteriores.  Assim, a função bijetora em questão, sendo recursiva,
> pode ser definida _até onde for necessário_, isto é, apenas *de forma
> potencial*.
> 
> Cantor subescrevia a filosofia platonista, mas não penso que isto seja
> fundamental na defesa de seu trabalho e de sua teoria.  De fato, os
> construtivistas parecem estar do meu lado, neste ponto:
> https://en.wikipedia.org/wiki/Actual_infinity#Opposition_from_the_Intuitionist_school
> 
> Foi isso que eu pretendi sugerir com a minha observação.
> 
> Joao Marcos
> 
> 
>> 2 - A bijeção pode ser estabelecida tanto entre os signos (numerais)
>> quanto entre suas denotações (números).  São duas demonstrações
>> distintas, claro, e qualquer uma das duas leva ao mesmo "assombro".
>> 
>> 3 - A definição da bijeção não precisa depender de uma ordem imposta
>> sobre os conjuntos subjacentes.
>> 
>> 4 - Os pares podem ser facilmente definidos usando os naturais (ou
>> mais propriamente os inteiros), tanto recursivamente quanto em forma
>> fechada; reciprocamente, os naturais também podem ser "definidos", se
>> alguém preferir como "as metades dos pares"; a escolha de quem é o
>> domínio e de quem é o contra-domínio da bijeção é uma mera questão de
>> conveniência, que não faz nenhuma diferença do ponto de vista do
>> resultado e da teoria cantoriana.
>> 
>> 5 - O "problema da parte e do todo" pode ser evitado reformulando a
>> demonstração como uma bijeção que é apresentada, digamos, entre os
>> números naturais e os números racionais da forma n/2, com n natural;
>> nenhum dos dois conjuntos é uma "parte" do outro.  Ao terminar a
>> demonstração, se quiser, você pode trocar todas as ocorrências de n/2
>> por ocorrências de 2n.  Voilà.
>> 
>> Para o benefício do alegado filósofo, não estou aqui apresentando
>> "demonstrações" (nem muito menos "refutações"), mas apenas sugestões
>> de estudo para que ele possa eliminar suas confusões, que são de fato
>> bastante simples.  Se o Olavo não entender esta matemática "profunda",
>> contudo, sempre pode pedir a seu irmão matemático para lhe ajudar a
>> entender.
> 
> -- 
> http://sequiturquodlibet.googlepages.com/
> 
> -- 
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> https://groups.google.com/a/dimap.ufrn.br/d/msgid/logica-l/CAO6j_LiMhj79bb%2BLLApudOtfzfbe8DKiwqaeq%3D3sh%2B0p8EvK7A%40mail.gmail.com.

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Re: [Logica-l] Creation of the World Logic Day: January 14,

2018-10-25 Por tôpico Antonio Marmo
O mais importante a salientar é que os Congressos organizados pelo professor 
Jean-Yves têm dado um enorme impulso ao ensino de Lógica em nível mundial que é 
sem precedentes. 

As pessoas estão ganhando mais consciência do que seja a Lógica como é 
praticada atualmente através dessas iniciativas. Tivemos em Vichy nomes 
importantes da Filosofia de um modo geral atraídos justamente pela riqueza de 
trabalhos. Mas, isto foi apenas um entre vários Congressos já feitos e por 
fazer. Haverá outro encontro ainda este ano na Ilha de Creta.

Do que precisamos mais são auxílios financeiros para que mais e mais 
professores e estudantes consigam participar de eventos assim!

É por meio de iniciativas assim que fazemos do mundo um lugar melhor!

Dize à sabedoria: Tu és minha irmã...
Provérbios 7:4

> On 24 Oct 2018, at 17:40, josé carlos cifuentes  wrote:
> 
> Boa e bela ideia!!! Apoio plenamente.
> Cifuentes
> 
> 
>   Livre de vírus. www.avast.com.
> 
>> Em qua, 24 de out de 2018 às 14:54, jean-yves beziau 
>>  escreveu:
>> Logic Prizes et Cætera
>> https://link.springer.com/article/10.1007/s11787-018-0215-6
>> I discuss the origin and development of logic prizes around the world. In a 
>> first section I describe how I started this project by creating the Newton 
>> da Costa Logic Prize in Brazil in 2014. In a second section I explain how 
>> this idea was extended into the world through the manifesto A Logic Prize in 
>> Every Country! and how was organized the Logic Prizes Contest at the 6th 
>> UNILOG (World Congress and School on Universal Logic) in Vichy in June 2018 
>> with the participation of 9 logic prizes winners from 9 countries. In a 
>> third section I discuss how this project will develop in the future with the 
>> creation of more logic prizes, an Encyclopædia of Logic, the book series 
>> Logic PhDs, as well as the creation of a World Logic Day, January 14, day of 
>> birth of Alfred Tarski and of death of Kurt Gödel.
>> JYB
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> https://groups.google.com/a/dimap.ufrn.br/d/msgid/logica-l/CAEQwYATijAhf%3DTgabfJcHuAqbwrbzh%3Ds_eZUERL6Kn2eODf9wA%40mail.gmail.com.

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Re: [Logica-l] [off-topic?] Livro da área de lógica é finalista no Prêmio Jabuti

2018-10-17 Por tôpico Antonio Marmo
Merecida, bem merecida foi essa indicação.
Desejo que a cerimônia desse prêmio seja alegre e que você esteja lá!


> On 17 Oct 2018, at 12:52, Jorge Alberto Molina  wrote:
> 
> Parabéns Evandro e Itala pela indicação.
> Um abraço
> Jorge Alberto Molina
> 
>> Em qua, 17 de out de 2018 às 10:10, C. Mortari  
>> escreveu:
>> Caro Evandro, cara Ítala,
>> 
>> parabéns pela indicação! Vocês merecem.
>> 
>> Grande abraço,
>> 
>> Cezar
>> 
>> Em 2018-10-17 09:56, Evandro L. Gomes escreveu:
>> > Caros/as colegas da lista de Lógica:
>> > 
>> > Escrevo para comunicar que nosso livro "Para além das Columas de
>> > Hércules, uma história da paraconsistência: de Heráclito a Newton
>> > da Costa" é finalista no Prêmio Jabuti 2018 no eixo Ensaio -
>> > Humanidades.
>> > 
>> > José Veríssimo preparou uma resenha do livro que a Editora Unicamp
>> > publica em seu blog. Segue o link:
>> > 
>> > https://blogeditoradaunicamp.com/2018/10/16/para-alem-das-colunas-de-hercules/
>> > 
>> > Pedimos que divulguem em suas redes de contatos, se puderem.
>> > 
>> > Nosso livro é a Lógica no Jabuti este ano!
>> > 
>> > Um abraço a todos,
>> > 
>> > Evandro / Itala
>> > 
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>> > [1].
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Re: [Logica-l] OFF TOPIC: Acesso aberto, e como torrar (ou não) dinheiro publico

2018-09-25 Por tôpico Antonio Marmo
Caro Walter,

Nos meios acadêmicos, desde antes da internet ser popular, eu bem me lembro, as 
principais discussões aconteciam sobre rascunhos, ou seja, sobre livros e 
artigos que ainda não haviam sido publicados, mas que já estavam circulando 
informalmente. Era assim com os trabalhos do Chomsky, na Linguística. Também, o 
Guerzoni me disse que na Lógica era do mesmo modo. E os matemáticos e físicos 
diziam a mesma coisa. Eram discussões por carta muitas vezes.

Quando o livro do Chomsky sobre o programa minimalista foi publicado na década 
de 1990, já havia teses escritas e aprovadas a partir das suas versões 
digitadas aparentemente em chi-writer. Já havia artigos respondendo ao livro.

Aí você levanta o assunto de publicar. Mas, o poeta Pablo Neruda certa feita 
perguntou a outro: “por que publicamos?” Num mundo onde circulam PDFs de livros 
já impressos, com ou sem custos para os leitores, cada vez menos entendo a 
necessidade de colocar artigos em periódicos. Quem se interessa pelo meu 
trabalho ou pelo seu, pega o que eu ou você escrevemos, faz as sugestões que 
quiser para mim ou para você e aproveita o que acha interessante dessa leitura, 
quase nada disso passando por equipes editoriais.

Não sou contra revistas, nem contra a revisão. Apenas estou observando a 
mudança sociológica em curso.


> On 25 Sep 2018, at 10:04, Walter Carnielli  wrote:
> 
> Colegas:
> 
> Este assunto off-topic é bastante "in":
> 
> 
> http://www.diretodaciencia.com/2018/09/25/acesso-aberto-avanca-na-europa-mas-taxa-de-publicacao-aflige-brasileiros/
> -- 
> Você recebeu essa mensagem porque está inscrito no grupo "LOGICA-L" dos 
> Grupos do Google.
> Para cancelar inscrição nesse grupo e parar de receber e-mails dele, envie um 
> e-mail para logica-l+unsubscr...@dimap.ufrn.br.
> Para postar nesse grupo, envie um e-mail para logica-l@dimap.ufrn.br.
> Acesse esse grupo em 
> https://groups.google.com/a/dimap.ufrn.br/group/logica-l/.
> Para ver essa discussão na Web, acesse 
> https://groups.google.com/a/dimap.ufrn.br/d/msgid/logica-l/CA%2Bob58N-%3D5sJWN16WgZQwafN7Gm9yhbj%2BgLpdvzbF7Gg_EQ0iA%40mail.gmail.com.

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[Logica-l] Cursos introdutórios à Lógica pela internet

2018-09-21 Por tôpico Antonio Marmo
Alguns liames com aulas interessantes de Lógica. Trazem informações abertas 
para a consulta de quem quiser aprender. A maioria deles trata de lógica 
contemporânea.

(1) O primeiro deles é um módulo de uma disciplina da graduação ministrada no 
MIT:

https://ocw.mit.edu/courses/electrical-engineering-and-computer-science/6-042j-mathematics-for-computer-science-spring-2015/proofs/tp2-2/

A disciplina, no entanto, não se chama “introdução à Lógica”, mas “Matemática 
para Ciência da Computação”. É um módulo bem básico de lógica matemática com 
vídeos vários em Inglês. Apresenta as questões gerais de uma forma talvez 
simplificada demais, mas compreende-se isto por conta dos seus objetivos.

Uma continuação desse módulo também aparece no YouTube:

https://m.youtube.com/watch?v=UroprmQHTLc

https://m.youtube.com/watch?v=T1AtlGrCoU8

https://m.youtube.com/watch?v=L5uBeAGJV1k

(2) Já outros cursos, “Lógica I” e “Lógica II”, ministrados no Departamento de 
Linguística e Filosofia, pelo professor Vann McGee e Ephraim Glick, também na 
graduação, traz apontamentos das aulas:

https://ocw.mit.edu/courses/linguistics-and-philosophy/24-241-logic-i-fall-2009/

https://ocw.mit.edu/courses/linguistics-and-philosophy/24-242-logic-ii-spring-2004/index.htm

Lógica II já é, porém, de um nível pouco mais aprofundado que o citado em (1), 
enquanto que Lógica I é outra maneira de abordar os conteúdos de (1).

(3) Há também o curso aberto da Stanford:

https://online.stanford.edu/courses/sohs-xlpl-sp-language-proof-and-logic

(4) Este outro curso começa com apontamentos filosóficos importantes:

http://www.openculture.com/symbolic-logic-a-free-online-course

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Re: [Logica-l] Análise de silogismo

2018-09-17 Por tôpico Antonio Marmo
Sim, nos trabalhos de Aristóteles, a saber as coleções “Organon” e “Metafísica” 
trazem mais de uma dessas perspectivas. No caso, o próprio Aristóteles 
apresenta mais de uma visão. Ele mesmo diz numa passagem do Organon que 
premissas contraditórias não necessitam as conclusões e em outra que de 
contradição só se pode obter conclusão falsa. Na Metafísica afirma que quem 
aceita contradição aceita qualquer conclusão. De qualquer forma, ele está 
respondendo a filósofos como Heráclito e Protagoras que encaravam as 
contradições de modo “mais natural”.

Também sabemos que os estóicos e os aristotélicos debatiam esses assuntos. O 
que os estóicos consideravam paradoxos, Aristóteles considerava simplesmente 
falácias e isto se podia aplicar também aos raciocínios contraditórios. O teor 
completo dessas discussões, todavia, perdeu-se. Aliás, a maior parte dos livros 
dessa época foi destruída por guerras e pela censura, sem falar da má 
conservação dos acervos.


On 17 Sep 2018, at 11:44, Joao Marcos  wrote:

>> O uso de premissas contraditórias recebeu mais de um tratamento na 
>> Antiguidade.
>> 
>> Uma ideia era a de que as contradições trivializavam o raciocínio.
> 
> Você tem algum indício a apresentar de que esta ideia teria sido
> apresentada "na Antiguidade"?
> 
> JM
> 
> -- 
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> Grupos do Google.
> Para cancelar inscrição nesse grupo e parar de receber e-mails dele, envie um 
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> Visite este grupo em 
> https://groups.google.com/a/dimap.ufrn.br/group/logica-l/.
> Para ver esta discussão na web, acesse 
> https://groups.google.com/a/dimap.ufrn.br/d/msgid/logica-l/CAO6j_LhrOejFvO4k6RBTrzSASFA7GgzsgZwkPtu4FQaU5ugXfQ%40mail.gmail.com.

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Visite este grupo em https://groups.google.com/a/dimap.ufrn.br/group/logica-l/.
Para ver esta discussão na web, acesse 
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Re: [Logica-l] Re: Porque Mario Ferreira dos Santos não deve ser levado a sério.

2018-09-17 Por tôpico Antonio Marmo
Não passou pela minha cabeça nada disso. Apenas comentei uma opção que é minha.
Aliás, não faço a menor ideia de qual seria o engajamento ideológico do Mário 
Ferreira dos Santos. Mas, jamais suporia que você pensasse em fazer 
patrulhamento algum. Você claramente manifestou uma impressão das suas 
leituras, é seu direito. Sou eu que não me sinto em condições de comentar o 
trabalho de um sujeito que eu não li.

Só acrescento o seguinte: MFS não foi o primeiro a fazer Filosofia no Brasil. 
Os jesuítas quando aqui chegaram já começaram os primeiros estudos linguísticos 
e antropológicos e o que eles escreveram sobre os indígenas já tem uma reflexão 
filosófica importante. Também, para mim o Padre Vieira, que era reacionário 
sim, tinha já um trabalho de valor filosófico, muito mais que literário. O 
próprio José Bonifácio, que era alguém mais de vanguarda, além de cientista 
formado em Coimbra, legou uma obra interdisciplinar importante, já falava por 
exemplo de ecologia do ponto de vista dos impactos sociais e da necessidade da 
sociedade brasileira se reformar. 

Ademais, assim como falamos de literatura de língua portuguesa, acho 
perfeitamente recomendável falar de Filosofia em língua portuguesa. Portugal 
teve filósofos importantes e estes fazem parte de um legado lusófono que o 
Brasil também herdou.

> On 16 Sep 2018, at 14:04, Jessé Silva  wrote:
> 
> Cassiano Terra Rodrigues, legal, interessante.
> 
> Eu confesso que venho com uma certa curiosidade em relação as obras do Mario.
> Eu sei que muitos odeiam o Olavo, e por ele ter citado o Mario, muitos acabam 
> que tendendo a repelir também o mesmo.
> Sei também que há correntes de pensamento, como o próprio citado materialismo 
> dialético, dentre outras que realmente podem se opor a filosofia do Mario.
> 
> Mas confesso que isso pra mim nada tem importância, no meu entender, não 
> passa de intrigas que não levam a nada, cujo o único objetivo é tentar 
> impossibilitar um estudante livre amante da verdade de absorver uma 
> informação ou outra, motivo este muitas vezes inconfessáveis.
> 
> Coisa que no meu entender, no fundo, não passa de um anti-intelectualismo, eu 
> como um simples estudando, mesmo que iniciante, percebo isto claramente, e 
> digo: jamais. Jamais deixaria de ler um autor ou outro por motivos tão 
> espúrios.
> 
> 
>> Em dom, 16 de set de 2018 às 13:23, Cassiano Terra Rodrigues 
>>  escreveu:
>> Colegas, 
>> Apenas alguns relatos. Desculpem se me alongo desnecessariamente.
>> Minha avó, quando se graduou em pedagogia pelo Instituto Itapetiningano de 
>> Ensino Superior, hoje praticamente inexistente, estudou o Parmênides de 
>> Platão pelo comentário de MFS. Legou-me esse volume, bem como os de 
>> Filosofia Concreta, dizendo "Não entendi nada, tomara q vc entenda, mas nem 
>> se preocupe em me contar, já passei da época". Lembro q ao lê-los minha 
>> impressão foi a de ter conhecido uma obra bestial, como dizem os lusitanos. 
>> Não consegui dizer isso à minha avó, falecida anteriormente e conforta-me 
>> pensar q ela foi poupada de mais esse conhecimento na vida (assumindo aqui 
>> certo tom nietzschiano, para quem o conhecimento pode ser um fardo). 
>> Hoje, na Wikipedia, li o seguinte: "Segundo Olavo de Carvalho, Mário 
>> Ferreira dos Santos foi ostracizado no meio acadêmico brasileiro, tendo 
>> sofrido uma espécie de boicote nas universidades brasileiras nas quais a 
>> vertente dominante era o materialismo dialético." 
>> Hj percebo q não tenho razões para rever minhas impressões de jovem 
>> estudante, ao reler a fórmula de abissal sapiência em lavra do referido MFS: 
>> "Alguma coisa há, e o nada absoluto não há". Fiquei descurioso em rever 
>> quais métodos da filosofia da matemática MFS usa para tratar de temas 
>> filosóficos.
>> Resta ainda dizer q minha avó e Olavo de Carvalho certamente são autoridades 
>> a serem consideradas, mas em áreas diferentes, é claro, minha avó se era boa 
>> professora do primário e excelente fazedora de biscoitinhos de nata, jamais 
>> entendeu patavina de astrologia, apesar de em certa época andar com 
>> pirâmides de arame na cabeça (quem viveu nos anos de 1980 deve se lembrar 
>> dessa moda). 
>> 
>> Saudações,
>> cass. 
>> 
>> -- 
>> --
>> Prof. Dr. Cassiano Terra Rodrigues 
>> Departamento de Humanidades - Divisão de Ciências Fundamentais
>> Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA)
>> 
>> --
>> lealdade, humildade, procedimento
>> 
>> -- 
>> Você recebeu essa mensagem porque está inscrito no grupo "LOGICA-L" dos 
>> Grupos do Google.
>> Para cancelar inscrição nesse grupo e parar de receber e-mails dele, envie 
>> um e-mail para logica-l+unsubscr...@dimap.ufrn.br.
>> Para postar nesse grupo, envie um e-mail para logica-l@dimap.ufrn.br.
>> Acesse esse grupo em 
>> https://groups.google.com/a/dimap.ufrn.br/group/logica-l/.
>> Para ver essa discussão na Web, acesse 
>> https://groups.google.com/a/dimap.ufrn.br/d/msgid/logica-l/270f7917-abec-4745-90cd-4e83c0e6fbe8%40dimap.ufrn.br.

Re: [Logica-l] Re: Porque Mario Ferreira dos Santos não deve ser levado a sério.

2018-09-16 Por tôpico Antonio Marmo
Cassiano,

Como não pretendo ler o MFS, vou só deixar um testemunho sobre outros: Deleuze 
e Derrida.

Por anos, tive horror ao Derrida e ao Deleuze. Isto com base no que outros me 
apresentavam. Não que falassem mal dos dois, era o contrário: elogiavam-nos 
muito. Mas, só ouvia bobagem nessas apresentações.

Um belo dia criei coragem para ler ambos e descobri que quem os tinha 
apresentado a mim nada tinha entendido deles. Isto incluía brincadeiras bem 
boladas dos dois que objetivavam satirizar certas atitudes e que alguns 
leitores no Brasil entendiam literalmente como se eles estivessem mesmo 
propondo aqueles absurdos.

De lá para cá, tomei uma decisão: tentar parar de falar dos maus exemplos 
acadêmicos, até para não perder tempo, nem incorrer em injustiça. Se tiver 
tempo e interesse um dia posso até ler um desses tipos pops, mas há coisas que 
não quer conhecer e, portanto, não vale a pena comentá-las.


> On 16 Sep 2018, at 14:04, Jessé Silva  wrote:
> 
> Cassiano Terra Rodrigues, legal, interessante.
> 
> Eu confesso que venho com uma certa curiosidade em relação as obras do Mario.
> Eu sei que muitos odeiam o Olavo, e por ele ter citado o Mario, muitos acabam 
> que tendendo a repelir também o mesmo.
> Sei também que há correntes de pensamento, como o próprio citado materialismo 
> dialético, dentre outras que realmente podem se opor a filosofia do Mario.
> 
> Mas confesso que isso pra mim nada tem importância, no meu entender, não 
> passa de intrigas que não levam a nada, cujo o único objetivo é tentar 
> impossibilitar um estudante livre amante da verdade de absorver uma 
> informação ou outra, motivo este muitas vezes inconfessáveis.
> 
> Coisa que no meu entender, no fundo, não passa de um anti-intelectualismo, eu 
> como um simples estudando, mesmo que iniciante, percebo isto claramente, e 
> digo: jamais. Jamais deixaria de ler um autor ou outro por motivos tão 
> espúrios.
> 
> 
>> Em dom, 16 de set de 2018 às 13:23, Cassiano Terra Rodrigues 
>>  escreveu:
>> Colegas, 
>> Apenas alguns relatos. Desculpem se me alongo desnecessariamente.
>> Minha avó, quando se graduou em pedagogia pelo Instituto Itapetiningano de 
>> Ensino Superior, hoje praticamente inexistente, estudou o Parmênides de 
>> Platão pelo comentário de MFS. Legou-me esse volume, bem como os de 
>> Filosofia Concreta, dizendo "Não entendi nada, tomara q vc entenda, mas nem 
>> se preocupe em me contar, já passei da época". Lembro q ao lê-los minha 
>> impressão foi a de ter conhecido uma obra bestial, como dizem os lusitanos. 
>> Não consegui dizer isso à minha avó, falecida anteriormente e conforta-me 
>> pensar q ela foi poupada de mais esse conhecimento na vida (assumindo aqui 
>> certo tom nietzschiano, para quem o conhecimento pode ser um fardo). 
>> Hoje, na Wikipedia, li o seguinte: "Segundo Olavo de Carvalho, Mário 
>> Ferreira dos Santos foi ostracizado no meio acadêmico brasileiro, tendo 
>> sofrido uma espécie de boicote nas universidades brasileiras nas quais a 
>> vertente dominante era o materialismo dialético." 
>> Hj percebo q não tenho razões para rever minhas impressões de jovem 
>> estudante, ao reler a fórmula de abissal sapiência em lavra do referido MFS: 
>> "Alguma coisa há, e o nada absoluto não há". Fiquei descurioso em rever 
>> quais métodos da filosofia da matemática MFS usa para tratar de temas 
>> filosóficos.
>> Resta ainda dizer q minha avó e Olavo de Carvalho certamente são autoridades 
>> a serem consideradas, mas em áreas diferentes, é claro, minha avó se era boa 
>> professora do primário e excelente fazedora de biscoitinhos de nata, jamais 
>> entendeu patavina de astrologia, apesar de em certa época andar com 
>> pirâmides de arame na cabeça (quem viveu nos anos de 1980 deve se lembrar 
>> dessa moda). 
>> 
>> Saudações,
>> cass. 
>> 
>> -- 
>> --
>> Prof. Dr. Cassiano Terra Rodrigues 
>> Departamento de Humanidades - Divisão de Ciências Fundamentais
>> Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA)
>> 
>> --
>> lealdade, humildade, procedimento
>> 
>> -- 
>> Você recebeu essa mensagem porque está inscrito no grupo "LOGICA-L" dos 
>> Grupos do Google.
>> Para cancelar inscrição nesse grupo e parar de receber e-mails dele, envie 
>> um e-mail para logica-l+unsubscr...@dimap.ufrn.br.
>> Para postar nesse grupo, envie um e-mail para logica-l@dimap.ufrn.br.
>> Acesse esse grupo em 
>> https://groups.google.com/a/dimap.ufrn.br/group/logica-l/.
>> Para ver essa discussão na Web, acesse 
>> https://groups.google.com/a/dimap.ufrn.br/d/msgid/logica-l/270f7917-abec-4745-90cd-4e83c0e6fbe8%40dimap.ufrn.br.
> 
> -- 
> Você recebeu essa mensagem porque está inscrito no grupo "LOGICA-L" dos 
> Grupos do Google.
> Para cancelar inscrição nesse grupo e parar de receber e-mails dele, envie um 
> e-mail para logica-l+unsubscr...@dimap.ufrn.br.
> Para postar nesse grupo, envie um e-mail para logica-l@dimap.ufrn.br.
> Acesse esse grupo em 
> https://groups.google.com/a/dimap.ufrn.br/group/logica-l/.
> Para ver 

Re: [Logica-l] Dúvida sobre o princípio da identidade

2018-09-15 Por tôpico Antonio Marmo
Caro Jessé,

O que poderia acrescentar para quem está iniciando é o seguinte apontamento que 
pode 
ajudar na leitura de Aristóteles:

As chamadas três leis básicas do pensamento são, como você mesmo já sabe, a lei 
da 
identidade, a do terceiro excluído e a da não-contradição. A tradição 
aristotélica cultivou
duas atitudes a respeito dessas leis, a saber, primeiro acreditar nelas e 
segundo sustentar
que são a mesma lei.

Que as três sejam a mesma lei, isso hoje em dia o uso de linguagem simbólica 
(proposicional) permite ver imediatamente. Há dois mil anos, todavia, esta 
visão 
precisava ser elaborada mais demoradamente.

No livro Gamma da Metafísica de Aristóteles toda a defesa do princípio da 
não-contradição 
já se apoia justamente na ideia de que não é viável descartar tal princípio sem 
jogar fora
a lei da identidade ou o terceiro excluído.

Outras tradições vieram e essas três leis foram questionadas e já se arguiu 
pela separação 
delas. Entretanto, na Filosofia e na Lógica é inevitável proceder por pelo 
menos dois
passos fundamentais: conceber uma clivagem inicial e depois estabelecer uma 
hierarquia.
A Lógica da Antiguidade procedia assim e idem nos nossos dias, mesmo no caso de 
lógicas 
não-clássicas.

Outros temas você encontrará na minha página do site Academia.edu. Eu escrevi 
uns artigos 
explicando a visão não-clássica com propósito maior de divulgação das ideias.
Também lá você encontra minha visão sobre a História e a Filosofia da Lógica que
está na minha tese de doutorado. Lá eu descrevo os rumos que a Lógica tomou e 
dou
algumas explicações sobre as causas das principais mudanças. Não pretendi 
exaurir 
todas as minúcias, mas acho que foi possível esclarecer o pouco que resolvi 
analisar.

> On 15 Sep 2018, at 17:24, Jessé Silva  wrote:
> 
> Carlos, realmente muito interessante. Apesar de que muitos autores, como o 
> próprio Mario F. dos Santos, também fazerem uma abordagem de cunho 
> psicológico e antropológico (talvez você desconheça isso, não sei seu nível 
> de conhecimento em relação ao Mario). Mas consegui entender um pouco do seu 
> posicionamento, apesar de me parecer bem questionável, confesso que me parece 
> mais coerente a existência de algo que se impõe, como Deus, de onde adviria 
> todas as coisas, e dentre elas, os próprios princípios da lógica, ao menos em 
> última análise.
> 
> Mas estou aqui pra colher também opiniões e conclusões das mais diversas 
> mesmo, muito obrigado pelos autores citados. Vai me ajudar muito nas minhas 
> pesquisas.
> 
>> Em sáb, 15 de set de 2018 às 15:32, Carlos Gonzalez  
>> escreveu:
>> Prezado Jessé,
>> 
>> Durante milhares de anos diferentes tipos de pensadores, como filósofos, 
>> lógicos, matemáticos, teólogos,etc., sofreram a doença dos princípios. Mas 
>> não como organizadores de teorias ou maneiras de estruturar o pensamento, 
>> mas dando um sentido metafísico e visto muitas vezes como algo real. De ai a 
>> mania dos 3 princípios lógicos. Não porque ninguém tinha escrito coisas 
>> interessantes, como os comentários de Hegel na Ciência da Lógica, mas porque 
>> deu lugar a muito fanatismo e bobagem, como o texto citado por você de MF 
>> dos Santos.
>> 
>> A explicação dos 3 princípios lógicos, quando diminui o dogmatismo, não é 
>> lógica, mas psicológica e antropológica. Arkhe é o mando, o príncipe. A 
>> pergunta pelo princípio é uma pergunta política: "quem manda na natureza?", 
>> "quem manda na lógica?". A procura de  uma ordem é um desiderato quase que 
>> eterno na história do pensamento. Aristóteles, a árvore de Porfírio, Fichte 
>> e outros são casos extremos da procura da ordem, do princípio, do mando.
>> 
>> Hoje pareceria que tem começado a percorrer outros caminhos, por fim se 
>> afastando de tanto principismo e procura pela ordem. Pareceria que o 
>> anti-essencialismo tende a uma maior difusão. O misticismo da classificação 
>> é abandonado por autores como Ereshefsky. E eu continuo recomendando o conto 
>> de Borges "O idioma analítico de John Wilkins".
>> 
>> Carlos
>> 
>> @book{ereshefsky2001povertylinneanhierarchy,
>>   title = "The poverty of the {L}innaean hierarchy: A philosophical study of 
>> biological taxonomy",
>>   author = "Marc Ereshefsky",
>>   year = 2001,
>>   publisher = "Cambridge University Press",
>>   address = "Cambridge",
>> }
>> 
>> 
>> 
>> 
>> 
>> 2018-09-15 1:40 GMT-03:00 Jessé Silva :
>>> Antonio Marmo, interessante.
>>> 
>>> Já tinha visto muito vagamento sobre o problema do "homem não poder banhar 
>>> duas vezes no mesmo rio", mas não sabia que ele se chamava "pri

Re: [Logica-l] Dúvida sobre o princípio da identidade

2018-09-14 Por tôpico Antonio Marmo
Está espalhado na “Metafísica” que é uma coleção escrita pelo próprio 
Aristóteles.
 O “Organon” é outra coleção. Nessa primeira coleção há uma defesa dos 
princípios mais 
“caros” à Filosofia, nem sempre uma demonstração direta. Muitas vezes, usa da 
argumentação por redução ao absurdo, etc. 

Você conhece o problema do “mesmo homem não poder banhar-se no mesmo rio 
duas vezes”? Isto é o chamado princípio do fluxo. Aristóteles relacionou esse 
problema 
ao aparente conflito entre as proposições “tudo é verdade” e “nada é verdade”, 
ou seja, confrontou o Problema de Protagoras e o de Heráclito. 

Como Aristóteles não “se rende”, mas argumenta contra ambos filósofos, 
uma das defesas do princípio de identidade que usa é justamente o seu 
ataque ao princípio do fluxo.


> On 15 Sep 2018, at 00:37, Jessé Silva  wrote:
> 
> Antonio Marmo, novamente obrigado pelo material, pesquisando aqui parece ser 
> bem interessante mesmo. 
> Já estou salvando alguns PDF para ler.
> 
> Mas no que se refere a Lógica, é possível explicar o princípio da identidade?
> 
> Você citou também que a Metafísica de Aristóteles trata deste problema de 
> maneiras que interessam à Lógica, você poderia me citar alguns pontos que 
> demonstram isso para eu compreender melhor? Pois ainda não cheguei a estudar 
> Aristóteles propriamente.
> 
> Desde já muito obrigado pelas respostas, e agradeço a compreensão, ainda sou 
> iniciante e estou me situando na coisa toda.
> 
> 
>> Em sáb, 15 de set de 2018 às 00:27, Jessé Silva 
>>  escreveu:
>> Antonio Marmo, muito obrigado pelo material, irei ver.
>> 
>>> Em sáb, 15 de set de 2018 às 00:23, Antonio Marmo  
>>> escreveu:
>>> Jessé,
>>> 
>>> Precisa saber se a sua preocupação é mesmo lógica ou epistemológica, ou se 
>>> vai para o lado metafísico, ou se quer abordar esses dois aspectos de um 
>>> modo só 
>>> 
>>> A “Metafísica” de Aristóteles trata desse problema de maneiras que 
>>> interessam também à Lógica.
>>> 
>>> Mas, se você quer saber sobre filósofos mais recentes, como Hegel que você 
>>> citou, uma referência é o livro de Paul Ricoeur “O Si-mesmo como um outro”, 
>>> que trata da clivagem entre identidade e alteridade. 
>>> 
>>> Outra obra, de Jan Łukasiewicz, que trata do princípio da não-contradição, 
>>> levanta uma série de problemas e de insights no plano da Lógica que podem 
>>> servir também para discutir o princípio da identidade. Há uma tradução para 
>>> o Italiano “Del principio di contraddizione in Aristotele”.
>>> 
>>> Boa sorte.
>>> 
>>>> On 14 Sep 2018, at 21:30, Jessé Silva  wrote:
>>>> 
>>>> Olá pessoal, sou novo aqui e no estudo da lógica formal. E estou com uma 
>>>> dúvida sobre o princípio da identidade, se alguma alma boa ai puder me 
>>>> elucidar será de grande ajuda.
>>>> 
>>>> Lendo o livro Lógica e Dialética, do Mario Ferreira dos Santos, encontrei 
>>>> este trecho numa abordagem sobre a dialética hegeliana:
>>>> 
>>>>> O pensamento, que não produz mais que determinações finitas e que nelas 
>>>>> se move, chama-se inteligência no mais genuíno sentido da palavra. Mas, 
>>>>> se aprofundarmos um pouco, veremos que a finitude das determinações 
>>>>> conceituais se produz de duas maneiras: uma, enquanto são meramente 
>>>>> subjectivas e estão em oposição permanente com o seu objecto; outra, 
>>>>> enquanto por seu conteúdo limitado, tais determinações se contradizem 
>>>>> entre si, e muito mais com o absoluto" (Idem, pág. 60). Se considerarmos 
>>>>> o conceito apenas em si teremos a lógica de Aristóteles; se o 
>>>>> considerarmos em sua relação com o absoluto, ou como parte, ou momento no 
>>>>> devir da Idéia teremos a posição hegeliana. A primeira constrói o 
>>>>> princípio de identidade, que apenas revela uma lei do intelecto 
>>>>> abstracto, salienta Hegel. "A forma da proposição (A = A, do princípio 
>>>>> identidade) desde logo se contradiz a si mesma, pois toda proposição 
>>>>> promete uma diferença entre sujeito e predicado, e esta não realiza aqui 
>>>>> o que promete por sua forma. Mas é de notar, especialmente, que ela é 
>>>>> negada pelas outras leis do pensamento, que procedem diferentemente. 
>>>>> Quando se afirma que o princípio de identidade não pode ser provado senão 
>>>>> que a consciência lhe presta sua adesão e que a experiência, à tal 
>>>>> suposta experiência é

Re: [Logica-l] Dúvida sobre o princípio da identidade

2018-09-14 Por tôpico Antonio Marmo
Jessé,

Precisa saber se a sua preocupação é mesmo lógica ou epistemológica, ou se vai 
para o lado metafísico, ou se quer abordar esses dois aspectos de um modo só 

A “Metafísica” de Aristóteles trata desse problema de maneiras que interessam 
também à Lógica.

Mas, se você quer saber sobre filósofos mais recentes, como Hegel que você 
citou, uma referência é o livro de Paul Ricoeur “O Si-mesmo como um outro”, que 
trata da clivagem entre identidade e alteridade. 

Outra obra, de Jan Łukasiewicz, que trata do princípio da não-contradição, 
levanta uma série de problemas e de insights no plano da Lógica que podem 
servir também para discutir o princípio da identidade. Há uma tradução para o 
Italiano “Del principio di contraddizione in Aristotele”.

Boa sorte.

> On 14 Sep 2018, at 21:30, Jessé Silva  wrote:
> 
> Olá pessoal, sou novo aqui e no estudo da lógica formal. E estou com uma 
> dúvida sobre o princípio da identidade, se alguma alma boa ai puder me 
> elucidar será de grande ajuda.
> 
> Lendo o livro Lógica e Dialética, do Mario Ferreira dos Santos, encontrei 
> este trecho numa abordagem sobre a dialética hegeliana:
> 
>> O pensamento, que não produz mais que determinações finitas e que nelas se 
>> move, chama-se inteligência no mais genuíno sentido da palavra. Mas, se 
>> aprofundarmos um pouco, veremos que a finitude das determinações conceituais 
>> se produz de duas maneiras: uma, enquanto são meramente subjectivas e estão 
>> em oposição permanente com o seu objecto; outra, enquanto por seu conteúdo 
>> limitado, tais determinações se contradizem entre si, e muito mais com o 
>> absoluto" (Idem, pág. 60). Se considerarmos o conceito apenas em si teremos 
>> a lógica de Aristóteles; se o considerarmos em sua relação com o absoluto, 
>> ou como parte, ou momento no devir da Idéia teremos a posição hegeliana. A 
>> primeira constrói o princípio de identidade, que apenas revela uma lei do 
>> intelecto abstracto, salienta Hegel. "A forma da proposição (A = A, do 
>> princípio identidade) desde logo se contradiz a si mesma, pois toda 
>> proposição promete uma diferença entre sujeito e predicado, e esta não 
>> realiza aqui o que promete por sua forma. Mas é de notar, especialmente, que 
>> ela é negada pelas outras leis do pensamento, que procedem diferentemente. 
>> Quando se afirma que o princípio de identidade não pode ser provado senão 
>> que a consciência lhe presta sua adesão e que a experiência, à tal suposta 
>> experiência é preciso opor a experiência universal de que nenhuma 
>> consciência pensa, nem tem representações, etc, nem sequer fala, segundo 
>> esta lei; e que nenhuma existência, qualquer que seja ela, existe segundo 
>> ela. O falar, segundo esta pretendida lei da verdade (um planeta é um... 
>> planeta; o magnetismo é... o magnetismo; o espírito é... o espírito), passa, 
>> com plena razão, como uma falar estúpido, e essa, sim, é que é uma 
>> experiência universal. A escola na que só tinham valor estas leis, com sua 
>> lógica em que eram expostas a sério, perdeu há muito tempo crédito, tanto 
>> ante o bom senso como ante a razão" (Enciclopédia, pág. 203-204) 
> 
> - Página 128.
> 
> A minha dúvida é: afinal, o princípio da identidade possui seu fundamento 
> exatamente onde?
> 
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Re: [Logica-l] Pontos de conhecimento obrigatório sobre o estudo da lógica formal

2018-09-14 Por tôpico Antonio Marmo
Sem querer mexer com os brios de ninguém, esse ponto não é a linha do tempo que 
decide. É a doutrina filosófica por detrás que orienta. 

Agora, o problema da trivialização passa justamente por isso: se não se pode 
dizer que um princípio ou lei é mais evidente que outro, não há razão para não 
supor que toda proposição é um princípio. Dá na mesma que admitir que o 
pensamento tem contradição e não lida bem com ela.

Mas, isto já foge ao tópico que o Jessé iniciou.


On 14 Sep 2018, at 17:01, Joao Marcos  wrote:

>> Há um livro muito usado e que é um dos melhores nessa gama, mas que começa 
>> de modo muito mal.
>> Por exemplo, num capítulo inicial o livro apresenta uma lista de axiomas, 
>> mas não argumenta por
>> quais motivos considera aquelas fórmulas princípios mais básicos ou mais 
>> evidentes que outros.
>> Aliás, nem mesmo diz que esses são evidentes ou básicos.
> [...]
>> São problemas assim que fazem a maioria dos estudantes de Filosofia preferir 
>> livros que falem da
>> Lógica da antiguidade, pois estes em geral são textos mais inteligíveis para 
>> quem ainda está no
>> início dos estudos lógicos.
> 
> Também há o risco de o estudante se perder no estudo dos Antigos e
> nunca chegar à Lógica Moderna, e com isso acabar contribuindo ao
> diálogo científico bem menos do que gostaria.  Por exemplo, há algumas
> boas dezenas de anos que *axiomas* deixaram de ser equacionados com
> "princípios auto-evidentes", sem qualquer prejuízo para a atividade
> cotidiana do pesquisador em Lógica.
> 
> JM
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Re: [Logica-l] Pontos de conhecimento obrigatório sobre o estudo da lógica formal

2018-09-14 Por tôpico Antonio Marmo
Caros Luiza e Jessé,

Como eu mesmo anteriormente recomendei a leitura de material mais 
contemporâneo, vale aqui uma ressalva: material que se propõe a ser 
exclusivamente técnico não serve como aprendizado.

Há livros assim que têm muitos exercícios e às vezes alguns têm muitos 
exemplos. Vários, todavia, trazem poucos exemplos e, o que é mais grave, não 
apresentam as soluções dos exercícios.

Mas, o principal problema de um livro exclusivamente técnico é que o autor não 
se preocupa em explicar o que faz, nem o porquê do que faz. 

Há um livro muito usado e que é um dos melhores nessa gama, mas que começa de 
modo muito mal. Por exemplo, num capítulo inicial o livro apresenta uma lista 
de axiomas, mas não argumenta por quais motivos considera aquelas fórmulas 
princípios mais básicos ou mais evidentes que outros. Aliás, nem mesmo diz que 
esses são evidentes ou básicos.

Há outro também famoso que usa de tableaux, mas o leitor iniciante tem de fazer 
um esforço sobre-humano para adivinhar o que “aqueles desenhos” significam.

Há outros vícios como deixar passos cruciais, mas de difícil demonstração, como 
exercício para o leitor. Outro ainda é apresentar teoremas que dizem as mesmas 
coisas que as definições. Ou então, o que é muito triste constatar, casos bem 
sofisticados de petição de princípio. Aí já são problemas conceituais que se 
somam à falta de didática.

São problemas assim que fazem a maioria dos estudantes de Filosofia preferir 
livros que falem da Lógica da antiguidade, pois estes em geral são textos mais 
inteligíveis para quem ainda está no início dos estudos lógicos.

Quem está estudando Lógica formal no início precisa de um material que ampare 
bem seu percurso. Caso contrário, ou o aprendiz vai pensar que qualquer coisa 
serve, que é possível escrever coisas que nada significam, ou vai ser um mero 
repetidor do que leu. 

> On 14 Sep 2018, at 04:50, Jessé Silva  wrote:
> 
> Sobre o ponto mencionado creio que você quis dizer sobre trabalhar a aptidão, 
> a flexibilização da mente para se ter um discernimento rápido e apurado das 
> coisas. O que você obtêm com a prática.
> 
>> Em sex, 14 de set de 2018 às 04:46, Jessé Silva 
>>  escreveu:
>> Nossa que legal, muito obrigado pelo material.
>> 
>>> Em sex, 14 de set de 2018 às 03:58, Luiza Ramos  
>>> escreveu:
>>> Caro Jessé, sou estudante como você, e estou também buscando adquirir a 
>>> competência necessária para poder trabalhar com lógica, por isso respondi a 
>>> você. Acredito que devam ter vários caminhos para isso, e cada um encontra 
>>> o que é melhor para si, mas o que quis dizer é que você parece já ter 
>>> acumulado bastante conhecimento sobre certos conceitos e história da lógica 
>>> mas existe um aspecto importante da lógica que não é mais um item de um 
>>> resumo e sim um entendimento que fica somente para você, e que acredito que 
>>> pode ser obtido com a prática do estudo de sistemas formais e um pouco de 
>>> álgebra e teoria de conjuntos. O que quero dizer com a prática é o estudo e 
>>> a resolução de exercícios. Alguns livros que tem sido úteis para mim são o 
>>> Lógica de primeira ordem, do Raymond Smullyan, o livro de Computabilidade e 
>>> Lógica do Boolos, o livro Mathematical Logic do Shoenfield (este não tem 
>>> tradução para o português) e muitos outros que você vai descobrindo de 
>>> acordo com seu interesse e vendo referência bibliográficas. Existem 
>>> diversos livros de álgebra, de autores brasileiros eu recomendo o do Luiz 
>>> H. Jacy Monteiro. Copio aqui também um link do youtube para uma série de 
>>> cinco palestras do Harvey Friedman que se chama "Aventuras de Lógica para 
>>> estudantes de graduação" em que ele tenta dar um panorama e um gostinho do 
>>> que é a lógica.
>>> 
>>>  https://www.youtube.com/channel/UCdRdeExwKiWndBl4YOxBTEQ
>>> 
>>> Em qui, 13 de set de 2018 23:43, Jessé Silva  
>>> escreveu:
 Sim, compreendo. No meu entender eu só conseguirei me considerar um lógico 
 depois de fixada essas coisas na minha mente, ao ponto de apenas olhar pro 
 silogismo e já saber qual é a figura dele, quais são os tipos de cada 
 conceito e outros pontos assim kk.
 
 É claro que não posso me deixar engessar e ficar condicionado apenas a 
 lógica formal, até porque venho me interessando muito pela dialética 
 também, mas é que me parecem obrigatórios, ao menos pra mim, ter essas 
 coisas em mente e o poder mental pra realizar essas opções praticamente 
 instantaneamente.
 
> Em qui, 13 de set de 2018 às 23:37, Luiza Ramos  
> escreveu:
> Acho que voce nao precisa decorar isso tudo mas aprender a pensar por 
> conta propria. 
> 
> Ps. Silogismos de aristoteles nao eh obrigatorio
> 
> Em qui, 13 de set de 2018 22:02, Jessé Silva 
>  escreveu:
>> Olá pessoal, sou iniciante no estudo da lógica e fiz uma lista de pontos 
>> referente a mesma do que me parece ser de obrigatoriedade de todo 
>> 

Re: [Logica-l] Why do we teach logic?

2018-09-07 Por tôpico Antonio Marmo
Já há uma hipótese, aliás a mais aceita, de que a componente sintática da 
linguagem é do ponto de vista evolutivo uma exaptação da capacidade inata 
humana de lidar com números. Isto está nos trabalhos de Chomsky, Hauser e Fitch.

Também a componente fonológica foi exaptada a partir da capacidade humana de 
imitar sons de animais.

> On 9 Aug 2018, at 13:33, Rogério Braga  wrote:
> 
> Ah sim, entendo seu ponto.
> 
> Embora eu tenha um pouco de dificuldade de enxergar os diversos "campos da 
> inteligência" sem serem domínios imbricados.
> 
> Pra mim é claro que inteligência linguística ou musical, exemplos que você 
> deu, não trabalhem da mesma maneira que a inteligência lógico-matemática, no 
> entanto dificilmente alguma pessoa ao estudar violino ou chinês, não terá 
> influência ou nenhum acréscimo sequer no desenvolvimento da inteligência 
> lógica-matemática ao fazê-lo.
> 
> Talvez eu pense isso por ter aprendido tanto outras línguas quanto tocar 
> violão de uma maneira não ortodoxa e, ao buscar uma palavra em outra língua 
> que faça sentido em algum contexto de estudo, ou até mesmo uma nota que 
> esteja faltando em um solo que eu esteja tentando tocar, eu tenha costume de 
> me aliviar soltando coisas do tipo: "Ahhh era lógico que era isso que estava 
> faltando!" Rs.
> 
> De qualquer maneira, muito obrigado pelos esclarecimentos.
> 
> Um abraço.
> 
> Rogério Braga-
> 
> Em terça-feira, 7 de agosto de 2018 12:13:24 UTC-3, Walter Carnielli escreveu:
>> 
>>  Não necessariamente, Rogério.
>> Melhorando a capacidade de escrita e argumentacao  você melhora sua 
>> habilidade intelectual, como você melhoraria  aprendendo chinês  ou tocando 
>> violino.
>> 
>> Mas não necessariamente melhora sua capacidade de jogar xadrez, demonstrar 
>> teoremas, ou  resolver quebra-cabeças lógicos.
>> 
>> São coisas complementares, mas não exatamente coincidentes.
>> 
>>  Contudo, não sou nenhum especialista nisso,  apenas expresso minha 
>> opinião,fundamentada  dentro do possível.
>> 
>> Abraços
>> Walter
>> 
>> Em ter, 7 de ago de 2018 09:40, Rogério Braga  
>> escreveu:
>>> Walter,
>>> 
>>> Quando você melhora a capacidade de escrita e argumentação você não está 
>>> melhorando habilidades de pensamento?
>>> 
>>> Você poderia me ajudar a entender seu ponto de vista?
>>> 
>>> Abraços.
>>> 
>>> Rogério Braga-
>>> 
>>> Em segunda-feira, 6 de agosto de 2018 12:58:51 UTC-3, Walter Carnielli 
>>> escreveu:
 
 Acho que esse artigo é  bullshit. Ninguém diz que estudar filosofia 
 significa "improving one’s thinking skills".
 
 O que se melhora  é a capacidade de escrita e de argumentação, que é outra 
 coisa.
 
 Abs
 
 Walter
 
 Em seg, 6 de ago de 2018 11:53, Giselle Reis  escreveu:
> Isso me lembrou do seguinte texto que já circulou por aqui:
> 
> http://quillette.com/2017/07/01/study-philosophy-improve-thinking-case-false-advertising/
> 
> "But wait, doesn’t philosophy focus very heavily on logic, analysis of 
> arguments, fostering a critical approach, etc.? Shouldn’t this fact alone 
> make us expect that exposure to philosophy would almost certainly lead to 
> some improvement in thinking and reasoning skills? Not necessarily."
> 
> Eu gostaria muito de acreditar no que a Sara diz e é com um pensamento 
> parecido que organizo o curso de lógica construtiva (sem deixar de ter 
> algumas aulas sobre um pouco de história, motivação, e outras lógicas). 
> Mas seria bom ter evidências mais concretas de que o treinamento em 
> métodos formais resulta em um raciocínio mais estruturado (em geral).
> 
> []s
> Giselle
> 
>> On Fri, Aug 3, 2018 at 1:41 PM Alexandre Rademaker  
>> wrote:
>> 
>> But the primary goal, the one thing that I really want my students to 
>> come away with, is not any skill at symbolisation and truth-tables, but 
>> rather a method of thinking which involves minute and precise attention 
>> to detail and which involves an ability to reason from and manipulate 
>> definitions.
>> 
>> http://diaryofdoctorlogic.blogspot.com/2016/11/why-do-we-teach-1st-year-philosophers.html?m=1
>> 
>> If you teach intro logic (as a required course or not), what do you 
>> think the point of it is?
>> 
>> 
>> 
>> 
>> Sent from my iPhone
>> -- 
>> Você recebeu essa mensagem porque está inscrito no grupo "LOGICA-L" dos 
>> Grupos do Google.
>> Para cancelar inscrição nesse grupo e parar de receber e-mails dele, 
>> envie um e-mail para logica-l+u...@dimap.ufrn.br.
>> Para postar nesse grupo, envie um e-mail para logi...@dimap.ufrn.br.
>> Acesse esse grupo em 
>> https://groups.google.com/a/dimap.ufrn.br/group/logica-l/.
>> Para ver essa discussão na Web, acesse 
>> https://groups.google.com/a/dimap.ufrn.br/d/msgid/logica-l/BE0C953E-0C98-43CA-9DB6-E02416E496D5%40gmail.com.
> 
> -- 
> 

Re: [Logica-l] OFF TOPIC Cultura e o incêndio do museu

2018-09-03 Por tôpico Antonio Marmo
Pois é, o incêndio no Museu Nacional foi uma perda tão grande como a destruição 
das bibliotecas de Alexandria e Constantinopla na antiguidade. A humanidade não 
aprendeu como sua História, por isso é que a repete.

Dize à sabedoria: Tu és minha irmã...
Provérbios 7:4

> On 3 Sep 2018, at 07:25, Carlos Gonzalez  wrote:
> 
> Prezados amigos Cifa e Walter: eu assino em baixo nos seus textos.
> 
> A pressão contra a cultura, dos governos, meios de difusão de masas, etc., é 
> enorme.
> 
> O ano passado teve aqui em Uberlândia um maravilhoso espetáculo beneficente 
> de dança. Um colaborador foi a oferecer uma entrada a um senhor de muito 
> dinheiro para ele assistir com a família. O cara falou:
> --O que é isso, um espetáculo cultural?
> O colaborador falou:
> --Sim, claro.
> E ele respondeu:
> --Não, não. A gente não curte cultura.
> 
> Só falta acontecer uma queima de livros, como no nazismo. No lugar de dizer 
> "jogo este livro na fogueira por que foi escrito por um judeu!", vão dizer 
> "jogo este livro na fogueira porque é cultura!".
> 
> Sim, sim. Devemos assumir uma posição mais ativa na defesa da cultura.
> 
> Carlos
> 
> 
> 
> 2018-09-02 22:22 GMT-03:00 Andrea Loparic :
>> Caro Cifuentes, assino embaixo de tudo o que acabas de escrever.
>> 
>> 
>> 
>>> Em dom, 2 de set de 2018 às 21:39, josé carlos cifuentes  
>>> escreveu:
>>> Pessoal, como não levantar a voz neste país diante da terrível desgraça do 
>>> incêndio do Museu Nacional do Rio de Janeiro hoje, desgraça que apenas é um 
>>> ápice de todo um processo aparentemente programático de desmontagem da 
>>> cultura do Brasil. Onde estamos todos nós, intelectuais, que deveríamos ser 
>>> cabeças pensantes da sociedade para, pelo menos questionar o que está 
>>> acontecendo em todos os âmbitos importantes da sobrevivência do país, o que 
>>> dizer da nação? Como não pensar sem ingenuidade que esse episódio é 
>>> criminoso? E quem são os responsáveis diretos e indiretos dele? Que 
>>> autoridade existe no Brasil que tenha esse "poder" de discernir?
>>> Sinto uma imensa pena pela destruição do patrimônio não apenas material e 
>>> sim principalmente espiritual deste país e por todos os fatos obviamente 
>>> conexos da corrupção generalizada em que vivemos. Hoje é o Museu Nacional 
>>> no Rio de Janeiro, amanhã talvez será perto de casa, só assim nos 
>>> comoveremos?
>>> Abraços a todos.
>>> 
>>> 
>>> 
 
 -- 
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>>> 
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Re: [Logica-l] ICM 2018: Conferência de Lógica Matemática

2018-08-18 Por tôpico Antonio Marmo
Caros professores, amigos e colegas,

Não pude comparecer ao evento, apesar de ser no Rio, porque estou convalescendo 
de um longo tratamento médico. Mas, acredito que deve ter sido muito bom.

Apenas quero assinalar, se ninguém já o fez nesta lista, que no começo do ano 
tivemos também no Rio de Janeiro, um Congresso de Filosofia, sobre o tema da 
imaginação, organizado por Jean-Yves Béziau com vários apoios internacionais, 
que reuniu filósofos do mundo todo, e conduzido todo em francês. A este evento 
afluíram lógicos tanto quanto pesquisadores de outras áreas da Filosofia.

Depois disso, tivemos em Vichy, França, o Congresso de Lógica Universal, que 
foi um grande sucesso, inclusive com o concorrido debate entre Graham Priest e 
Walter Carnielli. (Não cabia tanta gente na sala!) Houve antes na Escola de 
Lógica outro evento com grande número de interessados: um curso dado pelo 
próprio Jean-Yves Béziau que fez um retrospecto histórico e conceitual 
fascinante, conciso e claro e que foi objeto de elogios gerais de uma plateia 
constituída majoritariamente de professores renomados. 

A sessão da qual fiz parte, modéstia à parte, de Lógica Universal, teve muitos 
trabalhos muito bons de pesquisadores mais novos e foi muito bem coordenada 
pelo Sérgio Marcelino.

Enfim, 2018 teve eventos na área da Lógica mais empolgantes que alguns 
processos eleitorais em curso.

Como faz poucos dias que retornei ao Brasil, não estou muito por dentro do que 
a comunidade lógica está fazendo agora, nem tive tempo de ler as mensagens 
dessa lista, portanto peço desculpas se coloquei essas coisas depois de outros 
já as terem comunicado.

PS: Apenas vou acrescentar que tanto o tema abordado pelo Jean-Yves, ‘the 
adventures of the turnstile’ (não sei se minha memória me trai agora), quanto o 
do Graham Priest, mereciam uma análise mais detalhada que não dá para fazer na 
lista, embora valha dizer que têm suas inter-relações.

> On 16 Aug 2018, at 17:52, Valeria de Paiva  wrote:
> 
> Prezados,
> Faco minhas as palavras do Cezar e agradeco de novo aos organizadores do 
> evento, que foi realmente excelente.
> Muito obrigada!
> abracos a todos,
> Valeria
> 
>> On Tue, Aug 14, 2018 at 11:41 AM C. Mortari  wrote:
>> Caro Bruno,
>> 
>> em nome da SBL, gostaria de deixar registrados nossos agradecimentos e 
>> parabéns a você e aos demais organizadores (Samuel, Petrúcio, Christina 
>> e Hugo) pelo excelente trabalho de organização dessa conferência de 
>> lógica satélite do ICM. Agradecemos também a todos os demais 
>> participantes do evento, esperando que futuras edições do ICM possam 
>> sempre ter eventos de lógica.
>> 
>> Um grande abraço,
>> 
>> Cezar
>> 
>> Em 2018-08-13 22:46, Bruno Lopes escreveu:
>> > Prezados,
>> > 
>> > Encerrou-se no sábado a conferência de lógica satélite do ICM, um
>> > parceria da SBL com a DLMPST. Tivemos auditório cheio durante todo o
>> > evento.
>> > 
>> > Gostaria de agradecer a todos que colaboraram, principalmente os
>> > membros da nossa comunidade brasileira que participaram,
>> > principalmente aqueles que ajudaram na organização (Samuel Gomes,
>> > Petrucio Viana, Christina Brech, Hugo Nóbrega), foram chairs de
>> > sessões (Samuel Gomes, Petrucio Viana, Walter Carnielli, Edward
>> > Hermann Haeusler, Luiz Carlos Pereira, Hugo Nóbrega, Christina
>> > Brech), apresentaram trabalhos (João Marcos, Thiago Silva, Giorgio
>> > Venturi) e aos keynote speakers (Valeria de Paiva, Chico Miraglia).
>> > 
>> > Infelizmente nem todos estavam presentes na hora desta foto (a lista
>> > limita o tamanho da mensagem, não dá pra incluir várias), mas em
>> > breve divulgaremos fotos de todos os momentos.
>> > 
>> > Abraços,
>> > 
>> > Bruno.
>> 
>> -- 
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>> https://groups.google.com/a/dimap.ufrn.br/group/logica-l/.
>> Para ver esta discussão na web, acesse 
>> https://groups.google.com/a/dimap.ufrn.br/d/msgid/logica-l/a64397976f49e57f77a921313c3657d4%40cfh.ufsc.br.
> 
> 
> -- 
> Valeria de Paiva
> http://vcvpaiva.github.io/
> http://research.nuance.com/author/valeria-de-paiva/
> http://www.cs.bham.ac.uk/~vdp/
> 
> -- 
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-- 
Você 

Re: [Logica-l] Falácias de presunção

2018-05-26 Por tôpico Antonio Marmo
Não é chifre em cabeça de cavalo, nem pelo em aves. É um tema em aberto que 
nunca foi suficientemente abordado. A razão é simples: trata-se de argumentos 
mal sucedidos ou falhos. No fato de que eles são falhos nunca residiu nenhuma 
controvérsia. A discussão começa quando se quer explicar o porquê das falhas. 
Aí os lógicos variaram na explicação.

Por exemplo, veja-se o argumento de Corisco, o homem mascarado. No Organon esse 
argumento é apresentado como uma falácia. Mas, os estóicos já o consideravam um 
paradoxo. 

Assim é que todo raciocínio duvidoso ou falho pode ser interpretado de 
diferentes modos conforme a teoria lógica aborda as razões da dúvida ou falha.

> On 26 May 2018, at 10:39, Cassiano Terra Rodrigues  
> wrote:
> 
> Olá Tony, obrigado pela mensagem.
> 
> Sim, as falácias de presunção são várias, e eu entendo q é uma classificação 
> genérica. No entanto, a minha pergunta é justamente pela definição da 
> classificação. Da maneira como se apresenta, parece q não há pq essa 
> nomenclatura. No caso da petição de princípios, é claro onde encontrar a 
> presunção, mas e nas outras? O q significa dizer falácia de presunção, além 
> de uma mescla de irrelevância e insuficiência ou deficiência de premissas.
> Enfim, não sei se estou buscando cabelos em ovos, mas fiquei com essa dúvida.
> abraços
> cass. 
> 
>> On Friday, May 25, 2018 at 9:52:47 PM UTC-3, marmo.tony wrote:
>> Caro Cassiano,
>> 
>> As falácias da presunção na verdade abrangem mais de um tipo de falácia. Por 
>> exemplo, petição de princípio é um tipo, a falácia do acidente é outro e bem 
>> assim a da causa falsa.
>> 
>> Não confundir esse conceito com a teoria medieval das suposições, que é uma 
>> outra abordagem para a questão geral dos argumentos que os peripatéticos 
>> chamavam de falaciosos.
>> 
>> Em tempo, o assunto não é fechado, como os livros de História da Filosofia 
>> muitas vezes dão a entender. Alguns tipos de argumento que para os estóicos 
>> eram paradoxos, os peripatéticos tratavam como falácias.
>> 
>> 
> 
> -- 
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Re: [Logica-l] Falácias de presunção

2018-05-25 Por tôpico Antonio Marmo
Caro Cassiano,

As falácias da presunção na verdade abrangem mais de um tipo de falácia. Por 
exemplo, petição de princípio é um tipo, a falácia do acidente é outro e bem 
assim a da causa falsa.

Não confundir esse conceito com a teoria medieval das suposições, que é uma 
outra abordagem para a questão geral dos argumentos que os peripatéticos 
chamavam de falaciosos.

Em tempo, o assunto não é fechado, como os livros de História da Filosofia 
muitas vezes dão a entender. Alguns tipos de argumento que para os estóicos 
eram paradoxos, os peripatéticos tratavam como falácias.


> On 25 May 2018, at 18:12, Cassiano Terra Rodrigues  
> wrote:
> 
> Colegas, 
> 
> Peço o favor de uma ajuda. Alguém poderia me dar uma definição de falácia de 
> presunção? Ou saberia onde posso encontrar uma?
> Quero dizer, além de falácias de ambiguidade e de relevância, é comum 
> encontrar a classificação de falácias de presunção (em inglês ao menos, a 
> palavra é "presumption", talvez fosse melhor traduzir como "suposição" ou 
> "assunção", em q pese o sofrimento do vernáculo nesse último caso), mas eu 
> não consegui formular direito a especificidade desse rótulo.
> Por exemplo, tenho visto que nessa categoria a conclusão vem de premissas 
> discutíveis, ou meros truísmos, de forma q o raciocínio é simplesmente 
> redundante ou "pointless". Isso caracterizaria uma mescla de falta de 
> informação relevante e premissas inaceitáveis.  Mas aí é q está: quase 
> qualquer premissa é discutível, no fim das contas. Raciocinar a partir de 
> definições não tem nada de errado em si e mesmo com premissas inaceitáveis é 
> possível construir uma reductio ad absurdum, justamente para mostrar o 
> absurdo das premissas. 
> Agradeço qualquer sugestão.
> abraços,
> cass. 
> 
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[Logica-l] 05, 06 e 07/06: Minicurso “Teorias Medievais da Intencionalidade” (Ana Rieger Schmidt, UFRGS)

2018-05-18 Por tôpico Antonio Marmo
MINICURSO
Profa. Dra. Ana Rieger Schmidt (UFRGS)
“Teorias Medievais da Intencionalidade”
Dias:
05 e 06 de junho de 2018 de 14h às 17h. 07 de junho de 2018 de 9h às 12h
Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ Largo de São Francisco de 
Paula, 1 Centro Rio de Janeiro, RJ
3o andar Sala 320-B

Dize à sabedoria: Tu és minha irmã...
Provérbios 7:4

> On 18 May 2018, at 01:33, Rodrigo Guerizoli  wrote:
> 
> Car@s,
> Solicito divulgação do evento abaixo, para o qual todos estão convidad@s.
> Abraços,
> Rodrigo
> 
> 
> 
> ​
> 
> 

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Re: [Logica-l] Assunto um pouco[ OFF TOPIC] referente a IC na área de Teoria da Recursão

2018-04-13 Por tôpico Antonio Marmo
Além dessas indicações do Rodrigo, você pode também dar uma olhada na parte 
histórica que é a melhor forma de penetrar as questões.

Veja, entre outros, o legado de Raimundo Lúlio e Leibniz para depois ir a 
Church e Turing.

> On 13 Apr 2018, at 08:39, Rodrigo Freire  wrote:
> 
> Olá Ana,
> 
> Com mais informações sobre seu background e sobre como você se interessou por 
> esse campo é mais fácil receber uma sugestão apropriada. Sobre sua primeira 
> questão: É importante entrar em contato, inicialmente, com as noções de 
> função, enumeração e indução finita. Além desse livro que seu professor 
> indicou, você pode pegar o livro Computabilidade e Lógica, de Boolos, Burgess 
> e Jeffrey, também traduzido para o português e publicado pela editora Unesp. 
> 
> Se me fosse pedido para elaborar um projeto de IC, eu faria um projeto 
> articulado em torno da chamada tese de Church, portanto dando prioridade para 
> a noção de função computável, respondendo sua outra pergunta. Claro que é uma 
> resposta enviesada, não há resposta certa para isso, é perfeitamente cabível 
> um outro projeto que inverte essa prioridade. 
> 
> Abraço 
> Rodrigo
> 
> 
> 
> Em 12 de abr de 2018, à(s) 11:30, Ana Paula Dos Anjos Vitorasse 
>  escreveu:
> 
>>  
>>  
>> Para quem tem interesse em começar uma IC na área de Teoria da Recursão 
>> quais os conceitos que tenho bem definidos na cabeça para entender bem a 
>> referida Teoria??
>> Por enquanto meu professor me recomendou ler o Capítulo 10 
>> do livro do Prof. Walter Carnielli e Richard L. Epstein. Mas estou sem 
>> nenhuma base por onde começar. O professor que procurei para trabalhar numa 
>> Iniciação Científica disse que preciso especificar o que pretendo estudar. 
>> Para um iniciante o que seria mais adequado? Função recursiva Primitiva ou 
>> Função Computável?
>>  
>> Desde já agradeço.
>>  
>> Enviado do Email para Windows 10
>>  
>> -- 
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Re: [Logica-l] Parabéns ao Tony Marmo por seu Doutorado

2018-04-06 Por tôpico Antonio Marmo
Obrigado, Ricardo. E parabéns pela sua apresentação no Congresso, que mostrou a 
importância da imaginação para a Física. Aliás, como as pessoas reagiram 
diretamente ao que você dizia, confirmou-se uma vez mais a percepção de que os 
falantes de Francês entendem muito bem o Português.

> On 5 Apr 2018, at 04:11, Ricardo Grande  wrote:
> 
> Congratulations, my friend Tony!
> RMG
> 
>   Livre de vírus. www.avg.com.
> 
> Em 5 de abril de 2018 04:08, itala loffredo  
> escreveu:
>> Caro António Marmo:
>> Quero também cumprimentá-lo pelo doutorado!
>> Fiquei muito feliz por essa sua vitória!
>> Itala
>> 
>>> Em qua, 4 de abr de 2018 às 16:55, Tony Marmo  
>>> escreveu:
>>> Muito obrigado pelas manifestações de parabéns, caros Walter, Jorge e 
>>> Marcelo.
>>> 
>>> Quero dizer que foi uma experiência muito feliz ter trabalhado com meu 
>>> Orientador, Jean-Yves Béziau, sempre muito ativo e cheio de energia e que 
>>> acompanha com interesse o trabalho de todos nós seus orientados. 
>>> 
>>> Também agradeço a atenção e o cuidado dos membros da banca que fizeram 
>>> sugestões valiosas e importantes, Professores Alexandre Costa-Leite, 
>>> Cláudio Pizzi, Saloua Chatti e Amirouche Moktefi, e também Fabien Schang 
>>> que esteve na qualificação. 
>>> 
>>> Foi uma semana maravilhosa que começou com o Congresso de Filosofia sobre o 
>>> tema "Imaginação", também organizado por Jean-Yves e que foi um grande 
>>> sucesso.
>>> 
>>> A todos muito obrigado.
>>> 
>>> 
>>> Em quarta-feira, 4 de abril de 2018, Jorge Alberto Molina 
>>>  escreveu:
 Parabéns  Tony pelo doutorado
 Jorge Alberto Molina
 
 Em 4 de abril de 2018 15:34, Marcelo Esteban Coniglio 
  escreveu:
> Parabéns Tony, e parabéns Jean-Yves!
> 
> Um abraço
> 
> Marcelo
> 
> 2018-04-04 13:25 GMT-03:00 Walter Carnielli :
>> Car@s,
>> 
>> Hesito em classificar esta  mensagem  de  OFF- TOPIC,  mas  se for o
>> caso, fica  classificada condicionalmente. Para isso temos Lógica.
>> Gostaria de   parabenizar  o Tony Marmo peio seu recente Doutorado na
>> UFRJ orientado pelo Jean-Yves.
>> Tony foi meu orientando   de Mestrado na Unicamp, e  é sempre muito
>> bom saber que as coisas evoluem  para os estudantes.
>> 
>> Abraços,
>> 
>> Walter
>> 
>> --
>> ---
>> Walter Carnielli
>> Centre for Logic, Epistemology and the History of Science and
>> Department of Philosophy
>> State University of Campinas –UNICAMP
>> 13083-859 Campinas -SP, Brazil
>> Phone: (+55) (19) 3521-6517
>> Institutional e-mail: walter.carnie...@cle.unicamp.br
>> Website: http://www.cle.unicamp.br/prof/carnielli
>> CV Lattes : http://lattes.cnpq.br/105496835379
>> 
>> --
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Re: [Logica-l] Parabéns ao Tony Marmo por seu Doutorado

2018-04-06 Por tôpico Antonio Marmo
Muito obrigado a todos os que se juntaram para me parabenizar, professor Dória, 
Professoras Maria e Itala, Cassiano, Rafael e os demais que me escreveram.

Dize à sabedoria: Tu és minha irmã...
Provérbios 7:4

> On 5 Apr 2018, at 08:34, Famadoria  wrote:
> 
> Junto-me a todos nos cumprimentos !
> 
> Sent from my iPhone
> 
>> On 4 Apr 2018, at 20:53, Tony Marmo  wrote:
>> 
>> Muito obrigado pelas manifestações de parabéns, caros Walter, Jorge e 
>> Marcelo.
>> 
>> Quero dizer que foi uma experiência muito feliz ter trabalhado com meu 
>> Orientador, Jean-Yves Béziau, sempre muito ativo e cheio de energia e que 
>> acompanha com interesse o trabalho de todos nós seus orientados. 
>> 
>> Também agradeço a atenção e o cuidado dos membros da banca que fizeram 
>> sugestões valiosas e importantes, Professores Alexandre Costa-Leite, Cláudio 
>> Pizzi, Saloua Chatti e Amirouche Moktefi, e também Fabien Schang que esteve 
>> na qualificação. 
>> 
>> Foi uma semana maravilhosa que começou com o Congresso de Filosofia sobre o 
>> tema "Imaginação", também organizado por Jean-Yves e que foi um grande 
>> sucesso.
>> 
>> A todos muito obrigado.
>> 
>> 
>> Em quarta-feira, 4 de abril de 2018, Jorge Alberto Molina 
>>  escreveu:
>>> Parabéns  Tony pelo doutorado
>>> Jorge Alberto Molina
>>> 
>>> Em 4 de abril de 2018 15:34, Marcelo Esteban Coniglio 
>>>  escreveu:
 Parabéns Tony, e parabéns Jean-Yves!
 
 Um abraço
 
 Marcelo
 
 2018-04-04 13:25 GMT-03:00 Walter Carnielli :
> Car@s,
> 
> Hesito em classificar esta  mensagem  de  OFF- TOPIC,  mas  se for o
> caso, fica  classificada condicionalmente. Para isso temos Lógica.
> Gostaria de   parabenizar  o Tony Marmo peio seu recente Doutorado na
> UFRJ orientado pelo Jean-Yves.
> Tony foi meu orientando   de Mestrado na Unicamp, e  é sempre muito
> bom saber que as coisas evoluem  para os estudantes.
> 
> Abraços,
> 
> Walter
> 
> --
> ---
> Walter Carnielli
> Centre for Logic, Epistemology and the History of Science and
> Department of Philosophy
> State University of Campinas –UNICAMP
> 13083-859 Campinas -SP, Brazil
> Phone: (+55) (19) 3521-6517
> Institutional e-mail: walter.carnie...@cle.unicamp.br
> Website: http://www.cle.unicamp.br/prof/carnielli
> CV Lattes : http://lattes.cnpq.br/105496835379
> 
> --
> Você está recebendo esta mensagem porque se inscreveu no grupo "LOGICA-L" 
> dos Grupos do Google.
> Para cancelar inscrição nesse grupo e parar de receber e-mails dele, 
> envie um e-mail para logica-l+unsubscr...@dimap.ufrn.br.
> Para postar neste grupo, envie um e-mail para logica-l@dimap.ufrn.br.
> Visite este grupo em 
> https://groups.google.com/a/dimap.ufrn.br/group/logica-l/.
> Para ver esta discussão na web, acesse 
> https://groups.google.com/a/dimap.ufrn.br/d/msgid/logica-l/CA%2Bob58M6_oVHBO8e2_id4Twnk0Gihm%3DVJ%2BJU7x0ODuUc4kawWg%40mail.gmail.com.
 
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 Acesse esse grupo em 
 https://groups.google.com/a/dimap.ufrn.br/group/logica-l/.
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 https://groups.google.com/a/dimap.ufrn.br/d/msgid/logica-l/CAMuX%3D35WYuSmTkjyZod-96kt6OyYqFW5vtNT6Py-WiMxid9AZQ%40mail.gmail.com.
>>> 
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>>> https://groups.google.com/a/dimap.ufrn.br/group/logica-l/.
>>> Para ver essa discussão na Web, acesse 
>>> https://groups.google.com/a/dimap.ufrn.br/d/msgid/logica-l/CAGUSaeMjxHkLCVPm5Nv2zTR%2B-p3gCrysAP6XsLBmkJ_OhX%3DBiA%40mail.gmail.com.
>> 
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>> https://groups.google.com/a/dimap.ufrn.br/d/msgid/logica-l/CAEsiyHT-h89KxoGnzLZP43xnsMVX0Yja7Rsh1e6%2BdvVwLvdkMA%40mail.gmail.com.
> -- 
> Você recebeu essa mensagem porque 

[Logica-l] Parabéns ao Cassiano, novo professor do ITA

2018-03-07 Por tôpico Antonio Marmo
Caros participantes,

Tenho a alegria de comunicar um resultado merecido: nosso colega Cassiano Terra 
foi
o primeiro colocado no concurso do ITA para lecionar no Departamento de 
Humanidades! 

Parabéns ao Cassiano e que nossa categoria siga unida por melhores condições de 
pesquisa e estudo para o Brasil!

http://www.ita.br/sites/default/files/pages/collection/Perfil%2007%20-%20resultado%20do%20concurso%20-%20divulgação.pdf

Dize à sabedoria: Tu és minha irmã...
Provérbios 7:4

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[Logica-l] Feliz Natal e Próspero 2018

2017-12-25 Por tôpico Antonio Marmo
Caros,

Em vista dos belos eventos que tivemos durante este ano, quero parabenizar a 
comunidade sul-americana de lógicos por esse ano de 2017, renovando a esperança 
de que no próximo ano tenhamos tanto ou mais êxito!

No mais, meus votos de boas festas e meu agradecimento empenhado a todos os que 
mantiveram sua amizade para comigo nesse ano. Fico muito feliz de ter gente 
muito boa assim ao meu lado!

Que a música de Handel lhes possa acompanhar no dia de hoje!

https://m.youtube.com/watch?v=tKCdt1rm0lw

Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os 
seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai 
da Eternidade, Príncipe da Paz.
Isaías 9:6

PS: Já enviei mensagens para muitos, com votos de Feliz Natal e Chanukkah. 
Desculpem a reduplicação se for o caso!

-- 
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Visite este grupo em https://groups.google.com/a/dimap.ufrn.br/group/logica-l/.
Para ver esta discussão na web, acesse 
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Re: [Logica-l] Re: Collected Works by Charles S. Peirce

2017-10-24 Por tôpico Antonio Marmo
Muito obrigado, caríssimo Jean-Yves!
Aliás, uma vez mais muito obrigado a todos que atenciosamente me responderam em 
particular.

Só para explicar: eu tinha um problema com autores que citam o Peirce, mas não 
dizem de que trabalho vem esta ou aquela citação. Às vezes indicam só o ano do 
trabalho e não o incluem na bibliografia ao final. Como num mesmo por vezes há 
mais de um trabalho, fica difícil localizar a passagem. E a coleção do Peirce 
que eu já tinha não facilitava muito.

Porém, todas as ajudas que recebi deram condições de achar essas passagens e 
agora sigo em frente.

E nunca é demais reconhecer a atenção generosa dos demais!

Quanto ao fato do Peirce em muitos aspectos já antecipar o que hoje se faz 
rotineiramente no meio da pluralidade das lógicas, isso já é um assunto quente 
para outros debates. Outra contribuição importante, mas pouco lembrada, são as 
reflexões de Husserl, que também podem inaugurar outras discussões.

Abraços!

Dize à sabedoria: Tu és minha irmã...
Provérbios 7:4

> On 24 Oct 2017, at 07:23, jyb  wrote:
> 
> Ola Tony
> 
> Na pagina do tutorial sobre Peirce no UNILOG'2018 que vai ser apresentado por 
> William James McCurdy 
> voce vai encontrar links para os escritos do Peirce que estão on-line e muito 
> mais
> http://www.uni-log.org/ULS6-peirce.html
> 
> A ideia do nosso site do  UNILOG 
> http://www.uni-log.org/
> é que não seja so um site para eventos, mas um boa base para a pesquisa, uma 
> bússola
> uma vez que uma edicao do UNILOG acabou, o site desta edicao conitnua a ser 
> util
> veja por exemplo a pagina do tutorial sobre Lewis Carroll do UNILOG'2015, em 
> Istanbul apresentado por Amirouche Moktefi, com mutios links uteis
> http://www.uni-log.org/t5-lewiscarroll.html
> 
> JYB
> 
> 
> 
> Le vendredi 20 octobre 2017 19:09:49 UTC+2, marmo.tony a écrit :
>> 
>> Caríssimos,
>> 
>> Estou precisando encontrar em PDF a coleção de trabalhos de Peirce.
>> Achei um PDF que na verdade fala dos vários trabalhos de editoração de 
>> manuscritos dele, não traz os artigos em si numa ordem cronológica.
>> 
>> Quem, por favor, tiver esse PDF, mande-o para mim como e-mail particular. 
>> Muito obrigado!
>> 
>> Dize à sabedoria: Tu és minha irmã...
>> Provérbios 7:4
>> 
>>> On 20 Oct 2017, at 06:17, jean-yves beziau  wrote:
>>> 
>>> Acabou de ser publicado um numero especial do prestigioso jornal
>>> Sophia - Logic and Philosophy of Religion
>>> Volume 56, Issue 2, June 2017
>>> Issue Editors: Ricardo Sousa Silvestre, Jean-Yvez Beziau
>>> https://link.springer.com/journal/11841/56/2?wt_mc=alerts.TOCjournals
>>> 
>>> Artigos publicados aqui são relacionados ao 
>>> 1st World Congress on Logic and Religion
>>> organizado em João Pessoa de 1 a 5 de abril de 2015
>>> http://www.uni-log.org/logos2015.html
>>> 
>>> Outros artigos apresentados neste evento ja foram publicados num numero 
>>> especial de 
>>> Logica Universalis - Logic and Religion
>>> Volume 11, Issue 1, March de 2017
>>> Issue Editors: Jean-Yves Beziau, Ricardo Silvestre
>>> https://link.springer.com/journal/11787/11/1/page/1
>>> 
>>> Relacionado a este evento vai ser ainda publicado um livro na serie
>>> Sophia Studies in Cross-cultural Philosophy of Traditions and Cultures
>>> http://www.springer.com/series/8880
>>> 
>>> E estamos também ja trabalhando na publicação dos artigos relacionados ao
>>> 2nd  World Congress on Logic and Religion
>>> http://logicandreligion.uw.edu.pl/
>>> organizado na Polonia de 18 a 22 de junho de 2017
>>> 
>>> assim que na preparação do
>>> 3rd  World Congress on Logic and Religion
>>> projetado em Varanasi na India em 2019
>>> http://www.uni-log.org/logos2019.html
>>> 
>>> 
>>> -- 
>>> Você recebeu essa mensagem porque está inscrito no grupo "LOGICA-L" dos 
>>> Grupos do Google.
>>> Para cancelar inscrição nesse grupo e parar de receber e-mails dele, envie 
>>> um e-mail para logica-l+u...@dimap.ufrn.br.
>>> Para postar nesse grupo, envie um e-mail para logi...@dimap.ufrn.br.
>>> Acesse esse grupo em 
>>> https://groups.google.com/a/dimap.ufrn.br/group/logica-l/.
>>> Para ver essa discussão na Web, acesse 
>>> https://groups.google.com/a/dimap.ufrn.br/d/msgid/logica-l/CAF2zFLB7YduqAvLLHEf8TM7WH0-bAM%2BBCJ1j%3DSEgJuAAaNMsqA%40mail.gmail.com.
> 
> -- 
> Você recebeu essa mensagem porque está inscrito no grupo "LOGICA-L" dos 
> Grupos do Google.
> Para cancelar inscrição nesse grupo e parar de receber e-mails dele, envie um 
> e-mail para logica-l+unsubscr...@dimap.ufrn.br.
> Para postar nesse grupo, envie um e-mail para logica-l@dimap.ufrn.br.
> Acesse esse grupo em 
> https://groups.google.com/a/dimap.ufrn.br/group/logica-l/.
> Para ver essa discussão na Web, acesse 
> https://groups.google.com/a/dimap.ufrn.br/d/msgid/logica-l/20f515f2-d482-49d0-ad96-1de8e10ccd40%40dimap.ufrn.br.

-- 
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Grupos do Google.
Para cancelar inscrição nesse grupo e parar de receber 

[Logica-l] Collected Works by Charles S. Peirce

2017-10-20 Por tôpico Antonio Marmo
Caríssimos,

Estou precisando encontrar em PDF a coleção de trabalhos de Peirce.
Achei um PDF que na verdade fala dos vários trabalhos de editoração de 
manuscritos dele, não traz os artigos em si numa ordem cronológica.

Quem, por favor, tiver esse PDF, mande-o para mim como e-mail particular. Muito 
obrigado!

Dize à sabedoria: Tu és minha irmã...
Provérbios 7:4

> On 20 Oct 2017, at 06:17, jean-yves beziau  wrote:
> 
> Acabou de ser publicado um numero especial do prestigioso jornal
> Sophia - Logic and Philosophy of Religion
> Volume 56, Issue 2, June 2017
> Issue Editors: Ricardo Sousa Silvestre, Jean-Yvez Beziau
> https://link.springer.com/journal/11841/56/2?wt_mc=alerts.TOCjournals
> 
> Artigos publicados aqui são relacionados ao 
> 1st World Congress on Logic and Religion
> organizado em João Pessoa de 1 a 5 de abril de 2015
> http://www.uni-log.org/logos2015.html
> 
> Outros artigos apresentados neste evento ja foram publicados num numero 
> especial de 
> Logica Universalis - Logic and Religion
> Volume 11, Issue 1, March de 2017
> Issue Editors: Jean-Yves Beziau, Ricardo Silvestre
> https://link.springer.com/journal/11787/11/1/page/1
> 
> Relacionado a este evento vai ser ainda publicado um livro na serie
> Sophia Studies in Cross-cultural Philosophy of Traditions and Cultures
> http://www.springer.com/series/8880
> 
> E estamos também ja trabalhando na publicação dos artigos relacionados ao
> 2nd  World Congress on Logic and Religion
> http://logicandreligion.uw.edu.pl/
> organizado na Polonia de 18 a 22 de junho de 2017
> 
> assim que na preparação do
> 3rd  World Congress on Logic and Religion
> projetado em Varanasi na India em 2019
> http://www.uni-log.org/logos2019.html
> 
> 
> -- 
> Você recebeu essa mensagem porque está inscrito no grupo "LOGICA-L" dos 
> Grupos do Google.
> Para cancelar inscrição nesse grupo e parar de receber e-mails dele, envie um 
> e-mail para logica-l+unsubscr...@dimap.ufrn.br.
> Para postar nesse grupo, envie um e-mail para logica-l@dimap.ufrn.br.
> Acesse esse grupo em 
> https://groups.google.com/a/dimap.ufrn.br/group/logica-l/.
> Para ver essa discussão na Web, acesse 
> https://groups.google.com/a/dimap.ufrn.br/d/msgid/logica-l/CAF2zFLB7YduqAvLLHEf8TM7WH0-bAM%2BBCJ1j%3DSEgJuAAaNMsqA%40mail.gmail.com.

-- 
Você está recebendo esta mensagem porque se inscreveu no grupo "LOGICA-L" dos 
Grupos do Google.
Para cancelar inscrição nesse grupo e parar de receber e-mails dele, envie um 
e-mail para logica-l+unsubscr...@dimap.ufrn.br.
Para postar neste grupo, envie um e-mail para logica-l@dimap.ufrn.br.
Visite este grupo em https://groups.google.com/a/dimap.ufrn.br/group/logica-l/.
Para ver esta discussão na web, acesse 
https://groups.google.com/a/dimap.ufrn.br/d/msgid/logica-l/3C56D557-6366-4890-83F9-F3446F5DB0AF%40gmail.com.


Re: [Logica-l] (OFF-TOPIC) Novas Regras para Bolsas no Exterior da CAPES.

2017-10-14 Por tôpico Antonio Marmo
O problema que a gente tem de enfrentar é a precarização do magistério 
superior.  O pós-doc é importante para os recém-doutores se colocarem 
profissionalmente. Disso não há dúvida. Agora, quanto tempo leva uma pessoa 
para se preparar para entrar nos quadros docentes de uma instituição? 
Lembrando-se que as pessoas precisam de tempo de serviço/contribuição para se 
aposentarem...

Dize à sabedoria: Tu és minha irmã...
Provérbios 7:4

> On 14 Oct 2017, at 17:09, Samuel Gomes da Silva  wrote:
> 
> ... Oi Claudia,
> 
> Está ali, passe o olho, ..."e que não possuam vinculo empregatício"... Certo 
> ???
> 
> Bom, os gringos nunca entenderam isso de gente com cinco anos no emprego ter 
> um pos doc, a gente tinha de chamar de sabatico pra eles entenderem...
> 
> Pra quem está começando faz diferença, eu sai pra pos doc com 5 anos 
> trabalhando na UFBA com bolsa Capes, me ajudou muito na carreira !
> 
> Até
> 
> []s Samuel 
> - Mensagem original -
> De: Cláudia Nalon 
> Para: logica-l@dimap.ufrn.br
> Cc: Samuel Gomes da Silva 
> Enviadas: Sat, 14 Oct 2017 14:21:37 -0300 (BRT)
> Assunto: Re: [Logica-l] (OFF-TOPIC) Novas Regras para Bolsas no Exterior da 
> CAPES.
> 
> Olá a todos,
> 
> Essa notícia vem circulando, eu já li o tal do regulamento e não consigo 
> achar essa coisa que a bolsa é vedada para quem tenha vínculo 
> empregatício.
> 
>> --> É vedada bolsa de pós-doutorado para pesquisadores com vínculo
>> empregatício (Artigo 128).
> 
> Seção I
> Da Finalidade
> Art. 128. A modalidade de Pós-doutorado no exterior visa
> oferecer bolsa para a realização de estudos avançados fora do Brasil
> posteriores à obtenção do título de Doutor pelo pleiteante e destina-se
> a pesquisadores ou docentes com no máximo 8 (oito) anos de for-
> mação doutoral e que não possuam vínculo empregatício.
> Parágrafo único. A modalidade Pós-Doutorado tem como
> público-alvo os pesquisadores que possuam diploma de doutorado,
> não sendo aceitas inscrições de estudantes em fase de conclusão de
> curso.
> 
> Seção IV
> Dos Requisitos para a Inscrição
> Art. 135. O candidato deve, obrigatoriamente, preencher os
> seguintes requisitos no ato da inscrição:
> I - ser brasileiro(a) ou estrangeiro(a) com visto permanente
> no Brasil, ou conforme regulamentado em Instrumento de Seleção;
> II - residir no Brasil;
> III - ter diploma de doutorado ou PhD, certificado ou de-
> claração do órgão máximo responsável pela pós-graduação da IES,
> consistente na pró-reitoria ou superior, informando que o candidato
> não possui pendências com a Instituição e com o seu curso de dou-
> torado, e que se encontra aguardando apenas a emissão do diploma,
> reconhecido na forma da legislação brasileira e apresentá-lo como
> documento comprobatório no ato da inscrição, permitindo-se títulos
> obtidos no exterior desde que reconhecidos por IES no Brasil, na
> forma da Lei;
> IV - ter obtido o título de doutorado há menos de oito anos,
> contados a partir da data de inscrição;
> V - não ter realizado estudos no exterior da mesma natureza
> do Programa para o qual se candidata nos últimos 36 (trinta e seis)
> meses.
> VI - apresentar manifestação de interesse ou convite do(a)
> orientador(a) do exterior ou da instituição de destino pretendida.
> Parágrafo único. No caso de início das atividades no exterior
> em período anterior à inscrição, será necessário comprovar ser o
> Brasil seu local de residência permanente, para o qual retornará após
> a realização das atividades relativas ao estágio no exterior.
> 
> Alguém, por favor, pode me dizer onde é que isso está escrito?
> 
> Abraços,
> 
> Cláudia
> 
>> --> Cria-se uma modalidade "Cátedra no exterior", para candidatos com
>> pelo menos 15 anos de atuação na área
>> e prioridade para pesquisadores com perfil equivalente ao nível 1 no
>> CNPq  (Artigo 110 em diante). Somente para
>> visitas a instituições parceiras da CAPES ("anfitriãs").
>> 
>> --> Cria-se uma modalidade "Professor Visitante no Exterior", com
>> submodalidades Junior (< 12 anos de Doutoramento)
>> e Senior (> 12 anos de Doutoramento). A submodalidade Senior tem
>> prioridade para pesquisadores com perfil equivalente ao nível 1D do
>> CNPq ou superior (Artigo 119 em diante). Não está claro se é
>> somente para visitas a instituições parceiras da CAPES (não
>> encontrei
>> isso na regulamentação mas na página da CAPES dá a entender que é
>> para parceiras).
>> 
>> Bem, essa restrição da bolsa de pós-doutorado (somente para os
>> pesquisadores sem vínculo empregatício) tem grande impacto, creio,
>> nos jovens
>> recém-contratados por universidades públicas (e são muitos) que
>> desejavam realizar seu primeiro pós-doc nos próximos anos.
>> 
>> Tempos duros.
>> 
>> Até mais,
>> 
>> []s  Samuel
>> 
>> --
>> Você recebeu essa mensagem porque está inscrito no grupo "LOGICA-L"
>> dos Grupos do Google.
>> Para cancelar inscrição nesse grupo e parar de receber e-mails dele,
>> envie um e-mail para 

Re: [Logica-l] A Hipótese do Contínuo continua em pé!

2017-09-18 Por tôpico Antonio Marmo
Obrigado pela explicação, vale a pena estudar os detalhes.

Só quero dizer que gostei do trabalho desses professores porque primeiro tem 
foco num assunto e segundo traz demonstrações elegantes e enxutas. Acho essa 
segunda qualidade a mais importante. (Não se pode viver num mundo em que cada 
simples proposição receba uma demonstração de mais de 400 páginas!) São 
contribuições assim claras, concisas e objetivas que realmente alargam o 
conhecimento!

Dize à sabedoria: Tu és minha irmã...
Provérbios 7:4

> On 17 Sep 2017, at 22:51, 'Samuel Gomes' via LOGICA-L 
>  wrote:
> 
> ... Vamos começar de situações simples (e óbvias de responder) para chegar 
> numa intuição do que seja o cardinal p.
> 
> 1) Existem famílias infinitas de subconjuntos infinitos do conjunto N dos 
> naturais que sejam tais que:
> 
> --> qualquer intersecção de uma subfamília finita da família resulta num 
> conjunto infinito;
> 
> --> porém a família tem intersecção vazia ?
> 
> ... Isso é fácil de exibir:
> 
> A_1 = {1,2,3,...}
> 
> A_2 = {2,3,4}
> 
> A_3 = {3,4,5,...}
> 
> ... A_n = {k: k maior ou igual a n}
> 
> A família {A_n: n maior ou igual a 1} satisfaz as duas condições acima.
> 
> Porém, se C é um subconjunto infinito e *qualquer* dos naturais, C funciona 
> como uma "pseudo-intersecção" da família,
> no sentido de estar "quase contido" em todos os elementos da família; essa 
> coisa do quase contido é, exatamente,
> dizer que C menos A_n é um conjunto finito (para todo n) - i.e., "alll but 
> finitely many" dos elementos de C serão, também, elementos de qualquer
> um dos A_n.
> 
> Uma situação um pouco menos abstrata aparece, por exemplo, na reta. Qualquer 
> ponto x é ponto de acumulação de racionais (no sentido de que qualquer
> intervalinho centrado nesse ponto x contém infinitos racionais). Se fixamos 
> uma enumeração dos racionais (lembrar que é enumerável), digamos,
> 
> Q = {r_n: n em N}
> 
> e fixamos os intervalos abertos ]x - 1/k, x + 1/k[ para k maior ou igual a 1, 
> podemos criar uma família de subconjuntos dos naturais como acima
> da seguinte forma:
> 
> A_k = {n em N: r_n pertence a   ]x - 1/k, x + 1/k[   }
> 
> Como a intersecção dos intervalinhos se reduz ao ponto, se o número x for 
> irracional teremos que essa família {A_k: k maior ou igual a um} é de 
> intersecção vazia
> porém com certeza tem pseudo-intersecção infinita: basta pegar qualquer 
> sequência de racionais que convirja para o ponto x e, voilá, o conjunto dos 
> índices A
> dessa sequência é uma pseudo-intersecção infinita da família !!! "All but 
> finitely many", todos a menos de no máximo finitos elementos de A, vão cair 
> dentro de qualquer A_k que você fixar.
> 
> Então, a pergunta seguinte seria:
> 
> 2) Existem famílias infinitas de subconjuntos infinitos do conjunto N dos 
> naturais que sejam tais que:
> 
> --> qualquer intersecção de uma subfamília finita da família resulta num 
> conjunto infinito;
> 
> --> porém a família tem NÃO TEM pseudo-intersecção infinita ?
> 
> Uma das primeiras coisas que se pode checar é que, se a família de 
> subconjuntos infinitos for ENUMERÁVEL, se constrói facilmente
> uma pseudo-intersecção infinita para essa família.
> 
> Supondo que {A_n: n maior ou igual a 0} seja tal que todas as intersecções 
> finitas resultem em conjuntos infinitos, fazemos assim:
> 
> a_o = min(A_0)
> 
> a_1 = min( (A_0 intersectado com A_1) - {a_0})
> 
> a_2 = min( (A_0 intersectado com A_1 intersectado com A_2) - {a_0,a_1} )
> 
> ...
> 
> a_k = min( (A_0 intersectado com A_1 intersectado com... intersectado com 
> A_k) - {a_0,a_1,...,a_{k-1}} )
> 
> ...
> 
> O conjunto A = {a_k: k maior ou igual a zero} é uma pseudo-intersecção 
> infinita da família. (Quem já fez um curso de espaços
> métricos e achou parecido com a construção de uma subsequência convergente a 
> um ponto de acumulação de uma sequência, é porque é isso
> mesmo, sempre podemos encarar, de certa forma, a pseudo-intersecção infinita 
> como uma subsequência convergente).
> 
> Bom, enumeráveis não podem ser então... E não-enumeráveis ?
> 
> Com um pouco de Axioma da Escolha, tomamos um ultrafiltro livre sobre os 
> naturais e ele tem essas duas propriedades: trata-se
> de uma família infinita de subconjuntos infinitos dos naturais que é tal que 
> toda subfamília finita tem intersecção infinita e não possui
> pseudointersecção infinita.
> 
> (Pra ver que não tem pseudo-intersecção infinita, tome qualquer A contido nos 
> naturais que seja infinito: se o complementar de A estiver no ultrafiltro,
> ele já não é pseudo-intersecção infinita do ultrafiltro porque A menos 
> complementar de A vai dar A que é infinito. E, se A estiver no ultrafiltro 
> (lembrando que ou A ou o complementar de A com certeza estão), usamos que os 
> ultrafiltros são filtros primos: escrevendo A = A_1 unido com A_2, com ambos 
> A_1, A_2 infinitos, sabemos que exatamente UM entre A_1 e A_2 vai estar no 
> ultrafiltro livre. Se for A_1, A menos A_1 = 

Re: [Logica-l] A Hipótese do Contínuo continua em pé!

2017-09-16 Por tôpico Antonio Marmo
O artigo deles mesmo está no link abaixo:

https://math.uchicago.edu/~mem/Paper12.pdf

Essa notícia saiu hoje noutra lista de filosofia analítica, com link para 
matéria na imprensa geral. A matéria jornalística não explica bem, o artigo 
científico em si mesmo é mais digerível. Tem outro problema que eles denotam 
"p" e "t" por letras góticas e aqui eu não sei se aparecem.

> On 16 Sep 2017, at 13:39, Walter Carnielli  wrote:
> 
> Maryanthe Malliaris

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[Logica-l] Aristóteles e o movimento

2017-09-02 Por tôpico Antonio Marmo
Para anunciar a todos, um interessante e importante evento ocorrerá nos 
próximos dias:

O VII Simpósio Internacional OUSIA de Estudos Clássicos reunirá de 04 a 06 de 
Setembro de 2017, no Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ, 
pesquisadores conceituados para discutir o tema: ARISTÓTELES E O MOVIMENTO.

http://www.pec.ufrj.br/ousia/

Os eventos do Laboratório Ousia são sempre muito concorridos, despertando a 
atenção do público acadêmico nacional e internacional.

Dize à sabedoria: Tu és minha irmã...
Provérbios 7:4

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Re: [Logica-l] Uma noticia de profundissimo pesar

2017-08-26 Por tôpico Antonio Marmo
Realmente é uma notícia muito triste que pega a todos de surpresa.
Minhas condolências às famílias das duas vítimas.

> On 26 Aug 2017, at 22:56, Marcos Silva  wrote:
> 
> Tão jovem e com tanto potencial! 
> Grande perda!
> 
> Força João e Maia!
> 
> Contem conosco!
> 
> 
>> On Aug 26, 2017 10:44 PM, "Alexandre Rademaker"  wrote:
>> 
>> Também estou sem palavras. Meus sentimentos mais sinceros ao João Marcos.
>> 
>> Alexandre 
>> Sent from my iPhone
>> 
>>> On 26 Aug 2017, at 14:02, Walter Carnielli  
>>> wrote:
>>> 
>>> Colegas e amig@s:
>>> 
>>> 
>>> Achei que me cabia, por estar sabendo, repassar a  estarrecedora   e 
>>> pesarorosa
>>> noticia sobre a tragédia que envolveu 
>>> nossa querida  colega Carol Blasio, organizadora desta lista:
>>> 
>>> 
>>> https://www.acidadeon.com/campinas/cotidiano/NOT,1,1,1270220,Vitimas+eram+professora+e+estudante+do+IFCH+da+Unicamp.aspx
>>> 
>>> Estou sem palavras, manifesto aqui meu mais profundo pesar ao Joao,  que 
>>> estaria chegando da Suecia para Bochum,  à filhinha Maia, a familia e aos 
>>> colegas.
>>> 
>>> Walter
>>> 
>>> 
>>> 
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Re: [Logica-l] Re: Material didático sobre TC

2017-08-25 Por tôpico Antonio Marmo
Caro Mário e demais,

Bem, acho que já todos demos referências boas em Inglês e Português, só nos 
esquecemos do livro do Bourbaki que por muito tempo foi muito usado.

Mas, mais importante, desejo de todo coração que o Mário consiga motivar seus 
alunos não só a estudarem o assunto para o curso, como depois na sua vida 
acadêmica pesquisarem com vistas a criar mesmo. Que possam não somente ler e 
debruçar-se sobre o assunto, mas desenvolver um olhar crítico. Quando 
conseguimos isso, ficamos felizes e cumprimos nosso papel de professores. 
Sucesso!

> On 24 Aug 2017, at 19:56, 'Samuel Gomes' via LOGICA-L 
>  wrote:
> 
> Salve Mario,
> 
> Para um curso introdutório, o Enderton (que o Jean Yves já comentou) é muito 
> bom mesmo, o curso que normalmente damos aqui na graduação da UFBA é bem 
> baseado nele na parte inicial.
> 
> Se for para ir um pouquinho além, tanto o Jech-Hrbacek (que o Tony já 
> comentou) como o "Jechão" mesmo (Thomas Jech - Set Theory the Millenium 
> Edition) são referências muito boas. Esse Millenium Edition é uma 
> enciclopédia de teoria dos conjuntos, tem praticamente tudo lá. 
> 
> Até, abraço,
> 
> []s  Samuel
> 
>> On Thursday, August 24, 2017 at 7:01:01 AM UTC-3, Mario Benevides wrote:
>> Caros,
>> 
>> Estou procurando material didático para um curso de Teoria dos Conjuntos 
>> para a graduação em Matemática. É um curso introdutório. Serve link para 
>> cursos, livros, textos etc..
>> 
>> Muito obrigado,
>> Mario
>> 
>> -- 
>> Federal University of Rio de Janeiro
>> www.cos.ufrj.br/~mario
> 
> -- 
> Você recebeu essa mensagem porque está inscrito no grupo "LOGICA-L" dos 
> Grupos do Google.
> Para cancelar inscrição nesse grupo e parar de receber e-mails dele, envie um 
> e-mail para logica-l+unsubscr...@dimap.ufrn.br.
> Para postar nesse grupo, envie um e-mail para logica-l@dimap.ufrn.br.
> Acesse esse grupo em 
> https://groups.google.com/a/dimap.ufrn.br/group/logica-l/.
> Para ver essa discussão na Web, acesse 
> https://groups.google.com/a/dimap.ufrn.br/d/msgid/logica-l/9c23e0af-72df-491c-a43d-e72c6958ce2e%40dimap.ufrn.br.

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Re: [Logica-l] Material didático sobre TC

2017-08-24 Por tôpico Antonio Marmo
Olá,

Um livro muito utilizado é o de Karel Hrbacek e Thomas Jech, 'Introduction to 
Set Theory'. Outro livro que também se adota muito e que traz mais informações 
é o famoso 'Axiomatic Set Theory' de Patrick Suppes. Agora, há outros autores 
que escrevem de modo mais fácil e que são menos famosos ou cujos livros são 
pouco lidos. 

Eu, da minha parte, recomendo ensinar um pouco de mereologia para que as 
pessoas entendam que, por exemplo, os axiomas de ZFC são posições discutíveis e 
não "fatos empiricamente dados" como alguns podem tender a acreditar. Donde eu 
aconselho a ler os trabalhos de Stanisław Leśniewski, entre os quais 
'Foundations of General Set Theory' ou algo a respeito desses trabalhos.

Na Academia.edu, ademais, há vários trabalhos de pesquisadores hispanos vivos 
sobre a parte histórica que muito ajudam, a maioria escrita em inglês. Já citei 
um nessa lista.

Em Português quanto aos números transfinitos, ver a seguinte tese:
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/9031/9031_1.PDF

Dize à sabedoria: Tu és minha irmã...
Provérbios 7:4

> On 24 Aug 2017, at 07:00, Mario Benevides  wrote:
> 
> Caros,
> 
> Estou procurando material didático para um curso de Teoria dos Conjuntos para 
> a graduação em Matemática. É um curso introdutório. Serve link para cursos, 
> livros, textos etc..
> 
> Muito obrigado,
> Mario
> 
> -- 
> Federal University of Rio de Janeiro
> www.cos.ufrj.br/~mario
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> Você recebeu essa mensagem porque está inscrito no grupo "LOGICA-L" dos 
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> Acesse esse grupo em 
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Re: [Logica-l] Expressividade de conetivos

2017-06-07 Por tôpico Antonio Marmo
Não me lembro desse uso do termo "fraco" nessa acepção, embora já tenho visto 
conectivos ou operadores divididos entre fortes e fracos, nomeadamente as 
negações.

Mas, a questão é saber o que tu fazes com uma definição dessas. Pois veja, se 
já tens dado que o conjunto X-{*} é funcionalmente completo, para que fim 
queres acrescentar *? 

Ou ainda, de que te serve dizer que outros conectivos são n-fracos nessa 
acepção? Vê que negação e implicação juntas formam um conjunto funcionalmente 
completo para lógica bivalente, por exemplo. De que serve então chamar a 
equivalência de conectivo n-fraco? É só mais termo que introduzes no 
vocabulário?



> On 7 Jun 2017, at 10:20, FRANK THOMAS SAUTTER  wrote:
> 
> Bom dia a todos.
> 
> Estou rascunhando um trabalho em que uma das questões discutidas é a 
> expressividade de conetivos clássicos e o seguinte conceito me pareceu útil:
> 
> Um conetivo * é n-fraco, para n>0, se, e somente se, para todo conjunto de 
> conetivos X - {*} tal que a cardinalidade de X - {*} é n, se (X - {*}) união 
> {*} é funcionalmente completo, então X - {*} é funcionalmente completo.
> 
> Alguém poderia me dizer se esse conceito ou um conceito similar a esse já é 
> empregado na literatura?
> 
> Cordialmente, Frank.
> 
>   Livre de vírus. www.avast.com.
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> https://groups.google.com/a/dimap.ufrn.br/d/msgid/logica-l/CAGQNftDyhAj5TFcze%3Dk2anWrkA3fYa1_B85T9AmO9YzFt2hOJw%40mail.gmail.com.

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Re: [Logica-l] Philosophia Mathematica Vol 23 Issue 3

2017-04-06 Por tôpico Antonio Marmo
1. Eu trabalhei com pragmática do ponto de vista da lógica. A questão extrapola 
os limites da linguagem ao invés de encontrar soluções nela. Até porque a 
análise pragmática de fenômenos linguísticos remete a um nível de abstração 
ainda mais alto, onde a distinção entre linguagem e pensamento fica tênue 
demais, se não se perder.
Nesse sentido, por exemplo, a tradição griceana fica na interface entre 
linguística e lógica, como já se sabe. Só que o que eles levantam em seus 
inquéritos aponta de volta para as lógicas não-clássicas e aí não há um caminho 
único para continuar a abordagem e sim muitos. (Graças às tuas colocações 
acabei de resumir meu trabalho de forma melhor que antes! Vou colocar no 
Academia.edu para consulta, quando o encontrar!)

2. O que achei mais interessante nas tuas colocações foi o comentário sobre o 
princípio da trivialização não ser construtivo. Aí já estou plenamente de 
acordo. Agora, aqui vai uma observação e não uma objeção: a discussão se 
podemos dizer ou fazer coisas com o que não existe (como serrar os chifres de 
um unicórnio) tem duas posições, a saber, ou nada podemos dizer sobre/ fazer 
com o inexistente ou podemos qualquer coisa. Essa segunda posição de novo é a 
trivialização e a primeira sua rejeição, ainda que colocadas num meta-nível.



Porque o meu povo se perde por falta de conhecimento...
Oséias 4:6

> On 6 Apr 2017, at 10:12, Hermógenes Oliveira 
>  wrote:
> 
> Eu escrevi:
> 
>> [...]
>> 
>> Uma exceção interessante é o caso da "Core Logic" de Tennant, onde a
>> negação é dada um caráter lógico, mesmo sem ECQ, pela admissão de
>> modus tollendo ponens (ou silogismo disjuntivo) e uma regra especial
>> para a implicação que permite obter ¬A,A⊢B. [...]
> 
> Ops. Obviamente, o correto aqui seria "que permite obter ¬A⊢A→B".  Mania
> de reler/revisar o que escreveu só depois de enviar.  
> 
> Foi mal. :-)
> 
> -- 
> Hermógenes Oliveira
> 
> -- 
> Você está recebendo esta mensagem porque se inscreveu no grupo "LOGICA-L" dos 
> Grupos do Google.
> Para cancelar inscrição nesse grupo e parar de receber e-mails dele, envie um 
> e-mail para logica-l+unsubscr...@dimap.ufrn.br.
> Para postar neste grupo, envie um e-mail para logica-l@dimap.ufrn.br.
> Visite este grupo em 
> https://groups.google.com/a/dimap.ufrn.br/group/logica-l/.
> Para ver esta discussão na web, acesse 
> https://groups.google.com/a/dimap.ufrn.br/d/msgid/logica-l/87a87tof1w.fsf%40camelot.oliveira.

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Re: [Logica-l] Re: [fora do tópico] Algorithmic Bias

2017-01-15 Por tôpico Antonio Marmo
Caro Hermógenes,

Acho que a questão relevante está na citação original do seu e-mail:

"There are two ways of constructing a software design: One way is to
make it so simple that there are obviously no deficiencies and the other
way is to make it so complicated that there are no obvious
deficiencies." C. A. R. Hoare

Para mim, é o critério da simplicidade que conta mais em qualquer construção: 
de pensamento, de máquinas, de prédios, de algoritmos, etc. A simplicidade 
permite melhor observar ou mesmo já antes do fim da construção prever problemas 
como o da obtenção de resultados tendenciosos. A falta da simplicidade é que 
mascara esses problemas.

Demonstrações muito longas e muito complicadas que vejo esbarram nesse problema 
sempre e sempre me geram suspeitas. De plano me perguntava se não eram calcadas 
em conceitos ad hoc, enquanto que outros autores já me chamaram a atenção para 
o caráter "tendencioso" (em sentido amplo) delas.

Mas, escrevo nesta lista excepcionalmente, aproveitando o ensejo para fazer 
divulgação de um periódico importante que é feito com muito esforço e muito 
esmero por um grupo dedicado de filósofos que trabalham e lutam para publicá-lo:

Kleos 
Revista de Filosofia Antiga
Indexada ao L’Année Philologique
Editora Responsável
Maria das Graças de Moraes Augusto, UFRJ
http://www.pragma.ifcs.ufrj.br/kleos.php

Sei o quanto os periódicos no Brasil custam não somente em termos de dinheiro e 
o quanto de injustiças por vezes sofrem, daí a razão de valorizarmos os bons 
empreendimentos editoriais e os nossos pesquisadores excelentes. A professora 
Maria das Graças é uma grande conhecedora da obra de Platão e um exemplo de 
pesquisadora a ser espelhado, que conseguiu reunir um grupo de colaboradores 
que perseveram no inquérito das questões clássicas e por isso mesmo conseguem 
fazer emergir resultados interessantes de uma forma inteligível para seu 
público.

Bom ano de 2017, bom carnaval.

Amicus certus in re incerta cernitur.
Quintus Ennius

> On 14 Jan 2017, at 19:40, Hermógenes Oliveira 
>  wrote:
> 
> "There are two ways of constructing a software design: One way is to
> make it so simple that there are obviously no deficiencies and the other
> way is to make it so complicated that there are no obvious
> deficiencies." C. A. R. Hoare
> 
> -- 

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Re: [Logica-l] Heyting

2016-12-16 Por tôpico Antonio Marmo
Cara Bruna, caro Marcelo,

Isso é fácil responder: no próprio livro do Heyting, "Intuitionism: an 
Introduction", você confere o capítulo 2.

Mas, enfim, estou escrevendo excepcionalmente apenas para desejar Feliz Natal e 
Feliz Chanukah (que neste ano coincidem) aos lógicos, matemáticos e filósofos 
de todo Brasil, América Latina e CPLP!

Feliz é o homem que acha a sabedoria, o homem que obtém entendimento, pois a 
sabedoria é mais proveitosa do que a prata e rende mais do que o ouro. 
Provérbios 3:13-14

> On 16 Dec 2016, at 14:15, Marcelo Finger  wrote:
> 
> Oi Bruna.
> 
> Definitivamente exitem outras pessoas que entendem muito mais do que eu sobre 
> esse assunto, por exemplo, a profa Itala D'Ottavianno da Unicamp.  Mas se v 
> me disser o que v conhece sobre algebra de Heyting, Teorema de Godel e 
> semântica de lógica intuicionista, eu poderia guiar você à literatura.
> 
> []s
> 
> Marcelo
> 
> 
> 2016-12-15 22:21 GMT-02:00 bruna souza :
>> Olá, meu nome é Bruna sou aluna da graduação na UFSC,  estava olhando o seu 
>> trabalho sobre o que creio eu é a aritmética de Heyting (já que pelo que 
>> pesquisei também há o cálculo de Heyting), porém não tenho muito 
>> conhecimento do assunto, você poderia me sugerir algum livro introdutório 
>> para que eu possa me interar desse modo de fazer aritmética?
>> 
>> Boa noite,
>> Bruna
>> 
>> -- 
>> Você recebeu essa mensagem porque está inscrito no grupo "LOGICA-L" dos 
>> Grupos do Google.
>> Para cancelar inscrição nesse grupo e parar de receber e-mails dele, envie 
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>  Marcelo Finger
>  Departament of Computer Science, IME
>  University of Sao Paulo
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