Re: [Logica-l] ENSINO DE LÓGICA, POR QUAL LÓGICA COMEÇAR?

2012-04-09 Por tôpico Tony Marmo
Caro Mestre,

Eu já tenho as minhas dúvidas de que a lógica clássica seja mais fácil.
Peço ademais a venia para dizer que ela não é nem um pouco intuitiva.
Aliás, está claro para mim que a lógica clássica não encarna uma maneira
natural de pensar. A lógica fuzzy e outras multivalentes e as lógicas
modais, principalmente as não-normais, aproximam-se muito mais do que
parece ser raciocínio intuitivo e natural.

No curso ministrado pelo professor Walter, eu apontei esse fato e ele
ponderou comigo o seguinte: para matemáticos a lógica clássica parece ser o
modo mais natural de pensar, mas para um filósofo um linguista pode ser que
não e é compreensível que não o seja. Porém fica então uma questão para o
aluno que começa : por que cargas d'água alguém vai requerer relacionar
modelos matemáticos à lógica clássica, se ela mesma já é um pensamento
matemática? Ora, ao contrário, fica estranho alguém pretender matematizar o
que já é matemático.

Por outro lado, mostrar que existe uma pluralidade de álgebras e relacionar
isto à pluralidade de lógicas, faz mais sentido. E digo que faz mais
sentido filosoficamente e também é mais didático.

Agora, abordando o exemplo dado, eu acho quase ininteligível qualquer coisa
que seja apresentada sem mais nem menos, ou seja, sem que antes se diga o
porquê de abordar tal e tal tópico. Por exemplo, os BONS livros de
introdução a lógica, quando falam do sistema proporcional, têm uma falha
didática comum: à certa altura começam com a litania "agora provaremos a
compacidade e em seguida a correção e a completude do sistema". É? Pergunto
eu, e por que vamos fazer isso? As provas se seguem depois de cada uma
dessas noções ser definida, mas o leitor, que não é professor de lógica,
ainda não tem uma pista do porquê seria importante provar essas coisas.
Aliás, um aluno vendo essas coisas pela primeira vez, desavisado de que
elas existiam, termina a leitura das demonstrações, pode chegar a
compreender as demonstrações, mas fica ainda imaginando de onde surgiu essa
preocupação com correção e completude. Ora, o aluno pode pergunar-se
"Aristóteles e outros não diziam já que essa é a forma correta de pensar?
Por que então tenho de provar que ela é correta, se isto está dado?"

A questão de em seguida apresentar uma semântica para o sistema
proposiconal clássico é a mesma: o aluno não tem ideia do porquê da lógica
clássica precisar de uma semântica e menos ainda consegue pensar porque
alguém gostaria de propor que uma semântica de todo um sistema pudesse ser
um reticulado.

Em resumo, o problema não está no quanto de matemática avançada ou de pura
matemática pode estar envolvido. Como numa oblação de uma Igreja
não-calcedônica, quando de repente uma cortina enorme se fecha escondendo
todo o altar, um protestante ou um católico fica sem entender o que
aconteceu. Ninguém lhe disse que a cortina fecharia durante a liturgia e,
não falando uma língua como Armênio, dificilmente terá alguém que lhe
explique o que está acontecendo e por que está acontecendo. Qual é a
matemática avançada nessa situação? Não há e o problema didático é o mesmo.


Em 9 de abril de 2012 20:32, Décio Krause  escreveu:

> Tony e demais
> Falo por alto de coisas que aprendi com Newton da Costa, ainda que não
> queira compromete-lo com o que disser. Usamos a lógica clássica (LC) porque
> ela nos parece mais fácil e mais intuitiva, ainda que isso seja difícil de
> justificar. Em princípio, não haveria qualquer problema em iniciar com uma
> lógica não-clássica, mas operacionalmente seria desaconselhável. Pense no
> seguinte caso, mencionado por da Costa. Tome a Lógiça intuicionista BH.
> Podemos dar uma semântica para da na própria lógica intuicionista, mas como
> alerta dC, isso teria um valor (em princípio) meramente matemático, pois
> seria quase que ininteligível. Mas podemos dar a ela uma semântica
> "clássica"  (fundada em uma teoria de conjuntos usual, baseada na Lógiça
> clássica). Isso sim poderia nos esclarecer o significado dos conceitos,
> justamente porque estamos mais acostumados com ela. Segundo dC, sempre
> necessitamos desse "entendimento intuitivo", algo construtivo (ele fala
> disso em seu Ensaio sobre os Fundamentos da Lógica, que deveria ser lido e
> relido), e para isso em geral nos valemos (por enquanto, ao menos) da
> lógiçw clássica. Mas quem sabe no futuro isso  mude.
> O que acham?
> D
>
>
>
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> Décio Krause
> Departamento de Filosofia
> Universidade Federal de Santa Catarina
> 88040-900 Florianópolis - SC - Brasil
> http://www.cfh.ufsc.br/~dkrause
> --
>
> Em 09/04/2012, às 14:11, Tony Marmo  escreveu:
>
> > Aos mestres, colegas e amigos,
> >
> > Existe uma tradição, mesmo em centros onde lógicas não-clássicas são
> > estudadas aprofundadamente, de iniciar o estudo da lógica por uma
> > apresentação à lógica clássica.
> > Depois, conforme a escola de pensamento seguida, estudam-se outras
> lógicas

Re: [Logica-l] Algumas coisas formales

2012-04-09 Por tôpico Décio Krause
Julio
Gostei do que escreveu: 

>> os sistemas que tratam de forma não-clássica a contradição tem, basicamente, 
>> uma única abordagem: manipular o operador de negação. Altera-se de tal forma 
>> a instrução contida nesse operador que, com essa alteração, a contradição 
>> sequer aparece. No entanto, ao alterar o operador clássico, altera-se a 
>> informação contida em tal operador. Sendo assim, se acaso uma expressão com 
>> tal operador clássico possuir como informação uma contradição, ao se alterar 
>> tal operador, altera-se a informação sob a mesma expressão e, dessa forma, 
>> nada garante que aquilo ainda continua sendo uma contradição; em outras 
>> palavras, a fórmula se torna apenas uma coisa que não tem problema algum em 
>> ser verdadeiro, inclusive classicamente falando. 
>> 
>> Um lógico clássico tem todo o direito de olhar para a maioria das lógicas 
>> inconsistentes e dizer: "Que mentira! Vocês não estão aceitando contradição 
>> coisa nenhuma! Vocês estão é mudando de assunto!"

No entanto, veja que está assumindo que uma "verdadeira" contradição seria 
aquela expressa classicamente. Mas, por quê? Em todo caso, creio que há mesmo o 
que pensar. Se mudamos os axiomas, digamos da negação, mudamos o sentido do que 
chamados de uma contradição (a conjunção de uma proposição e sua negação). Mas 
a questão me parece ser a que temos que postular ou entrar em consenso sobre o 
que seria uma "verdadeira" contradição. Eu adoraria ver uma passeando por aí, 
mas não as entendo fora de uma lógica. Finalmente, podemos sim estar mudando de 
assunto,mas ainda falando de lógica e de contradições.
Não lhe parece?
Abç
D



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Décio Krause
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Em 09/04/2012, às 23:44, Julio César  escreveu:

>>> os sistemas que tratam de forma não-clássica a contradição tem, 
>>> basicamente, uma única abordagem: manipular o operador de negação. 
>>> Altera-se de tal forma a instrução contida nesse operador que, com essa 
>>> alteração, a contradição sequer aparece. No entanto, ao alterar o operador 
>>> clássico, altera-se a informação contida em tal operador. Sendo assim, se 
>>> acaso uma expressão com tal operador clássico possuir como informação uma 
>>> contradição, ao se alterar tal operador, altera-se a informação sob a mesma 
>>> expressão e, dessa forma, nada garante que aquilo ainda continua sendo uma 
>>> contradição; em outras palavras, a fórmula se torna apenas uma coisa que 
>>> não tem problema algum em ser verdadeiro, inclusive classicamente falando. 
>>> 
>>> Um lógico clássico tem todo o direito de olhar para a maioria das lógicas 
>>> inconsistentes e dizer: "Que mentira! Vocês não estão aceitando contradição 
>>> coisa nenhuma! Vocês estão é mudando de assunto!"
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[Logica-l] Superturing machines

2012-04-09 Por tôpico Francisco Antonio Doria
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Re: [Logica-l] Algumas coisas formales

2012-04-09 Por tôpico Decio Krause
Julio
Vamos ver se nos entendemos. Posso colocar a questão assim? 
(repito aqui algumas aulas do Prof. Newton da Costa, mais ou menos)
Dar os axiomas de uma lógica, ou de um sistema formal, pura e simplesmente, não 
diz nada sobre a lógica em questão. É preciso saber o que se quer, ou seja, 
ter-se uma espécie de semântica intuitiva, pelo menos. Se é isso que você chama 
de "filosofia", good. Veja que podemos dar os axiomas da lógica intuicionista 
de Brouwer-Heyting, mas isso nada diz do intuicionismo. Formalmente, trata-se 
de um subcálculo da lógica clássica, e usamos até mesmo os mesmos sinais para a 
negação, conjunção, etc. Mas, "filosoficamente", não têm nada a ver. O 
"significado" dos conectivos é completamente distinto, e o intuicionismo (que 
se apresenta de várias formas), é uma filosofia linda e enrolada, dando uma 
matemática (na linha de Brouwer) com propriedades bem estranhas para um 
"clássico". 
Será que temos um ponto em comum?
D


Decio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause

"We are intrinsically spatial and temporal
beings. We can only observe particular
entities, handle spatial things, and our
thinking depends on the concept of
individuals. How to reconcile nonspatial
quantum characteristics with spatio-
temporal individuation is perhaps the next great problem physics has to 
overcome." (S. Auyang, "How is quantum
field possible?"(Princeton Un. Press, 1995, p.165).







Em 09/04/2012, às 23:44, Julio César escreveu:

> Décio, 
> 
> Para se pretenderem lógicas, e não meros sistemas formais, eu também espero 
> que tenham implicações filosóficas!
> 
> Se vc tivesse paciência para reler o que escrevi veria porém que o que eu 
> disse não foi bem isso. Mas pelas discussões que já tivemos, percebo que não 
> consigo me fazer entender talvez pq eu parto do ponto que se precisaria antes 
> de mais nada justificar a identificação que vocês fazem entre "lógica" e 
> "sistemas formais", coisa que vocês tomam por óbvio e garantido.
> 
> Uma lógica não clássica, a meu ver, seria talvez a coisa de maior implicação 
> filosófica que alguém poderia conceber, mas um mero sistema formal não 
> clássico é tão filosófico quanto as linguagens C, Java, .NET...
> 
> Abs
> Júlio César A. Custódio
> 
> Em 09/04/2012, às 19:36, Décio Krause  escreveu:
> 
>> Júlio
>> As lógicas não clássicas não têm implicações filosóficas? O que leu sobre 
>> tais lógicas? Puxa, estou surpreso.
>> D
>> 
>> 
>> 
>> --
>> Décio Krause
>> Departamento de Filosofia
>> Universidade Federal de Santa Catarina
>> 88040-900 Florianópolis - SC - Brasil
>> http://www.cfh.ufsc.br/~dkrause
>> --
>> 
>> Em 09/04/2012, às 18:06, julio cesar  escreveu:
>> 
>>> Olá lista,
>>> 
>>> estou em total acordo com quem critica os sistemas inconsistentes por falta 
>>> de compromisso filosófico (pra não dizer coerência). Apesar da praticidade 
>>> tais (alguns) sistemas formais, isso não implica, de forma alguma, que eles 
>>> tenham (ou teriam que ter) implicações filosóficas. Qualquer linguagem de 
>>> programação moderna é um sistema formal tão legítimo como qualquer sistema 
>>> de lógica, no entanto, se for realmente possível criar operações e 
>>> instruções numa linguagem formal para que uma contradição genuína não cause 
>>> problemas (e embora eu ainda tenha sinceras dúvidas quanto a isso) tal fato 
>>> não significa necessariamente nada do ponto de vista filosófico, inclusive 
>>> do ponto de vista da filosofia da lógica.  Os *lógicos não-clássicos*, em 
>>> especial a turma da inconsistência, geralmente dão um passo muito fácil de 
>>> *sistemas formais* para *princípios lógicos* e daí então para *filosofia da 
>>> lógica*, passos que a meu ver
>>> não são nada simples, muito menos triviais.
>>> 
>>> É praticamente nula a discussão sobre até que ponto é legítimo o 
>>> comportamento de um sistema formal qualquer ditar os princípios ou a 
>>> filosofia da lógica. 
>>> 
>>> Um pequeno exemplo já bem batido nessa discussão:
>>> 
>>> - os sistemas que tratam de forma não-clássica a contradição tem, 
>>> basicamente, uma única abordagem: manipular o operador de negação. 
>>> Altera-se de tal forma a instrução contida nesse operador que, com essa 
>>> alteração, a contradição sequer aparece. No entanto, ao alterar o operador 
>>> clássico, altera-se a informação contida em tal operador. Sendo assim, se 
>>> acaso uma expressão com tal operador clássico possuir como informação uma 
>>> contradição, ao se alterar tal operador, altera-se a informação sob a mesma 
>>> expressão e, dessa forma, nada garante que aquilo ainda continua sendo uma 
>>> contradição; em outras palavras, a fórmula se torna apenas uma coisa qu

Re: [Logica-l] Algumas coisas formales

2012-04-09 Por tôpico Francisco Antonio Doria
Julio, a MQ é a teoria física mais bem verificada que temos. E
interpretamos A*A de modo consensual. Pega qquer livro de MQ pra ver.

A lógica derivada de uma álgebra C* fica meio estranha, com um número
contínuo de proposições elementares e conectivos com comportamento meio
diferentão, mas suficientemente próximo da lógica clássica para ser
reconhecível.

Tem tb exemplos em lógica fuzzy, modelos booleanos, etc.

On Mon, Apr 9, 2012 at 11:25 PM, Julio César wrote:

> Doria, mas a mecânica quântica é uma coisa muito à parte, mesmo pq ninguém
> tem muita certeza de como deve se interpretar realmente a matemática gerada
> ali. Não sei, por exemplo, se é ontologicamente legítimo apontar para um A
> qualquer ali da mesma forma que eu aponto para um A qualquer no mundo
> macro, e se não temos certeza nem sobre A, quanto menos sobre não-A. De
> qualquer forma, eu preciso reinterpretar de forma drástica meus conceitos
> ontológicos quando aplicados aos fenômenos quânticos, como garantir então
> que algo que se assemelhe a uma contradição ali é realmente uma contradição
> genuína? Penso que a física contemporânea precisaria de um acordo muito
> maior entre os especialistas para que enfim possamos utilizar seus
> resultados para tentar alterar os princípios da própria lógica.
>
>
> No entanto, concordo que se colocar a MQ a briga fica boa, mas tirando
> ela, teria algum outro exemplo?
>
>
>
> Em 09/04/2012, às 22:05, Francisco Antonio Doria 
> escreveu:
>
> Desculpem, não concordo. O produto A*A em mecânica quântica, A a função de
> onda ou um operador adequado, pode ser escrito como (não A) e (A),
> reinterpretando-se as operações algébricas correspondentes. A adjunção * é
> um automorfismo externo da álgebra, como o operador (não). E A*A aparece
> formalmente como uma contradição plena - e é o valor (do quadrado) da
> probabilidade da função de onda ou do operador A.
>
> On Mon, Apr 9, 2012 at 6:06 PM, julio cesar wrote:
>
>> Olá lista,
>>
>> estou em total acordo com quem critica os sistemas inconsistentes por
>> falta de compromisso filosófico (pra não dizer coerência). Apesar da
>> praticidade tais (alguns) sistemas formais, isso não implica, de forma
>> alguma, que eles tenham (ou teriam que ter) implicações filosóficas.
>> Qualquer linguagem de programação moderna é um sistema formal tão legítimo
>> como qualquer sistema de lógica, no entanto, se for realmente possível
>> criar operações e instruções numa linguagem formal para que uma contradição
>> genuína não cause problemas (e embora eu ainda tenha sinceras dúvidas
>> quanto a isso) tal fato não significa necessariamente nada do ponto de
>> vista filosófico, inclusive do ponto de vista da filosofia da lógica.  Os
>> *lógicos não-clássicos*, em especial a turma da inconsistência, geralmente
>> dão um passo muito fácil de *sistemas formais* para *princípios lógicos* e
>> daí então para *filosofia da lógica*, passos que a meu ver
>>  não são nada simples, muito menos triviais.
>>
>> É praticamente nula a discussão sobre até que ponto é legítimo o
>> comportamento de um sistema formal qualquer ditar os princípios ou a
>> filosofia da lógica.
>>
>> Um pequeno exemplo já bem batido nessa discussão:
>>
>>  - os sistemas que tratam de forma não-clássica a contradição tem,
>> basicamente, uma única abordagem: manipular o operador de negação.
>> Altera-se de tal forma a instrução contida nesse operador que, com essa
>> alteração, a contradição sequer aparece. No entanto, ao alterar o operador
>> clássico, altera-se a informação contida em tal operador. Sendo assim, se
>> acaso uma expressão com tal operador clássico possuir como informação uma
>> contradição, ao se alterar tal operador, altera-se a informação sob a mesma
>> expressão e, dessa forma, nada garante que aquilo ainda continua sendo uma
>> contradição; em outras palavras, a fórmula se torna apenas uma coisa que
>> não tem problema algum em ser verdadeiro, inclusive classicamente falando.
>>
>> Um lógico clássico tem todo o direito de olhar para a maioria das lógicas
>> inconsistentes e dizer: "Que mentira! Vocês não estão aceitando contradição
>> coisa nenhuma! Vocês estão é mudando de assunto!"
>>
>>
>> Abraços,
>> Júlio César A. Custódio
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Re: [Logica-l] Algumas coisas formales

2012-04-09 Por tôpico Julio César
Décio, 

Para se pretenderem lógicas, e não meros sistemas formais, eu também espero que 
tenham implicações filosóficas!

Se vc tivesse paciência para reler o que escrevi veria porém que o que eu disse 
não foi bem isso. Mas pelas discussões que já tivemos, percebo que não consigo 
me fazer entender talvez pq eu parto do ponto que se precisaria antes de mais 
nada justificar a identificação que vocês fazem entre "lógica" e "sistemas 
formais", coisa que vocês tomam por óbvio e garantido.

Uma lógica não clássica, a meu ver, seria talvez a coisa de maior implicação 
filosófica que alguém poderia conceber, mas um mero sistema formal não clássico 
é tão filosófico quanto as linguagens C, Java, .NET...

Abs
Júlio César A. Custódio

Em 09/04/2012, às 19:36, Décio Krause  escreveu:

> Júlio
> As lógicas não clássicas não têm implicações filosóficas? O que leu sobre 
> tais lógicas? Puxa, estou surpreso.
> D
> 
> 
> 
> --
> Décio Krause
> Departamento de Filosofia
> Universidade Federal de Santa Catarina
> 88040-900 Florianópolis - SC - Brasil
> http://www.cfh.ufsc.br/~dkrause
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> 
> Em 09/04/2012, às 18:06, julio cesar  escreveu:
> 
>> Olá lista,
>> 
>> estou em total acordo com quem critica os sistemas inconsistentes por falta 
>> de compromisso filosófico (pra não dizer coerência). Apesar da praticidade 
>> tais (alguns) sistemas formais, isso não implica, de forma alguma, que eles 
>> tenham (ou teriam que ter) implicações filosóficas. Qualquer linguagem de 
>> programação moderna é um sistema formal tão legítimo como qualquer sistema 
>> de lógica, no entanto, se for realmente possível criar operações e 
>> instruções numa linguagem formal para que uma contradição genuína não cause 
>> problemas (e embora eu ainda tenha sinceras dúvidas quanto a isso) tal fato 
>> não significa necessariamente nada do ponto de vista filosófico, inclusive 
>> do ponto de vista da filosofia da lógica.  Os *lógicos não-clássicos*, em 
>> especial a turma da inconsistência, geralmente dão um passo muito fácil de 
>> *sistemas formais* para *princípios lógicos* e daí então para *filosofia da 
>> lógica*, passos que a meu ver
>> não são nada simples, muito menos triviais.
>> 
>> É praticamente nula a discussão sobre até que ponto é legítimo o 
>> comportamento de um sistema formal qualquer ditar os princípios ou a 
>> filosofia da lógica. 
>> 
>> Um pequeno exemplo já bem batido nessa discussão:
>> 
>> - os sistemas que tratam de forma não-clássica a contradição tem, 
>> basicamente, uma única abordagem: manipular o operador de negação. Altera-se 
>> de tal forma a instrução contida nesse operador que, com essa alteração, a 
>> contradição sequer aparece. No entanto, ao alterar o operador clássico, 
>> altera-se a informação contida em tal operador. Sendo assim, se acaso uma 
>> expressão com tal operador clássico possuir como informação uma contradição, 
>> ao se alterar tal operador, altera-se a informação sob a mesma expressão e, 
>> dessa forma, nada garante que aquilo ainda continua sendo uma contradição; 
>> em outras palavras, a fórmula se torna apenas uma coisa que não tem problema 
>> algum em ser verdadeiro, inclusive classicamente falando. 
>> 
>> Um lógico clássico tem todo o direito de olhar para a maioria das lógicas 
>> inconsistentes e dizer: "Que mentira! Vocês não estão aceitando contradição 
>> coisa nenhuma! Vocês estão é mudando de assunto!"
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Re: [Logica-l] Algumas coisas formales

2012-04-09 Por tôpico Francisco Antonio Doria
Desculpem, não concordo. O produto A*A em mecânica quântica, A a função de
onda ou um operador adequado, pode ser escrito como (não A) e (A),
reinterpretando-se as operações algébricas correspondentes. A adjunção * é
um automorfismo externo da álgebra, como o operador (não). E A*A aparece
formalmente como uma contradição plena - e é o valor (do quadrado) da
probabilidade da função de onda ou do operador A.

On Mon, Apr 9, 2012 at 6:06 PM, julio cesar wrote:

> Olá lista,
>
> estou em total acordo com quem critica os sistemas inconsistentes por
> falta de compromisso filosófico (pra não dizer coerência). Apesar da
> praticidade tais (alguns) sistemas formais, isso não implica, de forma
> alguma, que eles tenham (ou teriam que ter) implicações filosóficas.
> Qualquer linguagem de programação moderna é um sistema formal tão legítimo
> como qualquer sistema de lógica, no entanto, se for realmente possível
> criar operações e instruções numa linguagem formal para que uma contradição
> genuína não cause problemas (e embora eu ainda tenha sinceras dúvidas
> quanto a isso) tal fato não significa necessariamente nada do ponto de
> vista filosófico, inclusive do ponto de vista da filosofia da lógica.  Os
> *lógicos não-clássicos*, em especial a turma da inconsistência, geralmente
> dão um passo muito fácil de *sistemas formais* para *princípios lógicos* e
> daí então para *filosofia da lógica*, passos que a meu ver
>  não são nada simples, muito menos triviais.
>
> É praticamente nula a discussão sobre até que ponto é legítimo o
> comportamento de um sistema formal qualquer ditar os princípios ou a
> filosofia da lógica.
>
> Um pequeno exemplo já bem batido nessa discussão:
>
>  - os sistemas que tratam de forma não-clássica a contradição tem,
> basicamente, uma única abordagem: manipular o operador de negação.
> Altera-se de tal forma a instrução contida nesse operador que, com essa
> alteração, a contradição sequer aparece. No entanto, ao alterar o operador
> clássico, altera-se a informação contida em tal operador. Sendo assim, se
> acaso uma expressão com tal operador clássico possuir como informação uma
> contradição, ao se alterar tal operador, altera-se a informação sob a mesma
> expressão e, dessa forma, nada garante que aquilo ainda continua sendo uma
> contradição; em outras palavras, a fórmula se torna apenas uma coisa que
> não tem problema algum em ser verdadeiro, inclusive classicamente falando.
>
> Um lógico clássico tem todo o direito de olhar para a maioria das lógicas
> inconsistentes e dizer: "Que mentira! Vocês não estão aceitando contradição
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>
> Abraços,
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Re: [Logica-l] Homeopatia é ciência? Se funcionar, precisa ser ciência?

2012-04-09 Por tôpico Eduardo Ochs
Oi Josué,

Se eu entendi bem o seu argumento é contra, hm, "homeopatas
fanáticos", que decidem tratar só com remédios homeopáticos até
problemas agudos urgentes pros quais todo, hm, "homeopata razoável"
trataria com, hm, digamos, por exemplo, antibióticos...

Você tem alguma opinião a respeito de médicos que prescrevem remédios
com quantidades grandes de princípios ativos aprovados pela FDA - e
com muitos efeitos colaterais - pra problemas que poderiam ser
tratados por placebos? Eles devem ser processados? Eles são
processados? Você gostaria de processá-los?

Outra coisa: de onde vêm as doenças graves? Que teorias você conhece
sobre as doenças sapos um dia terem sido doenças-girinos?

  [[]],
Eduardo


On Mon, Apr 9, 2012 at 6:39 PM, Josué Souza Tourinho Junior
 wrote:
> Sim caro Tony, eu li todos os seus argumentos, e li sim "as bases" que se
> fundamenta a homeopatia. Todo debate, seja ele qual for, visa chegar a um
> consenso (pelo menos deveria ser assim), não é para mudar coisas
> preestabelecidas na cabeça de ninguém. Os argumentos de autoridade podem
> ser usado desde que sejam fundamentados. Ou seja, a falácia do argumento da
> autoridade não acontece, pois todas as evidências vão contra a homeopatia e
> eu não fui o úncio a apresentar argumentos de referências, por assim dizer.
> Sim, todo argumento, seja ele qual for, precisa passar pelo mesmo crivo e
> saber se ele resiste às dúvidas. Aliás, se ele resisitir às dúvidas que são
> feitas, mais chances esse argumento tem de ser verdadeiro, ou a melhor
> resposta. Tanto que eu disse isso: quando forem apresentados dados
> concretos, e com metodologia séria de como foram feitos e atestarem
> eficácia no tratamento eu serei o primeiro a dizer, a homeopatia é um
> tratamento alternativo válido.
>
> "Semelhante cura semelhante" ou "o sintoma trata o sintoma". Perceba que eu
> nunca disse: "homeopatia cura a doença pela própira doença". Mas ela vai
> incutir sim o pensamento: "é a força vital orgânica de nosso corpo que cura
> diretamente e sem quaisquer sacrifícios as doenças naturais de todos os
> tipos, tão logo seja favorecida por meio de remédios (homeopáticos)
> corretos para lançar a vitória" (HAHNEMANN, Samuel. Exposição da Doutrina
> Homeopática ou Organon da Arte de Curar. 3.ed. São Paulo: GEHSP, 2002,
> p.28).
>
> Para a homeopatia, em linhas gerais, os tratamentos alopáticos minam a
> força ou energia vital (a força de preservação da vida), isto faz com que
> se volte aos métodos mais antigos de curar (como em descrições literárias
> dos gregos).
>
> Porém a própria premisa de que a força vital orgânica cura diretamente
> doenças naturais de todos os tipos falha quando você tem um quadro de
> septcemia agravado por desnutrição, como num quadro de eczema, por exemplo
> (um médico na Austrália foi preso por tratar sua filha de nove meses e meio
> com homeopatia).(
> http://oglobo.globo.com/mundo/casal-condenado-por-homicidio-por-tratar-bebe-com-homeopatia-3131420
> )
>
> Sabe o que aconteceu? Ela morreu! Vai ver que é porque ela não tinha essa
> força vital orgânica ou por que o tratamento homeopático não estava
> adequado. Ou porque houve um quadro infeccioso que não foi tratado com
> antibióticos e se agravou, por isso, o agravo do quadro culminou com a
> morte da criança.
>
> E eu não apresentei argumentos diversos, eu apresentei fatos e em cima
> deles eu fiz minha pergunta: "Por que num quadro grave de pneumonia, no
> hospital, o médico manda injetar dipirona na veia, em vez de usar o
> receituário homeopático? Com menos efeitos adversos e que "fubnciona". Era
> só dar qualquer medicamento que provocasse as mesma sintomatologia e
> pronto! Mas não é isso que é feito (e deve ter uma razão bem óbvia e
> racional para isso).
>
> Quando não apresentam as mesmas histórias de como é pensada a homeopatia,
> me dizem: "Mas homeopatia funciona! Você é que não entende de nada!". Não
> funciona tanto assim, pelo menos as evidências e os registros dizem isso. E
> ninguém me responde por homeopatia, por que o paciente em quadro grave não
> foi medicado com homeopatia, que tem menos efeitos adversos, ou por que uma
> pessoa morreu de seu agravo com homeopatia, sendo que ela parte da premissa
> da força orgância, do equilíbrio, e do medicamento correto.
>
> Como já escreveu uma conhecida minha:
>
> *Você trataria sua dor de cabeça com "aspirina 30C", vendida em bolinhas
> contendo 0,000 mg de ácido acetilsalicílico extraído naturalmente da casca
> do salgueiro? É um remédio orgânico, com todas as letras - mas a bolinha
> que você ingere não contém nem um centésimo de miligrama do princípio
> ativo, e provavelmente nem uma única molécula dele. Não tomaria?
> Sentir-se-ia enganado? Ficaria com vontade de processar a farmácia? A
> indústria farmacêutica que o produz, vendendo essencialmente
> água/farinha/açúcar como remédio? Seu médico? Pois é.
>
> Sim, homeopatia funciona - como placebo, e portanto para as afecções que
> respondem ao efeito placebo, e

Re: [Logica-l] Algumas coisas formales

2012-04-09 Por tôpico Décio Krause
Júlio
As lógicas não clássicas não têm implicações filosóficas? O que leu sobre tais 
lógicas? Puxa, estou surpreso.
D



--
Décio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-900 Florianópolis - SC - Brasil
http://www.cfh.ufsc.br/~dkrause
--

Em 09/04/2012, às 18:06, julio cesar  escreveu:

> Olá lista,
> 
> estou em total acordo com quem critica os sistemas inconsistentes por falta 
> de compromisso filosófico (pra não dizer coerência). Apesar da praticidade 
> tais (alguns) sistemas formais, isso não implica, de forma alguma, que eles 
> tenham (ou teriam que ter) implicações filosóficas. Qualquer linguagem de 
> programação moderna é um sistema formal tão legítimo como qualquer sistema de 
> lógica, no entanto, se for realmente possível criar operações e instruções 
> numa linguagem formal para que uma contradição genuína não cause problemas (e 
> embora eu ainda tenha sinceras dúvidas quanto a isso) tal fato não significa 
> necessariamente nada do ponto de vista filosófico, inclusive do ponto de 
> vista da filosofia da lógica.  Os *lógicos não-clássicos*, em especial a 
> turma da inconsistência, geralmente dão um passo muito fácil de *sistemas 
> formais* para *princípios lógicos* e daí então para *filosofia da lógica*, 
> passos que a meu ver
> não são nada simples, muito menos triviais.
> 
> É praticamente nula a discussão sobre até que ponto é legítimo o 
> comportamento de um sistema formal qualquer ditar os princípios ou a 
> filosofia da lógica. 
> 
> Um pequeno exemplo já bem batido nessa discussão:
> 
>  - os sistemas que tratam de forma não-clássica a contradição tem, 
> basicamente, uma única abordagem: manipular o operador de negação. Altera-se 
> de tal forma a instrução contida nesse operador que, com essa alteração, a 
> contradição sequer aparece. No entanto, ao alterar o operador clássico, 
> altera-se a informação contida em tal operador. Sendo assim, se acaso uma 
> expressão com tal operador clássico possuir como informação uma contradição, 
> ao se alterar tal operador, altera-se a informação sob a mesma expressão e, 
> dessa forma, nada garante que aquilo ainda continua sendo uma contradição; em 
> outras palavras, a fórmula se torna apenas uma coisa que não tem problema 
> algum em ser verdadeiro, inclusive classicamente falando. 
> 
> Um lógico clássico tem todo o direito de olhar para a maioria das lógicas 
> inconsistentes e dizer: "Que mentira! Vocês não estão aceitando contradição 
> coisa nenhuma! Vocês estão é mudando de assunto!"
> 
> 
> Abraços,
> Júlio César A. Custódio
> ___
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Re: [Logica-l] ENSINO DE LÓGICA, POR QUAL LÓGICA COMEÇAR?

2012-04-09 Por tôpico Décio Krause
Tony e demais
Falo por alto de coisas que aprendi com Newton da Costa, ainda que não queira 
compromete-lo com o que disser. Usamos a lógica clássica (LC) porque ela nos 
parece mais fácil e mais intuitiva, ainda que isso seja difícil de justificar. 
Em princípio, não haveria qualquer problema em iniciar com uma lógica 
não-clássica, mas operacionalmente seria desaconselhável. Pense no seguinte 
caso, mencionado por da Costa. Tome a Lógiça intuicionista BH. Podemos dar uma 
semântica para da na própria lógica intuicionista, mas como alerta dC, isso 
teria um valor (em princípio) meramente matemático, pois seria quase que 
ininteligível. Mas podemos dar a ela uma semântica "clássica"  (fundada em uma 
teoria de conjuntos usual, baseada na Lógiça clássica). Isso sim poderia nos 
esclarecer o significado dos conceitos, justamente porque estamos mais 
acostumados com ela. Segundo dC, sempre necessitamos desse "entendimento 
intuitivo", algo construtivo (ele fala disso em seu Ensaio sobre os Fundamentos 
da Lógica, que deveria ser lido e relido), e para isso em geral nos valemos 
(por enquanto, ao menos) da lógiçw clássica. Mas quem sabe no futuro isso  mude.
O que acham?
D



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Décio Krause
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Em 09/04/2012, às 14:11, Tony Marmo  escreveu:

> Aos mestres, colegas e amigos,
> 
> Existe uma tradição, mesmo em centros onde lógicas não-clássicas são
> estudadas aprofundadamente, de iniciar o estudo da lógica por uma
> apresentação à lógica clássica.
> Depois, conforme a escola de pensamento seguida, estudam-se outras lógicas
> e apresenta-se inclusive a ideia de que a lógica clássica pode ser vista
> como um caso particular de outras lógicas.
> 
> A pergunta que faço é a seguinte: por que não começar os cursos de
> introdução por uma lógica ou por uma perspectiva não-clássica. Por exemplo,
> por lógicas multi-valentes e mostrando como os sistemas bi-valentes são
> casos particulares? Ou então pela lógica intuicionista? Ainda que faltem em
> um ou outro caso textos mais acessíveis, deve ser possível confeccioná-los.
> 
> O que acham?
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[Logica-l] Escrevi para um dos coordenadores de MA

2012-04-09 Por tôpico samuel

Olá Ana Teresa e demais,

Eu escrevi hoje uma mensagem mais pessoal para um dos coordenadores de  
MA, Lorenzo Diaz (PUC-Rio), podem ficar tranquilos... Ele tem contato  
com o pessoal da pós em Matemática aqui da Ufba, entao com ele temos  
algum canal de diálogo.


Até,

[]s  Samuel


Universidade Federal da Bahia - http://www.portal.ufba.br

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Re: [Logica-l] Algumas coisas formales

2012-04-09 Por tôpico Walter Carnielli
Caro Julio Cesar:


ao invés de se debater com a sua intuição (que pode ser fraca e
assustadiça, ou  potente demais) sobre a paraconsistencia,  tente  ler
o que se escreve sobre o tema. Leia, por exemplo, o artiguinho que
Marcelo e  eu escrevemos (passei o "link") e   mostre   onde erramos.
Qualquer  outra coisa é  espasmo de susto.   Agradeço  ao Rodrigo
Podiacki e ao Tony Marmo por terem  me  poupado  o trabalho de
digitar  muito.

abs

Walter



Em 9 de abril de 2012 18:06, julio cesar  escreveu:
> Olá lista,
>
> estou em total acordo com quem critica os sistemas inconsistentes por falta 
> de compromisso filosófico (pra não dizer coerência). Apesar da praticidade 
> tais (alguns) sistemas formais, isso não implica, de forma alguma, que eles 
> tenham (ou teriam que ter) implicações filosóficas. Qualquer linguagem de 
> programação moderna é um sistema formal tão legítimo como qualquer sistema de 
> lógica, no entanto, se for realmente possível criar operações e instruções 
> numa linguagem formal para que uma contradição genuína não cause problemas (e 
> embora eu ainda tenha sinceras dúvidas quanto a isso) tal fato não significa 
> necessariamente nada do ponto de vista filosófico, inclusive do ponto de 
> vista da filosofia da lógica.  Os *lógicos não-clássicos*, em especial a 
> turma da inconsistência, geralmente dão um passo muito fácil de *sistemas 
> formais* para *princípios lógicos* e daí então para *filosofia da lógica*, 
> passos que a meu ver
>  não são nada simples, muito menos triviais.
>
> É praticamente nula a discussão sobre até que ponto é legítimo o 
> comportamento de um sistema formal qualquer ditar os princípios ou a 
> filosofia da lógica.
>
> Um pequeno exemplo já bem batido nessa discussão:
>
>  - os sistemas que tratam de forma não-clássica a contradição tem, 
> basicamente, uma única abordagem: manipular o operador de negação. Altera-se 
> de tal forma a instrução contida nesse operador que, com essa alteração, a 
> contradição sequer aparece. No entanto, ao alterar o operador clássico, 
> altera-se a informação contida em tal operador. Sendo assim, se acaso uma 
> expressão com tal operador clássico possuir como informação uma contradição, 
> ao se alterar tal operador, altera-se a informação sob a mesma expressão e, 
> dessa forma, nada garante que aquilo ainda continua sendo uma contradição; em 
> outras palavras, a fórmula se torna apenas uma coisa que não tem problema 
> algum em ser verdadeiro, inclusive classicamente falando.
>
> Um lógico clássico tem todo o direito de olhar para a maioria das lógicas 
> inconsistentes e dizer: "Que mentira! Vocês não estão aceitando contradição 
> coisa nenhuma! Vocês estão é mudando de assunto!"
>
>
> Abraços,
> Júlio César A. Custódio
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-- 
---
Prof. Dr. Walter Carnielli
Director
Centre for Logic, Epistemology and the History of Science – CLE
State University of Campinas –UNICAMP
13083-859 Campinas -SP, Brazil
Phone: (+55) (19) 3521-6517
Fax: (+55) (19) 3289-3269
Institutional e-mail: walter.carnie...@cle.unicamp.br
Website: http://www.cle.unicamp.br/prof/carnielli
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Re: [Logica-l] Homeopatia é ciência? Se funcionar, precisa ser ciência?

2012-04-09 Por tôpico Tony Marmo
Quem sabe, já que o assunto enveredou por esse lado, um dia começaremos uma
conversa do porquê o FDA ter demorado tanto tempo para proibir a talidomida
que produziu tantos bebês mal-formados. Ou então, um debate filosófico
sobre como as pessoas substituem a religião e os seus deuses pelo capital e
as multinacionais, estas agora instituições infalíveis e modelos de
racionalidade impecável.

Mas, acho que por hora o meu assunto é lógica. Vamos dar anticoncepcional
de farinha para o Josué aprender lógica intuicionista? Assim, ele não
precisa abortar terceiros com base no princípio do terceiro excluído.

Em 9 de abril de 2012 19:45, Joao Marcos  escreveu:

> > Qualquer indústria farmacêutica é processada por vender pílulas de
> farinha,
> > como foi o caso da que vendeu pílulas anticoncepcionais sem princípio
> ativo
> > por erro (você não acredita que uma indústria farmacêutica seria
> estúpida a
> > ponto de se dar voluntariamente tamanho tiro no pé para fazer economia,
> > acredita?).
>
> Ué, então as pílulas anti-concepcionais homeopáticas não funcionam?
> Ai-ai-ai!...
>
> Dou publicamente meus parabéns a José Tourinho por defender
> eloquentemente a racionalidade na nossa lista.
>
> E ficamos certamente todos felizes que este assunto tão off-topic
> tenha sido dado por findo.
>
>
> Joao Marcos
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Re: [Logica-l] Homeopatia é ciência? Se funcionar, precisa ser ciência?

2012-04-09 Por tôpico Joao Marcos
> Qualquer indústria farmacêutica é processada por vender pílulas de farinha,
> como foi o caso da que vendeu pílulas anticoncepcionais sem princípio ativo
> por erro (você não acredita que uma indústria farmacêutica seria estúpida a
> ponto de se dar voluntariamente tamanho tiro no pé para fazer economia,
> acredita?).

Ué, então as pílulas anti-concepcionais homeopáticas não funcionam?
Ai-ai-ai!...

Dou publicamente meus parabéns a José Tourinho por defender
eloquentemente a racionalidade na nossa lista.

E ficamos certamente todos felizes que este assunto tão off-topic
tenha sido dado por findo.


Joao Marcos
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Re: [Logica-l] Homeopatia é ciência? Se funcionar, precisa ser ciência?

2012-04-09 Por tôpico Tony Marmo
Se você me permite, Josué, eu não vou repetir mais nada do que já disse,
nem contra-argumentar de novo as mesmas coisas, que você repete. Eu
encerrei a discussão, quero falar de lógica por um tempo.

Em 9 de abril de 2012 18:39, Josué Souza Tourinho Junior <
josue.touri...@gmail.com> escreveu:

> Sim caro Tony, eu li todos os seus argumentos, e li sim "as bases" que se
> fundamenta a homeopatia. Todo debate, seja ele qual for, visa chegar a um
> consenso (pelo menos deveria ser assim), não é para mudar coisas
> preestabelecidas na cabeça de ninguém. Os argumentos de autoridade podem
> ser usado desde que sejam fundamentados. Ou seja, a falácia do argumento da
> autoridade não acontece, pois todas as evidências vão contra a homeopatia e
> eu não fui o úncio a apresentar argumentos de referências, por assim dizer.
> Sim, todo argumento, seja ele qual for, precisa passar pelo mesmo crivo e
> saber se ele resiste às dúvidas. Aliás, se ele resisitir às dúvidas que são
> feitas, mais chances esse argumento tem de ser verdadeiro, ou a melhor
> resposta. Tanto que eu disse isso: quando forem apresentados dados
> concretos, e com metodologia séria de como foram feitos e atestarem
> eficácia no tratamento eu serei o primeiro a dizer, a homeopatia é um
> tratamento alternativo válido.
>
> "Semelhante cura semelhante" ou "o sintoma trata o sintoma". Perceba que
> eu nunca disse: "homeopatia cura a doença pela própira doença". Mas ela vai
> incutir sim o pensamento: "é a força vital orgânica de nosso corpo que cura
> diretamente e sem quaisquer sacrifícios as doenças naturais de todos os
> tipos, tão logo seja favorecida por meio de remédios (homeopáticos)
> corretos para lançar a vitória" (HAHNEMANN, Samuel. Exposição da Doutrina
> Homeopática ou Organon da Arte de Curar. 3.ed. São Paulo: GEHSP, 2002,
> p.28).
>
> Para a homeopatia, em linhas gerais, os tratamentos alopáticos minam a
> força ou energia vital (a força de preservação da vida), isto faz com que
> se volte aos métodos mais antigos de curar (como em descrições literárias
> dos gregos).
>
> Porém a própria premisa de que a força vital orgânica cura diretamente
> doenças naturais de todos os tipos falha quando você tem um quadro de
> septcemia agravado por desnutrição, como num quadro de eczema, por exemplo
> (um médico na Austrália foi preso por tratar sua filha de nove meses e meio
> com homeopatia).(
> http://oglobo.globo.com/mundo/casal-condenado-por-homicidio-por-tratar-bebe-com-homeopatia-3131420
> )
>
> Sabe o que aconteceu? Ela morreu! Vai ver que é porque ela não tinha essa
> força vital orgânica ou por que o tratamento homeopático não estava
> adequado. Ou porque houve um quadro infeccioso que não foi tratado com
> antibióticos e se agravou, por isso, o agravo do quadro culminou com a
> morte da criança.
>
> E eu não apresentei argumentos diversos, eu apresentei fatos e em cima
> deles eu fiz minha pergunta: "Por que num quadro grave de pneumonia, no
> hospital, o médico manda injetar dipirona na veia, em vez de usar o
> receituário homeopático? Com menos efeitos adversos e que "fubnciona". Era
> só dar qualquer medicamento que provocasse as mesma sintomatologia e
> pronto! Mas não é isso que é feito (e deve ter uma razão bem óbvia e
> racional para isso).
>
> Quando não apresentam as mesmas histórias de como é pensada a homeopatia,
> me dizem: "Mas homeopatia funciona! Você é que não entende de nada!". Não
> funciona tanto assim, pelo menos as evidências e os registros dizem isso. E
> ninguém me responde por homeopatia, por que o paciente em quadro grave não
> foi medicado com homeopatia, que tem menos efeitos adversos, ou por que uma
> pessoa morreu de seu agravo com homeopatia, sendo que ela parte da premissa
> da força orgância, do equilíbrio, e do medicamento correto.
>
> Como já escreveu uma conhecida minha:
>
> *Você trataria sua dor de cabeça com "aspirina 30C", vendida em bolinhas
> contendo 0,000 mg de ácido acetilsalicílico extraído naturalmente da
> casca do salgueiro? É um remédio orgânico, com todas as letras - mas a
> bolinha que você ingere não contém nem um centésimo de miligrama do
> princípio ativo, e provavelmente nem uma única molécula dele. Não tomaria?
> Sentir-se-ia enganado? Ficaria com vontade de processar a farmácia? A
> indústria farmacêutica que o produz, vendendo essencialmente
> água/farinha/açúcar como remédio? Seu médico? Pois é.
>
> Sim, homeopatia funciona - como placebo, e portanto para as afecções que
> respondem ao efeito placebo, e somente essas. São doenças relacionadas a
> estresse, como asma, alergias, problemas digestivos, e também dor e
> aleitamento materno (ficar estressada reduz a produção de leite: se você
> acredita que está se tratando com bolinhas de homeopatia ou tintura de
> alfafa, pronto, isso pode até bastar para que seu cérebro decida que está
> tudo bem de novo e passe a comandar a produção copiosa de leite)*.
>
> Não funciona para doenças diagnosticadas e graves. E todas as evidências
> apo

Re: [Logica-l] PROPOSTA CONJUNTA: QUALIS DA(S) LOGICA(S)

2012-04-09 Por tôpico Joao Marcos
> As justificativas dadas no Apêndice II (não analisei as do Apêndice I que
> é para a Matemática) está ótima pois usamos a linguagem do pessoal do CA
> da CAPES.

Obrigado, fiz o que pude.  :-)

Bom, fico feliz de saber que não estou fazendo tão mal o papel de
representar os colegas (sem procuração).

> Lembro que, pelo menos antigamente, não sei se eles vão mudar agora, o
> QUALIS tinha apenas o que os pesquisadores publicavam e informavam no
> programa de Coleta de Dados. Dai o porque de apenas 29 periódicos de
> lógica "qualisficados".

Bom, como comentamos na carta, já há dentre estes 10 periódicos mal
qualis-ficados *mesmo levendo em conta os próprios procedimentos
mencionados no documento de área*...

> Bom, alguém conhece os coordenadores da área de CC e MA? No caso da CC são
> eles: Philippe  Navaux, da UFRGS, e Altigran Silva, da UFAM. Há alguém
> nesta lista que seja próximo a eles, ou a alguém do comitê? Se sim, vale a
> pena mandar um email mais pessoal para eles. Sugiro o mesmo para a
> Matemática.

Abaixo estão as mensagens que eu e Hugo encaminhamos hoje às
coordenações de área correspondentes.  Pedimos para Itala enviar isso
também em nome da SBL, mas não sei se isto já foi feito.  De todo
modo, se você acreditar, Ana, que vale a pena ainda assim escrever
diretamente para o Navaux e para o Altigran, por favor faça isso pra
gente!

Abraços,
Joao Marcos


-- Forwarded message --
From: Joao Marcos 
Date: 2012/4/9
Subject: Re: Urgente: Proposta para o Qualis -CC e Qualis-MA
To: 02.c...@capes.gov.br


À Coordenação de Área em Ciência da Computação da CAPES:

Venho por meio desta reforçar a importância dos documentos enviados
pelo colega Hugo Mariano, do IME/USP ---documentos estes que também
estão sendo encaminhados pela *Sociedade Brasileira de Lógica*---,
após terem sido amplamente debatidos online na LOGICA-L ("Lista
acadêmica brasileira dos profissionais e estudantes da área de
LOGICA").  Em dezembro último usamos também este fórum para debater e
compilar a lista de 67 conferências a serem atualizadas ou incluídas
no documento de área, que encaminhamos diretamente através do sistema
gerenciado pelo Prof. Altigran.

Estamos cientes de que a classificação dos periódicos para a área de
CC será feita inicialmente a partir da coleta de dados feita por um
software (ora em experimentação).  Nas tabelas que enviamos, contudo,
fizemos esta coleta manualmente, com cuidado, para 70 periódicos que
estão "no radar" dos pesquisadores da área de Lógica.  Quer nos
parecer, assim, que as classificações Qualis que sugerimos nesse
documento estão muito bem justificadas, e por conseguinte esperamos
que as classificações que serão consagradas por ocasião da construção
do documento de área deste novo triênio hão por bem refletir com
razoável grau de fidelidade o nosso presente entendimento, corrigindo
em particular algumas distorsões e omissões do documento ainda
vigente.

Certos de contar com a compreensão e a atenção dos membros da
Coordenação de Área CC, despeço-me em nome da comunidade interessada
de lógica computacional,
Joao Marcos
Group for Logic, Language, Information, Theory and Applications (LoLITA)
Department of Informatics and Applied Mathematics (DIMAp)
UFRN


2012/4/9  :
> Caros Coordenadores de Área  CC e MA,
>
> Desde ja peço desculpas por eventual multiplicidades de mensagens.
> Encaminho, com o aval da comunidade de Logicos brasileiros, proposta sobre
> os Qualis-MA e Qualis-CC em atualizacao. Trata-se de uma proposta consensual
> referendada por 55 membros de nossa comunidade (vejam link abaixo e .pdf com
> abaixo assinado). Ela é composta de uma carta e uma tabela de classificações
> de acordo com links abaixo e arquivos .pdf anexos
>
>
> Abaixo assinado:
> https://docs.google.com/document/pub?id=1JUzDMXs6HbIhxFgyMOL8vSvlLY9kiM7Fo7NIIgBc5BE
>
> A carta e a tabela encontram-se em:
>
> Carta:
> http://goo.gl/9UAYS
>
> Tabela:
> http://goo.gl/DCYcd
>
> Cordialmente,
> Hugo Luiz Mariano
> Professor Associado do Instituto de Matematica e Estatistica da USP
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Re: [Logica-l] Homeopatia é ciência? Se funcionar, precisa ser ciência?

2012-04-09 Por tôpico Josué Souza Tourinho Junior
Sim caro Tony, eu li todos os seus argumentos, e li sim "as bases" que se
fundamenta a homeopatia. Todo debate, seja ele qual for, visa chegar a um
consenso (pelo menos deveria ser assim), não é para mudar coisas
preestabelecidas na cabeça de ninguém. Os argumentos de autoridade podem
ser usado desde que sejam fundamentados. Ou seja, a falácia do argumento da
autoridade não acontece, pois todas as evidências vão contra a homeopatia e
eu não fui o úncio a apresentar argumentos de referências, por assim dizer.
Sim, todo argumento, seja ele qual for, precisa passar pelo mesmo crivo e
saber se ele resiste às dúvidas. Aliás, se ele resisitir às dúvidas que são
feitas, mais chances esse argumento tem de ser verdadeiro, ou a melhor
resposta. Tanto que eu disse isso: quando forem apresentados dados
concretos, e com metodologia séria de como foram feitos e atestarem
eficácia no tratamento eu serei o primeiro a dizer, a homeopatia é um
tratamento alternativo válido.

"Semelhante cura semelhante" ou "o sintoma trata o sintoma". Perceba que eu
nunca disse: "homeopatia cura a doença pela própira doença". Mas ela vai
incutir sim o pensamento: "é a força vital orgânica de nosso corpo que cura
diretamente e sem quaisquer sacrifícios as doenças naturais de todos os
tipos, tão logo seja favorecida por meio de remédios (homeopáticos)
corretos para lançar a vitória" (HAHNEMANN, Samuel. Exposição da Doutrina
Homeopática ou Organon da Arte de Curar. 3.ed. São Paulo: GEHSP, 2002,
p.28).

Para a homeopatia, em linhas gerais, os tratamentos alopáticos minam a
força ou energia vital (a força de preservação da vida), isto faz com que
se volte aos métodos mais antigos de curar (como em descrições literárias
dos gregos).

Porém a própria premisa de que a força vital orgânica cura diretamente
doenças naturais de todos os tipos falha quando você tem um quadro de
septcemia agravado por desnutrição, como num quadro de eczema, por exemplo
(um médico na Austrália foi preso por tratar sua filha de nove meses e meio
com homeopatia).(
http://oglobo.globo.com/mundo/casal-condenado-por-homicidio-por-tratar-bebe-com-homeopatia-3131420
)

Sabe o que aconteceu? Ela morreu! Vai ver que é porque ela não tinha essa
força vital orgânica ou por que o tratamento homeopático não estava
adequado. Ou porque houve um quadro infeccioso que não foi tratado com
antibióticos e se agravou, por isso, o agravo do quadro culminou com a
morte da criança.

E eu não apresentei argumentos diversos, eu apresentei fatos e em cima
deles eu fiz minha pergunta: "Por que num quadro grave de pneumonia, no
hospital, o médico manda injetar dipirona na veia, em vez de usar o
receituário homeopático? Com menos efeitos adversos e que "fubnciona". Era
só dar qualquer medicamento que provocasse as mesma sintomatologia e
pronto! Mas não é isso que é feito (e deve ter uma razão bem óbvia e
racional para isso).

Quando não apresentam as mesmas histórias de como é pensada a homeopatia,
me dizem: "Mas homeopatia funciona! Você é que não entende de nada!". Não
funciona tanto assim, pelo menos as evidências e os registros dizem isso. E
ninguém me responde por homeopatia, por que o paciente em quadro grave não
foi medicado com homeopatia, que tem menos efeitos adversos, ou por que uma
pessoa morreu de seu agravo com homeopatia, sendo que ela parte da premissa
da força orgância, do equilíbrio, e do medicamento correto.

Como já escreveu uma conhecida minha:

*Você trataria sua dor de cabeça com "aspirina 30C", vendida em bolinhas
contendo 0,000 mg de ácido acetilsalicílico extraído naturalmente da casca
do salgueiro? É um remédio orgânico, com todas as letras - mas a bolinha
que você ingere não contém nem um centésimo de miligrama do princípio
ativo, e provavelmente nem uma única molécula dele. Não tomaria?
Sentir-se-ia enganado? Ficaria com vontade de processar a farmácia? A
indústria farmacêutica que o produz, vendendo essencialmente
água/farinha/açúcar como remédio? Seu médico? Pois é.

Sim, homeopatia funciona - como placebo, e portanto para as afecções que
respondem ao efeito placebo, e somente essas. São doenças relacionadas a
estresse, como asma, alergias, problemas digestivos, e também dor e
aleitamento materno (ficar estressada reduz a produção de leite: se você
acredita que está se tratando com bolinhas de homeopatia ou tintura de
alfafa, pronto, isso pode até bastar para que seu cérebro decida que está
tudo bem de novo e passe a comandar a produção copiosa de leite)*.

Não funciona para doenças diagnosticadas e graves. E todas as evidências
apontam para isso.

Esse argumento de que é uma luta da indústria farmacêutica contra o
tratamento homeopático, por interesses econômicos, já foi rebatido e de
diversas maneiras. É, agora a indústria farmacêutica decidiu investir suas
pesquisas e seus esforços para o tratamento de malária, para combater a
proposta homeopática? Não, a indústria está interessada e prefere investir
seus recursos para tratar obesidade, impotência sexual, celulite, v

Re: [Logica-l] ENSINO DE LÓGICA, POR QUAL LÓGICA COMEÇAR?

2012-04-09 Por tôpico Tony Marmo
Caro Alberto Molina,

Eu já não gosto de fazer essa separação. Na verdade, o bom e o ideal seria
que os livros e os cursos de introdução à lógica primeiro recuperassem no
começo dos capítulos ou seções as reflexões filosóficas que motivaram a
abordagem e depois podem entrar nos formalismos cada vez mais.

Por exemplo, em um primeiro capítulo, um livro pode falar da maiêutica,
depois um pouco da escola megárica, do Organon e depois dos estóicos. Outro
exemplo: quando se vai introduzir a noção de valoração, pode-se falar ainda
que en passant do problema da batalha naval.

Em 9 de abril de 2012 15:52, Jorge Alberto Molina escreveu:

> Prezado Tony: Sua sugestão é razoável se se trata de cursos de graduação
> em computação e em matemática. Para o caso de um curso de graduação em
> Filosofia eu me posiciono em contra. Aí eu começaria por um curso de Lógica
> informal e depois seguiria com um curso de Lógica clássica de primeira
> ordem. Extensões da lógica clássica e lógicas divergentes deixaria para
> pós-graduação. Um abraço. Jorge Molina
>
> 
> De: logica-l-boun...@dimap.ufrn.br [logica-l-boun...@dimap.ufrn.br] em
> nome de Tony Marmo [marmo.t...@gmail.com]
> Enviado: segunda-feira, 9 de abril de 2012 14:11
> Para: Lista acadêmica brasileira dos profissionais e estudantes da área de
> LOGICA
> Assunto: [Logica-l] ENSINO DE LÓGICA, POR QUAL LÓGICA COMEÇAR?
>
> Aos mestres, colegas e amigos,
>
> Existe uma tradição, mesmo em centros onde lógicas não-clássicas são
> estudadas aprofundadamente, de iniciar o estudo da lógica por uma
> apresentação à lógica clássica.
> Depois, conforme a escola de pensamento seguida, estudam-se outras lógicas
> e apresenta-se inclusive a ideia de que a lógica clássica pode ser vista
> como um caso particular de outras lógicas.
>
> A pergunta que faço é a seguinte: por que não começar os cursos de
> introdução por uma lógica ou por uma perspectiva não-clássica. Por exemplo,
> por lógicas multi-valentes e mostrando como os sistemas bi-valentes são
> casos particulares? Ou então pela lógica intuicionista? Ainda que faltem em
> um ou outro caso textos mais acessíveis, deve ser possível confeccioná-los.
>
> O que acham?
> ___
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> Logica-l@dimap.ufrn.br
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Re: [Logica-l] PROPOSTA CONJUNTA: QUALIS DA(S) LOGICA(S)

2012-04-09 Por tôpico ana
Oi João Marcos,

> Olá, Ana:
>
> A planilha já estava larga, e decidimos então  omitir a informação
> sobre o Qualis anterior.  De todo modo, vale observar que, no que diz
> respeito aos 29 periódicos já qualis-ficados na versão anterior do
> Qualis CC, todas as revistas mantiveram sua classificação anterior ou
> subiram de nível.  Mais importante, algumas aberrações (10 revistas
> com o Qualis com dois ou mais níveis de diferença do "esperado") foram
> corrigidas.

Perfeito.

As justificativas dadas no Apêndice II (não analisei as do Apêndice I que
é para a Matemática) está ótima pois usamos a linguagem do pessoal do CA
da CAPES.

Lembro que, pelo menos antigamente, não sei se eles vão mudar agora, o
QUALIS tinha apenas o que os pesquisadores publicavam e informavam no
programa de Coleta de Dados. Dai o porque de apenas 29 periódicos de
lógica "qualisficados".

Bom, alguém conhece os coordenadores da área de CC e MA? No caso da CC são
eles: Philippe  Navaux, da UFRGS, e Altigran Silva, da UFAM. Há alguém
nesta lista que seja próximo a eles, ou a alguém do comitê? Se sim, vale a
pena mandar um email mais pessoal para eles. Sugiro o mesmo para a
Matemática.

[]s
Ana




>
> Abraços,
> Joao Marcos
>
>
> 2012/4/9  :
>> Olá a todos,
>>
>> Muito bom, excelente trabalho, parabéns a toda a equipe que fez este
>> trabalho minuscioso. Agradeço o esforço de vcs pois a justificativa,
>> baseada nos índices de impacto, e levando em conta o documento de área
>> (vi
>> apenas o da CC), deve causar impacto ao comitê da CAPES. Espero que
>> eles
>> se sensibilizem.
>>
>> Vi também que há uma boa distribuição entre os periódicos. Dos 70
>> listados, 37 são A1+A2+B1.
>>
>> Fiquei curiosa para saber quais das revistas indicadas mudaram de
>> classificação. Por exemplo, consultei apenas duas no Qualis e vi que a
>> "Annals..." mudou mas a "TCS" manteve a nota A1. Não sei se valeria a
>> pena
>> indicar que a sugestão é manter, para que fique claro as que realmente
>> queremos mudar de nota.
>>
>> []s
>> Ana
>>
>>> PessoALL:
>>>
>>> O link para as tabelas finais que serão encaminhadas é este:
>>>
>>>   http://goo.gl/DCYcd
>>>
>>> Daqui a pouquinho os colegas encaminharão também o link para a
>>> carta
>>> que esta tabela acompanha, em seu formato final.
>>>
>>> Abraços, e obrigado a todos pela força,
>>> Joao marcos
>>>
>>>
>>> 2012/4/9 Marcelo Finger :
 OI Hugo (Valéria, JMarcos, Rodrigo, Samuel)

 Parabéns pelo excelente trabalho.  Saiba que eu aprecio muito
 esse
 esforço, e aprecio tb a capacidade de membros da comunidade se
 organizarem por interesse comum.

 Abrações

 Marcelo

 On 8 April 2012 21:09, Décio Krause  wrote:
> Excelente, Hugo. Certamente todos reconhecemos o excelente trabalho
> de
> todos vocês.
> Obrigado.
> D
>
>
>
> --
> Décio Krause
> Departamento de Filosofia
> Universidade Federal de Santa Catarina
> 88040-900 Florianópolis - SC - Brasil
> http://www.cfh.ufsc.br/~dkrause
> --
>
> Em 08/04/2012, às 12:36, hugo...@ime.usp.br escreveu:
>
>> Caros colegas,
>>
>> Escrevo este email com o aval de Joao Marcos, Rodrigo Freire, Samuel
>> Gomes, Valeria de Paiva.
>>
>> Tenho a grande satisfacao de informar-lhes que nos ultimos dias tem
>> sido  construida, sob ambiente de intensa e cordial colaboracao,
>> uma
>> proposta unica para o(s) Qualis-Logica que funde as propostas de 2
>> grupos RSV (Rodrigo, Samuel e Valeria) e JM (Joao Marcos). Como a
>> situacao
>> do Qualis-FI (Filosofia) ja foi definida (atualizacao
>> efetivada na quinta-feira 5/4), esta proposta se refere aos Qualis
>> CC
>> e MA (Ciencia da Computacao e Matematica) e sera enviada com
>> urgencia,
>> (e provalvelmente pela SBL) na segunda-feira (9/4). Nesta proposta
>> constam: tabela com 70 revistas de logica e carta detalhada a ser
>> enviada a Capes
>> justificando as demandas da nossa comunidade de logicos do Brasil.
>> Os colegas Joao Marcos e Rodrigo Freire enviarao em breve os links
>> com
>> esses dados.
>>
>> Atenciosamente,
>> (e boa Pascoa)
>> Hugo Mariano
>>
>> Hugo Luiz Mariano 
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  Departamento de Ciencia da Computacao
  Instituto de Matematica e Estatistica
  Universidade de Sao Paulo
  Rua d

Re: [Logica-l] Algumas coisas formales

2012-04-09 Por tôpico Tony Marmo
Não é bem assim, Julio Cesar. Há um artigo escrito a seis mãos (Walter
Carnielli, Marcelo Coniglio e João Marcos) que começa justamente pelas
razões filosóficas para propor os sistemas paraconsistentes, chamado Logics
of Formal Inconsistency.
ftp://logica.cle.unicamp.br/pub/e-prints/vol.5,n.1,2005.pdf

Outrossim, é bom lembrar que boa parte da literatura filosófica é devotada
ao estudo de paradoxos. Jamais se disse que um paradoxo não possa ser
representado ou resolvido por meio de figuras geométricas ou sistemas para
computador. Para a filosofia, qualquer ferramenta que ajude à abordagem ou
resolução de certo problema é ou pode ser válida.

De resto, concordo com Rodrigo Podiacki que suas preocupações não estão
claramente enunciadas, ficando difícil aprofundar o tema.

Em 9 de abril de 2012 18:06, julio cesar escreveu:

> Olá lista,
>
> estou em total acordo com quem critica os sistemas inconsistentes por
> falta de compromisso filosófico (pra não dizer coerência). Apesar da
> praticidade tais (alguns) sistemas formais, isso não implica, de forma
> alguma, que eles tenham (ou teriam que ter) implicações filosóficas.
> Qualquer linguagem de programação moderna é um sistema formal tão legítimo
> como qualquer sistema de lógica, no entanto, se for realmente possível
> criar operações e instruções numa linguagem formal para que uma contradição
> genuína não cause problemas (e embora eu ainda tenha sinceras dúvidas
> quanto a isso) tal fato não significa necessariamente nada do ponto de
> vista filosófico, inclusive do ponto de vista da filosofia da lógica.  Os
> *lógicos não-clássicos*, em especial a turma da inconsistência, geralmente
> dão um passo muito fácil de *sistemas formais* para *princípios lógicos* e
> daí então para *filosofia da lógica*, passos que a meu ver
>  não são nada simples, muito menos triviais.
>
> É praticamente nula a discussão sobre até que ponto é legítimo o
> comportamento de um sistema formal qualquer ditar os princípios ou a
> filosofia da lógica.
>
> Um pequeno exemplo já bem batido nessa discussão:
>
>  - os sistemas que tratam de forma não-clássica a contradição tem,
> basicamente, uma única abordagem: manipular o operador de negação.
> Altera-se de tal forma a instrução contida nesse operador que, com essa
> alteração, a contradição sequer aparece. No entanto, ao alterar o operador
> clássico, altera-se a informação contida em tal operador. Sendo assim, se
> acaso uma expressão com tal operador clássico possuir como informação uma
> contradição, ao se alterar tal operador, altera-se a informação sob a mesma
> expressão e, dessa forma, nada garante que aquilo ainda continua sendo uma
> contradição; em outras palavras, a fórmula se torna apenas uma coisa que
> não tem problema algum em ser verdadeiro, inclusive classicamente falando.
>
> Um lógico clássico tem todo o direito de olhar para a maioria das lógicas
> inconsistentes e dizer: "Que mentira! Vocês não estão aceitando contradição
> coisa nenhuma! Vocês estão é mudando de assunto!"
>
>
> Abraços,
> Júlio César A. Custódio
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Re: [Logica-l] Algumas coisas formales

2012-04-09 Por tôpico Rodrigo Podiacki
É difícil até de começar. O que você chama de "lógicas inconsistentes"
são... consistentes. Todas as lógicas da inconsistência formal (falha de
nomenclatura já detectada há muito pelo Walter, o Coniglio e o João Marcos)
e as lógicas de da Costa são consistentes. A contradição não está na
lógica. É incrível como é difícil fazer compreender isso.

Não repondo o resto porque, como o problema foi mal colocado (e.g.:
"qualquer linguagem de programação moderna é um sistema formal tão legítimo
como qualquer sistema de lógica"), não há o que responder.

Em 9 de abril de 2012 18:06, julio cesar escreveu:

> Olá lista,
>
> estou em total acordo com quem critica os sistemas inconsistentes por
> falta de compromisso filosófico (pra não dizer coerência). Apesar da
> praticidade tais (alguns) sistemas formais, isso não implica, de forma
> alguma, que eles tenham (ou teriam que ter) implicações filosóficas.
> Qualquer linguagem de programação moderna é um sistema formal tão legítimo
> como qualquer sistema de lógica, no entanto, se for realmente possível
> criar operações e instruções numa linguagem formal para que uma contradição
> genuína não cause problemas (e embora eu ainda tenha sinceras dúvidas
> quanto a isso) tal fato não significa necessariamente nada do ponto de
> vista filosófico, inclusive do ponto de vista da filosofia da lógica.  Os
> *lógicos não-clássicos*, em especial a turma da inconsistência, geralmente
> dão um passo muito fácil de *sistemas formais* para *princípios lógicos* e
> daí então para *filosofia da lógica*, passos que a meu ver
>  não são nada simples, muito menos triviais.
>
> É praticamente nula a discussão sobre até que ponto é legítimo o
> comportamento de um sistema formal qualquer ditar os princípios ou a
> filosofia da lógica.
>
> Um pequeno exemplo já bem batido nessa discussão:
>
>  - os sistemas que tratam de forma não-clássica a contradição tem,
> basicamente, uma única abordagem: manipular o operador de negação.
> Altera-se de tal forma a instrução contida nesse operador que, com essa
> alteração, a contradição sequer aparece. No entanto, ao alterar o operador
> clássico, altera-se a informação contida em tal operador. Sendo assim, se
> acaso uma expressão com tal operador clássico possuir como informação uma
> contradição, ao se alterar tal operador, altera-se a informação sob a mesma
> expressão e, dessa forma, nada garante que aquilo ainda continua sendo uma
> contradição; em outras palavras, a fórmula se torna apenas uma coisa que
> não tem problema algum em ser verdadeiro, inclusive classicamente falando.
>
> Um lógico clássico tem todo o direito de olhar para a maioria das lógicas
> inconsistentes e dizer: "Que mentira! Vocês não estão aceitando contradição
> coisa nenhuma! Vocês estão é mudando de assunto!"
>
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Re: [Logica-l] Algumas coisas formales

2012-04-09 Por tôpico julio cesar
Olá lista,

estou em total acordo com quem critica os sistemas inconsistentes por falta de 
compromisso filosófico (pra não dizer coerência). Apesar da praticidade 
tais (alguns) sistemas formais, isso não implica, de forma alguma, que eles 
tenham (ou teriam que ter) implicações filosóficas. Qualquer linguagem de 
programação moderna é um sistema formal tão legítimo como qualquer sistema de 
lógica, no entanto, se for realmente possível criar operações e instruções numa 
linguagem formal para que uma contradição genuína não cause problemas (e embora 
eu ainda tenha sinceras dúvidas quanto a isso) tal fato não significa 
necessariamente nada do ponto de vista filosófico, inclusive do ponto de vista 
da filosofia da lógica.  Os *lógicos não-clássicos*, em especial a turma da 
inconsistência, geralmente dão um passo muito fácil de *sistemas formais* para 
*princípios lógicos* e daí então para *filosofia da lógica*, passos que a meu 
ver
 não são nada simples, muito menos triviais.

É praticamente nula a discussão sobre até que ponto é legítimo o comportamento 
de um sistema formal qualquer ditar os princípios ou a filosofia da lógica. 

Um pequeno exemplo já bem batido nessa discussão:

 - os sistemas que tratam de forma não-clássica a contradição tem, basicamente, 
uma única abordagem: manipular o operador de negação. Altera-se de tal forma a 
instrução contida nesse operador que, com essa alteração, a contradição sequer 
aparece. No entanto, ao alterar o operador clássico, altera-se a informação 
contida em tal operador. Sendo assim, se acaso uma expressão com tal operador 
clássico possuir como informação uma contradição, ao se alterar tal operador, 
altera-se a informação sob a mesma expressão e, dessa forma, nada garante que 
aquilo ainda continua sendo uma contradição; em outras palavras, a fórmula se 
torna apenas uma coisa que não tem problema algum em ser verdadeiro, inclusive 
classicamente falando. 

Um lógico clássico tem todo o direito de olhar para a maioria das lógicas 
inconsistentes e dizer: "Que mentira! Vocês não estão aceitando contradição 
coisa nenhuma! Vocês estão é mudando de assunto!"


Abraços,
Júlio César A. Custódio
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[Logica-l] RES: ENSINO DE LÓGICA, POR QUAL LÓGICA COMEÇAR?

2012-04-09 Por tôpico Jorge Alberto Molina
Prezado Tony: Sua sugestão é razoável se se trata de cursos de graduação em 
computação e em matemática. Para o caso de um curso de graduação em Filosofia 
eu me posiciono em contra. Aí eu começaria por um curso de Lógica informal e 
depois seguiria com um curso de Lógica clássica de primeira ordem. Extensões da 
lógica clássica e lógicas divergentes deixaria para pós-graduação. Um abraço. 
Jorge Molina 


De: logica-l-boun...@dimap.ufrn.br [logica-l-boun...@dimap.ufrn.br] em nome de 
Tony Marmo [marmo.t...@gmail.com]
Enviado: segunda-feira, 9 de abril de 2012 14:11
Para: Lista acadêmica brasileira dos profissionais e estudantes da área de 
LOGICA
Assunto: [Logica-l] ENSINO DE LÓGICA, POR QUAL LÓGICA COMEÇAR?

Aos mestres, colegas e amigos,

Existe uma tradição, mesmo em centros onde lógicas não-clássicas são
estudadas aprofundadamente, de iniciar o estudo da lógica por uma
apresentação à lógica clássica.
Depois, conforme a escola de pensamento seguida, estudam-se outras lógicas
e apresenta-se inclusive a ideia de que a lógica clássica pode ser vista
como um caso particular de outras lógicas.

A pergunta que faço é a seguinte: por que não começar os cursos de
introdução por uma lógica ou por uma perspectiva não-clássica. Por exemplo,
por lógicas multi-valentes e mostrando como os sistemas bi-valentes são
casos particulares? Ou então pela lógica intuicionista? Ainda que faltem em
um ou outro caso textos mais acessíveis, deve ser possível confeccioná-los.

O que acham?
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[Logica-l] ENSINO DE LÓGICA, POR QUAL LÓGICA COMEÇAR?

2012-04-09 Por tôpico Tony Marmo
Aos mestres, colegas e amigos,

Existe uma tradição, mesmo em centros onde lógicas não-clássicas são
estudadas aprofundadamente, de iniciar o estudo da lógica por uma
apresentação à lógica clássica.
Depois, conforme a escola de pensamento seguida, estudam-se outras lógicas
e apresenta-se inclusive a ideia de que a lógica clássica pode ser vista
como um caso particular de outras lógicas.

A pergunta que faço é a seguinte: por que não começar os cursos de
introdução por uma lógica ou por uma perspectiva não-clássica. Por exemplo,
por lógicas multi-valentes e mostrando como os sistemas bi-valentes são
casos particulares? Ou então pela lógica intuicionista? Ainda que faltem em
um ou outro caso textos mais acessíveis, deve ser possível confeccioná-los.

O que acham?
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Re: [Logica-l] PROPOSTA CONJUNTA: QUALIS DA(S) LOGICA(S)

2012-04-09 Por tôpico hugomar

Caros colegas Logicos,

A proposta conjunta, fusao de varias abordagens, ja foi enviada aos  
coordenadores da Capes para CC e  MA. Lembramos apenas que este eh  
apenas o primeiro estagio do esforco conjunto da comunidade dos  
Logicos do Brasil (das 3 areas: CC, FI, MA) na direcao de equiparar as  
condicoes de trabalho dos Logicos com relacao as outras subareas (nos  
3 casos: CC, FI, MA). Este esforco centrou  na urgencia do envio desta  
peticao ja que cerca de 2/3 das areas da Capes ja constam como  
atualizadas em 2012. Novas, mehores, mais estruturadas,  demandas  
devem ser construidas na proxima revisao, em 2015!
Certamente a imensa maioria dos membros de nossa comunidade enxerga  
com desconfianca essas questoes "numerologicas" caracteristicas da  
burocracia cientifica brasileira, expressas tanto na doenca autoimune  
descritas pelo prof. Chico Miraglia e pelo Rodrigo Freire, quanto  
pelos tais "indices de impacto de revistas": um dia estaremos livres  
disso e so investiremos nosso tempo e energia em atividades  
*realmente* cientificas. Todo castelo de cartas cai, em algum momento,  
so nao precisamos estar no calabouço enquanto ele estiver em pe...


Abracos,
Hugo

Quoting Rodrigo Freire :


Caros colegas

Falo por mim, apenas. Eu que agradeço à comunidade pelo apoio e pelas
sugestões, e aos colegas que se juntaram na iniciativa de elaborar uma
proposta coerente e justa. Felizmente conseguimos juntar o melhor das
várias abordagens para a questão (neste momento).

Concordo com o prof. Miraglia: é preciso resistir e espero que esse seja
apenas um passo na direção de um esforço continuado para melhorar as
condições acadêmicas dos lógicos (e também dos não-lógicos), sem deixar de
lado a qualidade da pesquisa em Lógica, que é o principal. Também sou
contra essa produtivite sem qualquer preocupação com qualidade ou
relevância.

A essa altura, os documentos seguintes (incluindo as assinaturas dos
colegas) já estão nas caixas de emails dos coordenadores da Capes para CC e
MA:

Abaixo assinado:
https://docs.google.com/document/pub?id=1JUzDMXs6HbIhxFgyMOL8vSvlLY9kiM7Fo7NIIgBc5BE

Carta:
http://goo.gl/9UAYS

Tabela:
http://goo.gl/DCYcd


Abraço
Rodrigo
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Hugo Luiz Mariano 
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Re: [Logica-l] PROPOSTA CONJUNTA: QUALIS DA(S) LOGICA(S)

2012-04-09 Por tôpico Joao Marcos
Olá, Ana:

A planilha já estava larga, e decidimos então  omitir a informação
sobre o Qualis anterior.  De todo modo, vale observar que, no que diz
respeito aos 29 periódicos já qualis-ficados na versão anterior do
Qualis CC, todas as revistas mantiveram sua classificação anterior ou
subiram de nível.  Mais importante, algumas aberrações (10 revistas
com o Qualis com dois ou mais níveis de diferença do "esperado") foram
corrigidas.

Abraços,
Joao Marcos


2012/4/9  :
> Olá a todos,
>
> Muito bom, excelente trabalho, parabéns a toda a equipe que fez este
> trabalho minuscioso. Agradeço o esforço de vcs pois a justificativa,
> baseada nos índices de impacto, e levando em conta o documento de área (vi
> apenas o da CC), deve causar impacto ao comitê da CAPES. Espero que eles
> se sensibilizem.
>
> Vi também que há uma boa distribuição entre os periódicos. Dos 70
> listados, 37 são A1+A2+B1.
>
> Fiquei curiosa para saber quais das revistas indicadas mudaram de
> classificação. Por exemplo, consultei apenas duas no Qualis e vi que a
> "Annals..." mudou mas a "TCS" manteve a nota A1. Não sei se valeria a pena
> indicar que a sugestão é manter, para que fique claro as que realmente
> queremos mudar de nota.
>
> []s
> Ana
>
>> PessoALL:
>>
>> O link para as tabelas finais que serão encaminhadas é este:
>>
>>   http://goo.gl/DCYcd
>>
>> Daqui a pouquinho os colegas encaminharão também o link para a carta
>> que esta tabela acompanha, em seu formato final.
>>
>> Abraços, e obrigado a todos pela força,
>> Joao marcos
>>
>>
>> 2012/4/9 Marcelo Finger :
>>> OI Hugo (Valéria, JMarcos, Rodrigo, Samuel)
>>>
>>> Parabéns pelo excelente trabalho.  Saiba que eu aprecio muito esse
>>> esforço, e aprecio tb a capacidade de membros da comunidade se
>>> organizarem por interesse comum.
>>>
>>> Abrações
>>>
>>> Marcelo
>>>
>>> On 8 April 2012 21:09, Décio Krause  wrote:
 Excelente, Hugo. Certamente todos reconhecemos o excelente trabalho de
 todos vocês.
 Obrigado.
 D



 --
 Décio Krause
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 88040-900 Florianópolis - SC - Brasil
 http://www.cfh.ufsc.br/~dkrause
 --

 Em 08/04/2012, às 12:36, hugo...@ime.usp.br escreveu:

> Caros colegas,
>
> Escrevo este email com o aval de Joao Marcos, Rodrigo Freire, Samuel
> Gomes, Valeria de Paiva.
>
> Tenho a grande satisfacao de informar-lhes que nos ultimos dias tem
> sido  construida, sob ambiente de intensa e cordial colaboracao, uma
> proposta unica para o(s) Qualis-Logica que funde as propostas de 2
> grupos RSV (Rodrigo, Samuel e Valeria) e JM (Joao Marcos). Como a
> situacao
> do Qualis-FI (Filosofia) ja foi definida (atualizacao
> efetivada na quinta-feira 5/4), esta proposta se refere aos Qualis CC
> e MA (Ciencia da Computacao e Matematica) e sera enviada com urgencia,
> (e provalvelmente pela SBL) na segunda-feira (9/4). Nesta proposta
> constam: tabela com 70 revistas de logica e carta detalhada a ser
> enviada a Capes
> justificando as demandas da nossa comunidade de logicos do Brasil.
> Os colegas Joao Marcos e Rodrigo Freire enviarao em breve os links com
> esses dados.
>
> Atenciosamente,
> (e boa Pascoa)
> Hugo Mariano
>
> Hugo Luiz Mariano 
> ___
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>>>  Universidade de Sao Paulo
>>>  Rua do Matao, 1010
>>>  05508-090    Sao Paulo, SP     Brazil
>>>  Tel: +55 11 3091-9688, 3091-6135, 3091-6134 (fax)
>>>  http://www.ime.usp.br/~mfinger
>>
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Re: [Logica-l] PROPOSTA CONJUNTA: QUALIS DA(S) LOGICA(S)

2012-04-09 Por tôpico Rodrigo Freire
Caros colegas

Falo por mim, apenas. Eu que agradeço à comunidade pelo apoio e pelas
sugestões, e aos colegas que se juntaram na iniciativa de elaborar uma
proposta coerente e justa. Felizmente conseguimos juntar o melhor das
várias abordagens para a questão (neste momento).

Concordo com o prof. Miraglia: é preciso resistir e espero que esse seja
apenas um passo na direção de um esforço continuado para melhorar as
condições acadêmicas dos lógicos (e também dos não-lógicos), sem deixar de
lado a qualidade da pesquisa em Lógica, que é o principal. Também sou
contra essa produtivite sem qualquer preocupação com qualidade ou
relevância.

A essa altura, os documentos seguintes (incluindo as assinaturas dos
colegas) já estão nas caixas de emails dos coordenadores da Capes para CC e
MA:

Abaixo assinado:
https://docs.google.com/document/pub?id=1JUzDMXs6HbIhxFgyMOL8vSvlLY9kiM7Fo7NIIgBc5BE

Carta:
http://goo.gl/9UAYS

Tabela:
http://goo.gl/DCYcd


Abraço
Rodrigo
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Re: [Logica-l] PROPOSTA CONJUNTA: QUALIS DA(S) LOGICA(S)

2012-04-09 Por tôpico ana
Olá a todos,

Muito bom, excelente trabalho, parabéns a toda a equipe que fez este
trabalho minuscioso. Agradeço o esforço de vcs pois a justificativa,
baseada nos índices de impacto, e levando em conta o documento de área (vi
apenas o da CC), deve causar impacto ao comitê da CAPES. Espero que eles
se sensibilizem.

Vi também que há uma boa distribuição entre os periódicos. Dos 70
listados, 37 são A1+A2+B1.

Fiquei curiosa para saber quais das revistas indicadas mudaram de
classificação. Por exemplo, consultei apenas duas no Qualis e vi que a
"Annals..." mudou mas a "TCS" manteve a nota A1. Não sei se valeria a pena
indicar que a sugestão é manter, para que fique claro as que realmente
queremos mudar de nota.

[]s
Ana

> PessoALL:
>
> O link para as tabelas finais que serão encaminhadas é este:
>
>   http://goo.gl/DCYcd
>
> Daqui a pouquinho os colegas encaminharão também o link para a carta
> que esta tabela acompanha, em seu formato final.
>
> Abraços, e obrigado a todos pela força,
> Joao marcos
>
>
> 2012/4/9 Marcelo Finger :
>> OI Hugo (Valéria, JMarcos, Rodrigo, Samuel)
>>
>> Parabéns pelo excelente trabalho.  Saiba que eu aprecio muito esse
>> esforço, e aprecio tb a capacidade de membros da comunidade se
>> organizarem por interesse comum.
>>
>> Abrações
>>
>> Marcelo
>>
>> On 8 April 2012 21:09, Décio Krause  wrote:
>>> Excelente, Hugo. Certamente todos reconhecemos o excelente trabalho de
>>> todos vocês.
>>> Obrigado.
>>> D
>>>
>>>
>>>
>>> --
>>> Décio Krause
>>> Departamento de Filosofia
>>> Universidade Federal de Santa Catarina
>>> 88040-900 Florianópolis - SC - Brasil
>>> http://www.cfh.ufsc.br/~dkrause
>>> --
>>>
>>> Em 08/04/2012, às 12:36, hugo...@ime.usp.br escreveu:
>>>
 Caros colegas,

 Escrevo este email com o aval de Joao Marcos, Rodrigo Freire, Samuel
 Gomes, Valeria de Paiva.

 Tenho a grande satisfacao de informar-lhes que nos ultimos dias tem
 sido  construida, sob ambiente de intensa e cordial colaboracao, uma
 proposta unica para o(s) Qualis-Logica que funde as propostas de 2
 grupos RSV (Rodrigo, Samuel e Valeria) e JM (Joao Marcos). Como a
 situacao
 do Qualis-FI (Filosofia) ja foi definida (atualizacao
 efetivada na quinta-feira 5/4), esta proposta se refere aos Qualis CC
 e MA (Ciencia da Computacao e Matematica) e sera enviada com urgencia,
 (e provalvelmente pela SBL) na segunda-feira (9/4). Nesta proposta
 constam: tabela com 70 revistas de logica e carta detalhada a ser
 enviada a Capes
 justificando as demandas da nossa comunidade de logicos do Brasil.
 Os colegas Joao Marcos e Rodrigo Freire enviarao em breve os links com
 esses dados.

 Atenciosamente,
 (e boa Pascoa)
 Hugo Mariano

 Hugo Luiz Mariano 
 ___
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>>
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>> Marcelo Finger
>>  Departamento de Ciencia da Computacao
>>  Instituto de Matematica e Estatistica
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Re: [Logica-l] PROPOSTA CONJUNTA: QUALIS DA(S) LOGICA(S)

2012-04-09 Por tôpico Francisco Miraglia

Car@s Colegas,

Independente da minha opinião acerca da "produtivite"
(uma inflamação) e suas consequências (muito) danosas
ao trabalho intelectual, gostaria de registrar meu reconhecimento e
apreço, tanto ao esforço de produção do documento, quanto ao resultado
obtido. Resistir é preciso. ONDE E COMO ASSINO (se isto for necessário) ?

Um grande abraço,

  Chico Miraglia


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Re: [Logica-l] PROPOSTA CONJUNTA: QUALIS DA(S) LOGICA(S)

2012-04-09 Por tôpico Ruy de Queiroz
A todos os envolvidos nesse esforço coletivo,

Faço minhas as palavras dos que já agradeceram e manifestaram apreço pelo
trabalho abnegado de Rodrigo, Samuel, Valéria, João Marcos, e tantos
outros. Obrigado, e Parabéns!

Ruy

Em 9 de abril de 2012 09:15, Rodrigo Freire  escreveu:

> Caros colegas
>
> O link para a carta que deverá ser encaminhada junto com as tabelas:
>
> http://goo.gl/9UAYS
>
> Muito obrigado a todos pela colaboração e apoio.
>
> Abraço
> Rodrigo
>
>
>
>
>
>
> 2012/4/9 Joao Marcos 
>
> > PessoALL:
> >
> > O link para as tabelas finais que serão encaminhadas é este:
> >
> >  http://goo.gl/DCYcd
> >
> > Daqui a pouquinho os colegas encaminharão também o link para a carta
> > que esta tabela acompanha, em seu formato final.
> >
> > Abraços, e obrigado a todos pela força,
> > Joao marcos
> >
> >
> > 2012/4/9 Marcelo Finger :
> > > OI Hugo (Valéria, JMarcos, Rodrigo, Samuel)
> > >
> > > Parabéns pelo excelente trabalho.  Saiba que eu aprecio muito esse
> > > esforço, e aprecio tb a capacidade de membros da comunidade se
> > > organizarem por interesse comum.
> > >
> > > Abrações
> > >
> > > Marcelo
> > >
> > > On 8 April 2012 21:09, Décio Krause  wrote:
> > >> Excelente, Hugo. Certamente todos reconhecemos o excelente trabalho de
> > todos vocês.
> > >> Obrigado.
> > >> D
> > >>
> > >>
> > >>
> > >> --
> > >> Décio Krause
> > >> Departamento de Filosofia
> > >> Universidade Federal de Santa Catarina
> > >> 88040-900 Florianópolis - SC - Brasil
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> > >>
> > >> Em 08/04/2012, às 12:36, hugo...@ime.usp.br escreveu:
> > >>
> > >>> Caros colegas,
> > >>>
> > >>> Escrevo este email com o aval de Joao Marcos, Rodrigo Freire, Samuel
> > >>> Gomes, Valeria de Paiva.
> > >>>
> > >>> Tenho a grande satisfacao de informar-lhes que nos ultimos dias tem
> > sido  construida, sob ambiente de intensa e cordial colaboracao, uma
> > >>> proposta unica para o(s) Qualis-Logica que funde as propostas de 2
> > >>> grupos RSV (Rodrigo, Samuel e Valeria) e JM (Joao Marcos). Como a
> > situacao
> > >>> do Qualis-FI (Filosofia) ja foi definida (atualizacao
> > >>> efetivada na quinta-feira 5/4), esta proposta se refere aos Qualis CC
> > >>> e MA (Ciencia da Computacao e Matematica) e sera enviada com
> urgencia,
> > (e provalvelmente pela SBL) na segunda-feira (9/4). Nesta proposta
> constam:
> > tabela com 70 revistas de logica e carta detalhada a ser enviada a Capes
> > >>> justificando as demandas da nossa comunidade de logicos do Brasil.
> > >>> Os colegas Joao Marcos e Rodrigo Freire enviarao em breve os links
> com
> > esses dados.
> > >>>
> > >>> Atenciosamente,
> > >>> (e boa Pascoa)
> > >>> Hugo Mariano
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Re: [Logica-l] algumas coisas formales - geometricas, logicas, filosoficas - mesmo fora do Brasil

2012-04-09 Por tôpico Valeria de Paiva
oi Alessio,

gostei mais na sua mensagem das perguntas ou propostas de debate:

- o conceito de "conceito" (= tem razão o Gärdenfors em pensar que é
importante e que é mais geometrico do que logico?)
- o conceito de "oposição" (= tem razão o Moretti [= eu] em pensar que
é importante e que é mais geometrico do que logico?)
- o conceito de "mental" (= tem razão o Matte Blanco em pensar que
isso é, no mesmo tempo, (bi-)logico e geometrico?)
- o conceito de "logica" (= tem razão os Shramko e Wansing no pensar
[contra Béziau e Tsuji] que pode - e deve - haver logicas irredutiveis
à noção logica-universalista [do Béziau] de "um qualquier conjunto +
uma qualquer ley de dedução" ?)


do que da ideia de listas de filosofos brasileiros importantes...

Eu realmente nao gosto dessas listas de pessoas.

De volta as suas perguntas. e em particular, nas duas primeiras
questoes acima, que definicao de geometrico que voce esta' usando?

abracos,
valeria



2012/4/8 Alessio Moretti :
> Caros logicos e filosofos brasileiros,
>
> do minho ponto de vista (velho-europeo, italo-francês e formal-continental)
> é um bocado divertido, nessa famosa lista, o feito de:
>
> - ter ouvido falar (ha ja meses), sem muito respeito na verdade, de "a
> francesada toda" (!)
> - ter ouvido falar (ha semanas) do feito que "temos no Brasil muitos
> filosofos eguais e mesmo melhores do G. Priest" (!!)
> - ver tão muitos emails (nesses dias) sobre issa questão importantissima do
> estatudo cientifico ou não da homeopatia (!!!).
>
> Sera que ha (também) algunas outras pequenas questões na filosofia
> contemporanea?
> Quero dizer: mesmo - sem falar da continental! - naquela que esta
> relacionada com a "logica"?
>
> Pessoalmente, confesso que seria mais interessado, mesmo nessa lista, por
> conversas sobre, dizemos:
>
> - o conceito de "conceito" (= tem razão o Gärdenfors em pensar que é
> importante e que é mais geometrico do que logico?)
> - o conceito de "oposição" (= tem razão o Moretti [= eu] em pensar que é
> importante e que é mais geometrico do que logico?)
> - o conceito de "mental" (= tem razão o Matte Blanco em pensar que isso é,
> no mesmo tempo, (bi-)logico e geometrico?)
> - o conceito de "logica" (= tem razão os Shramko e Wansing no pensar [contra
> Béziau e Tsuji] que pode - e deve - haver logicas irredutiveis à noção
> logica-universalista [do Béziau] de "um qualquier conjunto + uma qualquer
> ley de dedução" ?)
> - o conceito de "formal" (= tem razão o Moretti [= eu, outra vez] em pensar
> que a noção de "estrutura" é mais potente do que a noção de "calculo logico"
> [ou "logica"] e que, por isso, a teoria de modelos ofrece uma noção de
> "estrutura" bem problematica ?) (e que isso tem consequencias bastante
> catastroficas "for the very idea of 'analytical philosophy'"?)
> - o conceito de "paraconsistencia" (= tem razão o Slater em pensar que ha
> alguns probleminhos bem fortinhos relativamente ao conceito de "contradição
> paraconsistente" e que para isso é importante de comprender de melhor
> maneira os conceitos de "negação" e de "oposição"?)
> - a hipotese do que as geometrias não-euclidianas foram descobridas (cum
> grano salis) ja na Academia de Platão (tem razão os Peirce, Mugler, Toth,
> Hösle, Richard, ... ?)
> - etc.
>
> Não duvido nem um segundo sobre o feito que vocês tem milhões de outras
> questões semelhantes a issas (e ainda por cima melhores).
> Mas, sem faltar de respeito pelas coisas dichas nas discussões aqui, ficar
> falando sem fim da homeopatia parece-me um pouco barroco, senão surrealista.
>
> Ja que estou aqui, num bom espirito (boa Pascoa a tudas e tudos!!!),
> cientifico como aquele dessa lista, quereria uma prova minimal (mas
> constructivista, claro) da tese que diz que ha muitos filosofos brasileiros
> melhores do Priest (o divertido, nesso, é que eu nem sequer sou
> Priest-fetichista, pois não). Quais nomes? (muito obrigado pelas respostas,
> vou tomar notas e, depois, vou comprar / imprimir e, depois, vou ler essos
> filosofos com muito interesse e muita vontade de aprender)
> - [filosofo BR 1]
> - [filosofo BR 2]
> - [filosofo BR 3]
> - [filosofo BR 4]
> - [...]
> - [etc.]
>
> Abraços talvez polemicos mas sempre respeituosos
> (e pedindo desculpa pelo meu mau português)
>
> Alessio
>
>
>
> - Original Message - From: "Francisco Antonio Doria"
> 
> To: "Décio Krause" 
> Cc: "Joao Marcos" ; "Lista acadêmica brasileira dos
> profissionais e estudantes da área de LOGICA" 
> Sent: Sunday, April 08, 2012 1:05 PM
> Subject: Re: [Logica-l]Homeopatia é ciência? Se funcionar, precisa ser
> ciência?
>
>
> concordo.
>
> On Sat, Apr 7, 2012 at 2:30 PM, Décio Krause  wrote:
>
>> Não, se funcionar não precisa ser ciência. Mesmo porque não há definição
>> do que seja "ciência".   Tecnologia, estritamente falando, não deveria ser
>> ciência, ainda que se valha dela.
>> Acho que vou tomar uma homeopatia.
>> D
>>
>>
>>
>> --
>> Décio Krause
>> Departamento de 

[Logica-l] Nobel

2012-04-09 Por tôpico Marcelo Finger
Décio.

Desde quando usar " citações e referências eruditas em praticamente
tudo" dá prêmio Nobel?  Talvez só um Nobéu :-)

[]s

> O que eu acho bacana nesta lista é que o pessoal entende de tudo. Vê-se 
> citações e referências eruditas em praticamente tudo o que se fala (eu pelo  
> menos, quando desço o pau no PT, faço isso de forma bem primária). É de se 
> supor que em sua especialidade, supostamente a lógica, esse pessoal deve 
> estar para ganhar um Nobel ou algo equivalente. Não acham?
> Abraços homeopáticos,
> Décio


-- 
Marcelo Finger
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Re: [Logica-l] Algumas coisas formales - geometricas, logicas, filosoficas - mesmo fora do Brasil

2012-04-09 Por tôpico Tony Marmo
Caros colegas,

Os trechos dos trabalhos citados realmente suscitam preocupação, uma vez
que são imputações que requerem pelo menos que os autores aprofundassem o
tema ou não as fizessem. Não poderiam passar sem elas?

Lembro-me que uma vez o J.M. chamou a atenção a um trecho de um artigo do
Tanaka (salvo engano meu) que dizia que a escola brasileira era
"incoherent". Eu também tinha lido este artigo antes e não entendi o porquê
dele dizer isso assim do nada, enquanto que o J.M. apontava para o fato de
que o autor não provava o que dizia.

Talvez, seja algo como que influência cultural dos debates na Câmara dos
Comuns britânica e na Câmara dos Deputados australiana em que os
interlocutores não conseguem dizer nada sem provocar o adversário ou sem
receberem urros, vaias, risos e aplausos ao mesmo tempo. Mais ou menos como
o Primeiro-Ministro diz algo e os deputados atrás dele precisam emitir um
"o yeah".

Em 9 de abril de 2012 11:03, Walter Carnielli
escreveu:

>  Caro Alessio:
>
> Sobre a lista (vazia ou não) de  filósofos  brasileiros, Joao Marcos e
> Dória  ajudaram a  produzir  uma relação  de candidatos.
>
> Sobre Priest:  de fato, Priest  escreve bem  sobre  vários temas , é
> competente e erudito.  Só não sei se  isto faz dele  um grande
> filósofo. Temos relações  bastante cordiais, inclusive ele me convidou
> para ficar  2 meses em Melbourne recentemente, e  comparar  as
> versões de  paraconsistentismo que defendemos  no Brasil  e na
> Austrália.
>
>  Não deu muito certo:  diversos colegas  australianos e neo-zelandeses
>  (Zach Weber, Ed Mares, JC Beal, Ross Brady, e varios estudantes)
> acabaram compreendendo melhor  a tal "escola brasileira". Mas  o
> Priest mesmo,  britanicamente,  não se manifestou: nem contra,  nem  a
> favor, nem muito pelo contrário...
>
> Mas  não posso concordar com você quando diz que  Filosofia e Lógica
> sejam empreendimentos  muito   diferentes.  Não são,  pelo menos
> quando filósofos   falam sobre  Lógica.
>
> E também tenho dúvida de que  Francesco Berto  tenha aprendido tão bem
> com Priest e  ser um "grande"  filósofo (e  Manuel Bremer idem).
> Considero que certas  atitudes são francamente  anti-filosóficas.
>
>  Veja só:
>
>  Em " How to Sell a Contradiction: The Logic and Metaphysics
> of Inconsistency. Studies in Logic. College Publications, 2007
> na  p. 162 Bertoafirma o  seguinte:
>
> “These difficulties seem to speak against the philosophical import of
> the Brazilian approach to paraconsistency (which is why it has been
> dealt quickly in this
> Chapter)."
>
> E   M. Bremer em “An introduction to paraconsistent logics”. Peter Lang,
> Frankfurt, 200, p. 117),  já havia dito que:
>
> “introducing `consistent contradictions' [...] awaits epistemic
> elucidation: If we have A and :A, then we should take
> A as false, shouldn't we? And how can we take A to be consistent and
> have A and :A at the same time?"
>
>
> E de fato Bremer já havia anunciado em  "Wahre Widersprche. Einfhrung
> in die parakonsistente   Logik. Academia, 1998", p. 53,  que  se
> negava  a  considerar   os sistemas de da Costa,  devido a
> “dificuldade filosóficas insuperéveis”:
>
> "Da Costa-Systeme werden deshalb hier nicht weiter betrachtet"
>
> Em reação a tal desdém filosófico, Marcelo Coniglio   eu escrevemos um
> pequeno artigo,
> "On Discourses Addressed by Infidel Logicians",
>  em
>
> Paraconsistency: Logic and Applications
> Series: Logic, Epistemology, and the Unity of Science, Vol. 26, Springer
> Tanaka, K.; Berto, F.; Mares, E.; Paoli, F. (Eds.)
>  ISBN 978-94-007-4437-0  (a aparecer em agosto de 2012)
>
>
> http://www.springer.com/philosophy/logic+and+philosophy+of+language/book/978-94-007-4437-0
> Versao preliminar disponível em:
>  http://www.cle.unicamp.br/prof/coniglio/WCP4.pdf
>
>  Francesco Paoli e  Ed Mares sem dúvida são sensatos e   desprovidos
> de  preconceitos, mas  de toda forma devemos agradecer que,  junto com
> Berto e  Tanaka,  aceitaram  nosso  artigo  na coleção.  Isso sim, já
> é  um bom começo...
>
> Abs
>
> Walter
>
> ---
> Prof. Dr. Walter Carnielli
> Director
> Centre for Logic, Epistemology and the History of Science – CLE
> State University of Campinas –UNICAMP
> 13083-859 Campinas -SP, Brazil
> Phone: (+55) (19) 3521-6517
> Fax: (+55) (19) 3289-3269
> Institutional e-mail: walter.carnie...@cle.unicamp.br
> Website: http://www.cle.unicamp.br/prof/carnielli
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Re: [Logica-l] Algumas coisas formales - geometricas, logicas, filosoficas - mesmo fora do Brasil

2012-04-09 Por tôpico Walter Carnielli
 Caro Alessio:

Sobre a lista (vazia ou não) de  filósofos  brasileiros, Joao Marcos e
Dória  ajudaram a  produzir  uma relação  de candidatos.

Sobre Priest:  de fato, Priest  escreve bem  sobre  vários temas , é
competente e erudito.  Só não sei se  isto faz dele  um grande
filósofo. Temos relações  bastante cordiais, inclusive ele me convidou
para ficar  2 meses em Melbourne recentemente, e  comparar  as
versões de  paraconsistentismo que defendemos  no Brasil  e na
Austrália.

 Não deu muito certo:  diversos colegas  australianos e neo-zelandeses
 (Zach Weber, Ed Mares, JC Beal, Ross Brady, e varios estudantes)
acabaram compreendendo melhor  a tal "escola brasileira". Mas  o
Priest mesmo,  britanicamente,  não se manifestou: nem contra,  nem  a
favor, nem muito pelo contrário...

Mas  não posso concordar com você quando diz que  Filosofia e Lógica
sejam empreendimentos  muito   diferentes.  Não são,  pelo menos
quando filósofos   falam sobre  Lógica.

E também tenho dúvida de que  Francesco Berto  tenha aprendido tão bem
com Priest e  ser um "grande"  filósofo (e  Manuel Bremer idem).
Considero que certas  atitudes são francamente  anti-filosóficas.

 Veja só:

 Em " How to Sell a Contradiction: The Logic and Metaphysics
of Inconsistency. Studies in Logic. College Publications, 2007
na  p. 162 Bertoafirma o  seguinte:

“These difficulties seem to speak against the philosophical import of
the Brazilian approach to paraconsistency (which is why it has been
dealt quickly in this
Chapter)."

E   M. Bremer em “An introduction to paraconsistent logics”. Peter Lang,
Frankfurt, 200, p. 117),  já havia dito que:

“introducing `consistent contradictions' [...] awaits epistemic
elucidation: If we have A and :A, then we should take
A as false, shouldn't we? And how can we take A to be consistent and
have A and :A at the same time?"


E de fato Bremer já havia anunciado em  "Wahre Widersprche. Einfhrung
in die parakonsistente   Logik. Academia, 1998", p. 53,  que  se
negava  a  considerar   os sistemas de da Costa,  devido a
“dificuldade filosóficas insuperéveis”:

"Da Costa-Systeme werden deshalb hier nicht weiter betrachtet"

Em reação a tal desdém filosófico, Marcelo Coniglio   eu escrevemos um
pequeno artigo,
"On Discourses Addressed by Infidel Logicians",
 em

Paraconsistency: Logic and Applications
Series: Logic, Epistemology, and the Unity of Science, Vol. 26, Springer
Tanaka, K.; Berto, F.; Mares, E.; Paoli, F. (Eds.)
 ISBN 978-94-007-4437-0  (a aparecer em agosto de 2012)

http://www.springer.com/philosophy/logic+and+philosophy+of+language/book/978-94-007-4437-0
Versao preliminar disponível em:
 http://www.cle.unicamp.br/prof/coniglio/WCP4.pdf

 Francesco Paoli e  Ed Mares sem dúvida são sensatos e   desprovidos
de  preconceitos, mas  de toda forma devemos agradecer que,  junto com
Berto e  Tanaka,  aceitaram  nosso  artigo  na coleção.  Isso sim, já
é  um bom começo...

Abs

Walter

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Prof. Dr. Walter Carnielli
Director
Centre for Logic, Epistemology and the History of Science – CLE
State University of Campinas –UNICAMP
13083-859 Campinas -SP, Brazil
Phone: (+55) (19) 3521-6517
Fax: (+55) (19) 3289-3269
Institutional e-mail: walter.carnie...@cle.unicamp.br
Website: http://www.cle.unicamp.br/prof/carnielli
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Re: [Logica-l] Curso de Greg Chaitin

2012-04-09 Por tôpico Francisco Antonio Doria
se gravarem...

On Mon, Apr 9, 2012 at 10:42 AM, Tony Marmo  wrote:

> Por favor, coloquem depois na internet para quem quiser poder ver.
>
> Em 9 de abril de 2012 06:41, Francisco Antonio Doria 
> escreveu:
>
>> Terça feira (amanhã) Greg Chaitin começa o curso dele no HCTE: decania do
>> CCMN, sala um, dez horas. Entrada liberada, e damos certificado aos de
>> fora.
>>
>> --
>> fad
>>
>> ahhata alati, awienta Wilushati
>> ___
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>> Logica-l@dimap.ufrn.br
>> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l
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Re: [Logica-l] Curso de Greg Chaitin

2012-04-09 Por tôpico Tony Marmo
Por favor, coloquem depois na internet para quem quiser poder ver.

Em 9 de abril de 2012 06:41, Francisco Antonio Doria
escreveu:

> Terça feira (amanhã) Greg Chaitin começa o curso dele no HCTE: decania do
> CCMN, sala um, dez horas. Entrada liberada, e damos certificado aos de
> fora.
>
> --
> fad
>
> ahhata alati, awienta Wilushati
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Re: [Logica-l] onde estão os filósofos brasileiros?

2012-04-09 Por tôpico Francisco Antonio Doria
só fiz o registro...

On Mon, Apr 9, 2012 at 10:27 AM, Walter Carnielli <
walter.carnie...@gmail.com> wrote:

> Caro Dória:
>
> quem que  seja "queridinho" destepseudo-filósofo fascista  (Olavo
> )  que não mereceria sequer ser mencionado  nesta lista,  também
> dispensa menções...
>
> Abs
>
> Walter
>
> Em 9 de abril de 2012 09:54, Francisco Antonio Doria
>  escreveu:
> > Newton me disse que o conheceu incidentalmente, certa vez, numa
> livraria. É
> > o filósofo favorito de Olavo de Carvalho.
> >
> > On Mon, Apr 9, 2012 at 8:12 AM, Joao Marcos  wrote:
> >
> >> > José Guilherme Merquior.
> >>
> >> Grato pela correção!
> >>
> >> > Mario  Ferreira dos Santos é um queridinho da direita.
> >>
> >> Não obstante, é o único "lógico" do panteão de notáveis filósofos
> >> falecidos! (o que só demonstra que lógicos possivelmente vivem para
> >> sempre)
> >>
> >> JM
> >>
> >> --
> >> http://sequiturquodlibet.googlepages.com/
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Re: [Logica-l] Homeopatia é ciência? Se funcionar, precisa ser ciência?

2012-04-09 Por tôpico Tony Marmo
Caro Josué,

Sim, Josué, a lei geral da homeopatia é que se uma coisa causa certo
sintoma ela pode ser usada para combater aquele sintoma. É o princípio do
semelhante cura o semelhante. Você não conhecia esse princípio, ou seja,
você escreve contra homeopatia mas nem sabe no que ela se baseia.

Infelizmente, a repetição no argumento da autoridade e na conversa do
placebo não merecem mais minha resposta. Mas, noto que você somente
confirma no texto abaixo o que eu disse: existe uma guerra movida pelas
multinacionais contra a homeopatia. Peço-lhe que não me responda mais, que
eu não tenho mais vontade de repetir argumentos que já usei contra
alegações que outros já derrubaram no campo científico.

Por favor, vamos encerrar o assunto por hora.

Em 9 de abril de 2012 04:48, Josué Souza Tourinho Junior <
josue.touri...@gmail.com> escreveu:

> "Os remédios homeopáticos *sempre passaram por experimentos controlados*desde 
>  que a homeopatia foi inventada. Aliás, os testes
> *começam com indivíduos
> sadios*, conforme já expliquei, e *somente depois que comprovadamente
> causam
> sintomas nos sadios* *são usados para combater os mesmos sintomas em
> pessoas doentes*".
>
> Uma coisa causa sintoma e é usada para combater sintoma? Hã?
>
> A revista The Lancet, uma das mais prestigiosas publicações da área
> médica, resolveu declarar guerra contra a homeopatia. O fogo cerrado, na
> edição desta semana, vem em três frentes.
>
> A primeira é um artigo que joga um novo banho de água fria nos adeptos da
> terapia. De acordo com o estudo, os efeitos clínicos do método são
> compatíveis com os do placebo.
>
> Mathias Egger, da Universidade de Berna, na Suíça, e colegas compararam
> 110 experimentos do uso de remédios homeopáticos com controle por placebo
> com outros 110 em que foram aplicados tratamentos pela medicina
> convencional, para doenças e situações semelhantes, de infecções
> respiratórias a anestesias em cirurgias.
>
> Os efeitos dos tratamentos foram analisados após a divisão em grupos
> pequenos com experimento de menor qualidade e grupos maiores com
> experimentos de melhor qualidade. Os pesquisadores verificaram mais efeitos
> benéficos no primeiro caso em relação ao segundo, tanto para quem foi
> tratado por homeopatia quanto por alopatia.
>
> Entretanto, quando a análise se restringiu aos grupos maiores com
> experimentos de melhor qualidade, não foi identificada evidência
> convincente de que a homeopatia seria superior ao placebo. “Os resultados
> são compatíveis com a noção de que os efeitos clínicos da homeopatia são
> efeitos placebo.”
>
> Relatório polêmico
>
> Em editorial com o título “O fim da homeopatia”, The Lancet diz que o mais
> surpreendente não são os resultados do estudo, mas que o debate continue
> após “150 anos de resultados desfavoráveis” à homeopatia.
>
> O método foi criado no fim do século 18 pelo médico alemão Samuel
> Hahnemann (1755-1843). Para a revista, é curioso que “quanto mais diluídas
> se tornam as evidências da homeopatia, aparentemente maior é a sua
> popularidade.” Segundo os editores, apesar de não haver comprovações
> científicas dos benefícios da terapia, ela não apenas é muito popular em
> todo o mundo como seu uso tem crescido nos últimos anos.
>
> Os editores da revista lembram que, apesar de por muito tempo ter havido
> uma complacência com o método homeopático, o cenário tem mudado
> recentemente. Em 2000, o Comitê Parlamentar em Ciência e Tecnologia do
> Reino Unido emitiu um relatório ressaltando que “qualquer terapia que
> afirme ser capaz de tratar de condições específicas deve mostrar evidência
> de que isso será feito acima e além do efeito placebo”. O governo suíço foi
> além. Após a divulgação de um estudo clínico de cinco anos, decidiu retirar
> a cobertura dos tratamentos homeopáticos do sistema de saúde nacional.
>
> A revista faz um alerta incisivo. “São as atitudes dos pacientes e dos
> profissionais de saúde que aumentam o perigo da escolha de terapias
> alternativas, criando uma ameaça maior para o tratamento convencional – e
> ao bem-estar dos pacientes –, mais do que os argumentos artificiais dos
> supostos benefícios de diluições absurdas. (...) Agora, os médicos precisam
> ser corajosos e honestos com seus pacientes a respeito da ausência de
> benefícios da homeopatia.”
>
> Em reportagem,The Lancet ataca um recente relatório preliminar publicado
> pela Organização Mundial da Saúde (OMS), feito pelo mesmo grupo que avaliou
> a acupuntura em 2003, em outra análise controversa.
>
> O relatório da OMS sobre homeopatia, Homoeopathy: review and analysis of
> reports on controlled clinical trials, afirma que o método terapêutico se
> mostrou superior ao placebo em experimentos controlados e “equivalente à
> medicina convencional no tratamento de doenças, tanto em homens quanto em
> animais”.
>
> Os críticos não pouparam palavras. “O relatório é baseado em dados
> positivos e esquece os negativos encontrados em outros estudos”, disse
> Edzard Ernst, 

Re: [Logica-l] onde estão os filósofos brasileiros?

2012-04-09 Por tôpico Walter Carnielli
Caro Dória:

quem que  seja "queridinho" destepseudo-filósofo fascista  (Olavo
)  que não mereceria sequer ser mencionado  nesta lista,  também
dispensa menções...

Abs

Walter

Em 9 de abril de 2012 09:54, Francisco Antonio Doria
 escreveu:
> Newton me disse que o conheceu incidentalmente, certa vez, numa livraria. É
> o filósofo favorito de Olavo de Carvalho.
>
> On Mon, Apr 9, 2012 at 8:12 AM, Joao Marcos  wrote:
>
>> > José Guilherme Merquior.
>>
>> Grato pela correção!
>>
>> > Mario  Ferreira dos Santos é um queridinho da direita.
>>
>> Não obstante, é o único "lógico" do panteão de notáveis filósofos
>> falecidos! (o que só demonstra que lógicos possivelmente vivem para
>> sempre)
>>
>> JM
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Re: [Logica-l] Homeopatia é ciência? Se funcionar, precisa ser ciência?

2012-04-09 Por tôpico Decio Krause
O que eu acho bacana nesta lista é que o pessoal entende de tudo. Vê-se 
citações e referências eruditas em praticamente tudo o que se fala (eu pelo 
menos, quando desço o pau no PT, faço isso de forma bem primária). É de se 
supor que em sua especialidade, supostamente a lógica, esse pessoal deve estar 
para ganhar um Nobel ou algo equivalente. Não acham?
Abraços homeopáticos,
Décio


Decio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause

"We are intrinsically spatial and temporal
beings. We can only observe particular
entities, handle spatial things, and our
thinking depends on the concept of
individuals. How to reconcile nonspatial
quantum characteristics with spatio-
temporal individuation is perhaps the next great problem physics has to 
overcome." (S. Auyang, "How is quantum
field possible?"(Princeton Un. Press, 1995, p.165).







Em 08/04/2012, às 20:06, Josué Souza Tourinho Junior escreveu:

> Os artigos sobre homeopatia, na revista de homeopatia, podem rebater o
> quanto quiserem, mas provar que ainda há essa substância e com ação
> farmacoterapêutica... Eles já mostrarem a biodisponibilidade de algum
> medicamento homeopático? Sim, porque todo medicamento presente no mercado é
> biotransformado para ser excretado, e somente uma parte dele vai promover
> efeito terapêutico no seu local de ação, antes de ser excretado. Será que
> na diluição proposta, caso haja alguma molécula, quanto dela ainda sobrará
> pós biotransformação? Qual é o índice terapêutico dessas formulações?
> Infelizmente, a homeopatia só tem efeito placebo, que existe, contudo, a
> sintomatologia relatada desaparecia mesmo se ninguém tomasse nada.
> 
> É mais grave ainda: quando um paciente dá entrada no hospital com quadro
> grave de penumonia, por exemplo, é mandado ministrar dipirona na veia. Ué,
> por que o médico homeopata não prescreve homeopatia? Funciona tão bem, não
> é? Pode substituir o tratamento alopático, não pode? Enquanto não forem
> apresentados dados concretos da ação terapêutica, com metodologia séria de
> como foi evidenciada essa ação, não há motivo algum para a comunidade
> científica adotar como eficaz o que já se descreveu sobre as formulações
> homeopáticas. De fato, se funcionar, como geralmente é relatado, não
> significa ainda que é algo verificado pela ciência. Mas teríamos o fato e
> pela ciência chegaríamos às conclusões do suposto mecanismo de ação.
> Contudo, só há relatos e debates filosóficos, e eu ainda não li nada de
> revelante que suporte alguma eficácia sobre o medicamento homeopático.
> Quando for apresentado esses dados, eu serei o primeiro a dizer: é verdade,
> homopatia é um tratamento alternativo válido. Por enquanto não dá para
> dizer isso. Por enquanto, não dá para tratar doenças e graves com
> homeopatia.
> 
> Em 8 de abril de 2012 17:42, Tony Marmo  escreveu:
> 
>> Nesta mesma lista eu já apresentei uma dentre muitos artigos que rebatem
>> esse argumento da ausência da substância após as diluições. Essa objeção é
>> muito fraca em vista do que já se sabe sobre as diluições dinamizadas com
>> água como solvente. Recomendo a você ler esses artigos mais avançados que
>> achará, entre outros periódicos, na revista Homeopathy:
>> 
>> 
>> http://www.elsevier.com/wps/find/journaldescription.cws_home/623042/description
>> 
>> Em 8 de abril de 2012 11:04, Josué Souza Tourinho Junior <
>> josue.touri...@gmail.com> escreveu:
>> 
>>> Bom, eu sou estudante de farmácia e já trabalho com farmacologia clínica e
>>> a experiência me mostra que ainda não se provou eficiência alguma nos
>>> "métodos homeopáticos": até porque com a diluição proposta, não há mais
>>> uma
>>> molécula para contar algum mecanismo de ação. E, olha, que em hospital, os
>>> medicamentos homeopáticos seriam uma alternativa - pois são mais baratos e
>>> não tem efeitos adversos (claro, não tem mais molécula alguma). Estou
>>> colocando um vídeo de discussão, que não é científico, mas tem uma
>>> linguagem bastante simples para mostrar em evidências que não dá para
>>> argumentar à luz da ciência, a precisão ou reprodutibilidade dos "métodos
>>> homeopáticos".
>>> 
>>> http://www.youtube.com/watch?v=ZOTUtViWfF8
>>> 
>>> --
>>> *"**Há muito tempo que decidi não seguir os passos de ninguém. Se eu
>>> perder
>>> ou ganhar, pelo menos foi do meu jeito"*. Viste também:
>>> http://keepoutbox.blogspot.com
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>>> 
>> 
>> 
> 
> 
> -- 
> *"**Há muito tempo que decidi não seguir os passos de ninguém. Se eu perder
> ou ganhar, pelo menos foi do meu jeito"*. Viste também:
> http://keepoutbox.blogspot.com
> ___
> 

Re: [Logica-l] Ditado chines (re: homeopatia)

2012-04-09 Por tôpico Francisco Antonio Doria
Já vi esse filme.

On Mon, Apr 9, 2012 at 12:00 AM, Eduardo Ochs  wrote:

> Acabei de me tocar de que o meu ditado chinês favorito se aplica à
> esta discussão sobre homeopatia...
>
>  Homem que diz que é impossível
>  não deve atrapalhar homem que vai e faz
>
> Mas claro que nem a respeito dele a gente vai concordar, né?... =(
>  [[]],
>Eduardo
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Re: [Logica-l] onde estão os filósofos brasileiros?

2012-04-09 Por tôpico Francisco Antonio Doria
Newton me disse que o conheceu incidentalmente, certa vez, numa livraria. É
o filósofo favorito de Olavo de Carvalho.

On Mon, Apr 9, 2012 at 8:12 AM, Joao Marcos  wrote:

> > José Guilherme Merquior.
>
> Grato pela correção!
>
> > Mario  Ferreira dos Santos é um queridinho da direita.
>
> Não obstante, é o único "lógico" do panteão de notáveis filósofos
> falecidos! (o que só demonstra que lógicos possivelmente vivem para
> sempre)
>
> JM
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Re: [Logica-l] PROPOSTA CONJUNTA: QUALIS DA(S) LOGICA(S)

2012-04-09 Por tôpico Rodrigo Freire
Caros colegas

O link para a carta que deverá ser encaminhada junto com as tabelas:

http://goo.gl/9UAYS

Muito obrigado a todos pela colaboração e apoio.

Abraço
Rodrigo






2012/4/9 Joao Marcos 

> PessoALL:
>
> O link para as tabelas finais que serão encaminhadas é este:
>
>  http://goo.gl/DCYcd
>
> Daqui a pouquinho os colegas encaminharão também o link para a carta
> que esta tabela acompanha, em seu formato final.
>
> Abraços, e obrigado a todos pela força,
> Joao marcos
>
>
> 2012/4/9 Marcelo Finger :
> > OI Hugo (Valéria, JMarcos, Rodrigo, Samuel)
> >
> > Parabéns pelo excelente trabalho.  Saiba que eu aprecio muito esse
> > esforço, e aprecio tb a capacidade de membros da comunidade se
> > organizarem por interesse comum.
> >
> > Abrações
> >
> > Marcelo
> >
> > On 8 April 2012 21:09, Décio Krause  wrote:
> >> Excelente, Hugo. Certamente todos reconhecemos o excelente trabalho de
> todos vocês.
> >> Obrigado.
> >> D
> >>
> >>
> >>
> >> --
> >> Décio Krause
> >> Departamento de Filosofia
> >> Universidade Federal de Santa Catarina
> >> 88040-900 Florianópolis - SC - Brasil
> >> http://www.cfh.ufsc.br/~dkrause
> >> --
> >>
> >> Em 08/04/2012, às 12:36, hugo...@ime.usp.br escreveu:
> >>
> >>> Caros colegas,
> >>>
> >>> Escrevo este email com o aval de Joao Marcos, Rodrigo Freire, Samuel
> >>> Gomes, Valeria de Paiva.
> >>>
> >>> Tenho a grande satisfacao de informar-lhes que nos ultimos dias tem
> sido  construida, sob ambiente de intensa e cordial colaboracao, uma
> >>> proposta unica para o(s) Qualis-Logica que funde as propostas de 2
> >>> grupos RSV (Rodrigo, Samuel e Valeria) e JM (Joao Marcos). Como a
> situacao
> >>> do Qualis-FI (Filosofia) ja foi definida (atualizacao
> >>> efetivada na quinta-feira 5/4), esta proposta se refere aos Qualis CC
> >>> e MA (Ciencia da Computacao e Matematica) e sera enviada com urgencia,
> (e provalvelmente pela SBL) na segunda-feira (9/4). Nesta proposta constam:
> tabela com 70 revistas de logica e carta detalhada a ser enviada a Capes
> >>> justificando as demandas da nossa comunidade de logicos do Brasil.
> >>> Os colegas Joao Marcos e Rodrigo Freire enviarao em breve os links com
> esses dados.
> >>>
> >>> Atenciosamente,
> >>> (e boa Pascoa)
> >>> Hugo Mariano
> >>>
> >>> Hugo Luiz Mariano 
> >>> ___
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> > --
> > Marcelo Finger
> >  Departamento de Ciencia da Computacao
> >  Instituto de Matematica e Estatistica
> >  Universidade de Sao Paulo
> >  Rua do Matao, 1010
> >  05508-090Sao Paulo, SP Brazil
> >  Tel: +55 11 3091-9688, 3091-6135, 3091-6134 (fax)
> >  http://www.ime.usp.br/~mfinger
>
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Re: [Logica-l] PROPOSTA CONJUNTA: QUALIS DA(S) LOGICA(S)

2012-04-09 Por tôpico Joao Marcos
PessoALL:

O link para as tabelas finais que serão encaminhadas é este:

  http://goo.gl/DCYcd

Daqui a pouquinho os colegas encaminharão também o link para a carta
que esta tabela acompanha, em seu formato final.

Abraços, e obrigado a todos pela força,
Joao marcos


2012/4/9 Marcelo Finger :
> OI Hugo (Valéria, JMarcos, Rodrigo, Samuel)
>
> Parabéns pelo excelente trabalho.  Saiba que eu aprecio muito esse
> esforço, e aprecio tb a capacidade de membros da comunidade se
> organizarem por interesse comum.
>
> Abrações
>
> Marcelo
>
> On 8 April 2012 21:09, Décio Krause  wrote:
>> Excelente, Hugo. Certamente todos reconhecemos o excelente trabalho de todos 
>> vocês.
>> Obrigado.
>> D
>>
>>
>>
>> --
>> Décio Krause
>> Departamento de Filosofia
>> Universidade Federal de Santa Catarina
>> 88040-900 Florianópolis - SC - Brasil
>> http://www.cfh.ufsc.br/~dkrause
>> --
>>
>> Em 08/04/2012, às 12:36, hugo...@ime.usp.br escreveu:
>>
>>> Caros colegas,
>>>
>>> Escrevo este email com o aval de Joao Marcos, Rodrigo Freire, Samuel
>>> Gomes, Valeria de Paiva.
>>>
>>> Tenho a grande satisfacao de informar-lhes que nos ultimos dias tem sido  
>>> construida, sob ambiente de intensa e cordial colaboracao, uma
>>> proposta unica para o(s) Qualis-Logica que funde as propostas de 2
>>> grupos RSV (Rodrigo, Samuel e Valeria) e JM (Joao Marcos). Como a situacao
>>> do Qualis-FI (Filosofia) ja foi definida (atualizacao
>>> efetivada na quinta-feira 5/4), esta proposta se refere aos Qualis CC
>>> e MA (Ciencia da Computacao e Matematica) e sera enviada com urgencia, (e 
>>> provalvelmente pela SBL) na segunda-feira (9/4). Nesta proposta constam: 
>>> tabela com 70 revistas de logica e carta detalhada a ser enviada a Capes
>>> justificando as demandas da nossa comunidade de logicos do Brasil.
>>> Os colegas Joao Marcos e Rodrigo Freire enviarao em breve os links com 
>>> esses dados.
>>>
>>> Atenciosamente,
>>> (e boa Pascoa)
>>> Hugo Mariano
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Re: [Logica-l] PROPOSTA CONJUNTA: QUALIS DA(S) LOGICA(S)

2012-04-09 Por tôpico Marcelo Finger
OI Hugo (Valéria, JMarcos, Rodrigo, Samuel)

Parabéns pelo excelente trabalho.  Saiba que eu aprecio muito esse
esforço, e aprecio tb a capacidade de membros da comunidade se
organizarem por interesse comum.

Abrações

Marcelo

On 8 April 2012 21:09, Décio Krause  wrote:
> Excelente, Hugo. Certamente todos reconhecemos o excelente trabalho de todos 
> vocês.
> Obrigado.
> D
>
>
>
> --
> Décio Krause
> Departamento de Filosofia
> Universidade Federal de Santa Catarina
> 88040-900 Florianópolis - SC - Brasil
> http://www.cfh.ufsc.br/~dkrause
> --
>
> Em 08/04/2012, às 12:36, hugo...@ime.usp.br escreveu:
>
>> Caros colegas,
>>
>> Escrevo este email com o aval de Joao Marcos, Rodrigo Freire, Samuel
>> Gomes, Valeria de Paiva.
>>
>> Tenho a grande satisfacao de informar-lhes que nos ultimos dias tem sido  
>> construida, sob ambiente de intensa e cordial colaboracao, uma
>> proposta unica para o(s) Qualis-Logica que funde as propostas de 2
>> grupos RSV (Rodrigo, Samuel e Valeria) e JM (Joao Marcos). Como a situacao
>> do Qualis-FI (Filosofia) ja foi definida (atualizacao
>> efetivada na quinta-feira 5/4), esta proposta se refere aos Qualis CC
>> e MA (Ciencia da Computacao e Matematica) e sera enviada com urgencia, (e 
>> provalvelmente pela SBL) na segunda-feira (9/4). Nesta proposta constam: 
>> tabela com 70 revistas de logica e carta detalhada a ser enviada a Capes
>> justificando as demandas da nossa comunidade de logicos do Brasil.
>> Os colegas Joao Marcos e Rodrigo Freire enviarao em breve os links com esses 
>> dados.
>>
>> Atenciosamente,
>> (e boa Pascoa)
>> Hugo Mariano
>>
>> Hugo Luiz Mariano 
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Marcelo Finger
 Departamento de Ciencia da Computacao
 Instituto de Matematica e Estatistica
 Universidade de Sao Paulo
 Rua do Matao, 1010
 05508-090    Sao Paulo, SP     Brazil
 Tel: +55 11 3091-9688, 3091-6135, 3091-6134 (fax)
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Re: [Logica-l] onde estão os filósofos brasileiros?

2012-04-09 Por tôpico Joao Marcos
> José Guilherme Merquior.

Grato pela correção!

> Mario  Ferreira dos Santos é um queridinho da direita.

Não obstante, é o único "lógico" do panteão de notáveis filósofos
falecidos! (o que só demonstra que lógicos possivelmente vivem para
sempre)

JM

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[Logica-l] Curso de Greg Chaitin

2012-04-09 Por tôpico Francisco Antonio Doria
Terça feira (amanhã) Greg Chaitin começa o curso dele no HCTE: decania do
CCMN, sala um, dez horas. Entrada liberada, e damos certificado aos de
fora.

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fad

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Re: [Logica-l] Homeopatia é ciência? Se funcionar, precisa ser ciência?

2012-04-09 Por tôpico Francisco Antonio Doria
O que receio em discussões como essa, são definições estritas demais para
ciência. Ciência, método científico - tudo isso se autodefine na prática.

On Sun, Apr 8, 2012 at 8:06 PM, Josué Souza Tourinho Junior <
josue.touri...@gmail.com> wrote:

> Os artigos sobre homeopatia, na revista de homeopatia, podem rebater o
> quanto quiserem, mas provar que ainda há essa substância e com ação
> farmacoterapêutica... Eles já mostrarem a biodisponibilidade de algum
> medicamento homeopático? Sim, porque todo medicamento presente no mercado é
> biotransformado para ser excretado, e somente uma parte dele vai promover
> efeito terapêutico no seu local de ação, antes de ser excretado. Será que
> na diluição proposta, caso haja alguma molécula, quanto dela ainda sobrará
> pós biotransformação? Qual é o índice terapêutico dessas formulações?
> Infelizmente, a homeopatia só tem efeito placebo, que existe, contudo, a
> sintomatologia relatada desaparecia mesmo se ninguém tomasse nada.
>
> É mais grave ainda: quando um paciente dá entrada no hospital com quadro
> grave de penumonia, por exemplo, é mandado ministrar dipirona na veia. Ué,
> por que o médico homeopata não prescreve homeopatia? Funciona tão bem, não
> é? Pode substituir o tratamento alopático, não pode? Enquanto não forem
> apresentados dados concretos da ação terapêutica, com metodologia séria de
> como foi evidenciada essa ação, não há motivo algum para a comunidade
> científica adotar como eficaz o que já se descreveu sobre as formulações
> homeopáticas. De fato, se funcionar, como geralmente é relatado, não
> significa ainda que é algo verificado pela ciência. Mas teríamos o fato e
> pela ciência chegaríamos às conclusões do suposto mecanismo de ação.
> Contudo, só há relatos e debates filosóficos, e eu ainda não li nada de
> revelante que suporte alguma eficácia sobre o medicamento homeopático.
> Quando for apresentado esses dados, eu serei o primeiro a dizer: é verdade,
> homopatia é um tratamento alternativo válido. Por enquanto não dá para
> dizer isso. Por enquanto, não dá para tratar doenças e graves com
> homeopatia.
>
> Em 8 de abril de 2012 17:42, Tony Marmo  escreveu:
>
> > Nesta mesma lista eu já apresentei uma dentre muitos artigos que rebatem
> > esse argumento da ausência da substância após as diluições. Essa objeção
> é
> > muito fraca em vista do que já se sabe sobre as diluições dinamizadas com
> > água como solvente. Recomendo a você ler esses artigos mais avançados que
> > achará, entre outros periódicos, na revista Homeopathy:
> >
> >
> >
> http://www.elsevier.com/wps/find/journaldescription.cws_home/623042/description
> >
> > Em 8 de abril de 2012 11:04, Josué Souza Tourinho Junior <
> > josue.touri...@gmail.com> escreveu:
> >
> >> Bom, eu sou estudante de farmácia e já trabalho com farmacologia
> clínica e
> >> a experiência me mostra que ainda não se provou eficiência alguma nos
> >> "métodos homeopáticos": até porque com a diluição proposta, não há mais
> >> uma
> >> molécula para contar algum mecanismo de ação. E, olha, que em hospital,
> os
> >> medicamentos homeopáticos seriam uma alternativa - pois são mais
> baratos e
> >> não tem efeitos adversos (claro, não tem mais molécula alguma). Estou
> >> colocando um vídeo de discussão, que não é científico, mas tem uma
> >> linguagem bastante simples para mostrar em evidências que não dá para
> >> argumentar à luz da ciência, a precisão ou reprodutibilidade dos
> "métodos
> >> homeopáticos".
> >>
> >> http://www.youtube.com/watch?v=ZOTUtViWfF8
> >>
> >> --
> >> *"**Há muito tempo que decidi não seguir os passos de ninguém. Se eu
> >> perder
> >> ou ganhar, pelo menos foi do meu jeito"*. Viste também:
> >> http://keepoutbox.blogspot.com
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> *"**Há muito tempo que decidi não seguir os passos de ninguém. Se eu perder
> ou ganhar, pelo menos foi do meu jeito"*. Viste também:
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Re: [Logica-l] Homeopatia é ciência? Se funcionar, precisa ser ciência?

2012-04-09 Por tôpico Josué Souza Tourinho Junior
"Os remédios homeopáticos *sempre passaram por experimentos
controlados*desde  que a homeopatia foi inventada. Aliás, os testes
*começam com indivíduos
sadios*, conforme já expliquei, e *somente depois que comprovadamente causam
sintomas nos sadios* *são usados para combater os mesmos sintomas em
pessoas doentes*".

Uma coisa causa sintoma e é usada para combater sintoma? Hã?

A revista The Lancet, uma das mais prestigiosas publicações da área médica,
resolveu declarar guerra contra a homeopatia. O fogo cerrado, na edição
desta semana, vem em três frentes.

A primeira é um artigo que joga um novo banho de água fria nos adeptos da
terapia. De acordo com o estudo, os efeitos clínicos do método são
compatíveis com os do placebo.

Mathias Egger, da Universidade de Berna, na Suíça, e colegas compararam 110
experimentos do uso de remédios homeopáticos com controle por placebo com
outros 110 em que foram aplicados tratamentos pela medicina convencional,
para doenças e situações semelhantes, de infecções respiratórias a
anestesias em cirurgias.

Os efeitos dos tratamentos foram analisados após a divisão em grupos
pequenos com experimento de menor qualidade e grupos maiores com
experimentos de melhor qualidade. Os pesquisadores verificaram mais efeitos
benéficos no primeiro caso em relação ao segundo, tanto para quem foi
tratado por homeopatia quanto por alopatia.

Entretanto, quando a análise se restringiu aos grupos maiores com
experimentos de melhor qualidade, não foi identificada evidência
convincente de que a homeopatia seria superior ao placebo. “Os resultados
são compatíveis com a noção de que os efeitos clínicos da homeopatia são
efeitos placebo.”

Relatório polêmico

Em editorial com o título “O fim da homeopatia”, The Lancet diz que o mais
surpreendente não são os resultados do estudo, mas que o debate continue
após “150 anos de resultados desfavoráveis” à homeopatia.

O método foi criado no fim do século 18 pelo médico alemão Samuel Hahnemann
(1755-1843). Para a revista, é curioso que “quanto mais diluídas se tornam
as evidências da homeopatia, aparentemente maior é a sua popularidade.”
Segundo os editores, apesar de não haver comprovações científicas dos
benefícios da terapia, ela não apenas é muito popular em todo o mundo como
seu uso tem crescido nos últimos anos.

Os editores da revista lembram que, apesar de por muito tempo ter havido
uma complacência com o método homeopático, o cenário tem mudado
recentemente. Em 2000, o Comitê Parlamentar em Ciência e Tecnologia do
Reino Unido emitiu um relatório ressaltando que “qualquer terapia que
afirme ser capaz de tratar de condições específicas deve mostrar evidência
de que isso será feito acima e além do efeito placebo”. O governo suíço foi
além. Após a divulgação de um estudo clínico de cinco anos, decidiu retirar
a cobertura dos tratamentos homeopáticos do sistema de saúde nacional.

A revista faz um alerta incisivo. “São as atitudes dos pacientes e dos
profissionais de saúde que aumentam o perigo da escolha de terapias
alternativas, criando uma ameaça maior para o tratamento convencional – e
ao bem-estar dos pacientes –, mais do que os argumentos artificiais dos
supostos benefícios de diluições absurdas. (...) Agora, os médicos precisam
ser corajosos e honestos com seus pacientes a respeito da ausência de
benefícios da homeopatia.”

Em reportagem,The Lancet ataca um recente relatório preliminar publicado
pela Organização Mundial da Saúde (OMS), feito pelo mesmo grupo que avaliou
a acupuntura em 2003, em outra análise controversa.

O relatório da OMS sobre homeopatia, Homoeopathy: review and analysis of
reports on controlled clinical trials, afirma que o método terapêutico se
mostrou superior ao placebo em experimentos controlados e “equivalente à
medicina convencional no tratamento de doenças, tanto em homens quanto em
animais”.

Os críticos não pouparam palavras. “O relatório é baseado em dados
positivos e esquece os negativos encontrados em outros estudos”, disse
Edzard Ernst, da Escola Médica Península, do Reino Unido. “A OMS não
deveria promover a homeopatia, da mesma forma que o fez com a acupuntura.”

A OMS se defende ao afirmar que o relatório, além de preliminar, tem o
objetivo de estimular mais pesquisas sobre o assunto. “Nossa proposta é
melhorar as abordagens das pesquisas e levar a estudos clínicos mais
apropriados”, disse Xiaorui Zhang, que coordenou a análise da OMS.
*Fonte: Agencia Fapesp , 28/08/2005.*
Ver também:
http://www.parana-online.com.br/canal/vida-e-saude/news/136753/?noticia=CIENTISTAS+CONTESTAM+EFICACIA+DA+HOMEOPATIA


“A Organização Mundial de Saúde (OMS) endossou uma carta enviada pela
organização Voice of Young Science
Network,
condenando a promoção do uso de homeopatia para o tratamento de malária,
tuberculose, Aids, influenza e diarreia infantil em países em
desenvolvimento, principalmente na África ao sul do Saara. Segundo a re