Re: [Logica-l] Prof. Newton

2013-06-07 Por tôpico Decio Krause
Ups, esqueci o video...

http://youtu.be/9uMzlQMns4E


Décio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause








Em 07/06/2013, às 11:48, didimo.george escreveu:

> Onde está o vídeo?
> 
> 
> Abs,
> D.
> Em 06/06/2013 22:37, Décio Krause < deciokra...@gmail.com > escreveu:
> Caros
> Um vídeo gravado por um aluno nosso do Prof. Newton em aula. Como sempre, 
> incrível. Aproveitem, e virão outros.
> Abraços
> D
> 
> 
> 
> --
> Décio Krause
> Departamento de Filosofia
> Universidade Federal de Santa Catarina
> 88040-900 Florianópolis - SC - Brasil
> http://www.cfh.ufsc.br/~dkrause
> --
> ___
> Logica-l mailing list
> Logica-l@dimap.ufrn.br
> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l
> 

___
Logica-l mailing list
Logica-l@dimap.ufrn.br
http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l


Re: [Logica-l] Grupo = Modelo de ZF ?

2013-05-25 Por tôpico Decio Krause
Sim, mas o que tem L-S com isso?
O fato é que uma estrutura de grupo não pode  modelar ZF, senão daria o maior 
angú.
D


Décio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause








Em 25/05/2013, às 12:24, Joao Marcos escreveu:

>> O predicado ao qual você se refere é uma fórmula da linguagem de ZF
>> e as estruturas que o satisfazem são conjuntos de ZF. A pegadinha é que
>> seriam modelos de ZF. Não são: em ZF podemos provar que, dado um
>> cardinal $\alpha$ qualquer, há sempre um cardinal estritamente maior do
>> que $\alpha$. E nos grupos, não podemos ultrapassar o cardinal do
>> domínio...assim, a estrutura não pode modelar ZF.
> 
> Mas Décio, não sabemos por Löwenheim-Skolem na forma descendente que
> há modelos enumeráveis para ZF?
> 
>> Essas coisas são interessantes e não estão nos livros, infelizmente.
> 
> Bem, ao menos o Paradoxo de Skolem já foi bem debatido:
>  http://en.wikipedia.org/wiki/Skolem's_paradox
> É de fato muito interessante.
> 
> Abraços, JM
> 
> -- 
> http://sequiturquodlibet.googlepages.com/

___
Logica-l mailing list
Logica-l@dimap.ufrn.br
http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l


Re: [Logica-l] Grupo = Modelo de ZF ?

2013-05-25 Por tôpico Decio Krause
Eu diria "na trave", Samuel. Na verdade, se um grupo é um conjunto, precisamos 
de ZF. O predicado ao qual você se refere é uma fórmula da linguagem de ZF e as 
estruturas que o satisfazem são conjuntos de ZF. A pegadinha é que seriam 
modelos de ZF. Não são: em ZF podemos provar que, dado um cardinal $\alpha$ 
qualquer, há sempre um cardinal estritamente maior do que $\alpha$. E nos 
grupos, não podemos ultrapassar o cardinal do domínio...assim, a estrutura não 
pode modelar ZF. Mas que é gozado isso é. Depois,como sabe, "modelos" de ZF não 
são "modelos" no sentido comum da palavra (estruturas que satisfazem os 
axiomas), se forem pensados como estrutura EM ZF.
Outra coisa que confunde os filósofos: eles falam em teorias científicas e de 
seus modelos (abordagem semântica) e pensam que esses modelos estão descritos 
pela teoria de modelos de Tarski, ou seja, que seriam estruturas elementares. 
Não são. Devem ser estruturas de ordem superior, e como se sabe não temos uma 
"teoria" de tais estruturas. Já um espaço topológico, uma boa ordem...não são 
estruturas elementares. 
Essas coisas são interessantes e não estão nos livros, infelizmente.
Abraços
D



Décio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause








Em 25/05/2013, às 12:01, sam...@ufba.br escreveu:

> Olás,
> 
> Minha resposta à pergunta do Decio, de sopetão, seria: um grupo deveria ser 
> um conjunto que satisfaz uma fórmula (de primeira ordem, com apenas uma 
> variável livre, etc.) que diz
> 
> "x é grupo"
> 
> (os três axiomas de grupos; se preferirmos, pensamos numa terna (x,.,e) e 
> dizemos que a terna é o grupo, etc.)
> 
> portanto seria apenas um conjunto, não um modelo de ZF.
> 
> (Como conjunto, portanto "membro do universo", os axiomas de ZF atuam nele, 
> obviamente, mas dizer que ele é um grupo é mais ou menos como dizer que um 
> número natural é par ou ímpar, seria uma propriedade de um objeto da teoria)
> 
> Ou seja: modelos de grupos seriam "apenas" tipos especiais de conjuntos.
> 
> Mas essa é só uma visão "prática", inclusive acredito que seja assim que os 
> "set theorists" pensam (eu pelo menos penso assim), mas não tenho bagagem 
> filosófica para defendê-la. 8-)
> 
> Atés,
> 
> []s  Samuel
> 
> 
> 
> 
> Universidade Federal da Bahia - http://www.portal.ufba.br
> 
> ___
> Logica-l mailing list
> Logica-l@dimap.ufrn.br
> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l

___
Logica-l mailing list
Logica-l@dimap.ufrn.br
http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l


Re: [Logica-l] Em que sentido a Teoria dos Conjuntos seria um "Fundamento" para a Matemática?

2013-05-25 Por tôpico Decio Krause
Então eu coloco uma. Suponha uma teoria das usuais, como grupos. Podemos pensar 
a teoria de grupos como envolvendo as seguintes categorias de axiomas (é apenas 
uma das alternativas, claro): 1) os da lógica elementar (pois necessitamos 
fazer inferências e coisas do tipo), 2) os de uma teoria como ZF (pois um grupo 
é um par ordenado, a operação binária é uma função, etc), e 3) os específicos 
de grupos. Pois bem: A) um modelo disso (ou seja, um grupo) deve "modelar" 
todos esses axiomas? B) se assim for, será um "modelo" de ZF e, neste caso, C) 
como podemos ter um modelo de ZF em ZF (suposto consistente)? D) ou então um 
modelo de grupos (um grupo) não é um conjunto como se pensa em geral (quando se 
pensa nisso)?
E) Como ZF pode estar na base de tal teoria, e das demais, se não for assim?
O que acham?
Abraço
D


Décio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause








Em 25/05/2013, às 10:54, Joao Marcos escreveu:

> In What Sense is Set Theory a ‘Foundation’ for Mathematics?
> http://mathoverflow.net/questions/131835/in-what-sense-is-set-theory-a-foundation-for-mathematics
> 
> É uma boa pergunta, e pode dar mote a uma discussão de interesse para
> membros desta lista.
> 
> JM
> ___
> Logica-l mailing list
> Logica-l@dimap.ufrn.br
> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l

___
Logica-l mailing list
Logica-l@dimap.ufrn.br
http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l


Re: [Logica-l] Quantificadores vagos

2013-05-22 Por tôpico Decio Krause
Manuel
Eu sei que o Hercules Feitosa (e colegas) tem realizado vários trabalhos com 
diversos tipos de quantificadores. Talvez ele possa dar informações: Hércules 
de Araujo Feitosa 

Abraço
D


Décio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause








Em 22/05/2013, às 06:08, Manuel Doria escreveu:

> Prezados membros da lista,
> 
> Poderiam me sugerir alguma referência interessante sobre o tratamento
> formal de quantificadores vagos ("muitos", "poucos", etc). Numa pesquisa
> rápida, encontrei pouca coisa, i.e.:
> 
> http://www.academia.edu/3187796/Many_quantifiers
> http://semantics.uchicago.edu/kennedy/classes/s06/readings/grim05.pdf
> 
> Um forte abraço.
> ___
> Logica-l mailing list
> Logica-l@dimap.ufrn.br
> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l

___
Logica-l mailing list
Logica-l@dimap.ufrn.br
http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l


Re: [Logica-l] DORA

2013-05-22 Por tôpico Decio Krause
Em nossa área (filosofia), há um discurso de que ela seria um tanto peculiar e 
que as aferições não deveriam se pautar pela publicação em revistas de 
excelência (sem entrar no mérito de fatores de impacto), mas que a "atividade 
típica" de um filósofo seria a da reflexão e (a nem sempre consequência) 
produção de um livro, geralmente em português, publicado muitas vezes pelo 
próprio autor. Gostaria de saber o que acham disso. Eu não concordo, pois penso 
que os critérios são exatamente os mesmos para todas as áreas, já que há 
revistas e mais revistas de todas as qualidades, e quem trabalha pode muito bem 
publicar com certa regularidade. Em particular, constato que nossos filósofos 
(em geral, pois há excelentes exceções) quase não publicam, muitos sendo 
considerados suficientemente bons (por default) para se darem ao trabalho de 
enviar um artigo para uma revista conceituada (já pensaram se vier uma crítica 
a essa eminência?). 
À parte questões como as postas nesta discussão (DORA e outras coisas), que 
creio são relevantes e que os critérios precisam ser mesmo repensados, não acho 
que podemos fugir do óbvio, ou seja, que um pesquisador deve procurar divulgar 
as suas ideias para fora de seu quintal ou núcleo de conforto, dando a cara ao 
tapa. Quem não faz isso regularmente pode ser chamado de "pesquisador" ou pior, 
manter uma bolsa do CNPq?
Aproveito a discussão presente para cutucar o seguinte aspecto da questão, que 
nos diz respeito diretamente. O que qualificaria um pesquisador 1, 2 do CNPq 
por exemplo como tal? Os critérios atualmente utilizados precisam ser 
repensados? Devemos manter os que lá estão, muitas vezes em altas posições, 
mesmo que sem uma produção regular aceitável, somente porque "um dia foram 
bons" tendo em vista a turma nova que está competindo internacionalmente e que 
está com poucas chances de competir aqui por uma bolsa?
Os critérios vigentes vão até 2014 (logo, ano que vem podem ser alterados), e 
podem ser vistos em 
http://www.cnpq.br/web/guest/criterios-de-julgamento;jsessionid=D19365589EFB92023A743D767BCA3F54?p_p_id=101_INSTANCE_18Nx&p_p_lifecycle=0&p_p_state=normal&p_p_mode=view&p_p_col_id=column-3&p_p_col_pos=2&p_p_col_count=3&_101_INSTANCE_18Nx_delta=10&_101_INSTANCE_18Nx_keywords=&_101_INSTANCE_18Nx_advancedSearch=false&_101_INSTANCE_18Nx_andOperator=true&cur=5#

Abraços,
D


Décio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause








Em 22/05/2013, às 09:37, Mario Benevides escreveu:

> http://am.ascb.org/dora/
> 
> -- 
> Federal University of Rio de Janeiro
> www.cos.ufrj.br/~mario
> ___
> Logica-l mailing list
> Logica-l@dimap.ufrn.br
> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l

___
Logica-l mailing list
Logica-l@dimap.ufrn.br
http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l


[Logica-l] "saber" algo

2013-05-01 Por tôpico Decio Krause
Oi, Carlos
Sim, concordo que não se pode definir precisamente o "saber física" ou o que 
quer que seja. Também não me refiro a saber simplesmente fazer as contas, ou 
saber vários teoremas de cabeça em matemática. Isso é bom, mas um filósofo pode 
consultar um especialista caso precise; mas ele deve saber falar com ele... É 
tudo meio vago, mas creio que eu iria para um entendimento dos conceitos, dos 
problemas, mais ou menos segundo o que você fala. Quanto à história, eu não a 
acho chata, mas fascinante, e nossos historiadores da filosofia fazem um 
trabalho importante e bonito, ainda que, na minha opinião,  em grande parte 
bastante regional (mas veja os escritos do Pablo Mariconda sobre Galileu por 
exemplo, ou os do Augusto Videira sobre vários temas, etc.). Augusto e eu 
editamos um volume da Boston Studies com os brasileiros, conhece? Há excelentes 
trabalhos nele. (Link abaixo).
Talvez a história da filosofia seja a alma de um curso de filosofia,  mas a 
questão é que não se pode ficar nisso, ou todos fazendo isso; há que 
diversificar, haver filosofia da física, da matemática, da biologia, etc., mas 
isso é por demais óbvio para insistir. Espero ter deixado claro o meu ponto. 
Veja o livro em

http://www.amazon.com/Brazilian-Studies-Philosophy-History-Science/dp/9048194210/ref=sr_1_1?s=books&ie=UTF8&qid=1367414478&sr=1-1&keywords=Krause+Videira

Abraços
D


Décio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause








Em 30/04/2013, às 22:50, Carlos Gonzalez escreveu:

> Prezado Décio,
> 
> Uma lista impressionante de contribuidores à filosofia da ciência.
> 
> E se eu tiver que explicitar mais um único nome dos teus "etc.",
> colocaria Nancy Cartwright, simplesmente pela afinidade que eu tenho
> com o pensamento dela. Por exemplo, a ideia de "simulacrum" não
> influencia tendências nem a posições platônicas nem a confusões com o
> platonismo, como tem acontecido, por exemplo, com a noção de
> "estrutura". Mas posições são posições e uma afirmação do tipo "Gödel
> era platonista" nunca pode ser uma crítica.
> 
> A dúvida que fica em mim com relação a saber física para poder fazer
> filosofia da física tem relação com o que significa "saber física" na
> minha cabeça. Assim como penso que saber fazer contas não é saber
> matemática, fazer contas na base de equações de uma teoria física
> penso que não é sinônimo de saber física. Ou, numa analogia mais
> prática, seguir uma série de regras práticas de laboratório para
> sintetizar um composto pode ser realizado sabendo quase nada de
> química. Quando uma pessoa fica olhando para uma fórmula
> físico-matemática escrita no quadro, as vezes me lembro do cachorro ao
> qual uma pessoa indica um objeto com o dedo e o cachorro fica olhando
> para o dedo indicador. Tem de ver o que está atrás da fórmula, atrás
> do experimento.
> 
> Mas a física é muitas vezes muito mal compreendida, formando parte de
> uma mal compreensão da ciência empírica. Teve um psicólogo que
> escreveu: "o mundo do físico é o laboratório" (e ele não era
> comportamentalista, mas psicoanalista!). Não passa de uma maneira um
> pouco mais sofisticada que a expressão "rato de laboratório".
> 
> Com relação a:
> "Mas a grande maioria é composta por historiadores mesmo. Não sei se é opção."
> 
> É claro que a história como uma sequência cronologicamente ordenada de
> eventos, e nada mais,  é uma chatície. O que eu posso falar em defesa
> dos meus artigos histórico-filosóficos da ciência é que a gênese e a
> dinâmica do desenvolvimento de conceitos fundamentais da ciência, de
> teorias científicas, de concepções científicas do mundo, de modelos,
> paradigmas e simulacros, pretende ir além da mera cronologia tentando
> elucidar alguma coisa no complexo processo do conhecimento humano. Se
> consigo ou não isso, ou até que ponto consigo isso, tem de ver com a
> minhas limitações, testemunhada pelas minhas modestas contribuições
> que não merecem, sinceramente, mais que um "muitos outros". O que eu
> sim posso afirmar que acho fascinante esse tipo de pesquisa, vendo
> gestar, nascer e crescer teorias cientificas, entre as criaturas mais
> maravilhosas e belas nascidas do pensamento humano.
> 
> Abraços
> 
> Carlos
> 
> 2013/4/30 Decio Krause :
>> Caros
>> Os filósofos da ciência que leio sabem do que falam: Suppes, Mittelsteadt, 
>> Dalla Chiara, Butterfield, Saunders, Tian Cao, Toraldo di Francia, Hughes, 
>> Bitbol, French, Putnam, Einstein, Schrödinger, Heisenberg, Ghirardi, Bohr, 
>> Isham, etc etc. A escolha é nossa.

Re: [Logica-l] Doria

2013-05-01 Por tôpico Decio Krause
De acordo que é muito complexo Manuel.
D


Décio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause








Em 01/05/2013, às 01:24, Manuel Doria escreveu:

> Professor Décio, não acredito que possa ser formulada uma definição que não 
> seja question-begging e circular de 'autoridade relevante'
> 
> Como uma tentativa grosseira, eu pensaria em algo como:
> 
> x é uma autoridade em uma atividade A = df x é excelente na atividade A & x é 
> reconhecido por um threshold n de autoridades de A pessoalmente 
> desinteressadas em x como uma autoridade em A
> 
> Essa definição é recursiva e visa capturar a intuição de que experts se 
> reconhecem caso não tenham interesses pessoais conflituosos, inveja, etc.
> 
> Mas enfim, 3 décadas de psicologia cognitiva mostram que nós largamente não 
> pensamos através de definições. Podemos descrever um exemplar saliente, 
> protótipo ou estereótipo de 'autoridade relevante'. Essas estruturas são 
> tradicionalmente representadas como uma soma vetorial em um espaço 
> multidimensional. Os que mais se distanciarem espacialmente da 'autoridade 
> relevante' exemplar ou prototípica vão ser considerados como autoridades bona 
> fide menos relevantes.
> 
> A idéia de expertise está ligada à excelência em uma prática. 'Práticas' 
> nesse sentido, me apropriando de Alasdair MacIntyre, são atividades 
> socialmente distribuídas e orientadas a objetivos (chutar aleatoriamente uma 
> bola na parede para MacIntyre não seria uma 'prática', em comparação a jogar 
> futebol). Daí surgem espontaneamente testes de litmo, standards de avaliação 
> coletivos que determinam a performance numa prática. Mesmo para atividades 
> congeladas no tempo, (como o jogo de xadrez há mais de um século) seus 
> standards de avaliação podem continuar mudando dado o caráter cumulativo do 
> conhecimento - experts de hoje aprendem com os de ontem - e a presença de 
> outras práticas que interferem na excelência desta - como novas técnicas de 
> preparação física para atletas mesmo em esportes cujas comissões reguladores 
> mantém suas regras incólumes há décadas.
> 
> Enfim, esse é um assunto muito complexo.
> 
> Um forte abraço.
> 
> 
> 2013/4/30 Décio Krause 
> Manuel
> Como se distingue entre "autoridades relevantes" e "não-relevantes"?
> D
> 
> 
> 
> --
> Décio Krause
> Departamento de Filosofia
> Universidade Federal de Santa Catarina
> 88040-900 Florianópolis - SC - Brasil
> http://www.cfh.ufsc.br/~dkrause
> --
> 
> Em 30/04/2013, às 15:14, Manuel Doria  escreveu:
> 
>> O problema do *argumentum ad verecundiam* é o apelo para autoridades *
>> inadequadas*. Essa é a instância falaciosa. Não há, em geral, problema em
>> 
>> apelar para autoridades relevantes. Serve como proxy para uma justificação
>> do argumento. O argumento pode ser sound não em virtude da autoridade ter
>> determinado diploma ou título mas por ter as competências necessárias para
>> ter realizado com veracidade determinado proferimento.   Isso é o que
>> permite a racionalidade na atitude de se confiar na opinião de
>> especialistas.
>> 
>> Não creio que a crítica que foi feita é de que não pode-se ser filósofo da
>> ciência sem ser cientista de formação, mas sim que filósofos da ciência
>> precisam estudar ciência. Muita filosofia da ciência é feita de forma
>> apriorística, como se fosse autônoma do conteúdo empírico das teorias
>> científicas, o que é um absurdo.
>> 
>> Thomas Kuhn, James Ladyman e vários outros célebres filósofos da ciência
>> têm/tiveram uma formação científica. Outros adquiram o expertise necessário
>> de forma diletante, como dois dos mais renomados filósofos da biologia
>> contemporâneos, Alex Rosenberg e John Wilkins.
>> 
>> Ter uma formação científica também de forma alguma é garantia para manejar
>> de forma intelectualmente responsável as questões metafísicas e
>> epistemológicas fundamentais de sua própria disciplina. Como exemplo, uma
>> série de disparates que o físico Lawrence Krauss falou a respeito da
>> filosofia em geral no último ano; outro filósofo-cientista que gosto muito,
>> Massimo Pigliucci, possui um resumo da novela:
>> http://rationallyspeaking.blogspot.com.br/2012/04/lawrence-krauss-another-physicist-with.html
>> 
>> Lawrence Krauss depois publicou um mea culpa depois de puxões de orelha por
>> parte de amigos seus e filósofos:
>> http://www.scientificamerican.com/article.cfm?id=the-consolation-of-philos
>> 
>> Muito do ensinado no Halliday não é ensinado no EM. Em Física I, por
>> exemplo, problemas de mecânica com massa variável exigem Cálculo. Mas eu
>> diria que o grosso e mais interessante de um bacharelado em Física é
>> aprender a manejar o formalismo analítico canônico - algo que é mais raro
>> de ser estuda

Re: [Logica-l] Filosofia da ciencia

2013-04-30 Por tôpico Decio Krause
Yuri
Claro que sim. Veja o livro do Paty: "Einstein, filósofo"
http://www.amazon.com/Einstein-philosophe-philosophique-Philosophie-daujourdhui/dp/2130448534/ref=sr_1_5?s=books&ie=UTF8&qid=1367348518&sr=1-5&keywords=michel+paty

Lembre que o debate Einstein-Bohr é considerado por muitos como o maior debate 
FILOSÓFICO do século XX (recomendo o excelente livro do Kumar 
(http://www.amazon.com/Quantum-Einstein-Debate-Nature-Reality/dp/0393339882/ref=sr_1_4?s=books&ie=UTF8&qid=1367348665&sr=1-4&keywords=kumar).

 E o que falar de John Bell, da não-localidade, dos no-go theorems, das várias 
interpretações da MQ, etc.? Pura filosofia!!!
Abraço

D




Décio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause








Em 30/04/2013, às 15:16, yuri lumer escreveu:

> E por falar nele, Einstein, conta como filósofo?
> Em 30/04/2013 15:13, "Famadoria"  escreveu:
> 
>> E Michel Paty? Que acha dele?
>> 
>> Sent from my iPhone
>> 
>> On 30/04/2013, at 13:54, Julio Fontana 
>> wrote:
>> 
>>> Vou excluir dos filósofos da ciência (menciono somente os brasileiros!!)
>> Alberto Oliva e Luiz Henrique de A. Dutra. E dos historiadores da ciência
>> Pablo Mariconda  e Carlos A. R. Nascimento. Essa lista tem cada um!!
>>> 
>>> Julio Fontana
>>> ___
>>> Logica-l mailing list
>>> Logica-l@dimap.ufrn.br
>>> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l
>> ___
>> Logica-l mailing list
>> Logica-l@dimap.ufrn.br
>> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l
>> 
> ___
> Logica-l mailing list
> Logica-l@dimap.ufrn.br
> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l

___
Logica-l mailing list
Logica-l@dimap.ufrn.br
http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l


Re: [Logica-l] Doria

2013-04-30 Por tôpico Decio Krause
Interessante, Manuel. Concordo com tudo o que diz. Não sabia do mea culpa do 
Krauss, que aliás é excelente, apesar de algumas ideias malucas veiculadas, 
como você chamou a atenção. 
Obrigado.
Já quanto ao bacharelado em ciências (física, química, matemática...que coloco 
como ciência), me parece que faltam cursos de fundamentos e de história dessas 
disciplinas. Os alunos de matemática em geral nunca ouviram falar de ZF, ou de 
lógica. Pode isso? Os de química, de MQ, apesar de estudarem a tabela 
periódica, etc etc. Ainda estamos na era das cavernas.
D


Décio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause








Em 30/04/2013, às 15:14, Manuel Doria escreveu:

> O problema do *argumentum ad verecundiam* é o apelo para autoridades *
> inadequadas*. Essa é a instância falaciosa. Não há, em geral, problema em
> apelar para autoridades relevantes. Serve como proxy para uma justificação
> do argumento. O argumento pode ser sound não em virtude da autoridade ter
> determinado diploma ou título mas por ter as competências necessárias para
> ter realizado com veracidade determinado proferimento.   Isso é o que
> permite a racionalidade na atitude de se confiar na opinião de
> especialistas.
> 
> Não creio que a crítica que foi feita é de que não pode-se ser filósofo da
> ciência sem ser cientista de formação, mas sim que filósofos da ciência
> precisam estudar ciência. Muita filosofia da ciência é feita de forma
> apriorística, como se fosse autônoma do conteúdo empírico das teorias
> científicas, o que é um absurdo.
> 
> Thomas Kuhn, James Ladyman e vários outros célebres filósofos da ciência
> têm/tiveram uma formação científica. Outros adquiram o expertise necessário
> de forma diletante, como dois dos mais renomados filósofos da biologia
> contemporâneos, Alex Rosenberg e John Wilkins.
> 
> Ter uma formação científica também de forma alguma é garantia para manejar
> de forma intelectualmente responsável as questões metafísicas e
> epistemológicas fundamentais de sua própria disciplina. Como exemplo, uma
> série de disparates que o físico Lawrence Krauss falou a respeito da
> filosofia em geral no último ano; outro filósofo-cientista que gosto muito,
> Massimo Pigliucci, possui um resumo da novela:
> http://rationallyspeaking.blogspot.com.br/2012/04/lawrence-krauss-another-physicist-with.html
> 
> Lawrence Krauss depois publicou um mea culpa depois de puxões de orelha por
> parte de amigos seus e filósofos:
> http://www.scientificamerican.com/article.cfm?id=the-consolation-of-philos
> 
> Muito do ensinado no Halliday não é ensinado no EM. Em Física I, por
> exemplo, problemas de mecânica com massa variável exigem Cálculo. Mas eu
> diria que o grosso e mais interessante de um bacharelado em Física é
> aprender a manejar o formalismo analítico canônico - algo que é mais raro
> de ser estudado de forma diletante.
> 
> Um forte abraço.
> 
> 
> 2013/4/30 Julio Fontana 
> 
>> Aqui no Brasil o debate sempre acaba "evoluindo" do ad hominem para os
>> argumentos de autoridade.
>> E quer dizer que para ser filósofo da ciência tem que ser físico. A
>> maioria dos físicos não conhecem filosofia e não conhecem história da
>> ciência. Uma graduação em física não quer dizer nada. Em muitas faculdades
>> de física o curso é o mesmo que o de engenharia. Talvez o cara saiba melhor
>> a parte computacional da física. O que que tem no Halliday que não tenha
>> sido ensinado no EM?
>> 
>> Julio Fontana
>> ___
>> Logica-l mailing list
>> Logica-l@dimap.ufrn.br
>> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l
>> 
> ___
> Logica-l mailing list
> Logica-l@dimap.ufrn.br
> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l

___
Logica-l mailing list
Logica-l@dimap.ufrn.br
http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l


Re: [Logica-l] Doria

2013-04-30 Por tôpico Decio Krause
Caros
Os filósofos da ciência que leio sabem do que falam: Suppes, Mittelsteadt, 
Dalla Chiara, Butterfield, Saunders, Tian Cao, Toraldo di Francia, Hughes, 
Bitbol, French, Putnam, Einstein, Schrödinger, Heisenberg, Ghirardi, Bohr, 
Isham, etc etc. A escolha é nossa. Os físicos citados por mim são excelentes  
filósofos também. Sim, há que se conhecer razoavelmente bem o assunto, senão 
não dá...
Aqui temos gente boa: Osvaldo Pessoa, da Costa, Chibeni, e vários outros que 
podem fazer ou fazem boa filosofia da ciência. Mas a grande maioria é composta 
por historiadores mesmo. Não sei se é opção. 
O que mais me entristece é que no BR há poucos locais para isso. Pergunto: 
quantos cursos de filosofia da física são dados na USP, UNICAMP, para falar de 
duas das principais? Acho que quase nada, porque é preciso conhecer física para 
tanto. Aqui na UFSC, nossos alunos fazem cursos em outros departamentos e 
conosco mesmo. Eu já revisei com eles cálculo, álgebra linear, reticulados, 
teoria de conjuntos, lógica, o prof. Newton tem falado bastante de física, eu 
mesmo de MQ, temos um colega da Fisica que no momento está dando um curso 
introdutório de MQ aqui na filosofia,  etc etc. Necessário, só assim vejo que 
pode funcionar. Sobram poucos alunos, mas são bons e valem a pena. Isso tudo é 
mesmo para poucos. É o sentido bom e preciso da palavra "elitismo" (ah, antes 
que me venham com algo, temos excelentes alunos de todas as classes e cores). 
Abraços
D





Décio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause








Em 30/04/2013, às 15:09, yuri lumer escreveu:

> Em paralelo pergunto,  pode-se fazer filosofia  metafísica sem sair do
> corpo? rsrs
> 
> Falando sério , tb tenho dúvidas quando vejo algumas problematizações,
> principalmente na sociologia da ciência. Algumas especulações mostram para
> mim uma clara incompreensão,ou de quem fala sobre o objeto, ou minha do que
> se fala..  Tb gostaria de ouvir a opinião dos profissionais.
> 
> SV
> 
> 
> 2013/4/30 Famadoria 
> 
>> Taí, uma boa questão: pode-se fazer fiilosofia da ciência sem conhecer bem
>> alguma ciência?
>> 
>> Não tenho opinião firme sobre o caso. Gostaria de escutar prós e contras.
>> 
>> Sent from my iPhone
>> 
>> On 30/04/2013, at 13:28, Julio Fontana 
>> wrote:
>> 
>>> Aqui no Brasil o debate sempre acaba "evoluindo" do ad hominem para os
>> argumentos de autoridade.
>>> E quer dizer que para ser filósofo da ciência tem que ser físico. A
>> maioria dos físicos não conhecem filosofia e não conhecem história da
>> ciência. Uma graduação em física não quer dizer nada. Em muitas faculdades
>> de física o curso é o mesmo que o de engenharia. Talvez o cara saiba melhor
>> a parte computacional da física. O que que tem no Halliday que não tenha
>> sido ensinado no EM?
>>> 
>>> Julio Fontana
>>> ___
>>> Logica-l mailing list
>>> Logica-l@dimap.ufrn.br
>>> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l
>> ___
>> Logica-l mailing list
>> Logica-l@dimap.ufrn.br
>> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l
>> 
> ___
> Logica-l mailing list
> Logica-l@dimap.ufrn.br
> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l

___
Logica-l mailing list
Logica-l@dimap.ufrn.br
http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l


Re: [Logica-l] 11 dreams for the publishing debate, by Peter Krautzberger

2013-04-25 Por tôpico Decio Krause
Marcelo
Eu acho isso delicado. Se um cara repete as ideias do paper sem mais nada, 
claro que é autoplágio. Mas muitas vezes o assunto não é usual e precisa de 
explicações repetitivas, senão não passa pelos referees.
É o meu caso com os quase-conjuntos: não aguento mais falar disso, mas agora 
parece que está se tornando algo conhecido, pelo menos o pessoal faz 
referências...e eu já preciso falar menos do assunto. 
 Depende do caso...o bom senso dos referees deve mandar.
Abraço
D


Décio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause








Em 25/04/2013, às 21:51, Marcelo Finger escreveu:

> Então como é que v chama aquele cara que faz uma série de papers bem
> parecidos, dá copy&paste nas primeira 8 páginas e muda 2 ou 3 linhas
> de uma definição e prova TUDO de novo pro "novo" sistema?
> 
> Eu uma vez rejeitei um paper por auto-plágio, ou como quer que v chame
> o objeto acima descrito.
> 
> Agora, se mudar a forma da produção científica, então pode.  Por
> exemplo,  uma vez eu vi uma descrição do modelo "não-gutemberg" de
> publicação, em que um paper é disponibilizado na internet JUNTO com os
> comentários e críticas, em que novas versões das partes (seções) vão
> sendo disponibilizadas ou adicionadas e comentadas, e pode-se ter
> versões temporais atualizadas.  A tecnologia para isso nós já temos.
> Só não tempos o modelo de produção que inclua esse bicho.
> 
> Walt Whitman reescreveu e republicou o mesmo livro a vida toda.
> 
> []s
> 
> On Thu, Apr 25, 2013 at 10:22 AM, Famadoria  wrote:
>> Autoplágio é complicado. Dois exemplos: o concerto para violino em mi maior 
>> de Bach, transcrito e transposto para piano/clavicembalo em ré. Duas obras 
>> diversas para os musicólogos. De uma seção do balé As Criaturas de Prometeu, 
>> de Beethoven, repetida, sai o scherzo da Eroica. Ou daFantasia Coral, sai o 
>> grande tema da Ode à Alegria, da Nona...
>> 
>> Sent from my iPhone
>> 
>> On 25/04/2013, at 08:48, Julio Stern  wrote:
>> 
>>> 
>>> JM:
>>> Sobre os sonhos 5 e 6
 5. sharing all our work every way we can
>>> Note que ele conflita com com dois (2) interesses idiotas:
>>> 5a- O interesse das editoras (trivial); 5b- O interesse de Avaliadores 
>>> Mediocres, que queremreduzir seu trabalho a mera Contagem de Papers.Vide 
>>> por exemplo as regras "eticas" do CNPq sobreAuto-Plagio (um obvio oximoro). 
>>>  > 6. publishing in smaller increments
>>> Gostaria de poder publicar em incrementos pequenos, mas emincrementos 
>>> grandes tambem. Os artigos nascem do tamanhoque nascem, cada um eh quem eh, 
>>> com seu jeito e personalidade;eu apenas os escrevo (ou transcrevo)...  
>>> ---Julio Stern
>>> 
 Date: Tue, 23 Apr 2013 22:28:59 -0300
 From: botoc...@gmail.com
 To: logica-l@dimap.ufrn.br
 Subject: [Logica-l] 11 dreams for the publishing debate,by Peter 
 Krautzberger
 
 1. write fewer original-research papers
 2. get real credit for surveys, reviews and exposition
 3. get real credit for refereeing
 4. get real credit for communicating
 5. sharing all our work every way we can
 6. publishing in smaller increments
 7. an affordable open access model
 8. a cultural change of doing research (and metrics for it)
 9. propagating the Shelah Model — encouraging bad writers to seek out
 good writers
 10. getting from the come-to-me mentality to the go-out-and-find-them 
 mentality
 11. a democratization of the communities
 
 discussion to be found at:
 http://boolesrings.org/krautzberger/2012/06/27/11-dreams-for-the-publishing-debate-11-a-democratization-of-the-communities/
 
 
 jm
 ___
 Logica-l mailing list
 Logica-l@dimap.ufrn.br
 http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l
>>> 
>>> ___
>>> Logica-l mailing list
>>> Logica-l@dimap.ufrn.br
>>> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l
>> ___
>> Logica-l mailing list
>> Logica-l@dimap.ufrn.br
>> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l
> 
> 
> 
> -- 
> Marcelo Finger
> Department of Computer Science, Cornell University
> 
> on leave from:
> Departament of Computer Science, IME
> University of Sao Paulo
> http://www.ime.usp.br/~mfinger
> ___
> Logica-l mailing list
> Logica-l@dimap.ufrn.br
> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l

___
Logica-l mailing list
Logica-l@dimap.ufrn.br
http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l


Re: [Logica-l] the death of proofs

2013-04-20 Por tôpico Decio Krause
Tony
Deixa eu falar algo, que certamente será complementado por outros.
A noção de "demonstração", ou de  "prova", não é absoluta. Posso facilmente dar 
um exemplo de sistemas formais com as mesmas linguagens, regras de formação, 
etc. mas que difiram quanto à noção de consequência sintática e que constituem 
lógicas distintas. Grosso modo, uma lógica pode ser dita ser um par  onde 
F é um conjunto de objetos chamados de "fórmulas" e D é uma relação entre 
conjuntos de fórmulas e fórmulas, chamada de "noção de dedução". A Lógica 
Universal dá boas lições sobre isso.
Na matemática "informal', faz-se de tudo, quase que heuristicamente, bastando 
que o matemático se convença (e convença outros), de que a coisa funciona. Em 
física então é o samba do crioulo doido; um dia, se tiver chance, veja como os 
físicos "derivam" a equação de Schrödinger. Em um um livro chamado "os erros de 
Einstein", conta-se que ele "derivou" seis vezes sua famosa equação $E = mc^2$, 
todas erradasmas funciona!!
Por isso concordei com a observação do Julio sem discutir mais o assunto. 
Sobre a matemática informal e seus métodos, veja o excelente livro de Imre 
Lakatos, "A Lógica da Descoberta Matemática". 
Ajudou?
Abraço
Décio



Décio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause








Em 20/04/2013, às 14:53, Tony Marmo escreveu:

> Caríssimos,
> 
> Eu já tenho um exemplo típico de prova da qual eu discordo, que segue o 
> seguinte esquema:
> 
> 1. Primeiro vem uma definição qualquer, X =def alpha.
> 
> 2. Depois vem um teorema que diz a mesma coisa que a definição, Teorema: Todo 
> X é alpha.
> 
> 3. Por fim, vem a prova do teorema por indução na complexidade.
> 
> Sinceramente, não sei se esse esquema trabalho interessa a matemáticos, mas 
> pouco diz aos lógicos. Não vale a pena pensar na demonstração de uma coisa 
> assim. A lógica precisa da descoberta de consequências não-trivais, ou seja, 
> não-óbvias. Sinto muito, mas quem acha que fazer essas coisas é cabeça de 
> lógico não captou o espírito da coisa.
> 
> Em 20 de abril de 2013 14:47, Décio Krause  escreveu:
> Julio
> Ok, touché. Grato pela referência.
> Abraço
> D
> 
> Em sábado, 20 de abril de 2013, Julio Stern escreveu:
> 
> Decio: 
>  
> Concordo plenamente com voce 
> que isto ai Nao eh uma prova, 
> apenas uma figurinha... 
>   
> No entantos vale salientar que 
> uma simples figurinha pode Sim, 
> representar uma prova! 
>   
> Para muitos e lindos exemplos, 
> de demonstracao por figuras, vide 
> 
> Roger B. Nelsen (Oct 1993) 
> Proofs without Words: 
> Exercises in Visual Thinking. V1 e V2 
>   
> Abracos, 
> ---Julio Stern 
>  
> PS:  Nao vou nem levantar a lebre 
> sobre os sistemas graficos de Peirce... 
>   
>  
> 
> 
> 
> > CC: petru...@cos.ufrj.br; marmo.t...@gmail.com; botoc...@gmail.com; 
> > logica-l@dimap.ufrn.br 
> > From: deciokra...@gmail.com 
> > Subject: Re: [Logica-l] the death of proofs 
> > Date: Fri, 19 Apr 2013 16:15:49 -0300 
> > To: jmst...@hotmail.com 
> > 
> > A "demonstração" faz uso de figuras. Já vi muito disso por aí. O que 
> > fazer com esses professores? O que foi apresentado não passa de uma 
> > justificativa heurística. 
> > D 
> > 
> > 
> > 
> > 
> > -- 
> > Décio Krause 
> > Departamento de Filosofia 
> > Universidade Federal de Santa Catarina 
> > 88040-900 Florianópolis - SC - Brasil 
> > http://www.cfh.ufsc.br/~dkrause 
> > -- 
> > 
> > Em 19/04/2013, às 15:37, Julio Stern 
> > mailto:jmst...@hotmail.com>> escreveu: 
> > 
> > Petrucio: 
> > Voce tem toda a razao, 
> > pois este texto nao Prova coisa alguma. 
> > Para comeco de conversa, 
> > de que Distancia se esta falando, 
> > qual a Metrica, ou qual o Grupo de Invariancia. 
> > Se se explicitar uma destas respostas, 
> > fica obvio oq eh que se veve demonstrar... 
> > ---Julio 
> > 
> > 
> >  
> > From: petru...@cos.ufrj.br 
> > To: marmo.t...@gmail.com; 
> > botoc...@gmail.com; 
> > logica-l@dimap.ufrn.br 
> > Date: Fri, 19 Apr 2013 15:34:29 -0200 
> > Subject: Re: [Logica-l] the death of proofs 
> > 
> > ola 
> > desculpem-me pela intromissao 
> > 
> > aqui esta uma prova com a qual eu nao estou de acordo 
> > 
> > http://www.brasilescola.com/matematica/distancia-entre-dois-pontos.htm 
> > 
> > ela aparece em praticamente todos os textos que tratam do assunto 
> > sejam livros do ensino medio ou livros de calculo 
> > 
> > abracos 
> > P 
> > 
> > -- Original Message --- 
> > From: Tony Marmo mailto:marmo.t...@gmail.com>> 
> > To: Joao Marcos mailto:botoc...@gmail.com>>, Lista 
> > a

Re: [Logica-l] the death of proofs

2013-04-19 Por tôpico Decio Krause
Pede pra ele aplicar isso com dois pontos sobre uma superfície esférica...


Décio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause








Em 19/04/2013, às 18:17, Jorge Petrucio Viana escreveu:

> o que mais me chama a atencao nesta "prova"
> e em todas as versoes dela que eu conheco
> e que o(a) autor(a) "pega" dois pontos genericos no plano
> e eles
> 
> *** sao distintos ***
> 
> *** estao no primeiro quadrante ***
> 
> genericos, distintos e no primeiro quadrante!
> 
> se voces procurarem mais vao encontrar 
> nos livros basicos ou avancados
> varios exemplos de "provas" com este erro 
> muito grosseiro de logica
> 
> P
> 
> -- Original Message ---
> From: Marcelo Finger  
> To: N/A 
> Cc: logical logical  
> Sent: Fri, 19 Apr 2013 16:27:29 -0400 
> Subject: Re: [Logica-l] the death of proofs
> 
>> Na "prova" mencionada pelo Petrucio, se "esquceram de enunciar o 
>> teorema.  Pouco espanta que, depois, as pessoas só se lembrem de 
>> matemática como uma decoreba de formuleira. 
>> 
>> []s 
>> 
>> 2013/4/19 Décio Krause : 
>>> A "demonstração" faz uso de figuras. Já vi muito disso por aí. O que fazer 
>>> com esses professores? O que foi apresentado não passa de uma justificativa 
>>> heurística. 
>>> D 
>>> 
>>> 
>>> 
>>> 
>>> -- 
>>> Décio Krause 
>>> Departamento de Filosofia 
>>> Universidade Federal de Santa Catarina 
>>> 88040-900 Florianópolis - SC - Brasil 
>>> http://www.cfh.ufsc.br/~dkrause 
>>> -- 
>>> 
>>> Em 19/04/2013, às 15:37, Julio Stern  escreveu: 
>>> 
 Petrucio: 
 Voce tem toda a razao, 
 pois este texto nao Prova coisa alguma. 
 Para comeco de conversa, 
 de que Distancia se esta falando, 
 qual a Metrica, ou qual o Grupo de Invariancia. 
 Se se explicitar uma destas respostas, 
 fica obvio oq eh que se veve demonstrar... 
 ---Julio 
 
 
  
> From: petru...@cos.ufrj.br 
> To: marmo.t...@gmail.com; botoc...@gmail.com; logica-l@dimap.ufrn.br 
> Date: Fri, 19 Apr 2013 15:34:29 -0200 
> Subject: Re: [Logica-l] the death of proofs 
> 
> ola 
> desculpem-me pela intromissao 
> 
> aqui esta uma prova com a qual eu nao estou de acordo 
> 
> http://www.brasilescola.com/matematica/distancia-entre-dois-pontos.htm 
> 
> ela aparece em praticamente todos os textos que tratam do assunto 
> sejam livros do ensino medio ou livros de calculo 
> 
> abracos 
> P 
> 
> -- Original Message --- 
> From: Tony Marmo  
> To: Joao Marcos , Lista acadêmica brasileira dos 
> profissionais e estudantes da área de LOGICA  
> Sent: Wed, 17 Apr 2013 23:57:23 -0300 
> Subject: Re: [Logica-l] the death of proofs 
> 
>> João, 
>> 
>> Para contribuir para essa discussão que você instaurou aqui, pergunto o 
>> seguinte: você poderia dar exemplo de uma prova comumente encontrada em 
>> livros de lógica, ou artigos, sejam de natureza introdutória, sejam mais 
>> avançados, com qual você não esteja de acordo? 
>> 
>> Muito obrigado se você tiver algo em mente que possa comentar. 
>> 
>> Em 17 de abril de 2013 22:01, Joao Marcos  escreveu: 
>> 
>>> o artigo já tem 20 aninhos, mas só recentemente dias me chamaram a 
>>> atenção para ele: 
>>> 
>>> http://www.math.uh.edu/~tomforde/Articles/DeathOfProof.pdf 
>>> 
>>> "Computers are transforming the way mathematicians discover, prove and 
>>> communicate ideas, but is there a place for absolute certainty in this 
>>> brave new world?" 
>>> 
>>> Para tempos em que se discute abertamente se a noção de *rigor* em uma 
>>> demonstração matemática "é só um ritual do qual os matemáticos 
>>> gostariam de se livrar"... 
>>> jm 
>>> 
>>> -- 
>>> http://sequiturquodlibet.googlepages.com/ 
>>> ___ 
>>> Logica-l mailing list 
>>> Logica-l@dimap.ufrn.br 
>>> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l 
>>> 
>> ___ 
>> Logica-l mailing list 
>> Logica-l@dimap.ufrn.br 
>> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l 
> --- End of Original Message --- 
> 
> ___ 
> Logica-l mailing list 
> Logica-l@dimap.ufrn.br 
> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l 
 ___ 
 Logica-l mailing list 
 Logica-l@dimap.ufrn.br 
 http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l 
>>> 

Re: [Logica-l] Parece que vão mudar...

2013-04-18 Por tôpico Decio Krause
Caros
O problema de não se exigir título algum é que haverá muitos candidatos, o que 
dificulta a formação de bancas, dado o que se exige, e é um trabalho grande, 
dado que muitos serão eliminados nas provas. 
Acho que deve sim haver filtros, pois hoje temos doutores aptos em todas as 
áreas. Depois, um graduado vai querer fazer pós, o que demanda mais 
afastamentos, etc. 
Os tempos são outros. Não é como há 30 anos.
D


Décio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause








Em 18/04/2013, às 20:07, Joao Marcos escreveu:

> Oi, Marcelo
> 
> Também não acho que se deva exigir título algum --- nem muito menos
> impor o fim da possibilidade de uma exigência qualquer.  Aliás, o que
> tem ocorrido, na prática, é que muitos concursos brasileiros são
> formulados de forma demasiado específica, exigindo graduação em X,
> mestrado em Y, doutorado em Z.  Os candidatos são assim
> pré-selecionados de forma opaca, mesmo antes de poderem se inscrever e
> mostrar a que vieram...
> 
> Sim, o que você propõe seria bacana: a possibilidade de montar uma
> short-list, baseada em algum critério objetivo e adequado.  Será
> possível implementar isso?
> 
> Aqui na UFRN temos aberto recentemente alguns concursos com mais de
> 100 candidatos (obviamente não para áreas teóricas; para estas
> raramente há número suficiente de candidatos que prestem).  E alguns
> destes concursos terminaram sem contratar ninguém, pois simplesmente
> não houve aprovados em todas as fases.  Não creio, contudo, que a
> peneira tem sido mais fina do que seria de se esperar --- a verdade é
> que em geral têm havido muito mais vagas abertas do que gente boa
> disponível no "mercado nacional".
> 
> JM
> 
> 
> 2013/4/18 Marcelo Finger :
>> Olá.
>> 
>> Eu não acho que as universidades devam exigir diploma de pós-graduação
>> para concursos de ingresso. Quem quiser se inscrever, que se inscreva
>> 
>> Acho apenas que elas devam poder selecionar um número pequeno entre os
>> inscritos (short list) para montar uma banca apenas para estes.  Os
>> demais seriam desclassificados.
>> 
>> Temos um concurso para uma única vaga aberto com 18 inscritos.
>> Impossível montar uma banca!
>> 
>> []s
>> 
>> Marcelo
>> 
>> 
>> 
>> On Thu, Apr 18, 2013 at 9:55 AM, Jaison Schinaider  
>> wrote:
>>> http://www1.folha.uol.com.br/educacao/2013/04/1264550-lei-tira-exigencia-de-pos-graduacao-para-novos-professores-de-federais.shtml
>>> ___
>>> Logica-l mailing list
>>> Logica-l@dimap.ufrn.br
>>> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l
>>> 
>> 
>> 
>> 
>> --
>> Marcelo Finger
>> Department of Computer Science, Cornell University
>> 
>> on leave from:
>> Departament of Computer Science, IME
>> University of Sao Paulo
>> http://www.ime.usp.br/~mfinger
>> ___
>> Logica-l mailing list
>> Logica-l@dimap.ufrn.br
>> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l
> 
> 
> 
> -- 
> http://sequiturquodlibet.googlepages.com/
> ___
> Logica-l mailing list
> Logica-l@dimap.ufrn.br
> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l

___
Logica-l mailing list
Logica-l@dimap.ufrn.br
http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l


Re: [Logica-l] Manifestação do Conselho Superior da Capes sobre a Lei 12772/2012

2013-04-13 Por tôpico Decio Krause
Excelente, Carlos. Creio que todas as sociedades organizadas, e as pessoas 
individualmente, deveriam apoiar esta solicitação da CAPES, a começar pela 
Sociedade Brasileira de Lógica, ANPOF, etc. O que acham?
Há ainda um agravante, que não consigo saber se está certo: os novos que 
entrarem perdem a aposentadoria integral, e entram em um esquema parecido com a 
antiga CLT. Alguém sabe ago sobre isso?
Abraços tristes,
Décio


Décio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause








Em 13/04/2013, às 17:30, Carlos Gonzalez escreveu:

> Prezados colegas,
> 
> Quando eu li o texto da lei 12772 também achei que era um retrocesso
> em muitos sentidos. A Manifestação da CAPES
> 
> 
> 
> 
> 
> MANIFESTAÇÃO DO CONSELHO SUPERIOR DA CAPES SOBRE A LEI
> 12772/2012, QUE REDEFINE A CARREIRA DO MAGISTÉRIO FEDERAL
> 
> O Conselho Superior da CAPES, coerente com sua missão de zelar pela
> qualidade da pós-graduação no país e sintonizado com a prioridade
> nacional de aumentar consideravelmente a atividade de inovação, vem
> apontar sérias deficiências na recém-implementada Lei 12772/2012, que
> redefine a carreira docente nas Universidades Públicas Federais. Essa
> lei representa de fato um retrocesso para essas instituições, vai em
> direção contrária ao Plano Nacional de Pós-Graduação e mina os
> esforços de inovação em nosso país.
> 
> Em particular, destacamos aspectos da lei que precisam ser modificados
> com urgência:
> 
> 1. A Lei prevê que o ingresso na carreira docente só ocorrerá no
> primeiro nível da classe de Auxiliar, mediante concurso para o qual se
> exige apenas diploma de graduação. Quem já tem título de doutorado
> será Auxiliar por 3 anos, podendo ser promovido para Adjunto somente
> após o estágio probatório. Essa exigência, por um lado, desvaloriza o
> doutorado, ignora o número crescente de doutores formados e já
> disponíveis no Brasil, e ameaça a qualidade das instituições federais
> de ensino superior. Por outro lado, desestimula a atração de jovens
> qualificados, atualmente realizando estágios de pós-doutorado no
> Brasil e em outros países, para as instituições federais. O sistema
> anterior permitia a entrada no nível de Adjunto e não vedava a
> solicitação, por algumas Unidades, de vagas nas classes de Assistente
> ou de Auxiliar. Tem sido prerrogativa da instituição a definição da
> classe de ingresso.  Essa flexibilidade deve ser mantida, com o
> entendimento de que as vagas para Auxiliar e Assistente devem ser
> solicitadas em caráter excepcional, com justificativa sólida e
> compromisso de que os docentes contratados para as mesmas serão
> incentivados a se qualificarem para a obtenção de título de doutor.
> 
> 2. A exigência de 20 anos de experiência ou de doutorado, no tema do
> concurso, para o ingresso no cargo de Titular-Livre, deve ser
> suprimida. Ela impede a contratação de pesquisadores brilhantes, que
> embora não atendendo a esse critério, já tenham dado contribuições
> marcantes em sua área de conhecimento e pesquisa, um procedimento
> adotado nos países que têm tido maior sucesso em seu desenvolvimento
> científico e tecnológico. É fundamental para o desenvolvimento de
> nosso país reconhecer e premiar a competência; ao invés disso, ela é
> desencorajada pela Lei atual.
> 
> 3. A Lei, em seu art. 21, que enumera as atividades remuneradas
> compatíveis com o regime de DE, deixou de incluir uma situação
> prevista no sistema anterior, que é a colaboração esporádica em
> assuntos de especialidade, devidamente autorizada pela instituição e
> de acordo com regras  próprias. Essa possibilidade, no entanto, é a
> que respalda uma série de contratos em vigor – que são de interesse do
> país e têm sido prática corrente na Universidade --, inclusive
> práticas  incentivadas pela Lei de Inovação Tecnológica (Lei
> 10.973/2004), voltadas para estimular a participação ativa de docentes
> das Instituições Públicas de Pesquisa em projetos que envolvam as
> instituições de ciência e tecnologia e empresas. A Lei aprovada está
> portanto em sentido contrário aos importantes passos dados na Lei de
> Inovação.
> 
> Apelamos para o Ministro Aloizio Mercadante que envide esforços no
> sentido de reverter essa séria ameaça ao desenvolvimento científico e
> tecnológico de nosso país.
> 
> Brasília, 26 de março de 2013.
> 
> 
> Se você não deseja mais receber nossos e-mails, cancele sua inscrição neste 
> link
> ___
> Logica-l mailing list
> Logica-l@dimap.ufrn.br
> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l

___
Logica-l mailing list
Logica-l@dimap.ufrn.br
http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l


Re: [Logica-l] Cor e/ou Raca no Lattes

2013-04-11 Por tôpico Decio Krause
Concordo plenamente em nos recusarmos a responder a essa barbaridade sobre 
nossa "raça". Mas não haviam chegado à conclusão de que não há raças? Afinal, 
todos descendemos do mesmo macaquito africano.somos todos 
afro-descendentes, mesmo os arianos, sejam lá o que sejam eles, ainda que eles 
possam não gostar disso. Ridículo. 
D


Décio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause








Em 11/04/2013, às 14:16, Marcelo Finger escreveu:

> Caros.
> 
> Eu tb me recusei a responder.  Mas creio que a inserção desta pergunta
> não é uma mera cópia dos Estados Unidos, não assim tão diretamente.
> 
> O fato é que existem grupos bem organizados que estão consistentemente
> pressionando para que haja coleta deste tipo de informação.  Eu vi
> esta pressão quando era acessor de informática da Pró-reitoria de Pós
> da USP (e ainda estou na mailing list deles).  O grupo em questão
> conseguiu se articular politicamente para que o representante dos
> alunos de pós de _toda_ a USP solicitasse a inserção desta coleta de
> dados (raciais e de renda familiar) no ato da matrícula que os alunos
> devem fazer todo semestre. O pró-reitor aceitou a solicitação (acho
> que ela foi votada ou acatada no conselho de pós, que não viu motivo
> para barrá-la, pois uma pergunta similar já é feita na inscrição pela
> FUVEST). A inserção deste formulário não tinha alta prioridade, mas
> ele foi eventualmente implementado, é de preenchimento voluntário, mas
> já deve estar lá, todo semestre para todo aluno de pós da USP.
> 
> O grupo em questão batalha fortemente pela implementação das cotas no
> USP e outro assuntos raciais, mas também por outras causas encampadas
> pelo PCO, PSTU e outros grupos afins.  Eu sei disso pois, como disse,
> permaneço na mailing list deles. A linguagem de palavras de ordem é a
> mesma.
> 
> Eu, tanto quanto o Julio, tenho pavor a este tipo de questionário. Mas
> as questões de raça estão sendo enfileiradas em diversas discussões,
> quer a gente goste ou não.  Não dá pra fingir que não está acontecendo
> nada.
> 
> []s
> 
> Marcelo
> 
> 
> 
> 
> 
> 
> 
> 
> 2013/4/11 Walter Carnielli :
>> Caro Júlio,
>> 
>> solidarizo-me  totalmente  com você-- isso é um absurdo, e me recuso
>> a responder.  O próprio  Cesar Lattes era judeu sefardita (sefaradim),
>> mas  nunca   que escrever isso num CV, imagino. O meu   também é, e
>> por razoes  análogas  às  do Júlio teria que
>> responder como  "nao-ariano"  (e sem certificacao da Gestapo!).
>> 
>> Uma estupidez copiada dos  americanos:  ou  o CNPq  não sabe  o  que
>> fazer  com isso,  ou usarão
>> da  pior  maneira.
>> 
>> Lembro-que quando morava nos EUA que  minha a ex-esposa,que é  morena
>> e  branca, teve que responder a   isso num  hospital. Também armei a
>> pior encrenca e não  respondemos.  A  funcionária  informou  ela mesma
>> a classificaria como
>>  "non-arian" e  não  sei mais quê.
>> 
>> Eu fui até  à gerencia e exigi que  apagassem  Não sei o que  fizeram
>> depois, mas  ficaram surpresos...
>> 
>> Colegas, recusemo-nos a declarar mais  esta  estupidez do CV Lattes!
>> Desobediência  civil é a  única
>> arma contra  para essas  aberrações!
>> 
>> Abs
>> 
>> Walter
>> 
>> Em 11 de abril de 2013 11:08, Julio Stern  escreveu:
>>> Caros Redistas:
>>> 
>>> Minha opiniao sobre a nova modinha recem introduzida (com
>>> uma desculpa pseudo-legalista), a saber, da obrigatoriedade
>>> de uma (auto?)-Declaracao de Cor o/ou Raca:
>>> 
>>> Minha filha nasceu nos USA, quando eu fazia o Doutorado.
>>> No hospital me exigiram o preenchimento de um formulario
>>> de classificacaco racial.  Armei a maior confusao, ate ser
>>> dispensado dequela anomalia abjeta.
>>> 
>>> No Lattes, se nao houvesse a opcao - Me Recuso a Declarar,
>>> eu teria preenchido - Pardo.
>>> Afinal, eu sou um Pardo Certificado
>>> Tenho o passaporte de meu tio-avo, da Alemanha Nazista,
>>> classificando-o como Nao-Ariano e, convenhamos, nao ha
>>> orgao certificador mais acreditado para questoes deste tipo
>>> do que a Gestapo...
>>> 
>>> O caminho para o inferno esta pavimentado de boas intencoes.
>>> Nao importam as (sempre falaciosas) supostas vatagens transientes
>>> que se possa enxergar para manobrar a vontade,  ou as infindaveis
>>> variantes do argumento  --  Os Fins Justificam of Meios.
>>> Classificacoes raciais, e quaisquer politicas nelas baseadas,
>>> sao um veneno para sociedade,  e tambem para a alma.
>>> 
>>> --- Julio Stern
>>> ___
>>> Logica-l mailing list
>>> Logica-l@dimap.ufrn.br
>>> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l
>> 
>> 
>> 
>> --
>> ---
>> Prof. Dr. Walter Carnielli
>> Director
>> Centre for Logic, Epistemology and the History of Science – CLE
>> State University of Campinas –UNICA

Re: [Logica-l] LOGICA-L 7 anos

2013-03-24 Por tôpico Decio Krause
Parabéns à lista, parabéns aos organizadores, e obrigado, JM.



Décio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause








Em 24/03/2013, às 12:31, O Administrador da LOGICA-L escreveu:

> Hoje a nossa lista de Lógica completa 7 aninhos. :-)
> 
> Aproveitamos a ocasião para agradecer aos quase 430 participantes
> desta lista por colaborarem, em maior ou menor grau, da difícil
> empreitada de fazermos deste nosso diálogo uma história de sucesso.
> 
> Saudações lógicas,
> O Administrador da LOGICA-L
> ___
> Logica-l mailing list
> Logica-l@dimap.ufrn.br
> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l

___
Logica-l mailing list
Logica-l@dimap.ufrn.br
http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l


Re: [Logica-l] ainda sobre as falacias (respondendo a thread de Decio Krause)

2013-03-18 Por tôpico Decio Krause
Tony
OK, mas seja como for, na presente data seria meio estranho alguém não ter uma 
ideia razoavelmente precisa do que seja a lógica clássica. Mas será que temos? 
Isso é um tema de filosofia da lógica e você tem razão em dizer que é delicado 
e precisa ser estudado em cursos mais avançados. No início, é no braço mesmo, 
para aprender a fazer, e aos poucos as coisas vão (espera-se) entrando..
Abraço
D


Décio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause








Em 18/03/2013, às 20:51, Tony Marmo escreveu:

> Caro Professor,
> 
> Mas, sem querer ser insistente, qual é a lógica de ensinar uma lógica com a 
> qual não se trabalha e com um punhado de coisas para as quais não há plano de 
> pesquisa. O conceito de ensino superior é justamente aquele em que não 
> somente se ensina para além do ensino secundário, mas que casa a pesquisa com 
> o ensino.
> 
> Eu já não sei por que razões, ademais, a lógica clássica precisa ser 
> aprendida além de uma tradição. Em outro post vimos que Aristóteles não 
> somente conhecia mas excluía da sua lógica o princípio de pseudo-Scottus. Ele 
> diz e mostra que modalmente as contradições só geram contingências e em 
> primeira ordem só geram absurdos. A lógica clássica atual incorpora esse 
> princípio porque foi derivada do esforço dos lógicos medievais de 
> reconstituir a lógica aristotélica, à qual eles não acediam totalmente por 
> falta de textos e traduções. Só vale a pena estudar essa lógica clássica 
> moderna mais adiante a partir de um ponto de vista crítico.
> 
> Em 17 de março de 2013 03:11, Decio Krause  escreveu:
> Tony
> Acho que, no presente momento (isso pode mudar em 100, 200 anos), 
> independentemente de onde se esteja e do que façam nos departamentos, deve-se 
> sim começar os estudos de lógica pela clássica. Isso é a que mais aparece, e 
> precisa ser conhecida. Agora se em um certo local há muito trabalho, digamos, 
> em lógica relevante, nada obsta (puxa!) que de dêem algumas pinceladas no 
> assunto, até para motivar os alunos e angariar futuros estudantes. Mas não 
> vejo como fugir do velho cálculo proposicional clássico e do cálculo de 
> predicados clássico. Agora, como fazer isso é questão de gosto. Eu 
> particularmente acho que estudantes de filosofia devem saber o que é o método 
> axiomático e como usá-lo. Por isso, se não tiver tempo, opto por uma coisa 
> "ao estilo Hilbert". Mas, se há chance, claro que uma dedução natural cai bem 
> e mesmo os tableaux de algum jeito. Mas depende. O bacana seria chamar os 
> alunos para outros papos extra-aula, e isso sim faria com que tivéssemos 
> universidades. Mas, com a quantidade de aulas e de outras tarefas que 
> temos
> Para um excelente curso inicial de LC, veja o livro de P. Suppes e S. Hill, A 
> first course in mathematical logic. Dá para baixar a versão espanhola em 
> djvu. Bom para filósofos e outros cursos não tão "matemáticos".
> Abraço
> D
> 
> 
> Décio Krause
> Departamento de Filosofia
> Universidade Federal de Santa Catarina
> 88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
> deciokrause[at]gmail.com
> www.cfh.ufsc.br/~dkrause
> 
> 
> 
> 
> 
> 
> 
> 
> Em 12/03/2013, às 16:25, Tony Marmo escreveu:
> 
>> Aos dois grandes mestres,
>> 
>> 1. A parte da experiência de ensinar matemática é real: muitas vezes quem 
>> vai ensinar não sabe ensinar. Talvez mesmo desconheça a matéria, mas isso já 
>> é o pior dos casos. Normalmente, os professores começam sem avaliar em que 
>> nível os alunos estão e não pensam que o principal é que os alunos saiam 
>> melhor do que entraram. Acham que os alunos têm uma meta X para alcançar, 
>> digamos, K% de um conteúdo C. No caso de matemática, existe o problema comum 
>> do aluno aprender e o professor não conseguir entender que o aluno aprendeu, 
>> porque não sabe avaliar. Nessa entra o mito do ensino tradicional de que 
>> professor bom é o que reprova, o que dá prova difícil, etc., tudo parte 
>> dessas teses educacionais que não funcionam.
>> 
>> 2. A parte da lógica por onde começar, para mim é óbvio: pelas questões com 
>> as quais os grupos de lógicos em determinada instituição estão trabalhando. 
>> Não faz sentido começar com o cálculo proposicional clássico ou 
>> intuicionista num lugar que, por exemplo, se destaca por estudar ou enfatiza 
>> o estudo de lógica difusa, ou lógica paraconsistente, etc Como lógica não é 
>> ensinada antes da faculdade, em filosofia é apenas um capítulo do ensino 
>>

Re: [Logica-l] ainda sobre as falacias (respondendo a thread de Decio Krause)

2013-03-16 Por tôpico Decio Krause
Tony
Acho que, no presente momento (isso pode mudar em 100, 200 anos), 
independentemente de onde se esteja e do que façam nos departamentos, deve-se 
sim começar os estudos de lógica pela clássica. Isso é a que mais aparece, e 
precisa ser conhecida. Agora se em um certo local há muito trabalho, digamos, 
em lógica relevante, nada obsta (puxa!) que de dêem algumas pinceladas no 
assunto, até para motivar os alunos e angariar futuros estudantes. Mas não vejo 
como fugir do velho cálculo proposicional clássico e do cálculo de predicados 
clássico. Agora, como fazer isso é questão de gosto. Eu particularmente acho 
que estudantes de filosofia devem saber o que é o método axiomático e como 
usá-lo. Por isso, se não tiver tempo, opto por uma coisa "ao estilo Hilbert". 
Mas, se há chance, claro que uma dedução natural cai bem e mesmo os tableaux de 
algum jeito. Mas depende. O bacana seria chamar os alunos para outros papos 
extra-aula, e isso sim faria com que tivéssemos universidades. Mas, com a 
quantidade de aulas e de outras tarefas que temos
Para um excelente curso inicial de LC, veja o livro de P. Suppes e S. Hill, A 
first course in mathematical logic. Dá para baixar a versão espanhola em djvu. 
Bom para filósofos e outros cursos não tão "matemáticos".
Abraço
D


Décio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause








Em 12/03/2013, às 16:25, Tony Marmo escreveu:

> Aos dois grandes mestres,
> 
> 1. A parte da experiência de ensinar matemática é real: muitas vezes quem vai 
> ensinar não sabe ensinar. Talvez mesmo desconheça a matéria, mas isso já é o 
> pior dos casos. Normalmente, os professores começam sem avaliar em que nível 
> os alunos estão e não pensam que o principal é que os alunos saiam melhor do 
> que entraram. Acham que os alunos têm uma meta X para alcançar, digamos, K% 
> de um conteúdo C. No caso de matemática, existe o problema comum do aluno 
> aprender e o professor não conseguir entender que o aluno aprendeu, porque 
> não sabe avaliar. Nessa entra o mito do ensino tradicional de que professor 
> bom é o que reprova, o que dá prova difícil, etc., tudo parte dessas teses 
> educacionais que não funcionam.
> 
> 2. A parte da lógica por onde começar, para mim é óbvio: pelas questões com 
> as quais os grupos de lógicos em determinada instituição estão trabalhando. 
> Não faz sentido começar com o cálculo proposicional clássico ou intuicionista 
> num lugar que, por exemplo, se destaca por estudar ou enfatiza o estudo de 
> lógica difusa, ou lógica paraconsistente, etc Como lógica não é ensinada 
> antes da faculdade, em filosofia é apenas um capítulo do ensino médio, não 
> faz sentido senão casar o ensino com a pesquisa.
> 
> Em 12 de março de 2013 15:34, Décio Krause  escreveu:
> Marcelo
> Não é do seu tempo, mas eu fui educado na "matemática moderna". Depois, eu li 
> muito sobre o assunto e para mim transpareceu o que relata: professores não 
> adaptados. Eles simplesmente não sabiam do que se tratava. Certo que houve 
> abusos, mas o problema era essencialmente esse. O mesmo deve ocorrer com a 
> teoria de categorias, como aponta você. Quem iria ensinar? 
> Se impantassem isso, ia sair m*. Sorry.
> Abraço
> D
> 
> 
> 
> --
> Décio Krause
> Departamento de Filosofia
> Universidade Federal de Santa Catarina
> 88040-900 Florianópolis - SC - Brasil
> http://www.cfh.ufsc.br/~dkrause
> --
> 
> Em 12/03/2013, às 11:53, Marcelo Finger  escreveu:
> 
>> 2013/3/12 Decio Krause 
>> Lembre que Lawvere sugere que se se ensine matemática via categorias. Por 
>> que não?
>> 
>> Porque não há professore(a)s que saibam a matéria para ensinar.
>> 
>> O problema não é ensinar lógica clássica/não-clássica.  O problema é que 
>> quem ensina não entende patavinas de lógica e, pior, não entende sobre como 
>> ensinar lógica.
>> 
>> IMHO, bons professores de lógica proposicional clássica resolveriam o 
>> problema.
>> 
>> []s
>> 
>> 
>>  
>> Abraço
>> Décio
>> 
>> 
>> Décio Krause
>> Departamento de Filosofia
>> Universidade Federal de Santa Catarina
>> 88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
>> deciokrause[at]gmail.com
>> www.cfh.ufsc.br/~dkrause
>> 
>> 
>> 
>> 
>> 
>> 
>> 
>> 
>> Em 11/03/2013, às 11:17, Tony Marmo escreveu:
>> 
>> > Caro Professor Décio,
>> >
&

Re: [Logica-l] ainda sobre as falacias (respondendo a thread de Decio Krause)

2013-03-12 Por tôpico Decio Krause
Oi, Tony
Aquilo que chamamos de "lógica clássica" nem é bem definido. O que é a LC? A 
lógica positiva "clássica" é LC? E o cálculo proposicional? Parece que sim, mas 
fica vago. Mas e as teorias de tipos "clássicas"?  E as teorias de conjuntos? 
(grande lógica). E a teoria de categorias? Isso é discutível e você conhece a 
opinião de gente como Quine. Mas temos uma ideia do que seja a LC por certo. 
Começamos com ela porque parece (parece) que ela nos é mais intuitiva, mas 
desconfio disso: o que há de intuitivo na implicação material? 
Eu não tenho nada conta começar com outra lógica, só que não saberia dizer 
quais os efeitos disso. Valeria tentar. Você tem alguma experiência nisso?
Uma vez duas ex-colegas minhas do departamento de matemática da UFPR foram 
convidadas a dar um curso para professores de primeiro grau, para detectar os 
problemas que poderiam haver com o aprendizado dos alunos em matemática. As 
professoras (eram todas mulheres) diziam que os alunos eram meio tolos e que 
não entendiam nada. As duas notaram que as professoras pressupunham 
conhecimentos que os alunos não dispunham e se propuseram a fazer um curso para 
elas ensinando as mesmas coisas que elas lecionavam, só que em base 5!!
Foi uma loucura. As professoras apresentavam os mesmos problemas que seus 
alunos tinham com a base 10. Quando elas entenderam isso, dizem as duas, houve 
uma sensível melhora. É um exemplo de que em certos casos pode dar certo, mas 
eu não generalizaria.
Lembre que Lawvere sugere que se se ensine matemática via categorias. Por que 
não?
Abraço
Décio


Décio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause








Em 11/03/2013, às 11:17, Tony Marmo escreveu:

> Caro Professor Décio,
> 
> Aproveitando essa discussão, pergunto: não é esse tipo de dúvida mais uma 
> prova de que já é o tempo de começar o ensino da lógica não mais pela lógica 
> clássica?
> 
> Em 10 de março de 2013 23:12, Décio Krause  escreveu:
> Oi, Luiz
> Sim, concordo plenamente que de  P podemos inferir P na maioria dos casos, 
> mas em algumas lógicas isso não vale. O seu critèrio de P é verdadeiro sse ~P 
> é falso traz outro problema: o da verdade e da falsidade. Nos cursos iniciais 
> de Lógica, isso tudo é tomado intuitivamente, mas uma discussão mais 
> detalhada aponta os problemas.
> Outra coisa. Você colocou  uma boa questão sobre a possibilidade de haver 
> argumentos que são falaciosos tout court. Isso depende do que chama se 
> argumento e como eu disse na mensagem anterior, não há uma definição precisa 
> disso. Mas suponha que você elabore um argumento A. Invente agora uma lögica 
> que tenha A como regra de inferência. Pronto, ele é válido. Mas você tem 
> razão em dizer que precisamos pensar mais sobre o assunto.
> Abraço
> Décio
> 
> 
> 
> --
> Décio Krause
> Departamento de Filosofia
> Universidade Federal de Santa Catarina
> 88040-900 Florianópolis - SC - Brasil
> http://www.cfh.ufsc.br/~dkrause
> --
> 
> Em 10/03/2013, às 21:35, Luis Rosa  escreveu:
> 
> > Caro Decio, muito obrigado pelos comentarios (desculpe a falta de acentos).
> >
> > Sobre a negacao no argumento falacioso, infelizmente nao tenho conhecimento 
> > sobre o 'nao' intuicionista e paraconsistente e, portanto, nao tenho uma 
> > resposta para lhe dar. Acredito que a definicao extensional de '~' nos 
> > argumentos falaciosos apresentados seja essa: ~P tem valor true sse P tem 
> > valor false.
> >
> > Interessante observar que padroes de derivacao outrora validos em um 
> > determinado sistema sao invalidos em outros - nao havia considerado isso. 
> > Nao sera o caso que alguns padroes de derivacao sao falaciosos em todos os 
> > sistemas? Ha como provar isso? Em particular, ha algum sistema em que (LOE) 
> > seria valido? Preciso pensar sobre o assunto.
> >
> > E sim, nao vejo impedimento em classificar como argumento algo como:
> >
> > (1) P
> > (2) Portanto, P (from 1)
> >
> > Certamente o imperativo 'defina seus termos' precisa ser observado.
> >
> > Thanks,
> > LR
> >
> > --
> > Luis Rosa
> > @fsopho // prof // lattes
> > FsOpHo Epistemology Blog
> > Blog Distropia
> > Greek van Peixe - Gamer Rock
> >
> ___
> Logica-l mailing list
> Logica-l@dimap.ufrn.br
> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l
> 

___
Logica-l mailing list
Logica-l@dimap.ufrn.br
http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l


Re: [Logica-l] Digest Logica-l, volume 85, assunto 10

2013-03-10 Por tôpico Decio Krause
Luiz
Sem saber o que significa "~", tudo isso é vago, como na maior parte dessas 
discussões filosóficas. É o "não" intuitivo? O que significa ele? Ou é o 'ñao' 
clássico? Quem sabe o intuicionista? Ou um paraconsistente? Não dá, assim não 
dá (pelo menos para mim).
Abraço
D


Décio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause








Em 10/03/2013, às 16:23, Luis Rosa escreveu:

> (pessoal, peco desculpas por escrever sem os acentos da lingua portuguesa)
> 
> JM, acho que da pra dizer que sim.
> pelo menos aqui nos states o pessoal usa o termo 'strawman' para referir a
> um tipo de argumento em que o arguidor mal-interpreta a posicao da pessoa
> que esta sendo atacada. certamente, dizer que um pessoa afirma ~P com base
> no fato de que essa pessoa afirma que nao ha evidencia para P eh uma
> ma-interpretacao da posicao desta pessoa.
> 
> abraco!
> 
> 
> 2013/3/10 
> 
>> Enviar submissões para a lista de discussão Logica-l para
>>logica-l@dimap.ufrn.br
>> 
>> Para se cadastrar ou descadastrar via WWW, visite o endereço
>>http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l
>> ou, via email, envie uma mensagem com a palavra 'help' no assunto ou
>> corpo da mensagem para
>>logica-l-requ...@dimap.ufrn.br
>> 
>> Você poderá entrar em contato com a pessoa que gerencia a lista pelo
>> endereço
>>logica-l-ow...@dimap.ufrn.br
>> 
>> Quando responder, por favor edite sua linha Assunto assim ela será
>> mais específica que "Re: Contents of Logica-l digest..."
>> 
>> 
>> Tópicos de Hoje:
>> 
>>   1. Re: Digest Logica-l, volume 85, assunto 8 (m...@ufrnet.br)
>>   2. Re: You are not one of us; ergo, your argument is invalid
>>  (Luis Rosa)
>>   3. Re: You are not one of us; ergo, your argument is inva (Famadoria)
>>   4. Re: You are not one of us; ergo, your argument is invalid
>>  (Joao Marcos)
>> 
>> 
>> --
>> 
>> Message: 1
>> Date: Sat, 9 Mar 2013 16:14:50 -0300
>> From: m...@ufrnet.br
>> To: logica-l@dimap.ufrn.br
>> Subject: Re: [Logica-l] Digest Logica-l, volume 85, assunto 8
>> Message-ID: <48db5723fcba740fe08f6a4f1c90114e.squir...@www.ufrnet.br>
>> Content-Type: text/plain;charset=iso-8859-1
>> 
>>> Enviar submissões para a lista de discussão Logica-l para
>>>  logica-l@dimap.ufrn.br
>>> 
>>> Para se cadastrar ou descadastrar via WWW, visite o endereço
>>>  http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l
>>> ou, via email, envie uma mensagem com a palavra 'help' no assunto ou
>>> corpo da mensagem para
>>>  logica-l-requ...@dimap.ufrn.br
>>> 
>>> Você poderá entrar em contato com a pessoa que gerencia a lista pelo
>>> endereço
>>>  logica-l-ow...@dimap.ufrn.br
>>> 
>>> Quando responder, por favor edite sua linha Assunto assim ela será
>>> mais específica que "Re: Contents of Logica-l digest..."
>>> 
>>> 
>>> Tópicos de Hoje:
>>> 
>>>   1. Re: medindo o nível de dificuldade de uma derivação
>>>  (Valeria de Paiva)
>>>   2. Re: medindo o nível de dificuldade de uma derivação
>>>  (Elaine Pimentel)
>>>   3. Re: medindo o nível de dificuldade de uma derivação
>>>  (Marcelo Finger)
>>>   4. Re: medindo o nível de dificuldade de uma derivação (Tony Marmo)
>>>   5. Re: medindo o nível de dificuldade de uma derivação (Famadoria)
>>>   6. Re: medindo o nível de dificuldade de uma derivação (Famadoria)
>>>   7. Re: medindo o nível de dificuldade de uma derivação (Famadoria)
>>> 
>>> 
>>> --
>>> 
>>> Message: 1
>>> Date: Thu, 7 Mar 2013 06:54:41 -0800
>>> From: Valeria de Paiva 
>>> To: Elaine Pimentel 
>>> Cc: Lista acadêmica brasileira dos profissionais e estudantes da área
>>>  de LOGICA 
>>> Subject: Re: [Logica-l] medindo o nível de dificuldade de uma
>>>  derivação
>>> Message-ID:
>>>  > c...@mail.gmail.com>
>>> Content-Type: text/plain; charset=ISO-8859-1
>>> 
>>> alo todos,
>>> Pois e', eu tambem acho que Doria se enganou nessa. eu tenho as obras
>>> completas do Goedel and por via das duvidas dei uma "googlada", mas nao
>>> achei nada..sem contar que os metodos de descricao de provas nao eram
>>> muito
>>> sofisticados. o calculo de sequentes 'e dos anos 30 e a deducao natural
>>> so'
>>> mostrou que funcionava mesmo nos anos 60, ne?
>>> 
>>> mas eu nao concordo com Elaine qdo ela diz:
 Se considerarmos
 a lógica clássica proposicional, então não há muito a dizer:
 derivações normalizadas não utilizam lemas e são "minimais". Então eu
 diria que a complexidade é a mesma.
>>> tem muita coisa a se dizer sim e a complexidade nao deve ser a mesma.
>>> De um olhada no trabalho do Sam Buss em k-provabilidade usando os logic
>>> flow graphs dele,
>>> http://www.math.ucsd.edu/~sbuss/ResearchWeb/kprove/

Re: [Logica-l] Digest Logica-l, volume 85, assunto 10

2013-03-10 Por tôpico Decio Krause
Pessoal
Para fazê-los pensar sobre esta interessante discussão, suponha que eu seja uma 
pessoa "clássica" e que elabore um argumento que use Modus Ponens e o Silogismo 
Disjuntivo (este exemplo me foi sugerido pelo Otávio Bueno, mas dá pra elaborar 
vários outros por exemplo envolvendo a lógica intuicionista). De acordo com a 
lógica clássica, meu argumento (digamos) é válido. Porém, se alguém adota o 
cálculo C1 de da Costa (ou muitos outros), o argumento é falacioso. 
Se há uma lógica que valida um argumento, há uma infinidade delas que fazem o 
mesmo e não se pode afirmar categoricamente qual é a lógica que vige. O 
problema é que não temos um conceito preciso de argumento. 
Aliás, Luiz Rosa, excelente página. Mas nada impede em princípio que um 
argumento tenha mais de uma premissa, como você insinua que há somente uma. E 
você afirma que uma proposição sozinha, como o 3o excluído, constituiria um 
argumento. Hummmum argumento, no meu ver, é uma coleção de sentenças (no 
seu sentido) que pode ser separado em dois pedaços, não necessariamente 
disjuntos: o das premissas e o das conclusões. O importante é que as premissas 
"estabeleçam" as conclusões, mas é difícil dizer precisamente o que significa  
"estabelecer". Mas pensemos numa lógica. OK, mas como eu disse, qual delas? 
Para satisfazer o Luiz, posso pensar em um argumento com uma sentença só que 
estabelece a si mesma (talvez seja isso que ele esteja pensando. É?). Por isso 
os conjuntos das P e das C não precisam ser disjuntos. Se na minha lógica valer 
a auto-dedutibilidade, então tudo bem. Mas temos que especificar uma lógica, o 
que cai na questão acima das várias lógicas.
Mas um argumento pode ter também uma dimensão "pragmática" (expressão que me 
foi sugerida pelo Prof. Newton Costa), que o utiliza para convencer alguém, 
etc. Mas isso de "convencer" é algo bem vago. Um "clássico" não convenceria 
Brouwer a usar a redução ao absurdo. E o João Marcos nos brindou com uma página 
na qual é comentado um artigo sobre uma análise de  "convencimento" (ateus vs. 
crentes), no qual ninguém convence ninguém de nada (vá convencer um cara do PT 
que o Chavez foi um desastre...). Um argumento não precisa convencer; pode ser 
somente expositivo, por exemplo nós usando a redução ao absurdo somente para 
mostrar a Brouwer como fazemos, sem pretender que ele adentre às nossas hordas. 
 Para qualquer discussão, acho que precisamos fixar algo antes senão não sai 
nada: acho que foi Voltaire quem disse "defina os seus termos" antes de mais 
nada. 

Manuel, me parece que o autor do primeiro livro que você cita confunde 
"Intensional" com "s" com "intencional" com "c". Lembre que há intensionalidade 
na lógica, no sentido das lógicas modais, mas também em teoria de conjuntos, 
onde o sentido é outro, o da violação do axioma da extensionalidade; há 
diversas teorias intensionais de conjuntos, como as de Shapiro, de Dalla 
Chiara, e outras que não lembro agora. 

Abraços.
D


Décio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause








Em 10/03/2013, às 17:15, Luis Rosa escreveu:

> entao, Doria, em alguns os textos e listas sobre falacias que vemos, se faz
> uma caricatura do sujeito falacioso - por isso entendendo que tais textos
> atribuem propriedades padrao ao arguidor falacioso, e.g., que ele argumenta
> com ma fe, ou que ele eh um sujeito injusto. creio que concordamos que essa
> atribuicao de propriedades ao arguidor falacioso nao eh necessaria para o
> estudo das proprias falacias: posso cometer uma falacia, e mesmo a do
> strawman, sem estar mal intencionado. eu posso ser ignorante (i.e., ignorar
> fatos, hipoteses, justificacoes) e irracional sem estar agindo de ma fe.
> meu argumento eh condenavel de um ponto de vista logico, e posso ser
> chamado de irracional dependendo dos padroes de racionalidade que estamos
> exigindo, mas isso nao implica que meu argumento eh condenavel de um ponto
> de vista moral.
> 
> uma coisa curiosa eh que, se voce der uma olhada em alguns sites de
> 'ceticos' onde os autores gostam de elencar falacias, eventualmente ira
> notar que alguns deles tambem nao parecem ser muito razoaveis e, por que
> nao?, cometem falacias do tipo: o sujeito S oferece argumentos falaciosos
> para P, portanto ~P. ou ainda (no caso que tu trazes): o sujeito S oferece
> argumentos falaciosos para P, portanto o sujeito S eh um mau carater.
> 
> lendo o seu texto, JL! obrigado.
> abraco a tod@s
> 
> 
> 2013/3/10 Manuel Doria 
> 
>> O boneco-de-palha/strawman pelo que conheço das taxonomias de falácias
>> informais exige necessariamente a má-fé por parte do arguidor, ele
>> intencionalmente, deliberadamente faz uma caricatura da posição do
>> adversário. Sempre vi como uma categoria mais ampla; instâncias de falsas
>> analogias podem ser strawmen, por ex (outras podem ser

[Logica-l] Divulgar por favor: workshop

2013-03-02 Por tôpico Decio Krause
Caros
Solicito divulgação do workshop em anexo. Aos interessados, apareçam.
Grato,
DK



Décio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause








___
Logica-l mailing list
Logica-l@dimap.ufrn.br
http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l


[Logica-l] LaTeX

2013-02-27 Por tôpico Decio Krause
LaTeXexperts
Uma dúvida para ver se alguém consegue ajudar. Estou usando o formato book 
class twoside mas tenho que alterar o default do LaTeX que coloca nas páginas 
pares  a numeração e depois, junto ao meio do livro, o título e nas ímpares faz 
o oposto, mas deixando de novo  o título junto ao meio do livro. Sabem como 
inverter isso? Ou seja:

Páginas pares:  Título - No
Páginas ímpares: ---Título

Agradeço porque cansei de buscar na web e não entender nada de fancyhdr.
D


Décio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause








___
Logica-l mailing list
Logica-l@dimap.ufrn.br
http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l


Re: [Logica-l] top 10 universidades de pesquisa no Brasil

2013-02-01 Por tôpico Decio Krause
Ué, eu havia visto a UFSC em 2624 e agora aparece em 580? Melhoramos assim tão 
rápido?
D


Décio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause








Em 01/02/2013, às 12:56, jean-yves beziau escreveu:

> A classificacao pesquisa SCIMAGO das universidades brasileiras e a seguinte
> 1. USP
> 2. UNICAMP
> 3. UNESP
> 4. UFRJ
> 5. UFRGS
> 6. UFMG
> 7. UFSP
> 8. UFSC
> 9. UFPR
> 10. UnB
> ___
> Logica-l mailing list
> Logica-l@dimap.ufrn.br
> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l

___
Logica-l mailing list
Logica-l@dimap.ufrn.br
http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l


Re: [Logica-l] a USP (11) esta na frente de Oxford (29) e Cambirdge (30)

2013-02-01 Por tôpico Decio Krause
Julio
Vendo a USP na frente de Oxford é mesmo algo estranho, qualquer que seja o 
critério, a não ser que seja o do número de greves. Eu também sou uspiano. 
D


Décio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause








Em 01/02/2013, às 12:58, Julio Lemos escreveu:

> A tendência de qualquer um é achar a pesquisa um pouco suspeita, por default, 
> vendo a USP na frente de Oxford. Se não for muito off-topic, alguém saberia 
> explicar os critérios da pesquisa -- talvez você, caro Jean-Yves -- e o 
> porquê de a USP estar tão bem colocada? Eu sou uspiano, portanto suspeito 
> para opinar...
> 
> Um abraço a todos
> Julio
> 
> 2013/2/1 Decio Krause 
> O que mostra que esse índice é "muito" estranho...
> Mas serve para ajudar a colocar nossa situação. Vocês reclamando? A UFSC está 
> em 2624!!!
> D
> 
> 
> Décio Krause
> Departamento de Filosofia
> Universidade Federal de Santa Catarina
> 88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
> deciokrause[at]gmail.com
> www.cfh.ufsc.br/~dkrause
> 
> 
> 
> 
> 
> 
> 
> 
> Em 01/02/2013, às 12:31, jean-yves beziau escreveu:
> 
> > Interessante anotar tambem que a USP (11) esta  na frente de Oxford (29) e
> > Cambirdge (30)
> > ___
> > Logica-l mailing list
> > Logica-l@dimap.ufrn.br
> > http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l
> 
> ___
> Logica-l mailing list
> Logica-l@dimap.ufrn.br
> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l
> 
> 
> 
> -- 
> Julio Lemos, PhD
> Formal Logic / Philosophy of Law
> University of São Paulo

___
Logica-l mailing list
Logica-l@dimap.ufrn.br
http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l


Re: [Logica-l] a USP (11) esta na frente de Oxford (29) e Cambirdge (30)

2013-02-01 Por tôpico Decio Krause
O que mostra que esse índice é "muito" estranho...
Mas serve para ajudar a colocar nossa situação. Vocês reclamando? A UFSC está 
em 2624!!!
D


Décio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause








Em 01/02/2013, às 12:31, jean-yves beziau escreveu:

> Interessante anotar tambem que a USP (11) esta  na frente de Oxford (29) e
> Cambirdge (30)
> ___
> Logica-l mailing list
> Logica-l@dimap.ufrn.br
> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l

___
Logica-l mailing list
Logica-l@dimap.ufrn.br
http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l


[Logica-l] Port Royal - Obrigado

2013-01-29 Por tôpico Decio Krause
Pessoal
Para ver como a lista funcionarecebi vários links com edições variadas da 
lógica de Port-Royal. Muito obrigado a todos. Não é para fazer exegese, apenas 
para dar umas olhadas...
Grato.
Abraço
D


Décio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause








___
Logica-l mailing list
Logica-l@dimap.ufrn.br
http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l


Re: [Logica-l] Fwd: link para página web com notas de aula

2013-01-28 Por tôpico Decio Krause
Legal, Rodrigo. Informações precisas. Acrescento mais umas.
Sim, você está certo quanto ao quadradinho. Na primeira edição, o par ordenado 
era primitivo, o que não ocorre nas edições posteriores, inclusive na versão 
inglesa de 1968. Para ele, fazer matemática significa escrever símbolos no 
papel de acordo com certas regras que ele delineia no livro. Assim, ainda que 
sua matemática possa ser chamada de "clássica" (há algo mais "clássico" que 
Bourbaki?), sua metamatemática é construtiva, pois um problema pode não ter 
sido provado ser verdadeiro e nem falso porque ainda não se escreveu símbolos 
em quantidade suficiente para saber se ele é um teorema ou não. Mas vale o 3o 
excluído: ele é ou verdadeiro (teorema) ou não. "Verdade" aqui significa 
"prova". Não há semântica em sentido usual. 
Quanto ao axioma da escolha, ele usou o epsilon de Hilbert como símbolo 
primitivo, que denota por um \tau. Com isso, o AE é teorema. Eu procurei saber 
porque fez isso. Acho que ele(s) acreditava piamente que um dia o AE seria 
demonstrado, e assim estaria se adiantando bastante. Caiu do cavalo. 
Abraço
D


Décio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause








Em 28/01/2013, às 13:16, Rodrigo Freire escreveu:

> O quadradinho do Bourbaki cumpre o papel de *lugar de variável ligada*. É 
> preciso o link de desambiguação para ligar o quadradinho ao operador tau 
> correspondente. Os links não estão oficialmente entre os símbolos da 
> linguagem, mas ocorrem na formação de expressões. O operador tau é um 
> "variable binding operator" que escolhe um indivíduo satisfazendo uma 
> "relação", se um tal indivíduo existir. No sistema de Bourbaki, há um axioma 
> (padrão para esse tipo de operador) que diz que "relações equivalentes 
> produzem o mesmo indivúduo pela aplicação de tau". É um resultado clássico a 
> conservatividade desse sistema sobre a lógica de primeira ordem.
> 
> A formulação da linguagem formal de Bourbaki difere em edições diferentes do 
> livro. Tenho aqui uma edição em lingua francesa da Springer e uma edição em 
> língua inglesa também da Springer.  Na edição em inglês, há um símbolo 
> impossível de reporduzir, um C ao contrário, cuja interpretação pretendida é 
> a operação de formação de pares ordenados (talvez o C ao contrário tenha algo 
> a ver com couples = pares). Na edição em francês, esse símbolo não existe. 
> Acho que, cronologicamente, primeiro eles adotaram o C ao contrário para 
> formar pares, depois desistiram.
> 
> Já vi em algum lugar que a arbitrariedade da definição de par ordenado de 
> Wiener-Kuratowski causou repulsa em Andre Weil, e esse seria o motivo da 
> introdução do C ao contrário.
> 
> Essas escolhas não são sem importância para a semântica. Esses simbolos que 
> geram conjuntos como o C ao contrário e o tau criam problemas. Por exemplo, 
> como não há controle do rank na geração de conjuntos a partir do tau e do C 
> ao contrário, não há como garantir que V_k, com k um cardinal fortemente 
> inacessível, seja modelo da teoria. De um modo geral, reflexão se torna 
> problemática com essa formulação.
> 
> Além disso, no sistema de Bourbaki, o tau pode ocorrer nas instâncias do 
> axioma da substituição (que no caso do Bourbaki é um axioma que funde 
> substituição e união. O Shoenfield usou a mesma formulação que o Bourbaki 
> desse axioma em seu livro de lógica.) Com isso, Bourbaki não precisa postular 
> o axioma da escolha, ele passa a ser um teorema. Claro que muitas 
> investigações fundacionais que procuram isolar o papel do axioma da escolha 
> não podem ser conduzidas em um sistema como o do Bourbaki.
> 
> Os capítulos finais da teoria de conjuntos são melhores. No capítulo de 
> estruturas tem uma formulação (que seria considerada um pouco desajeitada do 
> ponto de vista de categorias) do teorema do funtor adjunto. Bourbaki chama 
> isso de "existência de aplicações universais", seção 3.2 do capítulo 4 do 
> livro de teoria de conjuntos (Claro que Bourbaki só considera funtores 
> representáveis. Além disso, não há em Bourbaki a definição atual de adjunção)
> 
> Na minha edição francesa aqui, Bourbaki usa a palavra "ensemble" 
> frequentemente. Na edição inglesa ele também usa "set" com frequência. Acho 
> que só no primeiro capitulo ele não usa a palavra "conjunto". Mas isso é 
> compreensível porque o primeiro capítulo é de "lógica". Do segundo capítulo 
> para frente, acho que é um bom livro de teoria de conjuntos básica. 
> 
> O primeiro capítulo de lógica do Bourbaki acho que é muito desajeitado. Nesse 
> capítulo não há desenvolvimento sistemático de algo que chamaríamos 
> "semântica". É uma escolha um tanto infeliz, eu acho.
> 
> 
> Abraço
> Rodrigo
> 
> 
> 
> 
> 

___
Logica-l mailing list
Logica-l@dimap.ufrn.br
http://www.dimap

[Logica-l] Port Royal

2013-01-28 Por tôpico Decio Krause
Pessoal
Alguém tem uma cópia da lógica de Port Royal para me enviar? Em qualquer língua 
que eu possa ler (francês, inglês, espanhol, português, italiano).
Obrigado,
D


Décio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause








___
Logica-l mailing list
Logica-l@dimap.ufrn.br
http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l


Re: [Logica-l] Fwd: link para página web com notas de aula

2013-01-28 Por tôpico Decio Krause
Legal, Julio. E não esqueça o livro do Devlin "Goodbye Descartes: the end of 
logic and the search for a new cosmology of the mind", excelente. Ele também 
acha que devemos partir para outra, como sugere o Manin. A propósito, a frase e 
a história são as seguintes: em 1974, a AMS juntou um bando de matemáticos, 
físicos, físicos-matemáticos, para uma avaliação do que havia sido feito em 74 
anos sobre os 23 Problemas de Hilbert. Havia até Prêmios Nobel. O que resultou 
foi uma nova lista de Problemas da Matemática Atual. O primeiro deles é sobre 
fundamentos da matemática, e foi elaborado pelo Manin. Ele propõe a elaboração 
de uma teoria de "conjuntos" (as aspas são dele) que leve em conta a mecânica 
quântica, onde coleções de objetos quânticos não seriam vistos como conjuntos 
de ZF. Foi o que busquei fazer com os quase-conjuntos. Tudo isso está no meu 
livro com S. French, já falado aqui. Ele começa assim: "In accordance with  
Hilbert's prophecy, we are living in Cantor's paradise. So we are bound to be 
tempted. (...) [e termina] The twentieth century return to Middle Age 
scholastics taught us a lot about formalisms. Probably it is time to look 
outside again. Meaning is what really matters".  Ficar só no formalismo me 
parece pouco, ainda que alguém possa ser formalista...
D


Décio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause








Em 28/01/2013, às 11:08, Julio Lemos escreveu:

> Caro Marcelo e todos,
> 
> Esse experimento é chamado de Wason Selection Task, com referência a P. C. 
> Wason, que o publicou. Também o vi referido em dois livros, recentemente, mas 
> com omissão da segunda parte (o exemplo no bar). Professores de lógica também 
> costumam falhar no teste. Ele é usado normalmente em favor do argumento de 
> que não estamos 'evolutivamente' aparelhados para a lógica formal (ou melhor, 
> que a lógica é contra-intuitiva em alguns casos -- como ilustra o caso da 
> implicação), problema que é discutido pelo mesmo Y. I. Manin em um dos 
> primeiro capítulos de A course in mathematical logic, referido há pouco pelo 
> Prof. Décio.
> 
> O Keith Devlin o costuma mencionar sempre esse experimento em suas aulas.
> 
> Abraços
> Julio Lemos
> 
> 2013/1/27 Marcelo Finger 
> Caros.
> 
> Sobre ENSINAR conjuntos como abstrações puras ou com analogias ao mundo
> real, acho que defender intransigentemente a visão de abstração pura um
> idealismo que JAMAIS será obtido.
> 
> Apresento, para fundamentar a minha opinião, um experimento realizado por
> Leda Cosmides (U. Calif @ Sta Barbara).  Ela apresentou a um grupo de
> pessoas o seguinte problema:  Suponha que v tenha um cj de cartas, em que
> em uma face há uma letra e na outra um número.  Suponha que temos a regra:
> "toda vogal deve ter um número par no outro lado".  Sobre a mesa temos
> quatro cartas, mostrando as seguintes informações: A, C, 3 e 6.  Pergunta:
> quais cartas devem ser inspecionadas para verificar que a regra está sendo
> respeitada?
> 
> A maioria das pessoas ERROU, dizendo que precisava verificar só a primeira
> carta ou a primeira e a última.  A resposta certa é a primeira e a terceira.
> 
> As mesmas pessoas foram apresentadas a outro problema.  Num bar, há pessoas
> maiores e menores de 18 bebendo bebidas com ou sem álcool.  Temos quatro
> pessoas: um menino de 16 anos, um vovô, um pessoa bebendo cerveja e outra
> um suco de laranja.  Pergunta: quais pessoas precisam ser inspecionadas
> para garantir que menores de 18 anos não podem beber bebida alcoólica.?
>  Neste caso, praticamente TODOS acertaram.
> 
> Acontece que os dois problemas são o mesmo.  E a conclusão é a de que o
> cérebro humano é talhado especialmente para raciocinar sobre situações de
> cumprimento de regras sociais, e tem mais dificuldade (mas não
> impossibilidade) para lidar com abstrações.
> 
> Se v busca didatismo, o caminho que passa por instanciações com situações
> sociais, apesar de violar a "pureza" da abstração intransigente, é um
> atalho com forte atrativo para ENSINAR SERES HUMANOS em geral.  As
> primeiras vezes que as crianças ouvem falar em conjunto, elas só vão
> entender se realizarem analogias.  Alguns anos depois da familiarização do
> conceito a analogia pode ser esquecida, o que leva a alteração do próprio
> conceito inicialmente "entendido" (o conceito primário de conjunto
> dificilmente envolve infinitude, densidade, indução, etc).   Razões
> evolutivas para isso não faltam.
> 
> Abraços
> 
> Marcelo
> 
> PS: Eu já vi este experimento mencionados em pelo 3 livros: "The Tipping
> Point" de Malcolm Gladwell, "Grooming, Gossiping and the Origin of
> Language", de Robin Dunbar, e tb em algum dos livros do Steven Pinker, acho
> que "The Language Instinct".
> 
> 
> 
> 2013/1/27 Décio Krause 
> 
> > Touché, JM.
> >
> >
> >
> > ---

Re: [Logica-l] raciocínio vs. contexto social e histórico

2013-01-28 Por tôpico Decio Krause
Citando o JM
PS: Retornando a outro assunto recentemente discutido, devo confessar
entretanto que desconheço estudos que demonstrem que "conhecer a
história do teorema" auxilie na "compreensão da demonstração do
teorema".  Dito isto, confesso que sou totalmente a favor da erudição,
e fico certamente contente com o maior nível de fruição intelectual
por ela permitida: uma das principais razões da aquisição do
conhecimento é "poder rir de mais piadas"!\\

Recentemente, alguém, acho que o Julio, falou do Lakatos. No livro dele, Proofs 
and Refutations, ele fala que vai abordar a matemática não da maneira como ela 
se deu, mas da maneira como ela poderia ter acontecido. Chama isso de 
reconstrução racional. Concordo com o JM. Saber história é útil e importante, 
mas não imprescindível para se fazer matemática ou para ensiná-la. A maioria 
dos "matemáticos" que conheço não sabe chongas de história e têm aversão à 
filosofia. Pura besteira


Décio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause








Em 27/01/2013, às 16:38, Joao Marcos escreveu:

> PS: Retornando a outro assunto recentemente discutido, devo confessar
> entretanto que desconheço estudos que demonstrem que "conhecer a
> história do teorema" auxilie na "compreensão da demonstração do
> teorema".  Dito isto, confesso que sou totalmente a favor da erudição,
> e fico certamente contente com o maior nível de fruição intelectual
> por ela permitida: uma das principais razões da aquisição do
> conhecimento é "poder rir de mais piadas"!

___
Logica-l mailing list
Logica-l@dimap.ufrn.br
http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l


Re: [Logica-l] logica ciencia do raciocinio correto / incorreto

2013-01-26 Por tôpico Decio Krause
Caro JY
Claro que se pode acomodar praticamente tudo dentro de algo vago como "ciência 
do raciocínio". Mas usar isso como "definição" de lógica me parece algo bem 
ultrapassado, só isso.
Obrigado por seu artigo, que vou usar com meus alunos.
Abraço
D


Décio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause








Em 26/01/2013, às 09:37, jean-yves beziau escreveu:

> Caro Décio
> 
> Nao parece ter  problemo dizer que teoria dos modelos, da recursao, etc
> fazem parte da ciencia do raciocinio.
> Do outro lado tem uma certa ambiguidade a falar de "raciocínio correto",
> dizendo que a lógica é a ciência do raciocínio correto.
> Bom lembrar que Aristoteles se consacrou muito a ciencia do raciocinio
> incorreto, cf as refutatacoes sofisticas.
> E hoje este aspeto ainda e importante, cf o critical thinking (em portugues
> agora temos o livro do Carnielli e Epstein).
> Algumas pessoas argumentam  que e mais importante, especialemente na
> filosofia, estudar critical thinking
> que apresentar uma seria de sistemas matematicos que os estudantes nao
> entendem
> e cujo objetivo e utilidade nao sao claro - qual é a logica disso?
> 
> Tem a questao fundamental de saber  se a logica é uma teoria descriptiva ou
> normativa do raciocinio.
> Parece difficil argumentar que a logica classica proposicional ou de
> primeira ordem *descrevem* com Joao Qualquer raciocina.
> Pode se argumentar que é dessa forma que *deveriamos* raciocinar, mas mesmo
> assim parece difficil.
> E  correto, e util, usar tabela de verdades com 2 valores de verdade para
> raciocinar?
> Um bom livro de introducao a logica deveria começar com alguma discussao a
> respeito disso,
> antes de logo apresentar sistemas que ja sao ultrapassados
> ver meu artigo Logic is not logic
> que pode se considerado com um texto de introducao a logica:
> http://www.abstracta.pro.br/revista/Volume6Number1/06.pdf
> 
> Me parece importante tambem num livro de introducao a logica a parte
> historica.
> A historia da logica moderna e um assunto muito interessante.
> Dizer que a logica e util para computacao, tudo bem,
> mas explicar como a computacao se desenvolveu a partir dos trabalhos do
> logicos me parece muito importante,
> nao estou falando so de Turing, mas do Jevons, etc.
> Estudando a historia de logica moderna a gente ve tambem que  alguem com o
> Peirce ja tive a ideia de logica polivalente
> ver e.g. meu artigo History of Truth-Values
> http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/B9780444529374500058
> e que muitas ideias dele (e de outros) sao  mais avançadas do que se ensina
> hoje num curso de logica.
> 
> Um abraço,
> Jean-Yves
> ___
> Logica-l mailing list
> Logica-l@dimap.ufrn.br
> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l

___
Logica-l mailing list
Logica-l@dimap.ufrn.br
http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l


Re: [Logica-l] [OFF?] a matemática como a arte de dar conselhos

2012-11-05 Por tôpico Decio Krause
Ops, mandei o link errado, desculpem.
Acha-se fácil via "Albert Lautman: Dialectics in Mathematics"
D

JM
Para lembrar: esta é basicamente a posição de Lautman, para quem a mat. é uma 
atividade "real" e não meramente tendo a finalidade de obter construções 
formais (Curry), devendo servir para podermos refletir sobre esse "real". 
Para quem quiser, veja 
file:///Users/deciokrause/Boooks%20&%20Papers/Filosofia/Albert%20Lautman%20Dialectics%20in%20Mathematics%20(Brendan%20Larvor)%20-%20Academia.edu.webarchive
Abraços
D


Décio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause
____







Em 05/11/2012, às 11:15, Decio Krause escreveu:

> JM
> Para lembrar: esta é basicamente a posição de Lautman, para quem a mat. é uma 
> atividade "real" e não meramente tendo a finalidade de obter construções 
> formais (Curry), devendo servir para podermos refletir sobre esse "real". 
> Para quem quiser, veja 
> file:///Users/deciokrause/Boooks%20&%20Papers/Filosofia/Albert%20Lautman%20Dialectics%20in%20Mathematics%20(Brendan%20Larvor)%20-%20Academia.edu.webarchive
> Abraços
> D
> 
> 
> Décio Krause
> Departamento de Filosofia
> Universidade Federal de Santa Catarina
> 88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
> deciokrause[at]gmail.com
> www.cfh.ufsc.br/~dkrause
> 
> 
> 
> 
> 
> 
> 
> 
> Em 02/11/2012, às 15:14, Joao Marcos escreveu:
> 
>> Should Alice marry Bob?
>> --by Timothy Gowers
>> http://www.spectator.co.uk/features/8744071/should-alice-marry-bob/
>> 
>> "You are in an airport and are walking from the main departure lounge
>> to a rather distant gate. On the way there are several moving
>> walkways. There is a small stone in your shoe, which is annoying
>> enough that you decide that you must remove it. If you want to get to
>> the gate as quickly as possible, and if there is no danger of your
>> annoying other passengers, is it better to remove the stone while on a
>> moving walkway or while on stationary ground, or does it make no
>> difference?"
>> 
>> O supra-citado artigo de divulgação discute como a matemática vai
>> muito além de "fazer cálculos", e como ela diz respeito às
>> competências de tomar decisões baseadas em dados incompletos, abstrair
>> detalhes irrelevantes, e avaliar estatísticas.  O artigo também
>> discute a forma como tais habilidades matemáticas devem ser ensinadas:
>> começando por questões mundanas ao invés da matemática subjacente, e
>> tornando a discussão tão socrática quanto possível.
>> 
>> cheers, jm
>> ___
>> Logica-l mailing list
>> Logica-l@dimap.ufrn.br
>> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l
> 

___
Logica-l mailing list
Logica-l@dimap.ufrn.br
http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l


Re: [Logica-l] [OFF?] a matemática como a arte de dar conselhos

2012-11-05 Por tôpico Decio Krause
JM
Para lembrar: esta é basicamente a posição de Lautman, para quem a mat. é uma 
atividade "real" e não meramente tendo a finalidade de obter construções 
formais (Curry), devendo servir para podermos refletir sobre esse "real". 
Para quem quiser, veja 
file:///Users/deciokrause/Boooks%20&%20Papers/Filosofia/Albert%20Lautman%20Dialectics%20in%20Mathematics%20(Brendan%20Larvor)%20-%20Academia.edu.webarchive
Abraços
D


Décio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause








Em 02/11/2012, às 15:14, Joao Marcos escreveu:

> Should Alice marry Bob?
> --by Timothy Gowers
> http://www.spectator.co.uk/features/8744071/should-alice-marry-bob/
> 
> "You are in an airport and are walking from the main departure lounge
> to a rather distant gate. On the way there are several moving
> walkways. There is a small stone in your shoe, which is annoying
> enough that you decide that you must remove it. If you want to get to
> the gate as quickly as possible, and if there is no danger of your
> annoying other passengers, is it better to remove the stone while on a
> moving walkway or while on stationary ground, or does it make no
> difference?"
> 
> O supra-citado artigo de divulgação discute como a matemática vai
> muito além de "fazer cálculos", e como ela diz respeito às
> competências de tomar decisões baseadas em dados incompletos, abstrair
> detalhes irrelevantes, e avaliar estatísticas.  O artigo também
> discute a forma como tais habilidades matemáticas devem ser ensinadas:
> começando por questões mundanas ao invés da matemática subjacente, e
> tornando a discussão tão socrática quanto possível.
> 
> cheers, jm
> ___
> Logica-l mailing list
> Logica-l@dimap.ufrn.br
> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l

___
Logica-l mailing list
Logica-l@dimap.ufrn.br
http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l


Re: [Logica-l] “Nao há necessidade nenhuma de usar lógica na matemática” (Elon Lages Lima, pesquisador emérito e ex-diretor do IMPA)

2012-10-11 Por tôpico Decio Krause
Há uma entrevista com o Arnold no Notices da AMS (4, 1995, 432-438), e em seu 
"Will mathematics survive?"(Math. Intelligencer, 7 (3), 1995, 6-10). Ele desce 
o sarrafo em Bourbaki e indiretamente na lógica, lembrando uma frase do Thom: 
"sempre se pode encontrar os imbecis para fazer as provas". Arnold sim.
D


Décio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause








Em 11/10/2012, às 12:39, Famadoria escreveu:

> O Arnold inclusive trocou varias msgs comigo qdo tava resolvendo os problemas 
> dele. Arnold não. 
> 
> Sent from my iPhone
> 
> On 11/10/2012, at 12:36, Decio Krause  wrote:
> 
>> ...e do Arnold, esqueceu, Doria?
>> 
>> 
>> Décio Krause
>> Departamento de Filosofia
>> Universidade Federal de Santa Catarina
>> 88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
>> deciokrause[at]gmail.com
>> www.cfh.ufsc.br/~dkrause
>> 
>> 
>> 
>> 
>> 
>> 
>> 
>> 
>> Em 11/10/2012, às 12:33, Famadoria escreveu:
>> 
>>> Já disse. Isso vem do Thom e do Smale. 
>>> 
>>> Sent from my iPhone
>>> 
>>> On 11/10/2012, at 12:07, Decio Krause  wrote:
>>> 
>>>> Os físicos também não precisam "saber" matemática, e por aí vai.
>>>> 
>>>> 
>>>> 
>>>> Décio Krause
>>>> Departamento de Filosofia
>>>> Universidade Federal de Santa Catarina
>>>> 88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
>>>> deciokrause[at]gmail.com
>>>> www.cfh.ufsc.br/~dkrause
>>>> 
>>>> 
>>>> 
>>>> 
>>>> 
>>>> 
>>>> 
>>>> 
>>>> Em 10/10/2012, às 23:33, Joao Marcos escreveu:
>>>> 
>>>>>> o conhecido analista Elon Lages Lima (IMPA)  afirma categoricamente
>>>>>> (entre 2min40s- 3 mim) que  os matemáticos não precisam saber lógica.
>>>>>> Ente outras frases:
>>>>>> 
>>>>>> “Nao há necessidade  nenhuma de  usar  lógica  na matemática”
>>>>> 
>>>>> Bom, o que ele diz, em contexto, é que se pode ser um matemático sem
>>>>> conhecer *lógica matemática*...  E não é bem verdade?
>>>>> 
>>>>>> “Toda  a  parte da  lógica que a  gente precisa saber é baseada  no
>>>>>> senso comum e na  teoria dos conjuntos”
>>>>>> 
>>>>>> As  noções de   **lógica  proposicional** de fato se traduzem, sim, a
>>>>>> operações sobre conjuntos: mas  lógica não é, obviamente,  só isso!
>>>>>> Um exemplinho:
>>>>>> 
>>>>>> (i) Nenhum número  lindo  é divisível  por 2
>>>>>> 
>>>>>> (ii) Alguns  números divisíveis  por 2 são divisíveis por  3
>>>>>> 
>>>>>> Conclua que:
>>>>>> (iii) algum número  divisível por 3 não é lindo
>>>>>> 
>>>>>> Usando:
>>>>>> (a)  L(x): x  é  lindo
>>>>>> 
>>>>>> (b)  D(x):  x é  divisível por 2
>>>>>> 
>>>>>> (ic)  T(x):  x é  divisível por 3
>>>>>> 
>>>>>> o problema é simbolizado da seguinte  maneira, (NAO na  Lógica
>>>>>> Proposicional, mas na  Lógica de Predicados!!)
>>>>>> 
>>>>>> - - - - - - - - - --
>>>>>> (i) (∀x) (L(x) → ~ D(x))

___
Logica-l mailing list
Logica-l@dimap.ufrn.br
http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l


Re: [Logica-l] “Nao há necessidade nenhuma de usar lógica na matemática” (Elon Lages Lima, pesquisador emérito e ex-diretor do IMPA)

2012-10-11 Por tôpico Decio Krause
...e do Arnold, esqueceu, Doria?


Décio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause








Em 11/10/2012, às 12:33, Famadoria escreveu:

> Já disse. Isso vem do Thom e do Smale. 
> 
> Sent from my iPhone
> 
> On 11/10/2012, at 12:07, Decio Krause  wrote:
> 
>> Os físicos também não precisam "saber" matemática, e por aí vai.
>> 
>> 
>> 
>> Décio Krause
>> Departamento de Filosofia
>> Universidade Federal de Santa Catarina
>> 88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
>> deciokrause[at]gmail.com
>> www.cfh.ufsc.br/~dkrause
>> 
>> 
>> 
>> 
>> 
>> 
>> 
>> 
>> Em 10/10/2012, às 23:33, Joao Marcos escreveu:
>> 
>>>> o conhecido analista Elon Lages Lima (IMPA)  afirma categoricamente
>>>> (entre 2min40s- 3 mim) que  os matemáticos não precisam saber lógica.
>>>> Ente outras frases:
>>>> 
>>>> “Nao há necessidade  nenhuma de  usar  lógica  na matemática”
>>> 
>>> Bom, o que ele diz, em contexto, é que se pode ser um matemático sem
>>> conhecer *lógica matemática*...  E não é bem verdade?
>>> 
>>>> “Toda  a  parte da  lógica que a  gente precisa saber é baseada  no
>>>> senso comum e na  teoria dos conjuntos”
>>>> 
>>>> As  noções de   **lógica  proposicional** de fato se traduzem, sim, a
>>>> operações sobre conjuntos: mas  lógica não é, obviamente,  só isso!
>>>> Um exemplinho:
>>>> 
>>>> (i) Nenhum número  lindo  é divisível  por 2
>>>> 
>>>> (ii) Alguns  números divisíveis  por 2 são divisíveis por  3
>>>> 
>>>> Conclua que:
>>>> (iii) algum número  divisível por 3 não é lindo
>>>> 
>>>> Usando:
>>>> (a)  L(x): x  é  lindo
>>>> 
>>>> (b)  D(x):  x é  divisível por 2
>>>> 
>>>> (ic)  T(x):  x é  divisível por 3
>>>> 
>>>> o problema é simbolizado da seguinte  maneira, (NAO na  Lógica
>>>> Proposicional, mas na  Lógica de Predicados!!)
>>>> 
>>>> - - - - - - - - - --
>>>> (i) (∀x) (L(x) → ~ D(x))
>>>> 
>>>> (ii) (∃x) (D(x) ∧ T (x)).
>>>> 
>>>> Mostre que:
>>>> 
>>>> (iii) (∃x) (T(x) ∧ ~ L(x))
>>>> - - - - - - - - - - -
>>>> Pergunto: o   Elon consegue  mesmo concluir isso usando  **somente**
>>>> Lógica  Proposicional, como ele  prega?
>>> 
>>> Traduzindo para a terminologia usada pelo Elon no video:
>>> 
>>> Sejam P a propriedade de "ser lindo", Q a propriedade de "ser
>>> divisível por 2" e R a propriedade de "ser divisível por 3".
>>> 
>>> Então o Elon certamente escreveria, usando Teoria dos Conjuntos, algo como:
>>> 
>>> P ⊆ Q^c  e  Q∩R ≠ ∅  ==>  R∩P^c ≠ ∅
>>> 
>>> Parece razoável.  E certamente mais do que suficiente para os
>>> professores do Ensino Médio aos quais ele se dirige!
>>> 
>>> JM
>>> 
>>> -- 
>>> http://sequiturquodlibet.googlepages.com/
>>> ___
>>> Logica-l mailing list
>>> Logica-l@dimap.ufrn.br
>>> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l
>> 
>> ___
>> Logica-l mailing list
>> Logica-l@dimap.ufrn.br
>> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l

___
Logica-l mailing list
Logica-l@dimap.ufrn.br
http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l


Re: [Logica-l] “Nao há necessidade nenhuma de usar lógica na matemática” (Elon Lages Lima, pesquisador emérito e ex-diretor do IMPA)

2012-10-11 Por tôpico Decio Krause
Os físicos também não precisam "saber" matemática, e por aí vai.



Décio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause








Em 10/10/2012, às 23:33, Joao Marcos escreveu:

>> o conhecido analista Elon Lages Lima (IMPA)  afirma categoricamente
>> (entre 2min40s- 3 mim) que  os matemáticos não precisam saber lógica.
>> Ente outras frases:
>> 
>> “Nao há necessidade  nenhuma de  usar  lógica  na matemática”
> 
> Bom, o que ele diz, em contexto, é que se pode ser um matemático sem
> conhecer *lógica matemática*...  E não é bem verdade?
> 
>> “Toda  a  parte da  lógica que a  gente precisa saber é baseada  no
>> senso comum e na  teoria dos conjuntos”
>> 
>> As  noções de   **lógica  proposicional** de fato se traduzem, sim, a
>> operações sobre conjuntos: mas  lógica não é, obviamente,  só isso!
>> Um exemplinho:
>> 
>> (i) Nenhum número  lindo  é divisível  por 2
>> 
>> (ii) Alguns  números divisíveis  por 2 são divisíveis por  3
>> 
>> Conclua que:
>> (iii) algum número  divisível por 3 não é lindo
>> 
>> Usando:
>> (a)  L(x): x  é  lindo
>> 
>> (b)  D(x):  x é  divisível por 2
>> 
>> (ic)  T(x):  x é  divisível por 3
>> 
>> o problema é simbolizado da seguinte  maneira, (NAO na  Lógica
>> Proposicional, mas na  Lógica de Predicados!!)
>> 
>> - - - - - - - - - --
>> (i) (∀x) (L(x) → ~ D(x))
>> 
>> (ii) (∃x) (D(x) ∧ T (x)).
>> 
>> Mostre que:
>> 
>> (iii) (∃x) (T(x) ∧ ~ L(x))
>> - - - - - - - - - - -
>> Pergunto: o   Elon consegue  mesmo concluir isso usando  **somente**
>> Lógica  Proposicional, como ele  prega?
> 
> Traduzindo para a terminologia usada pelo Elon no video:
> 
> Sejam P a propriedade de "ser lindo", Q a propriedade de "ser
> divisível por 2" e R a propriedade de "ser divisível por 3".
> 
> Então o Elon certamente escreveria, usando Teoria dos Conjuntos, algo como:
> 
> P ⊆ Q^c  e  Q∩R ≠ ∅  ==>  R∩P^c ≠ ∅
> 
> Parece razoável.  E certamente mais do que suficiente para os
> professores do Ensino Médio aos quais ele se dirige!
> 
> JM
> 
> -- 
> http://sequiturquodlibet.googlepages.com/
> ___
> Logica-l mailing list
> Logica-l@dimap.ufrn.br
> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l

___
Logica-l mailing list
Logica-l@dimap.ufrn.br
http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l


Re: [Logica-l] “Nao há necessidade nenhuma de usar lógica na matemática” (Elon Lages Lima, pesquisador emérito e ex-diretor do IMPA)

2012-10-11 Por tôpico Decio Krause
João
Eu acho mesmo lamentável que coloquem onde colocaram o "departamento de lógica" 
do IMPA, e que um cara como o Elon, pela influência que tem, se expresse desse 
jeito. Mas isso tem longa data. Ademais, sei que ele teria dito que, de teoria 
de conjuntos, bastaria saber o livro do Halmos (teoria ingênua). Bom, isso 
depende de para quê se vai usar a TC. Creio que se a maioria das pessoas 
soubessem o livro do Halmos já seria uma grande coisa. Para ele, pode bastar, 
mas trata-se de uma tremenda besteira. Idem com a lógica. Realmente lamentável.
D


Décio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause








Em 11/10/2012, às 09:01, Joao Marcos escreveu:

> Walter:
> 
> Como você sabe, em 1995 estudei com o Elon no IMPA.  Sei, como todos,
> que estamos falando de um grande divulgador de matemática, algo como
> uma versão brasileira de Paul Halmos, ao mesmo tempo que sei por
> experiência que não se trata de uma pessoa especialmente "simpática".
> Não tenho contudo santos no meu Panteão, e não tenho por objetivo de
> vida defender este ou aquele professor como infalível.  Já ouvi,
> aliás, barbaridades insuperáveis sobre Lógica ditas pelos próprios
> lógicos matemáticos, e acredito que no video divulgado o pobre do Elon
> passa *bem longe* de fazer algo parecido.  Basta tentar assistir sem
> preconceito, o que recomendo a todos.
> 
> Creio que posso dizer que sei bem como é o "sentimento institucional"
> acerca da Lógica que historicamente vigora entre os matemáticos (do
> IMPA ou de outras partes).  Também posso atestar, por outro lado,
> sobre a excelência da biblioteca do IMPA na área de Lógica.  Nada
> disto afeta, insisto, a minha opinião sobre o video em questão, ou a
> formalização, correta, que se pode fazer das asserções do quadrado
> aristotélico usando Teoria dos Conjuntos, como mostrou Elon em seu
> video, e eu mostrei em minha primeira mensagem a partir do
> particularmente infeliz exemplo que você escolheu em sua mensagem...
> 
> Pareceu-me que a asserção de Elon sobre "os matemáticos do IMPA não
> saberem Lógica (Matemática)" é o resultado de uma observação
> essencialmente correta, e que a lição de reciclagem de Elon para os
> professores do nível secundário sobre a "correspondência entre a
> implicação lógica e a inclusão entre conjuntos" é bastante proveitosa.
> Nada de mais aí.  Por fim, a frase "Lógica Matemática é um assunto
> interessante, não trivial, que deve ser estudado por pessoas que têm
> interesse por aquilo", dita por Elon naquele video, pareceu-me tão
> correta quanto cuidadosa.  Não compreendo a razão pela qual se poderia
> chamar o video de "lamentável", como fez Décio.
> 
> A lição que Elon dá sobre o significado da implicação lógica no outro
> video que eu enviei (agradeço a você por ter me dado a oportunidade de
> encontrar este video na web), usando um exemplo sobre solução de
> equações, é lúcida e impagável, melhor talvez do que qualquer outra
> que eu já assisti apresentada por lógicos matemáticos.  Parabéns a
> ele.
> 
> Joao Marcos
> 
> 
> 2012/10/11 Walter Carnielli :
>> João,
>> 
>> eu admiro  o Elon,  e ele inclusive ficou  do  meu  lado numa briga
>> que tive  no IMECC da  UNICAMP, quando ganhei a  bolsa  da  Fundaçao
>> von Humboldt,   e  os palhaços da  área de álgebra do IMECC  não
>> queriam  liberar  meu  afastamento. Mas  ele só ficou  do meu lado
>> porque eu fazia  muita  combinatória na  época...
>> 
>> Você é  recente  demais na  área para se  lembrar do que chamavam de
>> "departamento de  lógica" no IMPA-- pergunte ao Dória,  ao Veloso, ao
>> Newton...
>> 
>> abs,
>> 
>> Walter
>> 
>> Em 11 de outubro de 2012 01:04, Joao Marcos  escreveu:
>>> Sinceramente, não reconheço no video anteriormente apontado qualquer
>>> tipo de "desconhecimento do assunto" por parte de mestre Elon.  Acho
>>> que vocês estão ouvindo mais do que foi realmente dito, e tirando as
>>> palavras dele do contexto no qual elas foram ditas.  Mais ainda,
>>> recomendo vivamente a todos esta outra bela lição de "lógica na
>>> solução de equações", que felizmente só fiquei conhecendo graças ao
>>> video anterior:
>>>  http://www.youtube.com/watch?v=Ealz4xXE20A
>>> 
>>> Joao Marcos
>>> 
>>> 
>>> 2012/10/11 Décio Krause :
 Lamentável. Assisti o vídeo e quase não reconheci o Elon de que me lembro
 (mas lembro de cursos e intervenções exemplares dele e, permitam-me, com
 todo o respeito, das filhas dele em Poços de Caldas 1977, lindas - Pace,
 Elon). Mas  adoro os livros dele, e acho que devemos deixar que agora ele
 fale o que quiser.  Obrigado Elon por ter nos ensinado tanto e por ter nos
 dado tantos livros exemplares.  Apesar de não concordar uma vírgula com o
 que disse quanto à lógica, o que demonstra um completo desconhecimento do
 assunto,  vai aqui minha admiração.
 

Re: [Logica-l] duas abordagens à resolução de problemas

2012-09-23 Por tôpico Decio Krause
JM
Uma conjectura não precisa ser necessariamente "demonstrada". Isso só faria 
sentido se estivesse em um sistema axiomático no qual houvesse uma noção de 
dedução sensata, etc. Se este fosse o caso, o que seria uma conjectura? Ou 
seria um teorema ou sua negação o seria (supondo a lógica clássica). 
Nas ciências empíricas, onde isso acontece com mais sentido, não há uma 
axiomatização razoável sendo suposta. Assim, "demonstrar" não é algo muito 
preciso. Já viu algum dia a "dedução" da equação de Schrödinger em mecânica 
quântica? Nenhum lógico ou matemático aceitaria aquilo como uma "dedução". Foi 
algo heurístico, mas que funciona.
De uma conjectura podemos sim tirar inferências, algumas por deduções mais ou 
menos espelhadas no que se faz em matemática, outras meio chutadas, e 
submetê-las ao teste. Isso é, claro que você conhece, mas falo para todos, a 
essência do método hipotético-dedutivo.
Assim, pergunto: o que é uma conjectura? Em que sistema? 
Não é uma discussão bacana?
Abraços
D


Décio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause








Em 23/09/2012, às 10:25, Joao Marcos escreveu:

> (ainda inspirado na conjectura/teorema ABC)
> 
> o que fazer quando encontramos uma nova conjectura: tentar
> demonstrá-la ou refutá-la?
> 
> uma vez que tenhamos escolhido o que fazer, como fazer: usar uma
> abordagem "procedimental" ou uma abordagem "orientada a objetos"?
> 
> What are some other good examples of problems that are most known
> today for creating new objects?
> http://rjlipton.wordpress.com/2012/09/22/what-is-the-object/
> ___
> Logica-l mailing list
> Logica-l@dimap.ufrn.br
> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l

___
Logica-l mailing list
Logica-l@dimap.ufrn.br
http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l


Re: [Logica-l] Jean van Heijenoort: Kaleidoscope / Anita Feferman

2012-09-20 Por tôpico Decio Krause
Pelo(o) amante? Ele não foi amante da Frida Kahlo também? Jogava em todas?
D


Décio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause








Em 20/09/2012, às 12:34, Joao Marcos escreveu:

> Não li o artigo.  O que eu sabia sobre ele é que ele havia sido morto
> pelo amante traído.  Pelo jeito, Anita tem mais "inside information".
> :-)
> 
> JM
> 
> 
> On Thu, Sep 20, 2012 at 12:30 PM, jean-yves beziau  
> wrote:
>> Grato JM, vi que voce ja leu o artigo até o final:
>> 
>> On March 29th, as he slept, Anne-Marie shot him in the head, three
>> times, with a Colt.38 and then put the gun in her mouth and shot once.
>> 
>> Melhor ficar quietinho entao!
>> 
>> 2012/9/20 Joao Marcos 
>>> 
 Almost everything Jean van Heijenoort did was an all or nothing affair.
>>> 
>>> Bem, isso o ajudou a morrer cedo...
>>> 
>>> Parabéns, JY, pelo novo paper publicado na LU.
>>> 
>>> JM
>>> 
>>> --
>>> http://sequiturquodlibet.googlepages.com/
>> 
>> 
> 
> 
> 
> -- 
> http://sequiturquodlibet.googlepages.com/
> ___
> Logica-l mailing list
> Logica-l@dimap.ufrn.br
> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l

___
Logica-l mailing list
Logica-l@dimap.ufrn.br
http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l


Re: [Logica-l] Ceremonia na Academia Brasileira de Filosofia

2012-09-03 Por tôpico Decio Krause
Parabéns, Jean Yves.
D


Décio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause








Em 03/09/2012, às 11:10, jean-yves beziau escreveu:

> Sexta feira dia 31 de gosto de 2012 foi minha posse na Cadeira 6
> da Academia Brasileira de Filosofia
> na Casa do Osório no Rio de Janeiro
> Foi uma ceremonia bem agradavel que perdurou até  meia noite
> com muitos participantes simpaticos: o predidente da academia,
> Joao Ricardo Moderno, o presidente de honra, Newton da Costa,
> o embaixador João Clemente Baena Soares, a antropologa Maria Beltrao, ...
> amigos de muitos anos : Doria, Alexandre, Hilan, Mauricio Kritz, ...
> meus alunos da UFRJ ...
> Agradeço a presença de tudo mundo.
> 
> No meu discurso de apresentacao, seguindo a tradicao, falei
> do Patrono da Cadeira 6, Euryalo Cannabrava
> vem ai um pequena descricao dele feito por um aluno dele:
> 
> Cannabrava nos ensinou a pensar, coisa tão rara nos dias de hoje.
> Seu curso de Filosofia para os alunos do terceiro ano do Curso Científico
> (era assim que se chamava na época o hoje segundo grau) do Pedro II era de
> lógica formal.
> Nunca quis impingir em seus jovens alunos a leitura dos grandes pensadores
> que ele tão bem conhecia.
> Eram centenas de exercícios semanais para que aprendêssemos a raciocinar
> corretamente,
> saber juntar fatos, tirar conseqüências, não cair em silogismos, não
> mergulhar na obscuridade que alguns,
> hoje mais do que nunca, acham que é sinônimo de conhecimento, de erudição.
> É simplesmente confusão mental. Ou deliberada complicação para disfarçar
> pobreza de pensamento ...
> mais no site:
> http://iniciativacultural.wordpress.com/2009/11/04/euryalo-cannabrava/
> 
> Tambem falei do meu predecessor na Cadeira 6
> o filosofo cearense Antonio Xavier Teles
> que tive um papel importante no desenvolvimento da filosofia no Brasil
> ocupando a catedra de filosofia do colegio Pedro II
> autor de um livro muito interessante:
> "Introducao ao estudo da filosofia".
> Na capa, o livro esta apresentado desta forma:
> "Os livros de filosofia sao, geralemente, traducao ou entao se apresentam
> impregnados
> de temas e linguagem excessivamente abstratos. Este livro constitui uma
> agradavel excecao.
> O Autor, como professor brasileiro que faz parte de uma cultura periferica,
> vé a filosofia de um angulo que escapa a um pensador mergulhado em outro
> centro de cultura,"
> De fato o autor da uma perspectiva bem ampla presentando as filosofias
> chinese, budista, hinduista,
> falando tambem de autores tais que Erich Fromm, Shri Aurobindo,
> Krishnamurti.
> Tem até um capitulo intitulado
> Como fazer uma meditacao zen?
> "Deve-se sentar sobre uma almofada redonda, o pé direito sobre a coxa
> esquerda
> e o pé esquerdo sobre a coxa direita ...  " Descricao completa no livro.
> 
> Meu discurso foi seguido de um discurso de apresentacao do Professor Newton
> da Costa
> que lembrou como nos encontramos em Paris em 1991 e continuamos a trabalhar
> junto.
> Posterioramente esses discursos serao publicados pela ABF.
> 
> Estou  muito feliz de ocupar esta cadeira 6 da Academia Brasileira de
> Filosofia
> e pretendo continuar a desenvolver a logica e a filosfia no Brasil.
> 
> Jean-Yves
> ___
> Logica-l mailing list
> Logica-l@dimap.ufrn.br
> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l

___
Logica-l mailing list
Logica-l@dimap.ufrn.br
http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l


Re: [Logica-l] Logica Universalis: 100 artigos

2012-08-08 Por tôpico Decio Krause
Lindo volume, JY. Parabéns.
Abraço
D


Décio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause








Em 08/08/2012, às 14:27, jean-yves beziau escreveu:

> E com prazer que estamos anunciando a publicacao do centesimo artigo da
> Logica Univeralis.
> Por coincidencia se trata da reedicao de um artigo classico de Heijenoort
> num numero especial dedicado ao 100 anos do nascimento de JvH
> Este artgio iniciou a mitologia do Frege com pai da logica moderna.
> Vem ai a primeira sentencia do artigo:
> 
> Modern Logic began in 1879, the year in which Gottlob Frege (1848–1925)
> published his Begriffsschrift. In less than ninety pages this booklet
> presented
> a number of discoveries that changed the face of logic.
> 
> Jean van Heijenoort, Historical Development of Modern Logic
> http://www.springerlink.com/content/v41264457240/?MUD=MP
> 
> Esse numero especial JvH 100 e editado por Irving Anellis
> que foi o principal estudante do Heijenoort,
> e que se tornou tambem grande historiador da logica moderna,
> mostrando em particular a importancia do trabalho de Peirce.
> ___
> Logica-l mailing list
> Logica-l@dimap.ufrn.br
> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l

___
Logica-l mailing list
Logica-l@dimap.ufrn.br
http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l


Re: [Logica-l] Convite para o Blog IF

2012-08-07 Por tôpico Decio Krause
Mon dieu, Doria, o que é isso? Prova "científica"?Eu gostei do "portanto" na 
inferência abaixo, que está em um dos slides (e pensar que este "curso" foi 
dado na UFSC):

"Nós consideramos ‘algo’ como uma verdade somente por causa de todas as demais 
coisas que aceitamos como verdades; isto é, porque este ‘algo’ é consistente 
com nossa experiência e compreensão da vida como um todo.
Portanto, nosso conhecimento é relativo."




Décio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause








Em 07/08/2012, às 08:28, Francisco Antonio Doria escreveu:

> Botei nos meus bookmarks, e achei bem interessante. Mas:
> 
> http://www.rcgg.ufrgs.br/extensao1.htm
> 
> revela um autor que nunca ouviu falar em Prigogine...
> 
> 2012/8/7 rodrigo cid 
> 
>> 
>> Meus caros amigos lógicos e filósofos,
>> Estou escrevendo para convidá-los a serem autores do Blog Investigação
>> Filosófica (site do qual sou diretor geral) e, com isso, poderem divulgar
>> no site notícias da Filosofia e os seus próprios textos já publicados. O
>> blog conta com um acesso de mais ou menos 10.000 visualizações por mês,
>> nacionais e internacionais, e em grande parte de países de língua
>> portuguesa. Caso haja algum interesse ou dúvida, favor entrar em contato
>> diretamente comigo pelo email rodrigorl...@hotmail.com
>> Cordialmente,
>> Rodrigo CidDireção GeralBlog Investigação Filosóficahttp://
>> investigacao-filosofica.blogspot.com.br/
>> 
>> ___
>> Logica-l mailing list
>> Logica-l@dimap.ufrn.br
>> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l
>> 
> 
> 
> 
> -- 
> fad
> 
> ahhata alati, awienta Wilushati
> ___
> Logica-l mailing list
> Logica-l@dimap.ufrn.br
> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l

___
Logica-l mailing list
Logica-l@dimap.ufrn.br
http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l


Re: [Logica-l] Atracao de visitantes do exterior - "Ciência sem Fronteiras"

2012-08-05 Por tôpico Decio Krause
JM
Eu, como muitos de vocês,  recebo com frequência projetos do CNPq para dar 
parecer. Geralmente, ou quase sempre, eles vêm bem instruídos e é fácil e 
rápido emitir um parecer. Não lembro de haver rejeitado algum, simplesmente 
porque todos me pareceram pertinentes e acho mesmo que devemos incentivar essas 
atividades, exceto se parecerem loucura. Será que a moça indiana fez tudo 
direitinho? 
Em todo caso, eu diria que o que precisamos é isso: processos bem instruídos, 
como tem acontecido e pareceristas sensatos, o que é muito vago. Mas é o que 
temos. Acho que já melhorou muito, mas claro há ainda muito a fazer. Eu 
melhoraria as chances de trazer gente de fora com mais possibilidades de tempo 
curto e menos burocracia: um projeto simples, bem simples e pareceristas 
sensatos...O que mais dizer?
D


Décio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause








Em 05/08/2012, às 16:21, Joao Marcos escreveu:

>> Obrigado de qualquer jeito e lamento pela rejeição de sua proposta.
> 
> Neste caso específico a proposta não foi "minha", foi da moça indiana
> (*).  Minha curiosidade neste ponto, contudo, diz respeito ao
> procedimento desrespeitoso e completamente desprovido de INFORMAÇÃO
> pelo qual somos continuamente "avaliados".
> 
> Talvez tenhamos que encontrar algo que possamos FAZER a respeito
> destas coisas, ao invés de apenas LAMENTAR...  Alguém tem alguma ideia
> / sugestão / experiência a partilhar?
> 
> Joao Marcos
> 
> (*) Não que eu não tenha vários casos *meus* a partilhar, como
> certamente vocês também terão os seus!
> 
>> Em 05/08/2012, às 15:48, Joao Marcos escreveu:
>> 
>> 2012/8/5 Decio Krause :
>> 
>> Caramba, é sempre "para ontem'? Quando é que nos darão prazos razoáveis?
>> 
>> Temos sempre que sair correndo atrás de datas, pessoas, etc?
>> 
>> 
>> Olá, Decio.  Se não me engano, estes prazos particulares já estão
>> online há vários meses...
>> 
>> No ano passado tentamos trazer uma young researcher da Índia para o
>> nosso instituto.  A proposta não foi aprovada.  Segue abaixo a
>> mensagem desinformativa que ela recebeu do "sistema".  Como de
>> costume, não dá nem para saber se o pessoal do CNPq teria ao menos
>> LIDO a *proposta de pesquisa* dela.  Com este tipo de "avaliação",
>> como é que alguém poderia saber se "considera se sua proposta teria
>> sido apropriadamente avaliada", para decidir se dever "recorrer" ou
>> não?
>> 
>> JM
>> 
>> * * *
>> 
>> Dear candidate,
>> 
>> Based on the evaluation of your CV, your candidacy for a Science
>> without Borders Young Talents Attraction (BJT) fellowship has not been
>> approved.
>> 
>> If you consider that your proposal has not been properly evaluated,
>> you may request it to be reconsidered. In this case, please send your
>> request to the following e-mail address, including a thorough and
>> precise justification for doing do:
>> co...@cnpq.br
>> 
>> Also, please be aware that you are eligible to resubmit your proposal
>> by accessing the following address:
>> http://www.cienciasemfronteiras.gov.br/web/csf-eng/opportunities-for-individuals-from-abroad
>> 
>> 
>> Sincerely yours,
>> Science without Borders Team
>> 
>> * * *
>> 
>> --
>> http://sequiturquodlibet.googlepages.com/
>> 
>> 
> 
> 
> 
> -- 
> http://sequiturquodlibet.googlepages.com/

___
Logica-l mailing list
Logica-l@dimap.ufrn.br
http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l


Re: [Logica-l] Atracao de visitantes do exterior - "Ciência sem Fronteiras"

2012-08-05 Por tôpico Decio Krause
Oi, JM
Sim eu é quem devo estar sempre por fora. Eu gostaria de trazer dois argentinos 
para trabalhar, mas o prazo é muito exíguo. Vou pensar e tentar de algum modo. 
Obrigado de qualquer jeito e lamento pela rejeição de sua proposta. 
Abraço
Décio


Décio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause








Em 05/08/2012, às 15:48, Joao Marcos escreveu:

> 2012/8/5 Decio Krause :
>> Caramba, é sempre "para ontem'? Quando é que nos darão prazos razoáveis?
>> Temos sempre que sair correndo atrás de datas, pessoas, etc?
> 
> Olá, Decio.  Se não me engano, estes prazos particulares já estão
> online há vários meses...
> 
> No ano passado tentamos trazer uma young researcher da Índia para o
> nosso instituto.  A proposta não foi aprovada.  Segue abaixo a
> mensagem desinformativa que ela recebeu do "sistema".  Como de
> costume, não dá nem para saber se o pessoal do CNPq teria ao menos
> LIDO a *proposta de pesquisa* dela.  Com este tipo de "avaliação",
> como é que alguém poderia saber se "considera se sua proposta teria
> sido apropriadamente avaliada", para decidir se dever "recorrer" ou
> não?
> 
> JM
> 
> * * *
> 
> Dear candidate,
> 
> Based on the evaluation of your CV, your candidacy for a Science
> without Borders Young Talents Attraction (BJT) fellowship has not been
> approved.
> 
> If you consider that your proposal has not been properly evaluated,
> you may request it to be reconsidered. In this case, please send your
> request to the following e-mail address, including a thorough and
> precise justification for doing do:
> co...@cnpq.br
> 
> Also, please be aware that you are eligible to resubmit your proposal
> by accessing the following address:
> http://www.cienciasemfronteiras.gov.br/web/csf-eng/opportunities-for-individuals-from-abroad
> 
> 
> Sincerely yours,
> Science without Borders Team
> 
> * * *
> 
> -- 
> http://sequiturquodlibet.googlepages.com/

___
Logica-l mailing list
Logica-l@dimap.ufrn.br
http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l


Re: [Logica-l] Atracao de visitantes do exterior - "Ciência sem Fronteiras"

2012-08-05 Por tôpico Decio Krause
Caramba, é sempre "para ontem'? Quando é que nos darão prazos razoáveis? Temos 
sempre que sair correndo atrás de datas, pessoas, etc? 
Lamentável. 
Grato, Valéria.


Décio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause








Em 05/08/2012, às 15:17, Valeria de Paiva escreveu:

> Samuel,
> Tem um detalhe, a deadline for "senior visitors" nao 'e 1 de Outubro nao, 'e 
> 1 de Setembro, veja la' na pagina. Tem uma deadline de 1/10/2012 em cima, mas 
> na sub-rubrica de visitante 'e 1/09/2012.
> Abracos,
> Valeria
> 
> 2012/8/5 Decio Krause 
> Grato, Samuel. Muito útil.
> Abraço
> Décio
> 
> 
> Décio Krause
> Departamento de Filosofia
> Universidade Federal de Santa Catarina
> 88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
> deciokrause[at]gmail.com
> www.cfh.ufsc.br/~dkrause
> 
> 
> 
> 
> 
> 
> 
> 
> Em 05/08/2012, às 14:20, Pedro H. Zambrano escreveu:
> 
> > Soa legal, Samuel ... espero que o projeto tenha sucesso aí no Brasil!
> >
> > Pedro.
> >
> > 2012/8/5 
> >
> >> Caros colegas,
> >>
> >> Chamo a atencao para o seguinte link do CNPq, acho que é uma boa
> >> oportunidade para atrair colaboradores do exterior para passar algum tempo
> >> no Brasil:
> >>
> >> http://www.**cienciasemfronteiras.gov.br/**web/csf/atracao-de-cientistas-*
> >> *para-o-brasil<http://www.cienciasemfronteiras.gov.br/web/csf/atracao-de-cientistas-para-o-brasil>
> >>
> >> O que achei mais interessante é a possibilidade de fazer projetos prevendo
> >> que o
> >> colaborador estrangeiro se comprometa a passar, "apenas", pelo menos um
> >> mês no Brasil por ano, por dois ou três anos. Como o problema quase sempre
> >> é a agenda do colaborador, essa flexibilidade (de poder ir e voltar em
> >> visitas mais curtas) me parece ótima.
> >>
> >> Deadline para submissao: 01 de outubro.
> >>
> >> Até,
> >>
> >> []s  Samuel
> >>
> >>
> >> PS-1: O link em inglês para mandar para seus colaboradores:
> >>
> >> http://www.**cienciasemfronteiras.gov.br/**web/csf-eng/opportunities-for-*
> >> *individuals-from-abroad<http://www.cienciasemfronteiras.gov.br/web/csf-eng/opportunities-for-individuals-from-abroad>
> >>
> >> PS-2: Nao li nada do projeto, nao sei os detalhes... Tem aí também a
> >> possibilidade de atrair jovens talentos...
> >>
> >> PS-3: Acho o Ciências sem Fronteiras bastante polêmico, mas nao estou
> >> propondo nenhuma discussao a respeito do projeto, só estou avisando de um
> >> deadline... Quem quiser discutir, no entanto, fique à vontade ! 8-)
> >>
> >>
> >>
> >>
> >> --**--**
> >> Universidade Federal da Bahia - http://www.portal.ufba.br
> >>
> >> __**_
> >> Logica-l mailing list
> >> Logica-l@dimap.ufrn.br
> >> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-**bin/mailman/listinfo/logica-l<http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l>
> >>
> >
> >
> >
> > --
> > P.
> > ___
> > Logica-l mailing list
> > Logica-l@dimap.ufrn.br
> > http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l
> 
> ___
> Logica-l mailing list
> Logica-l@dimap.ufrn.br
> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l
> 
> 
> 
> -- 
> Valeria de Paiva
> http://www.cs.bham.ac.uk/~vdp/
> http://valeriadepaiva.org/www/

___
Logica-l mailing list
Logica-l@dimap.ufrn.br
http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l


Re: [Logica-l] Atracao de visitantes do exterior - "Ciência sem Fronteiras"

2012-08-05 Por tôpico Decio Krause
Grato, Samuel. Muito útil.
Abraço
Décio


Décio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause








Em 05/08/2012, às 14:20, Pedro H. Zambrano escreveu:

> Soa legal, Samuel ... espero que o projeto tenha sucesso aí no Brasil!
> 
> Pedro.
> 
> 2012/8/5 
> 
>> Caros colegas,
>> 
>> Chamo a atencao para o seguinte link do CNPq, acho que é uma boa
>> oportunidade para atrair colaboradores do exterior para passar algum tempo
>> no Brasil:
>> 
>> http://www.**cienciasemfronteiras.gov.br/**web/csf/atracao-de-cientistas-*
>> *para-o-brasil
>> 
>> O que achei mais interessante é a possibilidade de fazer projetos prevendo
>> que o
>> colaborador estrangeiro se comprometa a passar, "apenas", pelo menos um
>> mês no Brasil por ano, por dois ou três anos. Como o problema quase sempre
>> é a agenda do colaborador, essa flexibilidade (de poder ir e voltar em
>> visitas mais curtas) me parece ótima.
>> 
>> Deadline para submissao: 01 de outubro.
>> 
>> Até,
>> 
>> []s  Samuel
>> 
>> 
>> PS-1: O link em inglês para mandar para seus colaboradores:
>> 
>> http://www.**cienciasemfronteiras.gov.br/**web/csf-eng/opportunities-for-*
>> *individuals-from-abroad
>> 
>> PS-2: Nao li nada do projeto, nao sei os detalhes... Tem aí também a
>> possibilidade de atrair jovens talentos...
>> 
>> PS-3: Acho o Ciências sem Fronteiras bastante polêmico, mas nao estou
>> propondo nenhuma discussao a respeito do projeto, só estou avisando de um
>> deadline... Quem quiser discutir, no entanto, fique à vontade ! 8-)
>> 
>> 
>> 
>> 
>> --**--**
>> Universidade Federal da Bahia - http://www.portal.ufba.br
>> 
>> __**_
>> Logica-l mailing list
>> Logica-l@dimap.ufrn.br
>> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-**bin/mailman/listinfo/logica-l
>> 
> 
> 
> 
> -- 
> P.
> ___
> Logica-l mailing list
> Logica-l@dimap.ufrn.br
> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l

___
Logica-l mailing list
Logica-l@dimap.ufrn.br
http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l


Re: [Logica-l] Paper - Lautman

2012-07-04 Por tôpico Decio Krause
Pessoal
Já consegui o artigo. Obrigado.
D


Décio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause








Em 04/07/2012, às 16:52, Decio Krause escreveu:

> Pessoal
> Alguém tem o artigo de Albert Lautman  "New research on the dialectical 
> structure of mathematics"?
> 
> 
> 
> Décio Krause
> Departamento de Filosofia
> Universidade Federal de Santa Catarina
> 88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
> deciokrause[at]gmail.com
> www.cfh.ufsc.br/~dkrause
> 
> 
> 
> 
> 
> 
> 
> 

___
Logica-l mailing list
Logica-l@dimap.ufrn.br
http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l


[Logica-l] Paper - Lautman

2012-07-04 Por tôpico Decio Krause
Pessoal
Alguém tem o artigo de Albert Lautman  "New research on the dialectical 
structure of mathematics"?



Décio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause








___
Logica-l mailing list
Logica-l@dimap.ufrn.br
http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l


Re: [Logica-l] Fator de impacto 2011 dos periódicos com Logic no nome

2012-07-04 Por tôpico Decio Krause
Há muito tempo (1995-1998), estive envolvido com questões burocráticas na 
pró-reitoria de pesquisa e tive que me inteirar de algo sobre esses índices. Na 
época, aprendi o óbvio, que esses índices têm a ver com o número de acessos que 
a comunidade faz aos referidos periódicos, o que segundo a burocracia demonstra 
a sua importância. Lembro que eu tinha uma relação de todas as revistas com os 
fatores de 1995. Nature tinha 27 e poucos, e o JSL tinha 0,6 e pouco. Na 
medicina, em revistas que lidam com câncer e coisas do gênero, os fatores eram 
altíssimos se comparados aos nossos, claro que porque há mais procura por essas 
coisas, ou mais gente trabalhando nisso. Se isso ainda persiste, entende-se a 
discrepância entre o LJNCL e o JSL: há mais pessoas lendo o primeiro, 
justamente, acho, por ser mais acessível. Logo (inferência válida?) o fator de 
impacto é maior. Por sinal, viram a quantas anda o Notre Dame? Ridículo de 
qualquer forma.
Abraços com forte fator de impacto,
Décio


Décio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause








Em 02/07/2012, às 10:29, Adolfo Neto escreveu:

> O trabalho do ISI é relativamente sério. O problema maior é pegar apenas um
> dos números (o Fator de Impacto) e usar para representar a qualidade do
> Journal.
> 
> 
> Só para explicar mais, para aqueles que não tem acesso ao ISI, aqui vão
> alguns detalhes sobre como foi calculado o Fator de Impacto 2011
> 
> Do Logic Journal of the IGPL (LJIGPL)
> 
> http://www.twitpic.com/a323pb/full
> *
> *Do Journal of Symbolic Logic (muito mais tradicional que o LJIGPL, mas com
> menor fator de impacto):
> http://twitpic.com/a323vs/full
> 
> Observem que nos últimos 5 anos (que acho que faz mais sentido para Lógica,
> onde não estamos correndo atrás de novidades que irão salvar o mundo)
> o fator de impacto do JSL é maior.
> **
> 
> 
> 2012/7/1 Rodrigo Freire 
> 
>> Bem, já discutimos esse assunto antes.
>> 
>> Não sei qual é a ligação entre número de citações e qualidade,
>> acredito que não há ligação.
>> 
>> Acho que é fácil entender o caso do IGPL: é uma revista que está na
>> mira, sobretudo, da comunidade de "lógica computacional", e esse
>> índice reflete que essa comunidade é maior que outros grupos de
>> lógicos.
>> 
>> Abraço
>> Rodrigo
>> 
>> On 7/1/12, Walter Carnielli  wrote:
>>> Caro Carlos:
>>> 
>>> concordo em número, gênero e grau com tudo o que você  diz. De fato,
>>> abandonar todo tipo de avaliação vai
>>> comprometer o  desenvolvimento da pesquisa,  porque  ciência  é
>>> muito feita de garantias mutuas.
>>> Mas  o pior é  inventar uma  medida necessariamente  inexata,
>>> *pretender* passá-la  como uma medida absoluta
>>> e ter  os burocratas de  plantão como  cúmplices!
>>> 
>>> Um abraço,
>>> 
>>> Walter
>>> 
>>> Em 1 de julho de 2012 18:02, Carlos Gonzalez 
>> escreveu:
 Caro Walter,
 
 Como já foi discutido tantas vezes nesta lista, o problema central é:
 
 * Como avaliar a qualidade de uma pesquisa científica?
 
 * Como avaliar a importância dos resultados de uma pesquisa científica?
 
 Sem a questão da qualidade e da relevância, podemos cair num "tanto
 faz" no qual um artigo que é um resumo mal feito fica com o mesmo
 valor que uma pesquisa que muda a maneira de pensar de uma área ou que
 abre novos e interessantes caminhos, etc. Por isso eu penso que tem de
 haver alguma maneira de avaliar qualidade, relevância, etc., que são
 mais importantes que a mera quantidade.
 
 Para solucionar esse problema, pretendendo uma imparcialidade, foram
 criadas essas (e outras) medidas. Piora a coisa o preconceito de que
 quantificação é garantia de objetividade. Para mim, pretender que uma
 série de continhas seja uma valoração da qualidade e da relevância com
 alguma medida de exatidão é desconhecer as características
 fundamentais da pesquisa científica. Nesse sentido, eu diria que a tua
 observação pode ser interpretada no sentido de que o índice de impacto
 tem, no mínimo, (mais-menos) 50% de erro. Isso é muito erro.
 
 Talvez chegou a hora de pensar em maneiras menos mecânicas de avaliar.
 Recorrer a um comité que faça esse trabalho seria bom, se se tratar de
 pesquisadores reconhecidamente importantes que atuem de maneira
 responsável e honesta. Mas eu não penso que as revistas possam ter um
 índice quantitativo com pretensão de exatidão. Falar "0,913" com 3
 casas decimais não faz sentido.
 
 Ao contrário das continhas do Índice de Impacto, eu penso que a medida
 justa da relevância de uma pesquisa científica, sobre todo em ciência
 pura, só fica clara 10 ou 20 anos depois, na maioria dos casos.
 Exemplos históricos, como o caso de Frege, podem fundamentar essa
 afirmação.
 
 Por out

Re: [Logica-l] Festas dos Logicos no Centro Cultural BrasiLibano em Beirute

2012-06-30 Por tôpico Decio Krause
Parabéns, JY, por mais esta. 
Abraços
D


Décio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause








Em 30/06/2012, às 13:04, jean-yves beziau escreveu:

> Nosso encontro sobre o quadrado das oposicoes
> em Beirute no Libano terminou hoje
> foi um grande successo
> 
> Ontem a noite fomos recebido na centro cultural Brasilibano em Beirute
> pelo Embaixador do Brasil no Libano
> Paulo Roberto Campos Tarrisse da Fontoura
> que ficou muito feliz de receber cientistos do mundo inteiro
> incluindo brasileiros
> agora ele sabe que  a logica e muito importante no Brasil
> que pode ser considerado com o pais futebol-samba-logica
> com o  Hilan da UnB falou num pequeno discurso depois de cantar
> uma versao quadradica do hino nacional brasileiro.
> e beber muito suco de banana
> Tudos participantes gosataram muito do ambiante brasileiro e da gentilleza
> do Embaixador
> 
> http://www.facebook.com/BrasiLiban
> Aqui mais fotografias:
> http://www.facebook.com/media/set/?set=a.329154250505662.79607.100639716690451&type=1
> ___
> Logica-l mailing list
> Logica-l@dimap.ufrn.br
> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l

___
Logica-l mailing list
Logica-l@dimap.ufrn.br
http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l


[Logica-l] CV PDF

2012-06-16 Por tôpico Decio Krause
Pessoal
Alguém sabe como se gera um PDF do Lattes a partir da página do CNPq?
Grato
D


Décio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause








___
Logica-l mailing list
Logica-l@dimap.ufrn.br
http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l


Re: [Logica-l] problemas na intersecção entre o raciocínio lógico e probabilístico

2012-06-12 Por tôpico Decio Krause
Sim, parabéns, Marcelo.
D


Décio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause








Em 12/06/2012, às 10:10, Tony Marmo escreveu:

> Parabéns ao professor Finger pelo reconhecimento do trabalho.
> 
> Quero aproveitar a ocasião também para dizer que a lógica probabilística
> muitas vezes é tomada como "fuzzy logic", mas elas têm diferenças
> importantes. (O Zadeh, todavia, em 2002 propôs que a Teoria da
> Probabilidade fosse refeita com base na lógica difusa, o que já é uma
> discussão mais aprofundada)
> 
> http://plato.stanford.edu/entries/logic-inductive/#2.1
> http://plato.stanford.edu/entries/logic-inductive/#2.2
> 
> Em 12 de junho de 2012 09:47, Joao Marcos  escreveu:
> 
>> Entrevista com Marcelo Finger no boletim da Agência FAPESP.
>> Da manchete:
>> 
>> Em busca do computador inteligente
>> "Grupo do professor Marcelo Finger no IME-USP desenvolve algoritmos
>> para melhorar a eficiência de sites de busca, tradutores automáticos e
>> facilitar o diagnóstico de doenças"
>> http://agencia.fapesp.br/15717
>> ___
>> Logica-l mailing list
>> Logica-l@dimap.ufrn.br
>> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l
>> 
> ___
> Logica-l mailing list
> Logica-l@dimap.ufrn.br
> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l

___
Logica-l mailing list
Logica-l@dimap.ufrn.br
http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l


Re: [Logica-l] Jean van Heijenoort’s Conception of Modern Logic

2012-06-04 Por tôpico Decio Krause
Parabéns pela revista, JY, que está realmente uma beleza em todos os sentidos.
Abraço
D


Décio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause








Em 04/06/2012, às 20:02, jean-yves beziau escreveu:

> Acabou de ser publicado em Logica Universalis o artigo do
> Irving H. Anellis
> Jean van Heijenoort’s Conception of Modern Logic, in Historical Perspective
> http://www.springerlink.com/content/n2q42225p7p05r75/
> (accesso via CAPES)
> 
> Neste artigo de 70 paginas Anellis, que foi o principal aluno do
> Heijenoort,
> faz um explicacao critica na base de documentos ineditos de como
> o autor da antologia "From Frege to Gödel" desenvolveu essa reconstrucao
> historica
> que virou famosa segunda a qual o Frege e o pai da logica moderna.
> 
> Abstract:
> I use van Heijenoort’s published writings and manuscript materials to
> provide a comprehensive overview of his conception of modern logic as a
> first-order functional calculus and of the historical developments which
> led to this conception of mathematical logic, its defining characteristics,
> and in particular to provide an integral account, from his most important
> publications as well as his unpublished notes and scattered shorter
> historico-philosophical articles, of how and why the mathematical logic,
> whose he traced to Frege and the culmination of its formative period in the
> incompleteness results of Gödel, became modern logic, as distinct from the
> traditional logic of Aristotle, and why and how the logistic tradition that
> led from Frege through Russell, rather than the algebraic tradition that
> led from De Morgan and Boole through Peirce and Schröder, came, in his
> view, to define modern logic.
> ___
> Logica-l mailing list
> Logica-l@dimap.ufrn.br
> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l

___
Logica-l mailing list
Logica-l@dimap.ufrn.br
http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l


Re: [Logica-l] Beamer

2012-06-02 Por tôpico Decio Krause
Pessoal
Alguém sugeriu o iTexMac. Eu baixei o MacTex, como indicado, e depois o 
iTeXMac, mas ele não abre...e não acho na web como solucionar isso. Alguém sabe 
como se instala essa coisa? Eu uso o TexShop que é bem bonzinho, mas parece que 
o iTexMac tem uma tela mais legal.
Se alguém sabe e pode dar um palpite, agradeço.
Abraço
D


Décio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause








Em 02/06/2012, às 04:27, Vivek Nigam escreveu:

> Caros,
> 
> O grande problema de beamer, como muitos de vocês devem ter percebido, é
> que tudo tem que ser programado em LaTex. Portanto, desenhar uma figura
> em um slide acaba dando muito trabalho, o que não favorece a criatividade.
> 
> Por outro lado, os sistemas Office, como Powerpoint, facilitam o
> desenvolvimento
> de slides, já que "what you see is what you get". Contudo, estes sistemas
> não
> aceitam código LaTeX, portanto (1) usar simbolos matemáticos fica mais
> difícil
> e (2) o usuário não pode importar as macros usadas em um paper escrito em
> LaTex.
> 
> Uma ferramenta, chamada IPE, que eu descobri recentemente, resolve os dois
> problemas, ao permitir o usuário ¨desenhar¨ figuras e ao mesmo tempo usar
> LaTeX. (Na verdade no final das contas tudo é compilado em LaTeX, portanto
> a qualidade dos slides é muito boa.)
> 
> Fica então a suggestão. Abaixo segue um link com mais informações:
> 
> http://ipe7.sourceforge.net/
> 
> Abraços,
> 
> Vivek
> 
> 2012/6/1 
> 
>> Caros,
>> 
>> Minha experiência com o Beamer do Latex foi: um aluno meu aprendeu, me
>> passou o arquivo .tex para eu ficar comparando o que se digita com o que
>> sai na tela e... Pronto, não precisei ler as 250 páginas do manual, é só
>> ter paciência na primeira vez e depois se acostuma.
>> 
>> Quem não tiver um aluno que já saiba, hehe, pode pedir arquivos para
>> alguém, por exemplo pra mim, é só ter o pacote beamer instalado e analisar
>> direitinho algum que já esteja pronto e sair fazendo.
>> 
>> Até,
>> 
>> []s  Samuel
>> 
>> --**--**
>> Universidade Federal da Bahia - http://www.portal.ufba.br
>> 
>> __**_
>> Logica-l mailing list
>> Logica-l@dimap.ufrn.br
>> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-**bin/mailman/listinfo/logica-l
>> 
> ___
> Logica-l mailing list
> Logica-l@dimap.ufrn.br
> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l

___
Logica-l mailing list
Logica-l@dimap.ufrn.br
http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l


Re: [Logica-l] Portuwiki

2012-06-02 Por tôpico Decio Krause
JM
Claro que sim, que deveriam saber do seu trabalho. Por isso eu acho que vocês 
deveriam entrar em contato com a nova responsável, inclusive alertando-a para 
os defeitos que há, senão a coitada vai pensar que a wikiBR é uma beleza. Ela 
deve saber disso para poder fazer um bom trabalho, e devemos tentar colaborar 
com ela.
D


Décio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause








Em 02/06/2012, às 16:28, Joao Marcos escreveu:

> 2012/6/2 Decio Krause :
>> Tá no site da VEJA; a wiki tem uma nova responsável no BR e quer parcerias.
>> Não seria hora de um
>> contato? 
>> http://veja.abril.com.br/noticia/vida-digital/com-parceria-academica-wikipedia-quer-mais-brasileiros
>> (aqueles que só lêem a Carta Capital podem desconsiderar este email. AhAh)
>> D
> 
> Em fevereiro o boletim da FAPESP anunciou com estardalhaço:
> 
> "Unesp é parceira da Wikipédia no Brasil"
> http://agencia.fapesp.br/15165
> 
> Agora este artigo da VEJA fala da colaboração de "cinco professores
> dos cursos de biblioteconomia e arquivologia da Unesp, física e
> filosofia da USP, história da UniRio e física da UFRJ".
> 
> Talvez eles devessem de fato ser informados também do trabalho da
> UFRN, da UFPE e da UFU, na nossa área, nos últimos anos.
> 
> Joao Marcos
> 
> -- 
> http://sequiturquodlibet.googlepages.com/

___
Logica-l mailing list
Logica-l@dimap.ufrn.br
http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l


Re: [Logica-l] Portuwiki

2012-06-02 Por tôpico Decio Krause
Tá no site da VEJA; a wiki tem uma nova responsável no BR e quer parcerias. Não 
seria hora de um contato? 
http://veja.abril.com.br/noticia/vida-digital/com-parceria-academica-wikipedia-quer-mais-brasileiros
(aqueles que só lêem a Carta Capital podem desconsiderar este email. AhAh)
D


Décio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause








Em 02/06/2012, às 16:09, Joao Marcos escreveu:

> Olá, Doria:
> 
> Só para não lhe deixar sem resposta sobre este assunto.  Não sei bem
> qual a proposta de "debate", mas confesso que nunca me meti com a
> política wikipédica, e não sei se tenho algo a acrescentar ao assunto.
> Também tenho dúvidas de que haveria qualquer outra comunidade
> interessada em tal debate --- afinal, a coisa já "está lá" e
> "funciona".  De todo modo, o assunto certamente escapa ao escopo desta
> lista.
> 
> Ainda acredito que podemos *colaborar* para melhorar a iniciativa
> wikipédica (com ou sem acento), ao menos no que diz respeito às nossas
> áreas de competência, para benefício de comunidades de usuários cada
> vez mais amplas.
> 
> Abraços,
> Joao Marcos
> 
> 
> 2012/6/1 FAD 2 :
>> Vamos abrir o debate, Wiki e Universidade. Quem topa?
>> 
>> Sent from my iPhone
>> 
>> On 31/05/2012, at 00:07, Carlos Gonzalez  wrote:
>> 
>>> Caro Francisco,
>>> 
>>> Eu teve, na realidade ainda tenho, problemas com administradores da
>>> Wikipédia. Além disso, na mesma Wikipédia tem polêmicas várias
>>> envolvendo administradores. A Wikipédia tem por volta de 30
>>> administradores, o que é muito pouco. Isso complica ainda mais as
>>> coisas.
>>> 
>>> Entretanto, eu penso que isso não é uma doença crônica incurável, mas
>>> algo que pode ser superado. Entretanto, superar isso é uma dura prova
>>> de convivência. Eu acho que vale a pena, porque o que está em jogo é a
>>> democratização e popularização do conhecimento, como duzentos anos
>>> atrás começaram a fazer Diderot e D'Alembert.
>>> 
>>> E também é uma oportunidade para criar um novo espírito, uma nova
>>> maneira de ser. Como se a coisa fosse passando, aos poucos, da
>>> catedral ao bazar.
>>> http://pt.wikipedia.org/wiki/A_Catedral_e_o_Bazar
>>> 
>>> Faz muitos anos, encontrei um bug no código fonte de um utilitário que
>>> acessava o disco no baixo nível. Todo tímido, consciente do meu
>>> desconhecimento nesse nível, eu escrevi para o desenvolvedor: "não
>>> entendo porque tal linha de código faz isso no lugar de aquilo". Ele
>>> me respondeu: "Obviamente, é um bug. Obrigado".
>>> 
>>> Por isso quando alguém enfatiza um erro da Wikipédia, mas não os erros
>>> de livros famosos, mundialmente famosos, devemos dizer "obviamente é
>>> um erro, obrigado", pois
>>> 
>>> "Dado um número de olhos suficiente, todos os erros são triviais"
>>> 
>>> Talvez devamos abrir um grande debate sobre "Wikipédia e Universidade"
>>> (ou pesquisadores, ou ciência, ou algo parecido).
>>> 
>>> Eu me lembro do Fedro, quando Sócrates quer que seja indiferente se
>>> algo foi dito por um deus, um orador ou uma árvore, e seja considerado
>>> o discurso em quanto tal (ou algo parecido).
>>> 
>>> Carlos
>>> 
>>> 2012/5/30 FAD 2 :
 Tentem discutir com os wizards da wiki brazuca...
 
 Sent from my iPhone
 
 On 30/05/2012, at 16:24, Joao Marcos  wrote:
 
> Pois é, Decio, a ideia é cada um ir mudando uma coisinha aqui e outra
> ali, até que o texto convirja para algo essencialmente correto.  Tem
> funcionado bem na Wikipedia-sem-acento, não tem porque não funcionar
> na Wikipédia-com-acento.  Não conheço melhores editores para coisas do
> gênero que você citou do que os seus alunos, sob a sua orientação.
> Não conheço também outra receita para fazer um wiki "funcionar".
> Sentar e esperar nem sempre funciona, apenas reclamar também não.
> 
> Acredito, sim, que mais vale orientar alunos para produzir textos
> assim para disponibilizar online para uma ampla comunidade do que
> pedir para os alunos escreverem mais um trabalhinho de graduação que
> será engavetado após mal ter sido lido.
> 
> Abraços,
> Joao Marcos
> 
> 
> 2012/5/30 Décio Krause :
>> Oi, JM
>> Eu quiz dizer lusitana mesmo.
>> Sim, daria para editar, mas seria preciso mudar muita coisa.
>> Quanto à tradução, não sei, mas de qualquer modo o que está dito não faz
>> sentido.
>> Abraço
>> D
> 
> --
> http://sequiturquodlibet.googlepages.com/
> ___
> Logica-l mailing list
> Logica-l@dimap.ufrn.br
> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l
 ___
 Logica-l mailing list
 Logica-l@dimap.ufrn.br
 http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l
>> __

Re: [Logica-l] Functional Completeness

2012-05-24 Por tôpico Decio Krause
Completude, gente. Completude.


Décio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause








Em 24/05/2012, às 10:30, Juan Carlos Agudelo Agudelo escreveu:

> Olá, Victor,
> 
> Outra boa referência é:
> 
> Gottwald, Siegfried. A Treatice on Many-Valued Logics. Research Studies
> Press Ltd. 201.
> 
> Nas seções 8.1 e 9.1.5 aborda o tema da completeza (ou completude?)
> funcional.
> 
> Abraços,
> Juan Carlos
> 
> 2012/5/24 Joao Marcos 
> 
>> Olá, Victor:
>> 
>> 2012/5/24 victor leandro fernandez :
>>> Prezados: estou procurando informação sobre artigos ou livros versados
>> em completude (completitude?) funcional de matrizes. Alguém tem uma dica
>> confiável para me dar?
>> 
>> A referência clássica (e confiável) sobre completude funcional será
>> sempre o trabalho de Emil Post.  Em particular, a caracterização feita
>> por Post de todos os conjuntos funcionalmente completos de operadores
>> booleanos é um resultado mais do que clássico (também para a teoria
>> dos clones):
>> 
>> http://en.wikipedia.org/wiki/Functional_completeness#Characterization_of_functional_completeness
>> Livros de lógica matemática modernos, como o do Wolfgang Rautenberg,
>> costumam incluir coisas assim.
>> 
>> Usando uma notação barroca, os resultados de Post foram coligidos no
>> livro "The Two-Valued Iterative Systems of Mathematical Logic", mas se
>> você quiser ver algo realmente legível deve consultar o belo paper de
>> Pelletier e Martin no NDJFL de 1990, "Post's functional completeness
>> theorem".
>> 
>> Como é bem conhecido, Post também propôs, já na década de 20, sistemas
>> multi-valorados de matrizes funcionalmente completos.
>> 
>>> Em particular, queria saber QUAL das lógicas de Lukasiewicz não é
>> funcionalmente completa. L3? L_{\aleph_0}? L_{\aleph_1}? Alguma outra?
>> 
>> Bem, das lógicas de Lukasiewicz apenas L2, isto é, a lógica clássica,
>> é funcionalmente completa...
>> 
>> Mesmo assim, o caso de L3 é particularmente interessante, acho eu,
>> pois se trata de uma lógica baseada em um conjunto de matrizes
>> SEMI-funcionalmente completo, isto é, um conjunto de matrizes com as
>> seguintes propriedades:
>> 
>> (1) podem ser definidas todas as operações n-árias sobre o domínio
>> {0,1/2,1} cuja restrição ao domínio booleano {0,1} resulte em
>> operações n-árias booleanas, isto é, todas as operações "trivaloradas"
>> que estendam operações "bivaloradas"
>> 
>> (2) qualquer extensão conservativa de L3 pelo acréscimo de uma
>> operação trivalorada não definível na assinatura original de L3 dá
>> origem às matrizes funcionalmente completas trivaloradas de Post
>> 
>>> Finalmente: alguém sabe se é possível obter JÁ TRADUZIDO
>>> AO INGLÊS um artigo muito antigo de J. Slupecki sobre estes
>>> tópicos? Concretamente: estou procurando este  artigo:
>>> J. Slupecki. A criterion of fullness of many-valued systems of
>>> propositional logic. Comptes rendus des séances de la Societé
>>> des Sciences  et de Lettres de Varsovie. Vol. 32 (1939).
>>> pp. 102-109. O artigo original está escrito em polonês.
>> 
>> Confira Studia Logica 1972.
>> 
>> Em tempo: NÃO conheço pessoalmente ainda o livro seguinte, mas
>> suspeito que ele pode ser do seu interesse.
>> 
>> Dietlinde Lau, "Function Algebras on Finite Sets", Springer, 2006
>> 
>> Abraços,
>> Joao Marcos
>> 
>> --
>> http://sequiturquodlibet.googlepages.com/
>> ___
>> Logica-l mailing list
>> Logica-l@dimap.ufrn.br
>> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l
>> 
> ___
> Logica-l mailing list
> Logica-l@dimap.ufrn.br
> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l

___
Logica-l mailing list
Logica-l@dimap.ufrn.br
http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l


Re: [Logica-l] o que há de errado com esta sentença?

2012-05-08 Por tôpico Decio Krause
Ah, entendi.
Mas você(s) viu(iram) o livro da Rebecca Goldstein sobre o Gödel? Terrível, e 
até muito citado. E não é o único.
D



Decio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause

"We are intrinsically spatial and temporal
beings. We can only observe particular
entities, handle spatial things, and our
thinking depends on the concept of
individuals. How to reconcile nonspatial
quantum characteristics with spatio-
temporal individuation is perhaps the next great problem physics has to 
overcome." (S. Auyang, "How is quantum
field possible?"(Princeton Un. Press, 1995, p.165).







Em 07/05/2012, às 19:19, Joao Marcos escreveu:

>> O que quiz dizer citando essa frase  sobre os teoremas de Gödel? Ela está
>> simplesmente errada!
> 
> Justamente!  E foi publicada na resenha do NYTimes!
> 
> O erro é o mesmo do Argumento da Causa Primeira...
> De certa forma, ainda não saímos da Idade das Trevas.
> JM
> 
> 
>> Em 07/05/2012, às 13:19, Joao Marcos escreveu:
>> 
>> "Gödel is known for his “incompleteness theorem,” which demonstrated
>> the existence of true statements that cannot be proved in any
>> mathematically rigorous way."
>> 
>> Pois está no Sunday Book Review do NYTimes:
>> 
>> Unleashing the Power
>> ‘Turing’s Cathedral,’ by George Dyson
>> http://tinyurl.com/6mqktla
>> 
>> E mais: a ideia de Máquina de Turing terá mesmo surgido _a partir_ do
>> trabalho de Gödel sobre a aritmetização da sintaxe?
>> http://www.cs.nyu.edu/pipermail/fom/2012-May/016461.html
>> O que acham os colegas?
>> 
>> 
>> JM
>> 
>> --
>> http://sequiturquodlibet.googlepages.com/
>> ___
>> Logica-l mailing list
>> Logica-l@dimap.ufrn.br
>> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l
>> 
>> 
> 
> 
> 
> -- 
> http://sequiturquodlibet.googlepages.com/

___
Logica-l mailing list
Logica-l@dimap.ufrn.br
http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l


Re: [Logica-l] Referências do Wikipédia

2012-05-08 Por tôpico Decio Krause
Como diria o Doria, dou meu pitaco.
Se eu estivesse numa banca ou fosse dar um parecer em um artigo que tivesse nas 
referências a Wiki, sei não
Claro que todos a usamos, e há muita coisa boa nela, mas usar como referência é 
estranho. Quem sabe um dia.
D


Decio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause

"We are intrinsically spatial and temporal
beings. We can only observe particular
entities, handle spatial things, and our
thinking depends on the concept of
individuals. How to reconcile nonspatial
quantum characteristics with spatio-
temporal individuation is perhaps the next great problem physics has to 
overcome." (S. Auyang, "How is quantum
field possible?"(Princeton Un. Press, 1995, p.165).







Em 07/05/2012, às 13:25, Mayra Moreira da Costa escreveu:

> Concordo plenamente com o Walter. Dou aulas particulares de matemática e vejo 
> em grande medida textos da Wikipédia sendo usados em provas etc. Acredito que 
> o "pé atrás" com as referências da Wikipédia deve existir, pois vêm sendo 
> amplamente usada, prejudicando o ensino desses alunos, por exemplo. Os 
> próprios professores não estão se dando ao trabalho de procurar uma melhor 
> fonte de pesquisa. Embora existam bons verbetes na Wikipédia, há muitos que 
> deixam a desejar. Acredito que deve ser encarada como uma possível fonte 
> segura, ou uma fonte para uma pós-pesquisa.
> 
> Abs
> 
> Mayra.
> 
> 
> Em 07/05/2012 12:50, Walter Carnielli escreveu:
>> Alisson e  interessados:
>> 
>> continuo mantendo  minha  opinião: a Wikipédia *pode* ser usada como 
>> referência
>> (tudo pode,  ou "nada  não pode"),  mas  nao deve.  Pelo menos ainda.
>> 
>> Abs
>> 
>> Walter
>> 
>> Em 7 de maio de 2012 12:39, Joao Marcos  escreveu:
>>> A Wikipédia pode ser usada como referência como qualquer outra
>>> enciclopédia (que nunca substitui um livro-texto).  Com a vantagem de
>>> que, com o tempo e o trabalho colaborativo dos usuários, ela tende a
>>> ficar melhor do que qualquer enciclopédia (com artigos assinados ou
>>> não).
>>> 
>>> Joao Marcos
>>> 
>>> 
>>> 2012/5/6 Álisson Gomes Linhares:
>>>> Boa tarde a todos,
>>>> 
>>>> como já vi diversas vezes sendo divulgado nessa lista, muitos grupos de
>>>> pesquisa vem alimentam páginas no Wikipédia relacionadas a sua área de
>>>> estudo. Acredito ser uma questão polêmica, entretanto gostaria de saber se
>>>> já é possível utilizar o Wikipédia como referência bibliográfica,
>>>> principalmente, de assuntos básicos, comuns nos livros de uma disciplina,
>>>> sendo tratado como mais um concorrente desses?
>>>> 
>>>> Muito obrigado
>>>> ___
>>>> Logica-l mailing list
>>>> Logica-l@dimap.ufrn.br
>>>> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l
>>> 
>>> 
>>> --
>>> http://sequiturquodlibet.googlepages.com/
>>> ___
>>> Logica-l mailing list
>>> Logica-l@dimap.ufrn.br
>>> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l
>> 
>> 
> 
> ___
> Logica-l mailing list
> Logica-l@dimap.ufrn.br
> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l

___
Logica-l mailing list
Logica-l@dimap.ufrn.br
http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l


Re: [Logica-l] o que há de errado com esta sentença?

2012-05-08 Por tôpico Decio Krause
Caro João
O que quiz dizer citando essa frase  sobre os teoremas de Gödel? Ela está 
simplesmente errada!
D


Decio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause

"We are intrinsically spatial and temporal
beings. We can only observe particular
entities, handle spatial things, and our
thinking depends on the concept of
individuals. How to reconcile nonspatial
quantum characteristics with spatio-
temporal individuation is perhaps the next great problem physics has to 
overcome." (S. Auyang, "How is quantum
field possible?"(Princeton Un. Press, 1995, p.165).







Em 07/05/2012, às 13:19, Joao Marcos escreveu:

> "Gödel is known for his “incompleteness theorem,” which demonstrated
> the existence of true statements that cannot be proved in any
> mathematically rigorous way."
> 
> Pois está no Sunday Book Review do NYTimes:
> 
> Unleashing the Power
> ‘Turing’s Cathedral,’ by George Dyson
> http://tinyurl.com/6mqktla
> 
> E mais: a ideia de Máquina de Turing terá mesmo surgido _a partir_ do
> trabalho de Gödel sobre a aritmetização da sintaxe?
> http://www.cs.nyu.edu/pipermail/fom/2012-May/016461.html
> O que acham os colegas?
> 
> 
> JM
> 
> -- 
> http://sequiturquodlibet.googlepages.com/
> ___
> Logica-l mailing list
> Logica-l@dimap.ufrn.br
> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l

___
Logica-l mailing list
Logica-l@dimap.ufrn.br
http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l


Re: [Logica-l] RES: uma prova simples do célebre Teorema de Fermat?

2012-04-24 Por tôpico Decio Krause
Meu faro diz que a prova está errada. 
Os especialistas que se manifestem. Mas lembro de um matemático que conhecei 
uma vez na USP nos anos 80 que era alemão e de uma universidade que não lembro 
qual para onde mandavam os artigos tentando demonstrar o dito teorema. Ele 
disse que a primeira seleção era feita pela secretária do departamento, que já 
descartava a maioria
Em todo caso, seria o máximo se ele estivesse certo.
Abraços
D


Decio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause

"We are intrinsically spatial and temporal
beings. We can only observe particular
entities, handle spatial things, and our
thinking depends on the concept of
individuals. How to reconcile nonspatial
quantum characteristics with spatio-
temporal individuation is perhaps the next great problem physics has to 
overcome." (S. Auyang, "How is quantum
field possible?"(Princeton Un. Press, 1995, p.165).







Em 24/04/2012, às 13:09, Arthur Buchsbaum escreveu:

> Mais dados do Prof. Germano (o qual afirma ter encontrado uma prova simples
> do Teorema de Fermat), encontrados pelo Prof. Carlos Filho no Lattes.
> 
> Francisco Alcides Germano possui graduação em Engenharia Eletrônica pelo
> Instituto Tecnológico de Aeronáutica (1960) , mestrado em Física pela
> University of Illinois (1963) , doutorado em Física pela University of
> Illinois (1967) e pós-doutorado pela University of Oxford (1978) .
> Atualmente é Professor Adjunto da Universidade Federal do Ceará. Tem
> experiência na área de Física , com ênfase em Física da Matéria Condensada.
> Atuando principalmente nos seguintes temas: Eletroabsorção, Efeito
> Franz-Keldysh, Ótica de semicondutores. 
> 
> 
> 
> De: Filho [mailto:crrfi...@gmail.com] 
> Enviada em: terça-feira, 24 de abril de 2012 12:58
> Para: Arthur Buchsbaum
> Assunto: Re: [Logica-l] uma prova simples do célebre Teorema de Fermat?
> 
> 
> 
> Consegui informações sobre o autor.
> 
> http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783161T4
> 
> Carlos Filho.
> 
> Am 24. April 2012 08:35 schrieb Arthur Buchsbaum
> :
> 
> Caros colegas, estou examinando, e convido os senhores a  fazer o mesmo, uma
> possível prova do célebre Teorema de Fermat, o qual ficou sem solução
> conhecida desde o século XVII, quando, em 1994, o matemático Andrew Wiles
> chegou a uma demonstração inteligível apenas para matemáticos especialistas.
> 
> O Professar F.A. Germano, da Universidade Federal do Ceará, publicou, no
> sítio  <http://www.seara.ufc.br/> http://www.seara.ufc.br, no dia 19 de
> março passado, uma solução que, se for correta, é simples, compreensível por
> todos com uma base matemática mínima, a qual poderia ser semelhante à prova
> que Fermat disse existir, mas não divulgada por ele, que caberia talvez em
> uma folha de papel.
> 
> Ela está em
> <http://www.seara.ufc.br/especiais/matematica/fermat/germanoXXX.htm>
> http://www.seara.ufc.br/especiais/matematica/fermat/germanoXXX.htm.
> 
> Ainda não a li completamente porque para isto preciso imprimi-la primeiro, e
> ainda não pude fazê-lo.
> 
> Não encontrei ainda outros dados a respeito do Prof. Germano, a não ser os
> constantes do referido sítio.
> 
> Atenciosamente,
> 
> Arthur Buchsbaum
> 
> ___
> Logica-l mailing list
> Logica-l@dimap.ufrn.br
> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l
> 
> 
> 
> ___
> Logica-l mailing list
> Logica-l@dimap.ufrn.br
> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l

___
Logica-l mailing list
Logica-l@dimap.ufrn.br
http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l


Re: [Logica-l] Algumas coisas formales

2012-04-09 Por tôpico Decio Krause
Julio
Vamos ver se nos entendemos. Posso colocar a questão assim? 
(repito aqui algumas aulas do Prof. Newton da Costa, mais ou menos)
Dar os axiomas de uma lógica, ou de um sistema formal, pura e simplesmente, não 
diz nada sobre a lógica em questão. É preciso saber o que se quer, ou seja, 
ter-se uma espécie de semântica intuitiva, pelo menos. Se é isso que você chama 
de "filosofia", good. Veja que podemos dar os axiomas da lógica intuicionista 
de Brouwer-Heyting, mas isso nada diz do intuicionismo. Formalmente, trata-se 
de um subcálculo da lógica clássica, e usamos até mesmo os mesmos sinais para a 
negação, conjunção, etc. Mas, "filosoficamente", não têm nada a ver. O 
"significado" dos conectivos é completamente distinto, e o intuicionismo (que 
se apresenta de várias formas), é uma filosofia linda e enrolada, dando uma 
matemática (na linha de Brouwer) com propriedades bem estranhas para um 
"clássico". 
Será que temos um ponto em comum?
D

____
Decio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause

"We are intrinsically spatial and temporal
beings. We can only observe particular
entities, handle spatial things, and our
thinking depends on the concept of
individuals. How to reconcile nonspatial
quantum characteristics with spatio-
temporal individuation is perhaps the next great problem physics has to 
overcome." (S. Auyang, "How is quantum
field possible?"(Princeton Un. Press, 1995, p.165).







Em 09/04/2012, às 23:44, Julio César escreveu:

> Décio, 
> 
> Para se pretenderem lógicas, e não meros sistemas formais, eu também espero 
> que tenham implicações filosóficas!
> 
> Se vc tivesse paciência para reler o que escrevi veria porém que o que eu 
> disse não foi bem isso. Mas pelas discussões que já tivemos, percebo que não 
> consigo me fazer entender talvez pq eu parto do ponto que se precisaria antes 
> de mais nada justificar a identificação que vocês fazem entre "lógica" e 
> "sistemas formais", coisa que vocês tomam por óbvio e garantido.
> 
> Uma lógica não clássica, a meu ver, seria talvez a coisa de maior implicação 
> filosófica que alguém poderia conceber, mas um mero sistema formal não 
> clássico é tão filosófico quanto as linguagens C, Java, .NET...
> 
> Abs
> Júlio César A. Custódio
> 
> Em 09/04/2012, às 19:36, Décio Krause  escreveu:
> 
>> Júlio
>> As lógicas não clássicas não têm implicações filosóficas? O que leu sobre 
>> tais lógicas? Puxa, estou surpreso.
>> D
>> 
>> 
>> 
>> --
>> Décio Krause
>> Departamento de Filosofia
>> Universidade Federal de Santa Catarina
>> 88040-900 Florianópolis - SC - Brasil
>> http://www.cfh.ufsc.br/~dkrause
>> --
>> 
>> Em 09/04/2012, às 18:06, julio cesar  escreveu:
>> 
>>> Olá lista,
>>> 
>>> estou em total acordo com quem critica os sistemas inconsistentes por falta 
>>> de compromisso filosófico (pra não dizer coerência). Apesar da praticidade 
>>> tais (alguns) sistemas formais, isso não implica, de forma alguma, que eles 
>>> tenham (ou teriam que ter) implicações filosóficas. Qualquer linguagem de 
>>> programação moderna é um sistema formal tão legítimo como qualquer sistema 
>>> de lógica, no entanto, se for realmente possível criar operações e 
>>> instruções numa linguagem formal para que uma contradição genuína não cause 
>>> problemas (e embora eu ainda tenha sinceras dúvidas quanto a isso) tal fato 
>>> não significa necessariamente nada do ponto de vista filosófico, inclusive 
>>> do ponto de vista da filosofia da lógica.  Os *lógicos não-clássicos*, em 
>>> especial a turma da inconsistência, geralmente dão um passo muito fácil de 
>>> *sistemas formais* para *princípios lógicos* e daí então para *filosofia da 
>>> lógica*, passos que a meu ver
>>> não são nada simples, muito menos triviais.
>>> 
>>> É praticamente nula a discussão sobre até que ponto é legítimo o 
>>> comportamento de um sistema formal qualquer ditar os princípios ou a 
>>> filosofia da lógica. 
>>> 
>>> Um pequeno exemplo já bem batido nessa discussão:
>>> 
>>> - os sistemas que tratam de forma não-clássica a contradição tem, 
>>> basicamente, uma única abordagem: manipular o operador de negação. 
>>> Altera-se de tal forma a instrução contida nesse operador que, com e

Re: [Logica-l] Homeopatia é ciência? Se funcionar, precisa ser ciência?

2012-04-09 Por tôpico Decio Krause
O que eu acho bacana nesta lista é que o pessoal entende de tudo. Vê-se 
citações e referências eruditas em praticamente tudo o que se fala (eu pelo 
menos, quando desço o pau no PT, faço isso de forma bem primária). É de se 
supor que em sua especialidade, supostamente a lógica, esse pessoal deve estar 
para ganhar um Nobel ou algo equivalente. Não acham?
Abraços homeopáticos,
Décio


Decio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause

"We are intrinsically spatial and temporal
beings. We can only observe particular
entities, handle spatial things, and our
thinking depends on the concept of
individuals. How to reconcile nonspatial
quantum characteristics with spatio-
temporal individuation is perhaps the next great problem physics has to 
overcome." (S. Auyang, "How is quantum
field possible?"(Princeton Un. Press, 1995, p.165).







Em 08/04/2012, às 20:06, Josué Souza Tourinho Junior escreveu:

> Os artigos sobre homeopatia, na revista de homeopatia, podem rebater o
> quanto quiserem, mas provar que ainda há essa substância e com ação
> farmacoterapêutica... Eles já mostrarem a biodisponibilidade de algum
> medicamento homeopático? Sim, porque todo medicamento presente no mercado é
> biotransformado para ser excretado, e somente uma parte dele vai promover
> efeito terapêutico no seu local de ação, antes de ser excretado. Será que
> na diluição proposta, caso haja alguma molécula, quanto dela ainda sobrará
> pós biotransformação? Qual é o índice terapêutico dessas formulações?
> Infelizmente, a homeopatia só tem efeito placebo, que existe, contudo, a
> sintomatologia relatada desaparecia mesmo se ninguém tomasse nada.
> 
> É mais grave ainda: quando um paciente dá entrada no hospital com quadro
> grave de penumonia, por exemplo, é mandado ministrar dipirona na veia. Ué,
> por que o médico homeopata não prescreve homeopatia? Funciona tão bem, não
> é? Pode substituir o tratamento alopático, não pode? Enquanto não forem
> apresentados dados concretos da ação terapêutica, com metodologia séria de
> como foi evidenciada essa ação, não há motivo algum para a comunidade
> científica adotar como eficaz o que já se descreveu sobre as formulações
> homeopáticas. De fato, se funcionar, como geralmente é relatado, não
> significa ainda que é algo verificado pela ciência. Mas teríamos o fato e
> pela ciência chegaríamos às conclusões do suposto mecanismo de ação.
> Contudo, só há relatos e debates filosóficos, e eu ainda não li nada de
> revelante que suporte alguma eficácia sobre o medicamento homeopático.
> Quando for apresentado esses dados, eu serei o primeiro a dizer: é verdade,
> homopatia é um tratamento alternativo válido. Por enquanto não dá para
> dizer isso. Por enquanto, não dá para tratar doenças e graves com
> homeopatia.
> 
> Em 8 de abril de 2012 17:42, Tony Marmo  escreveu:
> 
>> Nesta mesma lista eu já apresentei uma dentre muitos artigos que rebatem
>> esse argumento da ausência da substância após as diluições. Essa objeção é
>> muito fraca em vista do que já se sabe sobre as diluições dinamizadas com
>> água como solvente. Recomendo a você ler esses artigos mais avançados que
>> achará, entre outros periódicos, na revista Homeopathy:
>> 
>> 
>> http://www.elsevier.com/wps/find/journaldescription.cws_home/623042/description
>> 
>> Em 8 de abril de 2012 11:04, Josué Souza Tourinho Junior <
>> josue.touri...@gmail.com> escreveu:
>> 
>>> Bom, eu sou estudante de farmácia e já trabalho com farmacologia clínica e
>>> a experiência me mostra que ainda não se provou eficiência alguma nos
>>> "métodos homeopáticos": até porque com a diluição proposta, não há mais
>>> uma
>>> molécula para contar algum mecanismo de ação. E, olha, que em hospital, os
>>> medicamentos homeopáticos seriam uma alternativa - pois são mais baratos e
>>> não tem efeitos adversos (claro, não tem mais molécula alguma). Estou
>>> colocando um vídeo de discussão, que não é científico, mas tem uma
>>> linguagem bastante simples para mostrar em evidências que não dá para
>>> argumentar à luz da ciência, a precisão ou reprodutibilidade dos "métodos
>>> homeopáticos".
>>> 
>>> http://www.youtube.com/watch?v=ZOTUtViWfF8
>>> 
>>> --
>>> *"**Há muito tempo que decidi não seguir os passos de ninguém. Se eu
>>> perder
>>> ou ganhar, pelo menos foi do meu jeito"*. Viste também:
>>> htt

Re: [Logica-l] Wikiversidade: departamento de lógica

2012-04-04 Por tôpico Decio Krause
Ricardo
O verbete "Introduction to Logic"começa assim: "Logic is the analysis of 
arguments.".
Hoje em dia não se pode mais aceitar uma "definição" desse tipo. Basta ver a 
seção 03-Mathematical Logic and Foundations da MSC, que diz o que é a Lógica (a 
disciplina) hoje, para ver que teoria da recursão, forcing, modelos booleanos, 
fundamentos da teoria dos conjuntos, etc. fogem disso. Outra coisa é considerar 
uma lógica particular, que aí sim pode ser vista como um certo mecanismo de 
inferências, mas são coisas distintas (para mim ao menos). Mas "análise de 
argumentos"? Como levar a sério uma coisa dessas? Seria sim um bom mecanismo de 
divulgação, mas depende de QUEM escreve. Não pode ser qualquer um.
D

____
Decio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause

"We are intrinsically spatial and temporal
beings. We can only observe particular
entities, handle spatial things, and our
thinking depends on the concept of
individuals. How to reconcile nonspatial
quantum characteristics with spatio-
temporal individuation is perhaps the next great problem physics has to 
overcome." (S. Auyang, "How is quantum
field possible?"(Princeton Un. Press, 1995, p.165).







Em 03/04/2012, às 18:30, FAD 2 escreveu:

> A Wikipedia em português é, no genérico, ruim. 
> 
> Sent from my iPhone
> 
> On 03/04/2012, at 16:25, Walter Carnielli  wrote:
> 
>> Caro Ricardo,
>> 
>> eu não sei quem está fazendo isso,  mas me parece   muito  fraco, Um
>> desserviço  à educação na minha  opinião.  Melhor que os estudantes
>> sejam alertados para não pensar que  Lógica é isso...
>> 
>> [  ]
>> 
>> Walter
>> 
>> Em 3 de abril de 2012 15:36, Ricardo Pereira  escreveu:
>>> PessoALL,
>>> 
>>> Como wikifreak em desenvolvimento, resolvi compartilhar a seguinte página:
>>> 
>>> http://en.wikiversity.org/wiki/Philosophy
>>> 
>>> E, mais especificamente:
>>> http://en.wikiversity.org/wiki/Topic:Logic
>>> 
>>> Parece uma boa forma de produzir material de ensino em conjunto,
>>> incentivando a troca de experiências e se divertindo no processo.
>>> Espero que a coisa se desenvolva.
>>> 
>>> --
>>> 
>>> []'s ...and justice for all.
>>> 
>>> Ricardo Gentil de Araújo Pereira
>>> ___
>>> Logica-l mailing list
>>> Logica-l@dimap.ufrn.br
>>> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l
>> 
>> 
>> 
>> -- 
>> ---
>> Prof. Dr. Walter Carnielli
>> Director
>> Centre for Logic, Epistemology and the History of Science – CLE
>> State University of Campinas –UNICAMP
>> 13083-859 Campinas -SP, Brazil
>> Phone: (+55) (19) 3521-6517
>> Fax: (+55) (19) 3289-3269
>> Institutional e-mail: walter.carnie...@cle.unicamp.br
>> Website: http://www.cle.unicamp.br/prof/carnielli
>> ___
>> Logica-l mailing list
>> Logica-l@dimap.ufrn.br
>> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l
> ___
> Logica-l mailing list
> Logica-l@dimap.ufrn.br
> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l

___
Logica-l mailing list
Logica-l@dimap.ufrn.br
http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l


Re: [Logica-l] Lista única não vai funcionar

2012-04-04 Por tôpico Decio Krause
Já votei na proposta 1.


Decio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause

"We are intrinsically spatial and temporal
beings. We can only observe particular
entities, handle spatial things, and our
thinking depends on the concept of
individuals. How to reconcile nonspatial
quantum characteristics with spatio-
temporal individuation is perhaps the next great problem physics has to 
overcome." (S. Auyang, "How is quantum
field possible?"(Princeton Un. Press, 1995, p.165).







Em 03/04/2012, às 17:39, sam...@ufba.br escreveu:

> Olás,
> 
> A proposta de uma lista só é como João Marcos disse:
> 
>> ... Proponho um *modelo
>> padrão estendido a partir do qual outros podem se diferenciar
>> caso-a-caso, de forma justificada*.  Que bom que você também gosta da
>> ideia de uma lista única !
> 
> 
> Achar que os três comitês da CAPES vão adotar uma idéia de "modelo padrão 
> estendido para diferenciar caso a caso" é ingênua. Os comitês vão preferir 
> lidar com uma proposta que reconheça a sistemática atual, de avaliações 
> diferentes por área. Vão querer "sentar pra conversar com peões que não 
> querem mudar totalmente o acordo coletivo de trabalho".
> 
> Sem contar que passar o trabalho para outras pessoas ("por favor, diferencie 
> aí caso a caso") me soa bastante antipático.
> 
> Vamos lá... Proposta 1 ! Vou ter que começar a pedir voto aqui.
> 
> Até,
> 
> []s  Samuel
> 
> 
> Universidade Federal da Bahia - http://www.portal.ufba.br
> 
> ___
> Logica-l mailing list
> Logica-l@dimap.ufrn.br
> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l

___
Logica-l mailing list
Logica-l@dimap.ufrn.br
http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l


Re: [Logica-l] Qualis: um exercicio de democraria na lista de Logica

2012-04-03 Por tôpico Decio Krause
Faço minhas as palavras do Marcelo. Parabéns aos três e obrigado.
D


Decio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause

"We are intrinsically spatial and temporal
beings. We can only observe particular
entities, handle spatial things, and our
thinking depends on the concept of
individuals. How to reconcile nonspatial
quantum characteristics with spatio-
temporal individuation is perhaps the next great problem physics has to 
overcome." (S. Auyang, "How is quantum
field possible?"(Princeton Un. Press, 1995, p.165).







Em 03/04/2012, às 09:58, Marcelo Esteban Coniglio escreveu:

> Voto na proposta 1, e  contra a iniciativa de João Marcos de abrir um
> novo pleito. Acho que niunguém tem mais paciência para continuar
> debatendo sobre este assunto. Parabenizo o Rodrigo, o Samuel e a
> Valeria (em estrita ordem alfabética) pelo valioso trabalho que
> fizeram de graça para tentar melhorar as condições da comunidade dos
> lógicos no Brasil. Excesso de oposição e de preciosismo causa
> imobilidade.
> 
> Abraços,
> 
> Marcelo
> 
> 
> 2012/3/28  :
>> Ola a todos,
>> 
>> Penso que, apos estas semanas de intensos e democraticos debates em torno
>> das sugestoes de mudancas de avaliacoes dos Qualis das 3 Logicas, caberia
>> mais um importante exercicio democratico sobre o tema: votacoes de propostas
>> concretas.
>> Participaria desta votacao a comunidade dos logicos brasileiros  aqui, por
>> questoes praticas, identificada com a totalidade dos participantes da lista
>> de Logica (eleicao viabilizada atraves de algum instrumento google???)
>> 
>> Sugiro as 3 propostas abaixo, com eleicao finalizada na segunda-feira, dia 2
>> de abril:
>> 
>> Proposta (1): enviar a Capes no dia 4 de abril (quarta-feira) as 12hs, o
>> trabalho realizado pela Valeria, Rodrigo, Samuel e Charles, com sugestoes de
>> alteracoes de notas aceitas ate as 23:59 de terca-feira (3 de abril).
>> 
>> Proposta (2): retrabalhar todo o conteudo da proposta, em cima das sugestoes
>> do Jean-Yves (via fatores de impacto) e outras, a partir da lista ampliada
>> do Joao Marcos, ate dia 2 de maio (quarta-feira), quando o resultado do
>> trabalho seria enviado a Capes.
>> 
>> Proposta (3): nenhuma das anteriores.
>> 
>> Abracos,
>> 
>> Hugo
>> 
>> 
>> 
>> 
>> Abracos,
>> 
>> Hugo
>> 
>> Hugo Luiz Mariano 
>> ___
>> Logica-l mailing list
>> Logica-l@dimap.ufrn.br
>> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l
> ___
> Logica-l mailing list
> Logica-l@dimap.ufrn.br
> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l

___
Logica-l mailing list
Logica-l@dimap.ufrn.br
http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l


Re: [Logica-l] Parabéns à LOGICA-L, ao João e a todos nós que a mantemos em pé

2012-03-27 Por tôpico Decio Krause
Apoiadíssimo.


Decio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause

"We are intrinsically spatial and temporal
beings. We can only observe particular
entities, handle spatial things, and our
thinking depends on the concept of
individuals. How to reconcile nonspatial
quantum characteristics with spatio-
temporal individuation is perhaps the next great problem physics has to 
overcome." (S. Auyang, "How is quantum
field possible?"(Princeton Un. Press, 1995, p.165).







Em 27/03/2012, às 10:23, Walter Carnielli escreveu:

> Parabéns à LOGICA-L, ao João e a  todos  nós  que a   temos  mantido
> funcionando.
> A  Lista de fato tem sido  um enorme fator de coesão a todos os que se
> ocupam  da  Lógica,
> independente de  rótulos.
> 
> Como então Presidente da Sociedade Brasileira de  Lógica (SBL), propus que a
>  "LOGICA-L- Lista acadêmica Brasileira dos Profissionais e Estudantes
> da Área de Lógica"
> fosse considerada  como de interesse da  SBL, e fosse usada como
> veículo de comunicação
> da SBL (o que obviamente não dá à SBL nenhum poder sobre a Lista).
> Após  estes 6 anos,
> creio que foi uma  decisão acertada da  SBL.
> 
> 
> Walter
> 
> ---
> Prof. Dr. Walter Carnielli
> Director
> Centre for Logic, Epistemology and the History of Science – CLE
> State University of Campinas –UNICAMP
> 13083-859 Campinas -SP, Brazil
> Phone: (+55) (19) 3521-6517
> Fax: (+55) (19) 3289-3269
> Institutional e-mail: walter.carnie...@cle.unicamp.br
> Website: http://www.cle.unicamp.br/prof/carnielli
> ___
> Logica-l mailing list
> Logica-l@dimap.ufrn.br
> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l

___
Logica-l mailing list
Logica-l@dimap.ufrn.br
http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l


Re: [Logica-l] documento para a capes

2012-03-21 Por tôpico Decio Krause
Puxa, mas está mal classificada. B2???



Decio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause

"We are intrinsically spatial and temporal
beings. We can only observe particular
entities, handle spatial things, and our
thinking depends on the concept of
individuals. How to reconcile nonspatial
quantum characteristics with spatio-
temporal individuation is perhaps the next great problem physics has to 
overcome." (S. Auyang, "How is quantum
field possible?"(Princeton Un. Press, 1995, p.165).







Em 20/03/2012, às 20:18, Elaine Pimentel escreveu:

> Prezados,
> 
> O Studia Logica já está no Qualis:
> 
> A2 para filosofia/interdisciplinar
> B2 para Matemática
> B4 para Computação
> 
> 
> Elaine.
> 
> 2012/3/20 Decio Krause 
> 
>> Acho que está bom, mas falta Studia Logica, como já relatado.
>> D
>> 
>> 
>> Decio Krause
>> Departamento de Filosofia
>> Universidade Federal de Santa Catarina
>> 88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
>> deciokrause[at]gmail.com
>> www.cfh.ufsc.br/~dkrause <http://www.cfh.ufsc.br/%7Edkrause>
>> 
>> "We are intrinsically spatial and temporal
>> beings. We can only observe particular
>> entities, handle spatial things, and our
>> thinking depends on the concept of
>> individuals. How to reconcile nonspatial
>> quantum characteristics with spatio-
>> temporal individuation is perhaps the next great problem physics has to
>> overcome." (S. Auyang, "How is quantum
>> field possible?"(Princeton Un. Press, 1995, p.165).
>> 
>> 
>> 
>> 
>> 
>> 
>> 
>> Em 20/03/2012, às 14:12, Valeria de Paiva escreveu:
>> 
>>> Caros colegas,
>>> 
>>> Continuando a mensagem do Rodrigo abaixo, a tabela com revistas de Logica
>>> pras quais reivindicamos modificacoes no Qualis esta' disponivel no
>> Google
>>> doc
>>> 
>> https://docs.google.com/spreadsheet/ccc?key=0AiQvGrHooOoHdEVhUDU2YlUxdHZZbHc1LThUTWx5NGc
>>> 
>>> Todas as sugestoes de melhorias sao bemvindas, mas como ressaltou o
>>> Rodrigo, o tempo 'e curto e e' melhor pelos menos conseguir pedir uma
>>> pequena melhoria do que esperar outros tres anos pra poder PEDIR qualquer
>>> coisa.
>>> 
>>> Abracos logicos,
>>> 
>>> Valeria
>>> 
>>> 2012/3/20 Rodrigo Freire 
>>> 
>>>> Caros colegas
>>>> 
>>>> Nos últimos dias, eu, Samuel, Valéria e o Charles elaboramos uma
>> proposta
>>>> para o qualis que deverá ser encaminhada a capes. O documento contém
>> dois
>>>> componentes: uma carta e uma tabela com revistas e propostas de
>>>> classificação. Estou encaminhando a carta no corpo dessa mensagem. Como
>>>> essa lista não aceita anexos, estamos pensando como vamos
>> disponibilizar a
>>>> tabela.
>>>> 
>>>> A idéia é ouvir as opiniões da lista e depois preparar um documento
>>>> contendo um abaixo assinado que deverá ser encaminhado a capes e
>> divulgado
>>>> no jornal da ciência.
>>>> 
>>>> Lembro que a atualização do qualis está em processo, por isso temos
>> *pouco
>>>> tempo* para ajustes. (Aparentemente o qualis da física já foi
>> atualizado).
>>>> Manifestem-se.
>>>> 
>>>> Abraço
>>>> Rodrigo
>>>> 
>>>> 
>>>> 
>>>> [Aos comitês relevantes da Capes para o Qualis]
>>>> 
>>>> O presente documento tem por finalidades: (i) diagnosticar e avaliar a
>>>> situação
>>>> das publicações em Lógica perante o Qualis-2009, e (ii) levar aos
>> comitês
>>>> responsáveis
>>>> da Capes uma proposta da comunidade acadêmica para a atualização em
>> curso
>>>> (2012)
>>>> do Qualis no que se refere à Lógica. Com relação ao primeiro objetivo,
>>>> notamos que as
>>>> publicações em Lógica abrangem as áreas de Matemática, Filosofia e
>> Ciência
>>>> da
>>>> Computação e constatamos que nas respectivas listas Qualis a situação da
>>>> Lógica é
>>>> insatisfatória em mais de um aspecto. Em primeiro lugar, vá

Re: [Logica-l] documento para a capes

2012-03-20 Por tôpico Decio Krause
Acho que está bom, mas falta Studia Logica, como já relatado.
D


Decio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause

"We are intrinsically spatial and temporal
beings. We can only observe particular
entities, handle spatial things, and our
thinking depends on the concept of
individuals. How to reconcile nonspatial
quantum characteristics with spatio-
temporal individuation is perhaps the next great problem physics has to 
overcome." (S. Auyang, "How is quantum
field possible?"(Princeton Un. Press, 1995, p.165).







Em 20/03/2012, às 14:12, Valeria de Paiva escreveu:

> Caros colegas,
> 
> Continuando a mensagem do Rodrigo abaixo, a tabela com revistas de Logica
> pras quais reivindicamos modificacoes no Qualis esta' disponivel no Google
> doc
> https://docs.google.com/spreadsheet/ccc?key=0AiQvGrHooOoHdEVhUDU2YlUxdHZZbHc1LThUTWx5NGc
> 
> Todas as sugestoes de melhorias sao bemvindas, mas como ressaltou o
> Rodrigo, o tempo 'e curto e e' melhor pelos menos conseguir pedir uma
> pequena melhoria do que esperar outros tres anos pra poder PEDIR qualquer
> coisa.
> 
> Abracos logicos,
> 
> Valeria
> 
> 2012/3/20 Rodrigo Freire 
> 
>> Caros colegas
>> 
>> Nos últimos dias, eu, Samuel, Valéria e o Charles elaboramos uma proposta
>> para o qualis que deverá ser encaminhada a capes. O documento contém dois
>> componentes: uma carta e uma tabela com revistas e propostas de
>> classificação. Estou encaminhando a carta no corpo dessa mensagem. Como
>> essa lista não aceita anexos, estamos pensando como vamos disponibilizar a
>> tabela.
>> 
>> A idéia é ouvir as opiniões da lista e depois preparar um documento
>> contendo um abaixo assinado que deverá ser encaminhado a capes e divulgado
>> no jornal da ciência.
>> 
>> Lembro que a atualização do qualis está em processo, por isso temos *pouco
>> tempo* para ajustes. (Aparentemente o qualis da física já foi atualizado).
>> Manifestem-se.
>> 
>> Abraço
>> Rodrigo
>> 
>> 
>> 
>> [Aos comitês relevantes da Capes para o Qualis]
>> 
>> O presente documento tem por finalidades: (i) diagnosticar e avaliar a
>> situação
>> das publicações em Lógica perante o Qualis-2009, e (ii) levar aos comitês
>> responsáveis
>> da Capes uma proposta da comunidade acadêmica para a atualização em curso
>> (2012)
>> do Qualis no que se refere à Lógica. Com relação ao primeiro objetivo,
>> notamos que as
>> publicações em Lógica abrangem as áreas de Matemática, Filosofia e Ciência
>> da
>> Computação e constatamos que nas respectivas listas Qualis a situação da
>> Lógica é
>> insatisfatória em mais de um aspecto. Em primeiro lugar, várias entre as
>> melhores
>> revistas de Lógica sequer possuem uma classificação em pelo menos uma
>> dessas áreas.
>> Em segundo lugar, nas listas correspondentes às três áreas acima, as
>> revistas de Lógica
>> não apresentam uma classificação coerente nem com a qualidade das mesmas,
>> nem com
>> a percepção da comunidade internacional a respeito delas. Por último,
>> notamos que, em
>> duas dessas áreas (Matemática e Ciência da Computação), a Lógica aparece
>> desvalorizada com relação às demais subáreas, não sendo contemplada com
>> nenhuma
>> revista especializada nos estratos A.
>> 
>> A presente proposta elabora em detalhes os pontos de insatisfação
>> levantados
>> acima, considerando a partir de agora a situação da Lógica separadamente
>> em cada uma
>> das três áreas destacadas, começando pela Matemática. Há, em grande medida,
>> consenso na comunidade internacional de lógicos matemáticos sobre quais
>> são as
>> melhores entre as revistas especializadas que publicam pesquisa original
>> em Lógica
>> Matemática. São elas (em ordem alfabética): Annals of Pure and Applied
>> Logic,
>> Archive for Mathematical Logic, Fundamenta Mathematicae, Journal of
>> Mathematical
>> Logic, Mathematical Logic Quarterly, Notre Dame Journal of Formal Logic e
>> The
>> Journal of Symbolic Logic. No presente momento, apenas duas entre as sete
>> revistas
>> listadas acima possuem uma classificação segundo Qualis na área de
>> Matemática
>> (ambas B1). No documento anexo segue uma proposta de classificação para
>> cada uma
>> dessas sete revistas, divididas em dois grupos: um grupo de três revistas,
>> que julgamos
>>

Re: [Logica-l] FW: Lógicos brasileiros refutam as teses neoliberais

2012-02-27 Por tôpico Decio Krause
Doria
Tirei um sarrinho, mas você tem razão em dizer que essas coisas são mesmo 
chatas. Eu prometi a mim mesmo ficar quieto, mas acho que estou com o grande 
sintoma da velhice, a chatice. Tempos atrás eu fiz uma brincadeira sobre o 
cancer do boçal e fui duramente repreendido. Voltei atrás mas depois me 
arrependi. É o que penso mesmo. Gostaria que gente assim morresse bem rápido. E 
isso não me exclui por certo, e não estou nem aí se for o meu caso.
D.


Decio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause

"We are intrinsically spatial and temporal
beings. We can only observe particular
entities, handle spatial things, and our
thinking depends on the concept of
individuals. How to reconcile nonspatial
quantum characteristics with spatio-
temporal individuation is perhaps the next great problem physics has to 
overcome." (S. Auyang, "How is quantum
field possible?"(Princeton Un. Press, 1995, p.165).







Em 27/02/2012, às 11:55, Francisco Antonio Doria escreveu:

> tô de fora dessa discussão... 
> 
> On Mon, Feb 27, 2012 at 11:53 AM, Decio Krause  wrote:
> Roberto
> Sim, concordo que é a melhor opção (a democracia). Mas, como sabemos, apesar 
> do discurso, essa  não é a ideologia do PT e dos "aliados" (veja as propostas 
> de censura à imprensa e outras coisas que pululam na imprensa, josés dirceus 
> e etc.), e não era a da Dilma no tempo da guerrilha, que defendia a luta 
> armada para implantar uma ditadura que certamente seria pior do que a que 
> havia (sem querer defender esta), pois nunca haveria a abertura por exemplo. 
> Estaríamos até hoje cubanizados. Hoje, creio, Dilma não é mais assim, e ela, 
> acho, mudaria muito se pudesse. A craca é mesmo o Lula. Enquanto não nos 
> livrarmos desse boçal, ficará difícil. Opinião pessoal e não volto atrás.
> D.
> 
> 
> Decio Krause
> Departamento de Filosofia
> Universidade Federal de Santa Catarina
> 88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
> deciokrause[at]gmail.com
> www.cfh.ufsc.br/~dkrause
> 
> "We are intrinsically spatial and temporal
> beings. We can only observe particular
> entities, handle spatial things, and our
> thinking depends on the concept of
> individuals. How to reconcile nonspatial
> quantum characteristics with spatio-
> temporal individuation is perhaps the next great problem physics has to 
> overcome." (S. Auyang, "How is quantum
> field possible?"(Princeton Un. Press, 1995, p.165).
> 
> 
> 
> 
> 
> 
> 
> Em 26/02/2012, às 10:02, oliveiradr Mail escreveu:
> 
> >
> > Não tenho absolutamente nada contra à pesquisa séria do que quer que seja 
> > religião, politica , sociologia,etcetc,mas há que se tomar muito 
> > cuidado com o aproveitamento(deturpação) política destes estudos por parte 
> > de quem é contra alguma coisa , porém propõe algo pior. O fato se 
> > comprovado de que os conceitos liberais não podem ser plenamente alcançados 
> > não o inviabilizam como sendo a melhor opção dentre as conhecidas - apesar 
> > dos problemas. Assim como a democracia apesar de suas possíveis 
> > deficiências  não a tornam uma opção pior do que qualquer outra no médio e 
> > longo prazo.
> > Roberto
> >
> > Date: Sun, 26 Feb 2012 09:15:48 -0300
> > Subject: Re: [Logica-l] FW: Lógicos brasileiros refutam as teses neoliberais
> > From: famado...@gmail.com
> > To: oliveir...@hotmail.com
> > CC: logica-l@dimap.ufrn.br
> >
> > Tava falando com o Newton agora. O resultado é técnico, e pode ser 
> > interpretadp de muitas maneiras. Tenho minha visão, mas ela não é fechada. 
> > Como houve muita repercussão, estamos pensando em dar um minicurso a 
> > respeito, talvez na Coppe.
> >
> > Não sou ideológico. Na Coppe, tenho lecionado economia, e a maior parte dos 
> > meus alunos vem da economia ou áreas afins. O que vejo é que tem, todos, 
> > uma visão muito pragmática a respeito dessas coisas: usam a teoria que 
> > funciona. Tem uma aluna minha, Juliana Köhler, que está contestando, 
> > econometricamente, o regime de metas de inflação, ortodoxia do BC, por 
> > exemplo.
> >
> >
> > On Sun, Feb 26, 2012 at 8:34 AM, oliveiradr Mail  
> > wrote:
> >
> >
> >
> >> Parabens ao Dória, Newton, Tsuhi, Delfim Neto  e  Turing  pelo decreto
> >
> >> de morte do Neoliberalismo (afinal,  a impossibilidade de computar

Re: [Logica-l] FW: Lógicos brasileiros refutam as teses neoliberais

2012-02-27 Por tôpico Decio Krause
Medinho?


Decio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause

"We are intrinsically spatial and temporal
beings. We can only observe particular
entities, handle spatial things, and our
thinking depends on the concept of
individuals. How to reconcile nonspatial
quantum characteristics with spatio-
temporal individuation is perhaps the next great problem physics has to 
overcome." (S. Auyang, "How is quantum
field possible?"(Princeton Un. Press, 1995, p.165).







Em 27/02/2012, às 11:55, Francisco Antonio Doria escreveu:

> tô de fora dessa discussão... 
> 
> On Mon, Feb 27, 2012 at 11:53 AM, Decio Krause  wrote:
> Roberto
> Sim, concordo que é a melhor opção (a democracia). Mas, como sabemos, apesar 
> do discurso, essa  não é a ideologia do PT e dos "aliados" (veja as propostas 
> de censura à imprensa e outras coisas que pululam na imprensa, josés dirceus 
> e etc.), e não era a da Dilma no tempo da guerrilha, que defendia a luta 
> armada para implantar uma ditadura que certamente seria pior do que a que 
> havia (sem querer defender esta), pois nunca haveria a abertura por exemplo. 
> Estaríamos até hoje cubanizados. Hoje, creio, Dilma não é mais assim, e ela, 
> acho, mudaria muito se pudesse. A craca é mesmo o Lula. Enquanto não nos 
> livrarmos desse boçal, ficará difícil. Opinião pessoal e não volto atrás.
> D.
> 
> 
> Decio Krause
> Departamento de Filosofia
> Universidade Federal de Santa Catarina
> 88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
> deciokrause[at]gmail.com
> www.cfh.ufsc.br/~dkrause
> 
> "We are intrinsically spatial and temporal
> beings. We can only observe particular
> entities, handle spatial things, and our
> thinking depends on the concept of
> individuals. How to reconcile nonspatial
> quantum characteristics with spatio-
> temporal individuation is perhaps the next great problem physics has to 
> overcome." (S. Auyang, "How is quantum
> field possible?"(Princeton Un. Press, 1995, p.165).
> 
> 
> 
> 
> 
> 
> 
> Em 26/02/2012, às 10:02, oliveiradr Mail escreveu:
> 
> >
> > Não tenho absolutamente nada contra à pesquisa séria do que quer que seja 
> > religião, politica , sociologia,etcetc,mas há que se tomar muito 
> > cuidado com o aproveitamento(deturpação) política destes estudos por parte 
> > de quem é contra alguma coisa , porém propõe algo pior. O fato se 
> > comprovado de que os conceitos liberais não podem ser plenamente alcançados 
> > não o inviabilizam como sendo a melhor opção dentre as conhecidas - apesar 
> > dos problemas. Assim como a democracia apesar de suas possíveis 
> > deficiências  não a tornam uma opção pior do que qualquer outra no médio e 
> > longo prazo.
> > Roberto
> >
> > Date: Sun, 26 Feb 2012 09:15:48 -0300
> > Subject: Re: [Logica-l] FW: Lógicos brasileiros refutam as teses neoliberais
> > From: famado...@gmail.com
> > To: oliveir...@hotmail.com
> > CC: logica-l@dimap.ufrn.br
> >
> > Tava falando com o Newton agora. O resultado é técnico, e pode ser 
> > interpretadp de muitas maneiras. Tenho minha visão, mas ela não é fechada. 
> > Como houve muita repercussão, estamos pensando em dar um minicurso a 
> > respeito, talvez na Coppe.
> >
> > Não sou ideológico. Na Coppe, tenho lecionado economia, e a maior parte dos 
> > meus alunos vem da economia ou áreas afins. O que vejo é que tem, todos, 
> > uma visão muito pragmática a respeito dessas coisas: usam a teoria que 
> > funciona. Tem uma aluna minha, Juliana Köhler, que está contestando, 
> > econometricamente, o regime de metas de inflação, ortodoxia do BC, por 
> > exemplo.
> >
> >
> > On Sun, Feb 26, 2012 at 8:34 AM, oliveiradr Mail  
> > wrote:
> >
> >
> >
> >> Parabens ao Dória, Newton, Tsuhi, Delfim Neto  e  Turing  pelo decreto
> >
> >> de morte do Neoliberalismo (afinal,  a impossibilidade de computar  o
> >
> >> equilibrio é, no fundo no fundo,  consequencia do Halting Problem.
> >
> >>
> >
> >> Só me surpreende  muito  ver Delfin Neto metido  nisso :-)
> >
> >> Abs,
> >
> >>
> >
> >> Walter
> >
> > Não sou um expert em lógica, apenas possuo alguns conceitos básicos ; mas 
> > com muito interesse no assunto. Portanto estou muito longe

Re: [Logica-l] FW: Lógicos brasileiros refutam as teses neoliberais

2012-02-27 Por tôpico Decio Krause
Roberto
Sim, concordo que é a melhor opção (a democracia). Mas, como sabemos, apesar do 
discurso, essa  não é a ideologia do PT e dos "aliados" (veja as propostas de 
censura à imprensa e outras coisas que pululam na imprensa, josés dirceus e 
etc.), e não era a da Dilma no tempo da guerrilha, que defendia a luta armada 
para implantar uma ditadura que certamente seria pior do que a que havia (sem 
querer defender esta), pois nunca haveria a abertura por exemplo. Estaríamos 
até hoje cubanizados. Hoje, creio, Dilma não é mais assim, e ela, acho, mudaria 
muito se pudesse. A craca é mesmo o Lula. Enquanto não nos livrarmos desse 
boçal, ficará difícil. Opinião pessoal e não volto atrás. 
D.

________
Decio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause

"We are intrinsically spatial and temporal
beings. We can only observe particular
entities, handle spatial things, and our
thinking depends on the concept of
individuals. How to reconcile nonspatial
quantum characteristics with spatio-
temporal individuation is perhaps the next great problem physics has to 
overcome." (S. Auyang, "How is quantum
field possible?"(Princeton Un. Press, 1995, p.165).







Em 26/02/2012, às 10:02, oliveiradr Mail escreveu:

> 
> Não tenho absolutamente nada contra à pesquisa séria do que quer que seja 
> religião, politica , sociologia,etcetc,mas há que se tomar muito cuidado 
> com o aproveitamento(deturpação) política destes estudos por parte de quem é 
> contra alguma coisa , porém propõe algo pior. O fato se comprovado de que os 
> conceitos liberais não podem ser plenamente alcançados não o inviabilizam 
> como sendo a melhor opção dentre as conhecidas - apesar dos problemas. Assim 
> como a democracia apesar de suas possíveis deficiências  não a tornam uma 
> opção pior do que qualquer outra no médio e longo prazo.
> Roberto
> 
> Date: Sun, 26 Feb 2012 09:15:48 -0300
> Subject: Re: [Logica-l] FW: Lógicos brasileiros refutam as teses neoliberais
> From: famado...@gmail.com
> To: oliveir...@hotmail.com
> CC: logica-l@dimap.ufrn.br
> 
> Tava falando com o Newton agora. O resultado é técnico, e pode ser 
> interpretadp de muitas maneiras. Tenho minha visão, mas ela não é fechada. 
> Como houve muita repercussão, estamos pensando em dar um minicurso a 
> respeito, talvez na Coppe.
> 
> Não sou ideológico. Na Coppe, tenho lecionado economia, e a maior parte dos 
> meus alunos vem da economia ou áreas afins. O que vejo é que tem, todos, uma 
> visão muito pragmática a respeito dessas coisas: usam a teoria que funciona. 
> Tem uma aluna minha, Juliana Köhler, que está contestando, econometricamente, 
> o regime de metas de inflação, ortodoxia do BC, por exemplo. 
> 
> 
> On Sun, Feb 26, 2012 at 8:34 AM, oliveiradr Mail  
> wrote:
> 
> 
> 
>> Parabens ao Dória, Newton, Tsuhi, Delfim Neto  e  Turing  pelo decreto
> 
>> de morte do Neoliberalismo (afinal,  a impossibilidade de computar  o
> 
>> equilibrio é, no fundo no fundo,  consequencia do Halting Problem.
> 
>> 
> 
>> Só me surpreende  muito  ver Delfin Neto metido  nisso :-)
> 
>> Abs,
> 
>> 
> 
>> Walter
> 
> Não sou um expert em lógica, apenas possuo alguns conceitos básicos ; mas com 
> muito interesse no assunto. Portanto estou muito longe de por em dúvida os 
> fundamentos lógicos da obra  que se se discute aquí, mas vejo com 
> preocupações esta discussão por que parece que há um fundo de ideologia 
> imbutida na discussão. Afirmações do tipo "morte do Neoliberalismo", 
> "demonização dos mercados" , "exaltação do marxismo" são expressões batidas 
> que me parecem retornar no tempo. Não preciso ser um expert em lógica nem em 
> economia para saber que os mercados não podem se auto regular por si mesmos 
> ,pois este é guiado por seres humanos (capitalistas) que seguem o lucro e que 
> estão sujeitos à todos os defeitos e virtudes dos homens. Tampouco acho que 
> se obteria coisa diferente dos ditos socialistas, pelo contrário, acho que 
> até se obteria algo pior : o controle excessivo do mercado.  Acho que o 
> melhor que se conseguiria é ter instituições fortes o suficiente para 
> estabelecer os regras (concessões, abrangência e limitações) que fossem 
> seguidas à risca e que fossem imunes à politicas do momento. A existência de 
> regras rígidas é o que poderia fazer com que o jogo pudesse ser jogado no 
> tabuleiro , eliminando as peças que ultrapassassem seus limites.
> 
> 
> A ideologização da discussão esta clara , desde os personagens 

Re: [Logica-l] Error Undoes Faster-Than-Light Neutrino Results: o "fenômeno" era só um problema mal-contato!

2012-02-23 Por tôpico Decio Krause
Marcelo
256 não quer dizer nada. Em geral, a função de onda está em um espaço complexo 
de infinitas dimensões. Por isso é surpreendente a visão que anunciaram de que 
há sentido em se falar em uma "realidade" por trás. Schrödinger começou 
acreditando na "realidade" da função de onda, pensando que representaria algo 
como ondas no mar. Depois viu que isso não dava certo e abandonou. Bohr, 
Heisenberg e outros nem falam do "objeto físico". No formalismo, os objetos 
quânticos pp ditos (sistemas físicos) aparecem somente por fora, porque os 
vetores em H representam os estados, e não os sistemas. Eu concordo com Sunny 
Auyang, em um dos melhores livros sobre o assunto, que diz que "physical 
theories are about things". No caso da MQ, onde estão as coisas? De que tipo de 
coisas estamos falando? Faz sentido tal indagação? Feymann  tinha razão: 
ninguém entende essa coisa, e acrescento que quem disser que entende está 
mentindo. 
Abraço
D.
____
Decio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause

"He [God] will never choose among indiscernibles"
(G.W.Leibniz)
[But] He (God) would never choose among discernibles too. (M. Franciotti)










Em 23/02/2012, às 10:47, Marcelo Finger escreveu:

> Caros.
> 
> Eu sou um neófito em física quântica, então me corrijam se eu estou
> errado.  Pra representar o entaglement de 8 fótons é necessário uma
> matriz dedimensão 2^8=256.
> 
> Uma coisa que tenha um "custo" exponencial assim, ocorrer sem
> dispêndio de trabalho me parece muito estranho!
> 
> Fica sempre aquela impressão que as predições de mecanica quântica
> poderiam ser feitas num modelo mais "barato".  Talvez esse "custo"
> seja devido ao fato de não termos uma ontologia, só uma representação
> discretizada "na porrada" com probabilidades (em números complexos)
> associadas.
> 
> Concordo, portanto, com o Décio.  Também sinto falta de uma ontologia
> na física quântica.
> 
> []s
> 
> Marcelo
> 
> On 23 February 2012 00:19, Walter Carnielli  
> wrote:
>> Gente,
>> 
>> que vergonha,  o  "fenômeno"   era só um  problema  mal-contato entre
>> a fibra  ótica
>> e o receptor do  GPS !
>> 
>> Mas  a notícia do Décio sobre  "entanglement"  com 8 fótons compensa
>> tudo.  O meu temor é que, como o "entanglement" é só uma falha na
>> separação dos fótons  por produto  tensorial, alguém ache uma coisa
>> melhor
>> que espaços  de  Hilbert  e o "entanglement" pare de existir...  de
>> todo modo,  a MQ vai continuar  sendo  a física  hippie!
>> 
>> Abs,
>> 
>> Walter
>> 
>> 
>> 
>> Em 22 de fevereiro de 2012 23:35, Décio Krause  
>> escreveu:
>>> Bacana essa, Álvaro. Obrigado. Em todo caso, seria mais bacana ainda se 
>>> eles estivessem certos, só para bagunçar o coreto. Ms veja que o artigo que 
>>> menciona comete o erro de sempre em dizer que segundo  relatividade 
>>> (restrita) não pode haver velocidade supraluminal. Isso é falso, pois ela 
>>> não exclui a existência de taquions, ainda não achados de fato. O que ela 
>>> impede, para quem não sabe, é que se acelere algo à velocidade da luz no 
>>> vácuo, mas se as coisas já nascerem lá nada contra. Depois, os tais 
>>> experimentos não foram, ao que tudo indica, realizados no vácuo absoluto, 
>>> que não existe (o postulado da relatividade é só isso, um postulado). O que 
>>> acha disso?
>>> 
>>> Eu ainda torço para que nada semelhante ao Higgs seja achado só para 
>>> esculhambar o modelo padrão. Mas, para quem gosta de física e dos 
>>> fundamentos da ciência, há mais coisas interessantes rolando.
>>> 
>>> 1. Conseguiram entanglement com oito fotons, e o entanglement está sendo 
>>> comprovado cada vez mais e com coisas cada vez maiores. Vi hoje que um 
>>> outro teorema mostra que a não localidade pode ser obtida mesmo entre 
>>> coisas que não estiveram juntas, hipótese central no EPR. Muito legal. Os 
>>> Kapra da vida já vão aproveitar para dizer que eles sempre disseram mesmo 
>>> que tudo estava interligado...
>>> 
>>> http://blogs.scientificamerican.com/observations/2012/02/15/quantum-entanglement-experiments-expand-to-include-eight-photons/?WT_mc_id=SA_CAT_physics_20120217
>>> 
>>> 2. Um teorema reabre a discussão sobre o caráter ontológico da função de 
>>> onda e sobre se a mecânica quântica é ou não meramente 

Re: [Logica-l] Escola HFC 2011: o curso do Prof. Michel Ghins disponível na internet

2012-02-03 Por tôpico Decio Krause
Eduardo
Excelente iniciativa. Estamos aqui também iniciando a gravação de aulas que 
serão colocadas online. Acho que trata-se de um instrumento de ensino que não 
pode ser ignorado.
Abraço,
Décio

Decio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause

"He [God] will never choose among indiscernibles"
(G.W.Leibniz)
[But] He (God) would never choose among discernibles too. (M. Franciotti)










Em 03/02/2012, às 10:14, Daniel L. Tozzini escreveu:

> -- Forwarded message --
> From: Escola Paranaense História e Filosofia da Ciência <
> hfc.esc...@gmail.com>
> Date: 2012/2/3
> Subject: Escola HFC 2011: o curso do Prof. Michel Ghins disponível na
> internet
> To: hfc.esc...@gmail.br
> 
> 
> Caros amigos,
> 
> Anuncio-lhes que já se encontra disponível no Youtube a integra das aulas
> do curso do Prof. Michel Ghins, ministradas durante a realização da Escola
> Paranaense de História e Filosofia da Ciência 2011, na UFPR, em Curitiba-PR.
> 
> Acesse-as em http://www.youtube.com/playlist?list=PL5B96FCCFAC3DBA63
> 
> Peço-lhes que divulguem a outros interessados.
> 
> Grande abraço,
> 
> Eduardo Barra.
> ___
> Logica-l mailing list
> Logica-l@dimap.ufrn.br
> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l

___
Logica-l mailing list
Logica-l@dimap.ufrn.br
http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l


Re: [Logica-l] analíticos & continentais

2011-12-06 Por tôpico Decio Krause
Caro João e caros todos
Eu fiz algo parecido com você, João, quando me deparei com um livro do Badiou 
um dia. Mas fui ver o que sugeriu e, ainda que sem ter lido o homem 
diretamente, está na Wiki:

"Badiou's use of set theory in this manner is not just illustrative or 
heuristic. Badiou uses the axioms of Zermelo–Fraenkel set theory to identify 
the relationship of being to history, Nature, the State, and God. Most 
significantly this use means that (as with set theory) there is a strict 
prohibition on self-belonging; a set cannot contain or belong to itself."

Bom, claro que não dá para dizer nada sem ler bem, mas somente isso  aí em cima 
já é estranho. Por que optar por ZFC? Por que não NF, ou tipos, ou categorias? 
Isso talvez ele explique. Mas o que têm a ver os axiomas de ZF com as relações 
mencionadas entre ser e história? Hum Mas se ele diz (ele mesmo, não quem 
escreveu o verbete) que há uma *proibição* de um conjunto conter ele mesmo, 
está louco. Assume o axioma do fundamento sem mais nem menos? Por quê? Será que 
ele justifica? Se trata do *being*, usa ou não Urelemente? Lembrando: uma 
coleção de supostos *beings*, como por exemplo os membros desta lista, não é um 
conjunto (de ZFC pelo menos)!! Se fosse, seríamos entidades abstratas, e 
supostamente somos *concretos*. 
Talvez alguém da lista conheça mais e possa nos dar uma dica. Mas o desafio é 
bacana, porque ele é bem conhecido e certamente não é (assim se espera) como 
aquela moça da PUC-RJ. Ou é?
D.

________
Decio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause

"He [God] will never choose among indiscernibles"
(G.W.Leibniz)
[But] He (God) would never choose among discernibles too. (M. Franciotti)










Em 06/12/2011, às 19:57, Joao Marcos escreveu:

> E o que acham os colegas de "L'être et l'événement" (1988), de Alain Badiou?
> 
> 
> Da Wikipedia anglófona:
> 
> "His philosophy draws upon both 'analytical' and 'continental'
> traditions. In Badiou's own opinion, this combination places him
> awkwardly relative to his contemporaries, meaning that his work had
> been only slowly taken up. Being and Event offers an example of this
> slow uptake, in fact: it was translated into English only in 2005, a
> full seventeen years after its French publication.
> 
> As is implied in the title of the book, two elements mark the thesis
> of Being and Event: the place of ontology, or 'the science of being
> qua being' (being in itself), and the place of the event – which is
> seen as a rupture in being – through which the subject finds
> realization and reconciliation with truth. This situation of being and
> the rupture which characterizes the event are thought in terms of set
> theory, and specifically Zermelo–Fraenkel set theory (with the axiom
> of choice), to which Badiou accords a fundamental role in a manner
> quite distinct from the majority of either mathematicians or
> philosophers."
> 
> http://en.wikipedia.org/wiki/Alain_Badiou#Introduction_to_Being_and_Event
> 
> 
> A tradução no Brasil saiu em 1996.
> (Na época em que olhei para ela, no estande da editora numa ANPOF
> longínqua, não entendi rigorosamente *nada*.  Mas me apressei a pôr a
> culpa no tradutor e nos meus parcos conhecimentos de teoria de
> conjuntos.)
> 
> 
> JM
> ___
> Logica-l mailing list
> Logica-l@dimap.ufrn.br
> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l

___
Logica-l mailing list
Logica-l@dimap.ufrn.br
http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l


Re: [Logica-l] Teoremas de Gödel

2011-12-06 Por tôpico Decio Krause
Sim, já me debrucei sobre o Zaratustra. E sobre outras coisas e de outros 
autores, pois não sou assim tão distante ou ignorante. Mas não é o tipo de 
texto que eu ache claro ou que possa entender fácil como os que prefiro, como 
os livros do Shoenfield por exemplo (?? fácil? Mais do que Derrida, para mim). 
Por exemplo, acho a frase do Derrida "il n'ya a pas de hors-texte" inspiradora 
para um papo de boteco. Mas ontem eu estava lendo de novo o artigo do Tarski, o 
primeiro do livro "Undecidable Theories". Claro e preciso. Prefiro assim. Coisa 
de gosto, por certo. Assim, não discuto Nietsche ou Derrida, mas vejo besteira 
nos textos da nossa colega escritora. Estou errado? 
Abraço
D.
____
Decio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause

"He [God] will never choose among indiscernibles"
(G.W.Leibniz)
[But] He (God) would never choose among discernibles too. (M. Franciotti)










Em 05/12/2011, às 21:15, Francisco Antonio Doria escreveu:

> Você já leu Nietzsche? Also Sprach Zarathustra é um poema; deu até letra pra 
> uma canção de Mahler, na Sinfonia no 3, Oh Mensch gib acht!
> 
> Meu gosto em filosofia vai por aí. E Nietzsche foi um grande filósofo. 
> 
> 2011/12/5 Tony Marmo 
> Não desvalorizo. Mas, acho que é muito subjetivo e muito miscelânico o estilo 
> dela. Serve para fazer ficção, crônicas e jornalismo. Mas, não consigo ver 
> filosofia em trabalhos assim. 
> 
> Se ela se informa ou não antes de escrever as coisas não sei. Se se informa, 
> modifica muito o que lhe foi passado.
> 
> Não sei como o seu estilo de filosofar seria próximo do dela, todavia. Acho 
> que você gosta do que ela faz, mas não posso dizer que vocês tenham maneiras 
> de pensar muito próximos ou diferentes. 
> 
> Em 5 de dezembro de 2011 20:09, Francisco Antonio Doria  
> escreveu:
> 
> Por que vocês desvalorizam um estilo de pensar longe do de vcs, contraditório 
> ao de vcs?
> 
> É próximo, no entanto, ao meu. 
> 
> 
> 2011/12/5 Tony Marmo 
> Caro Décio,
> 
> O artigo que eu citei, em que ela tenta fazer metafísica dos gêneros, está
> no link:
> http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-026X201100024&lng=en&nrm=iso&tlng=pt
> 
> O blog dela que tem outras produções no mesmo "estilo" ou "linha" é o
> seguinte:
> http://carlarodrigues.uol.com.br/
> 
> Todos os artigos dela, com ou sem referência à lógica, matemática ou outras
> ciências, parecem ser desse mesmo modo.
> 
> Nada contra a subjetividade, mas meus professores de teoria literária na
> Unicamp me diziam que somente com subjetividade não se faz crítica
> literária e me deram vários exemplos de "análises literárias" que não
> analisavam nada. Se ainda se acrescentar o império das miscelânias aos
> oceanos da subjetividade, não vejo filosofia nisso. Mas, enfim, respeito a
> moça que nem conheço e sua vontade de escrever sobre assuntos filosóficos.
> 
> Em 5 de dezembro de 2011 10:32, Decio Krause escreveu:
> 
> > Tony
> > Realmente incrível. Pode dar as referências? É sempre bom ter alguns
> > contra-exemplos na manga. A mulher é realmente incrível!!
> > D
> > 
> > Decio Krause
> > Departamento de Filosofia
> > Universidade Federal de Santa Catarina
> > 88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
> > deciokrause[at]gmail.com
> > www.cfh.ufsc.br/~dkrause
> > 
> > "He [God] will never choose among indiscernibles"
> > (G.W.Leibniz)
> > [But] He (God) would never choose among discernibles too. (M. Franciotti)
> >
> >
> >
> >
> >
> >
> >
> >
> >
> >
> > Em 05/12/2011, às 10:18, Tony Marmo escreveu:
> >
> > Colocadas as coisas assim, fica mais claro.
> >
> > Mas, voltando à Carla, que eu não conheço pessoalmente, parece ser do
> > estilo dela escrever artigos como o citado. Aqui vai um trecho de outro
> > artigo:
> >
> > A metafísica seria uma forma de pensar o múltiplo a partir do um, o outro a
> > partir do mesmo, o diferente a partir do idêntico, a alteridade como uma
> > alteração do mesmo, o diferente como uma degradação da identidade. É sob
> > essa inspiração que pretendo discutir a diferença sexual e a articulação
> > entre feminino - esse outro pensado na tradição a partir do mesmo -,
> > alteridade e ética.
> >
> > Partindo de proposições formuladas por Elizabeth Grosz, Tina Chanter e
> > Drucilla Cornell e em diálogo com 

Re: [Logica-l] Teoremas de Gödel

2011-12-05 Por tôpico Decio Krause
É, Heidegger  dizia que para filosofar, só em alemão. Você concorda? 


Decio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause

"He [God] will never choose among indiscernibles"
(G.W.Leibniz)
[But] He (God) would never choose among discernibles too. (M. Franciotti)










Em 05/12/2011, às 21:20, Francisco Antonio Doria escreveu:

> logólatra: Sprachlieber. Em alemão soa melhor... 
> 
> 2011/12/5 Manuel Doria 
> Ah, e quem afirmar o contrário, além de um idiota é um adepto da
> "logolatria"
> 
> 2011/12/5 Manuel Doria 
> 
> > Esse tipo de verborragia é desconstrucionismo típico de Derrida.
> >
> > Tem pérolas do tipo "a verdade é uma ficção de cuja falsidade nos
> > esquecemos", "a identidade é uma distintividade em si mesma", "a
> > permanência nada mais é que uma alternância constante", etc. Pode soar
> > "profundo" para muita gente fazer estes contrastes com antônimos, mas é
> > puro Sinnloss.
> >
> > [ ]'s
> >
> >
> > 2011/12/5 Decio Krause 
> >
> >> Doria
> >> Mais um pouco e depois chega disso (pelo menos para mim). Repito aqui a
> >> primeira parte do texto que o Tony mandou anteriormente. Peço que alguém
> >> leia atentamente e procure algo que preste:
> >>
> >> "A metafísica seria uma forma de pensar o múltiplo a partir do um, o
> >> outro a partir do mesmo, o diferente a partir do idêntico, a alteridade
> >> como uma alteração do mesmo, o diferente como uma degradação da identidade.
> >> É sob essa inspiração que pretendo discutir a diferença sexual e a
> >> articulação entre feminino - esse outro pensado na tradição a partir do
> >> mesmo -,alteridade e ética."
> >>
> >> Puxa, que profundidade.que visão original sobre o que seria a
> >> metafísica...o mesmo a partir do idêntico...o diferente como uma degradação
> >> da identidade...CHEGA! Bullshit  (ôpa, um termo colonialista!!)
> >>
> >> 
> >> Decio Krause
> >> Departamento de Filosofia
> >> Universidade Federal de Santa Catarina
> >> 88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
> >> deciokrause[at]gmail.com
> >> www.cfh.ufsc.br/~dkrause
> >> 
> >> "He [God] will never choose among indiscernibles"
> >> (G.W.Leibniz)
> >> [But] He (God) would never choose among discernibles too. (M. Franciotti)
> >>
> >>
> >>
> >>
> >> ___
> >> Logica-l mailing list
> >> Logica-l@dimap.ufrn.br
> >> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l
> >>
> >
> >
> ___
> Logica-l mailing list
> Logica-l@dimap.ufrn.br
> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l
> 
> 
> 
> -- 
> fad
> 
> ahhata alati, awienta Wilushati
> 

___
Logica-l mailing list
Logica-l@dimap.ufrn.br
http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l


Re: [Logica-l] Teoremas de Gödel

2011-12-05 Por tôpico Decio Krause
Veja o que Carnap disse disso.

Decio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause

"He [God] will never choose among indiscernibles"
(G.W.Leibniz)
[But] He (God) would never choose among discernibles too. (M. Franciotti)










Em 05/12/2011, às 21:19, Francisco Antonio Doria escreveu:

> ``Das Nichts nichtet.'' Ist das sinnlos auch? 
> 
> 2011/12/5 Manuel Doria 
> Esse tipo de verborragia é desconstrucionismo típico de Derrida.
> 
> Tem pérolas do tipo "a verdade é uma ficção de cuja falsidade nos
> esquecemos", "a identidade é uma distintividade em si mesma", "a
> permanência nada mais é que uma alternância constante", etc. Pode soar
> "profundo" para muita gente fazer estes contrastes com antônimos, mas é
> puro Sinnloss.
> 
> [ ]'s
> 
> 2011/12/5 Decio Krause 
> 
> > Doria
> > Mais um pouco e depois chega disso (pelo menos para mim). Repito aqui a
> > primeira parte do texto que o Tony mandou anteriormente. Peço que alguém
> > leia atentamente e procure algo que preste:
> >
> > "A metafísica seria uma forma de pensar o múltiplo a partir do um, o outro
> > a partir do mesmo, o diferente a partir do idêntico, a alteridade como uma
> > alteração do mesmo, o diferente como uma degradação da identidade. É sob
> > essa inspiração que pretendo discutir a diferença sexual e a articulação
> > entre feminino - esse outro pensado na tradição a partir do mesmo
> > -,alteridade e ética."
> >
> > Puxa, que profundidade.que visão original sobre o que seria a
> > metafísica...o mesmo a partir do idêntico...o diferente como uma degradação
> > da identidade...CHEGA! Bullshit  (ôpa, um termo colonialista!!)
> >
> > 
> > Decio Krause
> > Departamento de Filosofia
> > Universidade Federal de Santa Catarina
> > 88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
> > deciokrause[at]gmail.com
> > www.cfh.ufsc.br/~dkrause
> > 
> > "He [God] will never choose among indiscernibles"
> > (G.W.Leibniz)
> > [But] He (God) would never choose among discernibles too. (M. Franciotti)
> >
> >
> >
> >
> > ___
> > Logica-l mailing list
> > Logica-l@dimap.ufrn.br
> > http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l
> >
> ___
> Logica-l mailing list
> Logica-l@dimap.ufrn.br
> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l
> 
> 
> 
> -- 
> fad
> 
> ahhata alati, awienta Wilushati
> 

___
Logica-l mailing list
Logica-l@dimap.ufrn.br
http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l


Re: [Logica-l] Teoremas de Gödel

2011-12-05 Por tôpico Decio Krause
AhAh, Manuel essa eu gostei em particular. Como é que eu nunca havia pensado 
nisso? (OK, quem sou eu para pensar assim tão profundo?): "a identidade é uma 
distintividade em si mesma". Que lindo.  Pode me dar a referência? 
D

________
Decio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause

"He [God] will never choose among indiscernibles"
(G.W.Leibniz)
[But] He (God) would never choose among discernibles too. (M. Franciotti)










Em 05/12/2011, às 20:42, Manuel Doria escreveu:

> Ah, e quem afirmar o contrário, além de um idiota é um adepto da "logolatria"
> 
> 2011/12/5 Manuel Doria 
> Esse tipo de verborragia é desconstrucionismo típico de Derrida.
> 
> Tem pérolas do tipo "a verdade é uma ficção de cuja falsidade nos 
> esquecemos", "a identidade é uma distintividade em si mesma", "a permanência 
> nada mais é que uma alternância constante", etc. Pode soar "profundo" para 
> muita gente fazer estes contrastes com antônimos, mas é puro Sinnloss.
> 
> [ ]'s
> 
> 
> 2011/12/5 Decio Krause 
> Doria
> Mais um pouco e depois chega disso (pelo menos para mim). Repito aqui a 
> primeira parte do texto que o Tony mandou anteriormente. Peço que alguém leia 
> atentamente e procure algo que preste:
> 
> "A metafísica seria uma forma de pensar o múltiplo a partir do um, o outro a 
> partir do mesmo, o diferente a partir do idêntico, a alteridade como uma 
> alteração do mesmo, o diferente como uma degradação da identidade. É sob essa 
> inspiração que pretendo discutir a diferença sexual e a articulação entre 
> feminino - esse outro pensado na tradição a partir do mesmo -,alteridade e 
> ética."
> 
> Puxa, que profundidade.que visão original sobre o que seria a 
> metafísica...o mesmo a partir do idêntico...o diferente como uma degradação 
> da identidade...CHEGA! Bullshit  (ôpa, um termo colonialista!!)
> 
> 
> Decio Krause
> Departamento de Filosofia
> Universidade Federal de Santa Catarina
> 88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
> deciokrause[at]gmail.com
> www.cfh.ufsc.br/~dkrause
> 
> "He [God] will never choose among indiscernibles"
> (G.W.Leibniz)
> [But] He (God) would never choose among discernibles too. (M. Franciotti)
> 
> 
> 
> 
> ___
> Logica-l mailing list
> Logica-l@dimap.ufrn.br
> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l
> 
> 

___
Logica-l mailing list
Logica-l@dimap.ufrn.br
http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l


Re: [Logica-l] Teoremas de Gödel

2011-12-05 Por tôpico Decio Krause
Doria
Mais um pouco e depois chega disso (pelo menos para mim). Repito aqui a 
primeira parte do texto que o Tony mandou anteriormente. Peço que alguém leia 
atentamente e procure algo que preste:

"A metafísica seria uma forma de pensar o múltiplo a partir do um, o outro a 
partir do mesmo, o diferente a partir do idêntico, a alteridade como uma 
alteração do mesmo, o diferente como uma degradação da identidade. É sob essa 
inspiração que pretendo discutir a diferença sexual e a articulação entre 
feminino - esse outro pensado na tradição a partir do mesmo -,alteridade e 
ética."

Puxa, que profundidade.que visão original sobre o que seria a 
metafísica...o mesmo a partir do idêntico...o diferente como uma degradação da 
identidade...CHEGA! Bullshit  (ôpa, um termo colonialista!!)

________
Decio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause

"He [God] will never choose among indiscernibles"
(G.W.Leibniz)
[But] He (God) would never choose among discernibles too. (M. Franciotti)




___
Logica-l mailing list
Logica-l@dimap.ufrn.br
http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l


Re: [Logica-l] Teoremas de Gödel

2011-12-05 Por tôpico Decio Krause
Doria
Acho que tanto eu como Tony não ignoramos que há (muitos) *pensamentos 
contrários* ao nosso, ou à nossa forma de pensar (mas ele falará por si, 
claro). Isso é bem óbvio e não necessita que se discorra  sobre o tema. Mas o 
problema não é esse. Trata-se pura e simplesmente do que a moça escreveu, a 
saber, um monte de bobagens. Ninguém tem nada com isso, você poderia dizer, e 
ela mesma diz que o blog é dela e ninguém se mete. OK. Mas que é besteira é, ou 
você não acha? 
D.

Decio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause

"He [God] will never choose among indiscernibles"
(G.W.Leibniz)
[But] He (God) would never choose among discernibles too. (M. Franciotti)










Em 05/12/2011, às 20:09, Francisco Antonio Doria escreveu:

> Por que vocês desvalorizam um estilo de pensar longe do de vcs, contraditório 
> ao de vcs?
> 
> É próximo, no entanto, ao meu. 
> 
> 2011/12/5 Tony Marmo 
> Caro Décio,
> 
> O artigo que eu citei, em que ela tenta fazer metafísica dos gêneros, está
> no link:
> http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-026X201100024&lng=en&nrm=iso&tlng=pt
> 
> O blog dela que tem outras produções no mesmo "estilo" ou "linha" é o
> seguinte:
> http://carlarodrigues.uol.com.br/
> 
> Todos os artigos dela, com ou sem referência à lógica, matemática ou outras
> ciências, parecem ser desse mesmo modo.
> 
> Nada contra a subjetividade, mas meus professores de teoria literária na
> Unicamp me diziam que somente com subjetividade não se faz crítica
> literária e me deram vários exemplos de "análises literárias" que não
> analisavam nada. Se ainda se acrescentar o império das miscelânias aos
> oceanos da subjetividade, não vejo filosofia nisso. Mas, enfim, respeito a
> moça que nem conheço e sua vontade de escrever sobre assuntos filosóficos.
> 
> Em 5 de dezembro de 2011 10:32, Decio Krause escreveu:
> 
> > Tony
> > Realmente incrível. Pode dar as referências? É sempre bom ter alguns
> > contra-exemplos na manga. A mulher é realmente incrível!!
> > D
> > 
> > Decio Krause
> > Departamento de Filosofia
> > Universidade Federal de Santa Catarina
> > 88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
> > deciokrause[at]gmail.com
> > www.cfh.ufsc.br/~dkrause
> > 
> > "He [God] will never choose among indiscernibles"
> > (G.W.Leibniz)
> > [But] He (God) would never choose among discernibles too. (M. Franciotti)
> >
> >
> >
> >
> >
> >
> >
> >
> >
> >
> > Em 05/12/2011, às 10:18, Tony Marmo escreveu:
> >
> > Colocadas as coisas assim, fica mais claro.
> >
> > Mas, voltando à Carla, que eu não conheço pessoalmente, parece ser do
> > estilo dela escrever artigos como o citado. Aqui vai um trecho de outro
> > artigo:
> >
> > A metafísica seria uma forma de pensar o múltiplo a partir do um, o outro a
> > partir do mesmo, o diferente a partir do idêntico, a alteridade como uma
> > alteração do mesmo, o diferente como uma degradação da identidade. É sob
> > essa inspiração que pretendo discutir a diferença sexual e a articulação
> > entre feminino - esse outro pensado na tradição a partir do mesmo -,
> > alteridade e ética.
> >
> > Partindo de proposições formuladas por Elizabeth Grosz, Tina Chanter e
> > Drucilla Cornell e em diálogo com Emmanuel Lévinas e Jacques Derrida, este
> > artigo articula feminilidade, neutralidade e o lugar da diferença sexual a
> > fim de pensar como, se o neutro se confunde ao masculino, e é anterior à
> > diferença sexual, então neutralidade e masculinidade se confundem e se
> > sobrepõem. A partir desse suposto neutro - que carrega nele a marca
> > implícita do masculino - a filosofia formula a pergunta "o que é", tomando
> > o neutro (masculino) como padrão para definir o outro (feminino) numa
> > perspectiva que essencializa o outro pelas suas diferenças. Ou, para ficar
> > nos termos com que Sylviane Agacinski define a metafísica, a pergunta "o
> > que é" se responde pensando o feminino (outro) como uma alteração do
> > masculino (mesmo/neutro).
> >
> > Postular a pergunta "o que é a mulher" já seria uma forma metafísica e
> > essencialista de pensar sobre o feminino, como argumenta Chanter, para quem
> > a origem dos essencialismos sobre o feminino se localiza nesta equação: ao
> > tomar o neutro como masculin

Re: [Logica-l] Teoremas de Gödel

2011-12-05 Por tôpico Decio Krause
Tony 
Realmente incrível. Pode dar as referências? É sempre bom ter alguns 
contra-exemplos na manga. A mulher é realmente incrível!!
D

Decio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause

"He [God] will never choose among indiscernibles"
(G.W.Leibniz)
[But] He (God) would never choose among discernibles too. (M. Franciotti)










Em 05/12/2011, às 10:18, Tony Marmo escreveu:

> Colocadas as coisas assim, fica mais claro.
> 
> Mas, voltando à Carla, que eu não conheço pessoalmente, parece ser do
> estilo dela escrever artigos como o citado. Aqui vai um trecho de outro
> artigo:
> 
> A metafísica seria uma forma de pensar o múltiplo a partir do um, o outro a
> partir do mesmo, o diferente a partir do idêntico, a alteridade como uma
> alteração do mesmo, o diferente como uma degradação da identidade. É sob
> essa inspiração que pretendo discutir a diferença sexual e a articulação
> entre feminino - esse outro pensado na tradição a partir do mesmo -,
> alteridade e ética.
> 
> Partindo de proposições formuladas por Elizabeth Grosz, Tina Chanter e
> Drucilla Cornell e em diálogo com Emmanuel Lévinas e Jacques Derrida, este
> artigo articula feminilidade, neutralidade e o lugar da diferença sexual a
> fim de pensar como, se o neutro se confunde ao masculino, e é anterior à
> diferença sexual, então neutralidade e masculinidade se confundem e se
> sobrepõem. A partir desse suposto neutro - que carrega nele a marca
> implícita do masculino - a filosofia formula a pergunta "o que é", tomando
> o neutro (masculino) como padrão para definir o outro (feminino) numa
> perspectiva que essencializa o outro pelas suas diferenças. Ou, para ficar
> nos termos com que Sylviane Agacinski define a metafísica, a pergunta "o
> que é" se responde pensando o feminino (outro) como uma alteração do
> masculino (mesmo/neutro).
> 
> Postular a pergunta "o que é a mulher" já seria uma forma metafísica e
> essencialista de pensar sobre o feminino, como argumenta Chanter, para quem
> a origem dos essencialismos sobre o feminino se localiza nesta equação: ao
> tomar o neutro como masculino, a tradição precisa definir a mulher a partir
> da pergunta "o que é". Chanter seguirá os passos de Derrida ao dizer que a
> diferença sexual já nasce como uma forma de secundarizar o feminino e o
> pretensamente neutro aparece na tradição filosófica como masculino. Meu
> interesse aqui é pensar a neutralidade como um totalizador que elimina as
> diferenças, e pensar a diferença sexual como elemento que secundariza a
> mulher.
> 
> Lévinas buscou nas reflexões sobre diferença sexual a impossibilidade de
> afirmação do neutro como sinônimo de humano. Se mesmo assim o fez dentro de
> uma matriz androcêntrica, como tão bem aponta Derrida, isso não impede que
> se possa reconhecer a importância de um pensamento que, desde muito cedo,
> associou feminino, alteridade e ética.
> 
> O artigo dela segue por aí a fora. Parece que ela escreveu toda uma tese de
> doutorado assim! Como diria a Simone de Beauvoir, Sacré Coeur!
> 
> Em 5 de dezembro de 2011 10:07, Francisco Antonio Doria > escreveu:
> 
>> Explico: disse à moça, que, intuitivamente, no princípio da incerteza,
>> temos duas grandezas - fenômenos, etc - acoplados, e tais que, definindo-se
>> um deles, o outro se torna indefinido. E ela me deu exemplos, em
>> psicanálise, de tais entidades acopladas.
>> 
>> 
>> 2011/12/5 Tony Marmo 
>> 
>>> 
>>> Não entendo como o princípio da incerteza de Heisenberg possa ser
>>> interpretado figurativamente de modo a ajudar na psicanálise.
>>> 
>>> Mas, se ela insiste, quem sou eu para discordar?
>>> 
>>> Em 5 de dezembro de 2011 07:55, Francisco Antonio Doria <
>>> famado...@gmail.com> escreveu:
>>> 
>>> Tony,
>>>> 
>>>> Não concordo com vc nessa avaliação, mas deixa pra lá. Conheço cabeça de
>>>> jornalista porque sou filho de jornalista, e pai de jornalista - meu filho
>>>> Pedro é um dos editores executivos de O Globo. Esse texto é um artigo de
>>>> opinião, ensaio, e como ele, escrevi muita coisa assim, em 1968, no finado
>>>> Correio da Manhã, e em 1974, em Opinião.
>>>> 
>>>> Gênero esse artigo da Carla; vcs iam se horrorizar... Mas me diverti
>>>> muito; em 68 era pós adolescente, e era gostoso ser citado na praia de
>>>> domingo, e na antessala do Paissandu :))  Gloriosos tempos.
>>>> 
>>>> Há uns meses

Re: [Logica-l] Teoremas de Gödel

2011-12-05 Por tôpico Decio Krause
Pode ser, Doria, mas o que eles citam (quote) do pessoal sobre as 
generalizações dos teoremas de Gödel e do princípio de incerteza são coisas do 
capeta. Mas você conhece bem o uso dos alephs, do nó borromiano, da faixa de 
Möbius e de outras coisas feitas pelos lacanianos...e o que dizer dos "usos" da 
física quântica? Até astrologia quântica há, e me disseram que alguns geógrafos 
estão falando em geografia quântica...não é isso que se quer quando se fala em 
levar a ciência às massas?
AhAh
D.
________
Decio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause

"He [God] will never choose among indiscernibles"
(G.W.Leibniz)
[But] He (God) would never choose among discernibles too. (M. Franciotti)










Em 05/12/2011, às 10:19, Francisco Antonio Doria escreveu:

> Decio, debati com Sokal na USP. É um ignorante. 
> 
> 2011/12/5 Decio Krause 
> Marmo
> Sokal & Brigmond têm bons argumentos....
> ____
> Decio Krause
> Departamento de Filosofia
> Universidade Federal de Santa Catarina
> 88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
> deciokrause[at]gmail.com
> www.cfh.ufsc.br/~dkrause
> 
> "He [God] will never choose among indiscernibles"
> (G.W.Leibniz)
> [But] He (God) would never choose among discernibles too. (M. Franciotti)
> 
> 
> 
> 
> 
> 
> 
> 
> 
> 
> Em 05/12/2011, às 10:02, Tony Marmo escreveu:
> 
>> Não entendo como o princípio da incerteza de Heisenberg possa ser
>> interpretado figurativamente de modo a ajudar na psicanálise.
>> 
>> Mas, se ela insiste, quem sou eu para discordar?
>> 
>> Em 5 de dezembro de 2011 07:55, Francisco Antonio Doria >> escreveu:
>> 
>>> Tony,
>>> 
>>> Não concordo com vc nessa avaliação, mas deixa pra lá. Conheço cabeça de
>>> jornalista porque sou filho de jornalista, e pai de jornalista - meu filho
>>> Pedro é um dos editores executivos de O Globo. Esse texto é um artigo de
>>> opinião, ensaio, e como ele, escrevi muita coisa assim, em 1968, no finado
>>> Correio da Manhã, e em 1974, em Opinião.
>>> 
>>> Gênero esse artigo da Carla; vcs iam se horrorizar... Mas me diverti
>>> muito; em 68 era pós adolescente, e era gostoso ser citado na praia de
>>> domingo, e na antessala do Paissandu :))  Gloriosos tempos.
>>> 
>>> Há uns meses o Cesar Benjamin escreveu um artigo citando o teorema de
>>> Goedel, a incompletude. Me ligou, expliquei pra ele. Não saiu perfeito, mas
>>> saiu legal. Fui devidamente citado, e responsabilizado, no texto final.
>>> (Cesar, editor da Contraponto e ex-candidato a vice da Heloisa Helena, é um
>>> fascinado por filosofia da ciência.)
>>> 
>>> Conto um episódio recente, aliás descrito ao fim do livro com o Chaitin e
>>> Newton. Estava saindo com uma psicanalista lacaniana que um dia me diz - no
>>> meio de uma palestra minha - que o princípio da incerteza de Heisenberg é
>>> relevante para a psicanálise.
>>> 
>>> Pensei um instante e expliquei, devagarinho, o Princípio da Incerteza. Do
>>> técnico ao intuitivo - como um teorema de álgebra linear, como o comutador
>>> não trivial de x e d/dx - e relacionei-o ~as variáveis canônicas q e p em
>>> mecânica clássica, igualmente de comutador não trivial, e enfim como algo
>>> intuitivo. E ela me sai com uma interpretação surpreendente e rica de
>>> significado.
>>> 
>>> Foi divertido :))
>>> 
>>> 
>>> 2011/12/5 Tony Marmo 
>>> 
>>>> Só fica uma pergunta: essa moça aceita que lhe expliquem direito as
>>>> coisas ou não?
>>>> 
>>>> O que me parece é que a jornalista queria mesmo escrever algo que lhe
>>>> pareceria interessante aos seus leitores e não algo que esclarecesse. Não
>>>> se sabe de onde ela tirou as informações para fazer o artigo, se as
>>>> informações estavam corretas ou não nas fontes que ela consulto, ou,
>>>> supondo-se que estivessem corretas, se as entendeu. O que me parece é que
>>>> ela colocou no artigo o que queria colocar, nem que para isso tivesse de
>>>> mudar o que ouviu ou leu, ou de construir conclusões sem verificar se
>>>> procediam mesmo do material que leu.
>>>> 
>>>> É uma pessoa que considera que a objetividade científica seja um mito e
>>>> usou de uma figura de autoridade para criar um artigo em defesa de sua
>

Re: [Logica-l] Teoremas de Gödel

2011-12-05 Por tôpico Decio Krause
Doria, se me permite e não se ofende, então, como diria o Prof. Newton, vá 
plantar batatas...que estória é essa de estilo? O que ela escreve é porcaria 
mesmo...Se você vai contar um papo enrolado para ela sobre acoplamentos e 
pareamentos,  a ela cair, ótimo, mas defender esse tipo de "literatura", ou o 
que quer que se chame, é demais... olha o que ela escreveu sobre metafísica, cf 
a última mensagem do Tony. É charlatanismo puro. Não dá nem pra dizer que é 
inocência. 
D

________
Decio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause

"He [God] will never choose among indiscernibles"
(G.W.Leibniz)
[But] He (God) would never choose among discernibles too. (M. Franciotti)










Em 05/12/2011, às 10:23, Francisco Antonio Doria escreveu:

> Vc podia criticar, p.e., a frase de Heidegger, das Nichts nichtet - que faz
> sentido em alemão, por sinal - ou o comentário dele ao verso de Angelus
> Silesius, die Ros' ist ohne Warumb, assim mesmo, no ensaio der Satz vom
> Grund.
> 
> Acho que são estilos muito diferentes de se praticar a filosofia. Estilos.
> 
> 2011/12/5 Tony Marmo 
> 
>> Colocadas as coisas assim, fica mais claro.
>> 
>> Mas, voltando à Carla, que eu não conheço pessoalmente, parece ser do
>> estilo dela escrever artigos como o citado. Aqui vai um trecho de outro
>> artigo:
>> 
>> A metafísica seria uma forma de pensar o múltiplo a partir do um, o outro
>> a partir do mesmo, o diferente a partir do idêntico, a alteridade como uma
>> alteração do mesmo, o diferente como uma degradação da identidade. É sob
>> essa inspiração que pretendo discutir a diferença sexual e a articulação
>> entre feminino - esse outro pensado na tradição a partir do mesmo -,
>> alteridade e ética.
>> 
>> Partindo de proposições formuladas por Elizabeth Grosz, Tina Chanter e
>> Drucilla Cornell e em diálogo com Emmanuel Lévinas e Jacques Derrida, este
>> artigo articula feminilidade, neutralidade e o lugar da diferença sexual a
>> fim de pensar como, se o neutro se confunde ao masculino, e é anterior à
>> diferença sexual, então neutralidade e masculinidade se confundem e se
>> sobrepõem. A partir desse suposto neutro - que carrega nele a marca
>> implícita do masculino - a filosofia formula a pergunta "o que é", tomando
>> o neutro (masculino) como padrão para definir o outro (feminino) numa
>> perspectiva que essencializa o outro pelas suas diferenças. Ou, para ficar
>> nos termos com que Sylviane Agacinski define a metafísica, a pergunta "o
>> que é" se responde pensando o feminino (outro) como uma alteração do
>> masculino (mesmo/neutro).
>> 
>> Postular a pergunta "o que é a mulher" já seria uma forma metafísica e
>> essencialista de pensar sobre o feminino, como argumenta Chanter, para quem
>> a origem dos essencialismos sobre o feminino se localiza nesta equação: ao
>> tomar o neutro como masculino, a tradição precisa definir a mulher a partir
>> da pergunta "o que é". Chanter seguirá os passos de Derrida ao dizer que a
>> diferença sexual já nasce como uma forma de secundarizar o feminino e o
>> pretensamente neutro aparece na tradição filosófica como masculino. Meu
>> interesse aqui é pensar a neutralidade como um totalizador que elimina as
>> diferenças, e pensar a diferença sexual como elemento que secundariza a
>> mulher.
>> 
>> Lévinas buscou nas reflexões sobre diferença sexual a impossibilidade de
>> afirmação do neutro como sinônimo de humano. Se mesmo assim o fez dentro de
>> uma matriz androcêntrica, como tão bem aponta Derrida, isso não impede que
>> se possa reconhecer a importância de um pensamento que, desde muito cedo,
>> associou feminino, alteridade e ética.
>> 
>> O artigo dela segue por aí a fora. Parece que ela escreveu toda uma tese
>> de doutorado assim! Como diria a Simone de Beauvoir, Sacré Coeur!
>> 
>> Em 5 de dezembro de 2011 10:07, Francisco Antonio Doria <
>> famado...@gmail.com> escreveu:
>> 
>> Explico: disse à moça, que, intuitivamente, no princípio da incerteza,
>>> temos duas grandezas - fenômenos, etc - acoplados, e tais que, definindo-se
>>> um deles, o outro se torna indefinido. E ela me deu exemplos, em
>>> psicanálise, de tais entidades acopladas.
>>> 
>>> 
>>> 2011/12/5 Tony Marmo 
>>> 
>>>> 
>>>> Não entendo como o princípio da incerteza de Heisenberg possa ser
>>>> interpretado figurativamente de modo a ajudar na

Re: [Logica-l] Teoremas de Gödel

2011-12-05 Por tôpico Decio Krause
Marmo
Sokal & Brigmond têm bons argumentos
____
Decio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause

"He [God] will never choose among indiscernibles"
(G.W.Leibniz)
[But] He (God) would never choose among discernibles too. (M. Franciotti)










Em 05/12/2011, às 10:02, Tony Marmo escreveu:

> Não entendo como o princípio da incerteza de Heisenberg possa ser
> interpretado figurativamente de modo a ajudar na psicanálise.
> 
> Mas, se ela insiste, quem sou eu para discordar?
> 
> Em 5 de dezembro de 2011 07:55, Francisco Antonio Doria > escreveu:
> 
>> Tony,
>> 
>> Não concordo com vc nessa avaliação, mas deixa pra lá. Conheço cabeça de
>> jornalista porque sou filho de jornalista, e pai de jornalista - meu filho
>> Pedro é um dos editores executivos de O Globo. Esse texto é um artigo de
>> opinião, ensaio, e como ele, escrevi muita coisa assim, em 1968, no finado
>> Correio da Manhã, e em 1974, em Opinião.
>> 
>> Gênero esse artigo da Carla; vcs iam se horrorizar... Mas me diverti
>> muito; em 68 era pós adolescente, e era gostoso ser citado na praia de
>> domingo, e na antessala do Paissandu :))  Gloriosos tempos.
>> 
>> Há uns meses o Cesar Benjamin escreveu um artigo citando o teorema de
>> Goedel, a incompletude. Me ligou, expliquei pra ele. Não saiu perfeito, mas
>> saiu legal. Fui devidamente citado, e responsabilizado, no texto final.
>> (Cesar, editor da Contraponto e ex-candidato a vice da Heloisa Helena, é um
>> fascinado por filosofia da ciência.)
>> 
>> Conto um episódio recente, aliás descrito ao fim do livro com o Chaitin e
>> Newton. Estava saindo com uma psicanalista lacaniana que um dia me diz - no
>> meio de uma palestra minha - que o princípio da incerteza de Heisenberg é
>> relevante para a psicanálise.
>> 
>> Pensei um instante e expliquei, devagarinho, o Princípio da Incerteza. Do
>> técnico ao intuitivo - como um teorema de álgebra linear, como o comutador
>> não trivial de x e d/dx - e relacionei-o ~as variáveis canônicas q e p em
>> mecânica clássica, igualmente de comutador não trivial, e enfim como algo
>> intuitivo. E ela me sai com uma interpretação surpreendente e rica de
>> significado.
>> 
>> Foi divertido :))
>> 
>> 
>> 2011/12/5 Tony Marmo 
>> 
>>> Só fica uma pergunta: essa moça aceita que lhe expliquem direito as
>>> coisas ou não?
>>> 
>>> O que me parece é que a jornalista queria mesmo escrever algo que lhe
>>> pareceria interessante aos seus leitores e não algo que esclarecesse. Não
>>> se sabe de onde ela tirou as informações para fazer o artigo, se as
>>> informações estavam corretas ou não nas fontes que ela consulto, ou,
>>> supondo-se que estivessem corretas, se as entendeu. O que me parece é que
>>> ela colocou no artigo o que queria colocar, nem que para isso tivesse de
>>> mudar o que ouviu ou leu, ou de construir conclusões sem verificar se
>>> procediam mesmo do material que leu.
>>> 
>>> É uma pessoa que considera que a objetividade científica seja um mito e
>>> usou de uma figura de autoridade para criar um artigo em defesa de sua
>>> própria ideia. Como Goedel, Einstein e Heisenberg são figuras importantes
>>> do século passado, nada melhor que usar os três para construir a sua versão
>>> de como a objetividade científica teria sido demolida.
>>> 
>>> Mas, é nesse tipo de artigo que os jornalistas acreditam para vender
>>> jornal ou atrair público. Provavelmente, supõe ela que falar de método
>>> axiomático, do debate entre Hilbert e Browser, e do que realmente os
>>> teoremas de Goedel tratam seja muito assunto pesado para um simples artigo
>>> e possivelmente afastaria uma ampla gama de leitores.
>>> 
>>> Alguém se lembra de uma controvérsia entre um artigo da professora
>>> Marilena Chauí e uma réplica de um professor do IMECC vários anos atrás? O
>>> professor do IMECC corrigiu a apresentação de vários conceitos e criticava
>>> o fato de que, ainda que aceites os conceitos do modo que ela os formulara,
>>> não se entendia porque ela tirava certas conclusões deles.
>>> 
>>> Em 5 de dezembro de 2011 01:04, Francisco Antonio Doria <
>>> famado...@gmail.com> escreveu:
>>> 
>>> Ela me escreveu e vamos nos encontrar.
>>>> 
>>>> 
>>>> 2011/12/2 Tony Marmo 
>>>> 
>&

Re: [Logica-l] Prova no Direito e na Ciência

2011-11-19 Por tôpico Decio Krause
Samy
Um dos problemas que vejo no direito, mesmo sem saber nada a respeito (como diz 
o Prof. Newton Costa, falar de algo sabendo do que se fala não tem graça, é 
fácil: o bacana mesmo, sugere ele que se faz isso geralmente, é falar sobre 
aquilo que não se conhece...) está com o chamado Direito Alternativo. Se bem 
entendo a coisa, e corrijam por favor, em função de certos fatos, o juíz pode 
até mesmo ir contra a norma, a lei, dando uma sentença que desvie (derrogue) a 
lei que deveria seguir.  Isso tem suas justificativas bem interessantes por 
sinal, mas do ponto de vista lógico (o jurídico eu deixo de lado, mas acho 
incrível uma coisa assim, pois os juízes passam a ser reis ou ditadores --mesmo 
que alguns sejam "legitimamente eleitos", decretando ao seu critério) é um caso 
contornável. Neste caso, já sugeri isso a alguém antes, uma lógica 
paraclássica, que é um tipo de lógica paraconsistente, daria jeito...
Quanto ao seu A --> B, não compete à lógica dizer se A ou B são verdadeiros, 
mas ao campo de aplicação. Depois, o que entende por "verdade"? Bom, já me 
estendi demais nisso. Abraços.
D.
________
Decio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause

"He [God] will never choose among indiscernibles"
(G.W.Leibniz)
[But] He (God) would never choose among discernibles too. (M. Franciotti)










Em 19/11/2011, às 15:13, SÁ, Samy Soares escreveu:

> Sobre essa questão do direito, creio que vai um pouco além de podermos
> axiomatizá-lo.
> 
> Diria que podemos reduzir um código de leis a regras como axiomas, sim, mas
> que o ponto das discordâncias aparece na *opinião* dos que interpretam os
> fatos envolvidos. Nesse sentido, tratamos de *crenças* dos indivíduos e
> podem envolver opiniões contrárias. É aqui que esses contornos ficam mal
> definidos, como sugerido pelo Décio...
> 
> Para um exemplo super simples com base em modus ponens, o código legal pode
> dizer claramente que "A -> B", mas ele não vai dizer nada sobre A. Cabe aos
> que interpretam os fatos dizer se A é verdadeiro ou falso, e aqui começa o
> debate! Talvez esse conceito deva ser interpretado como algo fuzzy, mas a
> valoração dele ainda seria própria a cada indivíduo.
> 
> Outra possibilidade é que um indivíduo não acredite em A, mas o sugira
> verdadeiro por conveniência da argumentação, a exemplo de um advogado de
> defesa quanto à inocência de seu cliente, mas o problema continua sendo
> reduzido a crenças de agentes diferentes, mesmo que por conveniência.
> --
> Samy Sá
> ---
> Doutorando em Ciência da Computação (MDCC/UFC),
> Professor Assistente, Tutor PET - TI Quixadá (TIQx)
> Universidade Federal do Ceará, Campus de Quixadá.
> ---
> Blog <http://tiqx.blogspot.com/> | Twitter<http://twitter.com/#%21/samyspsa>|
> Buzz <http://?shva=1#buzz/117773808737788246504>
> ___
> Logica-l mailing list
> Logica-l@dimap.ufrn.br
> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l

___
Logica-l mailing list
Logica-l@dimap.ufrn.br
http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l


Re: [Logica-l] "provas" x "demonstrações", em Lógica

2011-11-05 Por tôpico Decio Krause
Patrick Suppes diz mais ou menos o seguinte, precisava ver, mas não agora: uma 
"demonstração" tal como o matemático faz, é uma "prova" (dos lógicos) mas cheia 
de buracos, ou seja, ele não apresenta os detalhes mais evidentes 
(supostamente, claro).
D.
________
Decio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause

"He [God] will never choose among indiscernibles"
(G.W.Leibniz)
[But] He (God) would never choose among discernibles too. (M. Franciotti)










Em 05/11/2011, às 20:22, Fernando Naufel do Amaral escreveu:

> Oi, João, Valéria e lista,
> 
> 
> Perdoem-me por não me lembrar a fonte, mas posso jurar que já li, num
> livro de Lógica, que uma prova é uma demonstração com zero premissas.
> 
> Na verdade, o livro era em inglês, e se referia a "proofs" e
> "demonstrations".
> 
> Posso tentar procurar a fonte, mas se alguém já tiver esbarrado nesta
> distinção, pode lembrar melhor do que eu.
> 
> Se houver uma distinção técnica entre "proof" e "demonstration" em
> inglês, então precisaríamos de termos distintos em português tbém.
> 
> Concordo com a Valéria que "prova" é usado por lógicos lusófonos na
> vida real.
> 
> E concordo com o João Marcos quanto ao problema com "proof",
> "provable" e "provability". Por uma coincidência infeliz, "provável"
> em português já está ocupado como tradução de "probable".
> 
> (Bacana mesmo é alemão, onde "provable" é "beweisbar", e "probable" é
> "wahrscheinlich".)
> 
> E "teorético" é mesmo um anglicismo injustificável.
> 
> Sugestão de solução simples, partindo da premissa de que não dá para
> proibir termos consagrados pelo uso: usar "prova" e "demonstração"
> como sinônimos em português, explicitando, se necessário, a ausência
> ou presença de premissas. Idem com "provabilidade" e
> "demonstrabilidade". E, como adjetivo, usar só "demonstrável".
> 
> 
> Um abraço,
> 
> Fernando Náufel, D.Sc.
> fnau...@gmail.com
> http://fnaufel.wordpress.com
> http://www.uff.br/llarc
> 
> Professor Adjunto
> (~Professor Doctor
> see http://en.wikipedia.org/wiki/Professor#Brazil_and_Portugal)
> LLaRC - Laboratório de Lógica e Representação do Conhecimento
> RFM - Depto. de Física e Matemática
> PURO - Pólo Universitário de Rio das Ostras
> UFF - Universidade Federal Fluminense
> Brazil
> --
> 
> 
> 
> 
> 2011/11/5 Valeria de Paiva :
>> Joao MArcos,
>> vou me atrever (com trepidacao, 'e claro) a discordar de voce em
>> genero, numero e grau.
>> 
>> todo mundo que eu conheco desde 190- e-esqueci sempre falou de provas
>> em matematica, "a minha prova do teorema 'e mais bonita do que a sua",
>> "a prova do Halmos 'e mais simples do que a de fulano", etc..
>> 
>> eu nao sei porque tenho ou teria que usar "demonstracao" pra essas
>> construcoes e nao sei porque teria que falar de "teoria das
>> demonstracoes", em vez de "teoria da prova" quando estiver usando a
>> versao coletiva do nome. na verdade, eu uso as duas formas, quando
>> escrevendo em portugues, mas pro titulo da area de logica matematica
>> prefiro mesmo "Teoria da Prova".
>> 
>> abracos demonstrativos,
>> Valeria
>> 
>> 2011/11/5 Joao Marcos :
>>> De uma mensagem recente enviada à lista:
>>> 
>>>> Na estrutura gramatical superficial, cientistas e juristas podem usar as
>>>> mesmas palavras quando estão designando conceitos *muito* diferentes.
>>> [...]
>>>> Há discussões muito finas do significado bastante delicado de
>>>> "prova" em matemática e lógica.
>>> 
>>> "Provas" em matemática ou lógica são quando muito um nome que damos
>>> àqueles "testes" / "exames" / "avaliações" aos quais submetemos os
>>> nossos alunos...  Um exemplo é a promessa: "esta semana vocês farão
>>> uma prova surpresa!"
>>> 
>>> Em matemática ou lógica o termo "proof" NÃO se traduz como "prova" a
>>> menos que estejamos dispostos a cometer um idiotismo (no sentido
>>> linguístico do termo) insustentável.  O que apresentamos para
>>> _justificar_ os nossos teoremas / conjecturas ou inferências em
>>> matemática ou lógica (com alguma sorte e competência) são

Re: [Logica-l] Prova científica

2011-11-05 Por tôpico Decio Krause
Valeria e demais
Concordo com você, mas creio que o Prof. Newton tem razão quando, em seu Ensaio 
sobre os Fundamentos da Lógica, sugere que "iniciamos" não com a lógica 
clássica propriamente, mas com algo  ainda mais fraco, uma "lógica" de cunho 
construtivo, algo intuicionista. Para reconhecermos sinais, identificarmos 
coisas, combinarmos coisas, etc. Keneth Kunen, em um belo livro chamado The 
Foundations of Mathematics, fala coisas parecidas, dizendo que a lógica é algo 
que deve ser feita duas vezes: iniciamos com um raciocínio algo construtivo e 
aos poucos vamos elaborando sistemas, até chegarmos a sistemas fortes, como ZF. 
Então, "entramos" em ZF por exemplo e reconstruímos tudo. Afinal, quando 
elaboramos uma linguagem, o que é, por exemplo o símbolo de negação? Uma 
resposta: um termo da linguagem de ZF, ou seja, um conjunto...Ou seja, devemos 
considerar "onde" montamos nossa linguagens. 
Abraço
Décio
____
Decio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause

"He [God] will never choose among indiscernibles"
(G.W.Leibniz)
[But] He (God) would never choose among discernibles too. (M. Franciotti)










Em 05/11/2011, às 19:58, Valeria de Paiva escreveu:

> Alo Decio, Joao e todos,
> 
> Bom, aqui eu concordo quase que completamente com o Joao:
> 
> "O uso da Lógica (clássica ou deôntica) no estudo das consequências que
> se podem extrair dos axiomas jurídicos envolveria, assim, de forma
> muito natural, a noção de "demonstração" no sentido lógico-matemático.
> 
> So' acho que como todo tipo de modelo que a gente constroi, a gente
> comeca com um mais ou menos simples
> (logica classica ou deontica) e vai aprimorando, de acordo com a
> aplicacao e com as questoes que a gente quer resolver...e' claro que o
> modelo nunca vai ficar no nivel de substituir o juiz ou o juri, mas
> deve ser possivel ajudar os juizes um tantao. e com certeza com um bom
> modelo a gente ajuda os legisladores a nao sugerirem leis e
> regulamentos contraditorios com o resto do sistema. eu estou comecando
> a trabalhar nessa ideia...
> 
> abracos
> Valeria
> 
> 2011/11/5 Décio Krause :
>> Caro João
>> Sus observações me parecem muito pertinentes e interessantes, mas acho que a 
>> Valéria tem razão quanto à terminologia, bastando que se esclareça aos 
>> alunos o que está acontecendo, e para isso as suas observações são bem 
>> úteis. Mas, quando fala em que
>> 
>> "O uso da Lógica (clássica ou deôntica) no estudo das consequências que
>> se podem extrair dos axiomas jurídicos envolveria, assim, de forma
>> muito natural, a noção de "demonstração" no sentido lógico-matemático.
>> Bem diferente, de fato, das "provas" que são corriqueiramente
>> invocadas nos tribunais."
>> 
>> Somente faria sentido se o discurso jurídico pudesse, ou fosse, escrito em 
>> uma linguagem lógica (?) adequada e que houvesse uma lógica envolvida que 
>> permitisse realizar as inferências. Não estou certo de que este seria um 
>> ideal a ser alcançado, primeiro porque seria extremamente difícil adequar as 
>> características de intensionalidade, temporalidade e as diversas formas de 
>> modalidades em um sistema adequado. Depois, talvez não seja este mesmo o 
>> caso, devido à aparente necessidade do discurso jurídico ser feito de modo 
>> informal. A lógica deveria ser vista aqui como um procedimento geral, e não 
>> como um sistema específico, e serviria como um guia, para que o jurista 
>> pudesse nela se inspirar para quando fosse fazer as suas " demonstrações" 
>> (ou "provas"), as quais nem sempre seguem uma lógica bem definida (Pense no 
>> caso do direito alternativo, no qual –corrijam— o juiz pode dar um parecer 
>> contra a lei...). Para tanto, ajudaria se ele conhecesse um pouco de lógica, 
>> etc. para saber coisas mínimas, como a de que não deve usar uma hipótese não 
>> especificada, e por aí a fora.
>> Abraços provados,
>> Décio
>> 
>> --
>> Décio Krause
>> Departamento de Filosofia
>> Universidade Federal de Santa Catarina
>> 88040-900 Florianópolis - SC - Brasil
>> http://www.cfh.ufsc.br/~dkrause
>> --
>> 
>> 
>> Em 05/11/2011, às 13:49, Joao Marcos  escreveu:
>> 
>>> Para além das mencionadas "provas" e "evidências", parece-me que há ao
>>> menos um caso em que a noção estritamente matem

Re: [Logica-l] Inferência lógica

2011-10-31 Por tôpico Decio Krause
Finalizando...mesmo.
Marcelo, para encerrar, mas acho necessário dizer isso. Disse que se você 
falava sério seria uma besta. Se sentiu-se ofendido, peço desculpas, mas eu 
disse isso mais no sentido de "chato", algo como um postulante a membro da 
Polícia Política do PT (como existe a do Chaves, dentre outras que sabemos). 
Agora, dizer que eu devo estar sendo um mal exemplo para meus alunos já é um  
pouco demais.  Quem me conhece  sabe que não falo de política com alunos, e em 
geral com ninguém. Agora, dizer que melhoramos com Lula, é algo questionável. 
Pode ser que ele tenha destinado mais dinheiro, mas e o resto? Eu não sou do 
outro lado tampouco, não sou nenhum lado... Mas olha o que ele fez com a grande 
safadeza que já existia: não sabendo de nada, não vendo nada, deixou o barco 
rolar, deu umas remadinhas a mais e deu no que deu, escancarou as portas que 
estavam entreabertas, criando ou deixando aparecer um modo de agir que estamos 
aprendendo a odiar. Na minha opinião, repito, na minha opinião, a tal figura 
representa uma baita célula cancerosa e fez proliferar um cancer no BR  para o 
qual não existe tratamento, como o dele aparentemente tem. 
Depois, não estou fazendo piada com a desgraça alheia. Desgraça é a nossa. Com 
a quantidade de besteira que o Lula disse e espero que agora não possa dizer 
mais, ele bem que merece que se diga algo bem ruim a respeito dele, 
independentemente da sua situação física. Mas deixo para outro esta tarefa, 
pois não tenho paciência para isso. Sofro só de olhar...

(ah, são 20h e dei aulas a tarde toda; será que posso voltar a trabalhar agora, 
fora do horário?)

Décio

________
Decio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause

"He [God] will never choose among indiscernibles"
(G.W.Leibniz)
He (God) would never choose among discernibles too







Em 31/10/2011, às 14:40, Marcelo Siqueira escreveu:

> Didimo,
> 
> Na época de FHC eu era professor da instituição em que és aluno. Se você
> estava lá nessa época (creio que não), concluo: ou és alienado ou és
> ignorante, o que pode convergir ao mesmo resultado. O campus estava mais
> pra um grande chiqueiro esburacado do que pra qualquer coisa. A maioria dos
> professores da mesma, eram professores de faculdades particulares (estas
> sim, em grande ascenção, graças ao ex-ministro Paulo Renato). Da mesma
> forma, ocorria em muitas outras, Brasil afora. Não havia dinheiro para
> infraestrutura, incentivo para capacitação e os salários estimulavam "pular
> a cerca" (congelados por dez anos) e ir para as "privadas". Infelizmente
> não estamos no patamar do primeiro mundo, mas garanto a você que diversos
> centros daqui se equiparam a vários ótimos centros de formação e de
> pesquisa, pelo menos os que conheço lá de fora.
> 
> Onde ensino, IFPB, a instituição passou por um grande avanço em diversos
> aspectos e, posso lhe garantir, melhoramos muito no governo Lula. Conheço a
> realidade de várias IEFS, mesmo porque fui professor de outras duas
> universidades antes e, fomos, sim, muito beneficiados pelos investimentos
> do governo.  Mas se você e outros colegas não trabalham em instituições
> federais ou não partilham dessa visão, isso é uma questão que transcende à
> lista e não cabe ficarmos aqui discutindo sobre isso, pois o objetivo da
> lista é outro.
> 
> Apenas me preocupa profundamente que espécie de geração de alunos está
> sendo formada por pessoas que debocham da desgraça alheia ou não tem
> educação para discutir pontos de vista diferentes.
> 
> PS.: aproveitando a ocasião, afirmar no seu blog que José Serra é Marxista
> é de um profundo desconhecimento histórico, sociológico e econômico, seja
> de Serra ou de Marx - o que reforça o parágrafo inicial. A não ser que
> refiras a Groucho Marx, o grande comediante.
> 
> 
> Abraços
> 
> Marcelo Siqueira
> =
> PhD Candidate - Artificial Intelligence Group
> Informatics Center - CIn
> Federal University of Pernambuco - UFPE
> Research Interests: Multi-Agent Systems, Ontologies and Software Engineering
> 
> "We are scientists. We don’t blog. We don’t twitter. We take our time."
> Slow Science Manifesto - http://www.slow-science.org
> 
> —* Bear with us, while we think.*
> 
> 
> 
> Em 31 de outubro de 2011 12:37, didimo.george
> escreveu:
> 
>> Petistas toscos e sua mania de ver o mundo em preto e branco. O governo no
>> PT não melhorou em lhufas a educação nacional, ou tu achas que estamos em
>> uma época de ouro da ciência nacional? O dem-psdb continuou o estrago de
>> muito tempo e o PT também...nada mudou, apenas mais do mesmo, aliás, uma
>

Re: [Logica-l] Inferência lógica

2011-10-31 Por tôpico Decio Krause
Marcelo Siqueira
Bom, para o servidor público aqui que trabalhou sexta feira à noite o fim de 
semana inteiro, como de hábito (o dinheiro público paga isso?) e está 
trabalhando hoje desde as 5 da manhã, eu me dei o direito de pausar as 10:30 
antes de recomeçar as 12:45 (o dinheiro público paga este início prévio ao 
horário de almoço?). Se falou sério, deixe de ser besta.
D.

Decio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause

"He [God] will never choose among indiscernibles"
(G.W.Leibniz)
He (God) would never choose among discernibles too







Em 31/10/2011, às 12:08, Marcelo Siqueira escreveu:

> Premissa 4: mente desocupada é oficina do diabo.
> 
> PS.: O primeiro foi escrito às 10h14. Hora em que um servidor público
> deveria estar trabalhando. Pessoas sérias deveriam se ocupar com coisas
> sérias durante o horário de trabalho, sobretudo se este é financiado com o
> dinheiro público, e não ficar produzindo "piadas".
> 
> sem mais,
> 
> Marcelo Siqueira
> =
> PhD Candidate - Artificial Intelligence Group
> Informatics Center - CIn
> Federal University of Pernambuco - UFPE
> Research Interests: Multi-Agent Systems, Ontologies and Software Engineering
> 
> "We are scientists. We don’t blog. We don’t twitter. We take our time."
> Slow Science Manifesto - http://www.slow-science.org
> 
> —* Bear with us, while we think.*
> 
> 
> 
> Em 31 de outubro de 2011 10:35, Francisco Antonio Doria > escreveu:
> 
>> Já virou santo mártir, com ou sem lógica.
>> 
>> 2011/10/31 Manuel Doria 
>> 
>>> Acho a Premissa #3 contestável. Existem estados possíveis onde o Lula
>>> enquanto elemento não terá uma pertinência completa nem no conjunto dos
>>> mortos quanto no dos não-mortos. Por exemplo, se ele entrar em coma
>>> profundo em detrimento de uma complicação de um procedimento cirúrgico.
>>> Dessa forma, a não ser que a premissa seja substituída e novas sejam
>>> acrescentadas para os casos nebulosos, a conclusão não vai se seguir
>>> dedutivamente das premissas embora eu tenha uma forte intuição que no
>>> outcome final, a conclusão original vai ser preservada mesmo se
>> estendermos
>>> nosso sistema formal para uma lógica polivalente.
>>> 
>>> 2011/10/31 Decio Krause 
>>> 
>>>> Pessoal
>>>> Vejam como a lógica clássica nos ajuda a prever o nosso futuro:
>>>> 
>>>> Premissa 1: Se Lula morrer, vira mártir, fortalece o PT, salva o PCdoB,
>>>> etc. e nós nos ferramos.
>>>> Premissa 2: Se for curado, vira santo, curado por Deus para salvar o
>>>> mundo, fortalece o PT, se reelege e nós nos ferramos.
>>>> Premissa 3: O cara morre ou não morre.
>>>> Conclusão: Nós nos ferramos.
>>>> 
>>>> 
>>>> Decio Krause
>>>> Departamento de Filosofia
>>>> Universidade Federal de Santa Catarina
>>>> 88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
>>>> deciokrause[at]gmail.com
>>>> www.cfh.ufsc.br/~dkrause <http://www.cfh.ufsc.br/%7Edkrause>
>>>> 
>>>> "He [God] will never choose among indiscernibles"
>>>> (G.W.Leibniz)
>>>> He (God) would never choose among discernibles too
>>>> 
>>>> 
>>>> 
>>>> 
>>>> 
>>>> 
>>>> 
>>>> ___
>>>> Logica-l mailing list
>>>> Logica-l@dimap.ufrn.br
>>>> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l
>>>> 
>>> ___
>>> Logica-l mailing list
>>> Logica-l@dimap.ufrn.br
>>> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l
>>> 
>> 
>> 
>> 
>> --
>> fad
>> 
>> ahhata alati, awienta Wilushati
>> ___
>> Logica-l mailing list
>> Logica-l@dimap.ufrn.br
>> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l
>> 
> ___
> Logica-l mailing list
> Logica-l@dimap.ufrn.br
> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l

___
Logica-l mailing list
Logica-l@dimap.ufrn.br
http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l


[Logica-l] Inferência lógica

2011-10-31 Por tôpico Decio Krause
Pessoal
Vejam como a lógica clássica nos ajuda a prever o nosso futuro:

Premissa 1: Se Lula morrer, vira mártir, fortalece o PT, salva o PCdoB, etc. e 
nós nos ferramos.
Premissa 2: Se for curado, vira santo, curado por Deus para salvar o mundo, 
fortalece o PT, se reelege e nós nos ferramos.
Premissa 3: O cara morre ou não morre.
Conclusão: Nós nos ferramos.


Decio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause

"He [God] will never choose among indiscernibles"
(G.W.Leibniz)
He (God) would never choose among discernibles too







___
Logica-l mailing list
Logica-l@dimap.ufrn.br
http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l


Re: [Logica-l] ainda sobre publicações de livros e outros materiais

2011-10-10 Por tôpico Decio Krause
Marcelo
Sim, eu fiquei devendo a você um texto que não tenho tempo de terminar, mas vou 
trabalhando quando posso. Ainda não desisti, e espero que nem você. Sua idéia 
da mensagem é excelente. Quanto ao Lulu, não sei como funciona, mas pergunto: 
tem corpo de pareceristas e de revisores? Me parece que não; assim, não é como 
publicar o nosso livro na editora da esquina às nossas próprias custas e 
responsabilidades? (sorry, Doria, sei que seu trabalho não merece esta crítica, 
mas é apenas uma pergunta). Ou seja, qual o valor científico de um livro-lulu a 
não ser pela chance de divulgar? Teria o mérito de um livro editado por uma 
casa respeitável? A proposta do Marcelo me parece excelente e poderíamos nos 
comprometer de fato com ele com uma série, que se faz necessária. 
No aguardo.
Abraços
Décio

Decio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause

"He [God] will never choose among indiscernibles"
(G.W.Leibniz)






Em 10/10/2011, às 08:12, Marcelo Finger escreveu:

> João, Décio, Dória e demais.
> 
> Há anos tento lançar uma série de livros em Português, editados e impressos
> pela collegebooks que agora é uma ONG na Inglaterra.
> 
> Basicamente, (1) e (3) estariam garantidos, sendo que no caso dos direitos
> do livro eles voltam ao autor assim que a edição se esgotar ou decorrido um
> prazo.
> 
> Não tenho como garantir divulgação na mídia brasileira, pois não há verba
> para isso.
> 
> Infelizmente ainda não atingi massa crítica para iniciar esta série.  Talvez
> o cominho seja outro, e estou pensando como isso pode ser feito.
> 
> Uma nova iniciativa, que penso lançar aqui no brasil, é algo que não involva
> (nem impeça) a impressão em papel.  Ou seja, a edição e divulgação de
> material aberto em meio eletrônico apenas e para tanto estou pensando em
> usar o Centro de Competência em Software Livre da USP, do qual sou
> vice-diretor. (1) e (3) estariam garantidos e a divulgação deve ir junto com
> a divulgação do centro, ou quem sabe da USP.
> 
> Gostaria de saber da opinião de vocês sobre uma iniciativa destas.
> 
> []s
> 
> Marcelo
> 
> 2011/10/8 Joao Marcos 
> 
>> PessoALL:
>> 
>> Caso alguém deseje publicar um *livro* na nossa área de modo a
>> torná-lo tão acessível quanto possível, em um mundo ideal, esta pessoa
>> provavelmente gostaria de encontrar uma boa editora, de preferência
>> uma editora universitária, que garantisse, ao mesmo tempo:
>> 
>> (1) a produção de um material impresso com preço acessível, para
>> bibliotecas e outros leitores;
>> 
>> (2) boa distribuição do livro na mídia impressa;
>> 
>> (3) a retenção dos direitos autorais (ou a utilização de licenças
>> autorais mais flexíveis, como Creative Commons e afins) por parte do
>> autor / editor / tradutor, de modo que o material pudesse ser
>> disponibilizado online sem custos para alunos e outros leitores.
>> 
>> Alguém conhece alguma editora científica no Brasil que trabalhe com
>> print-on-demand e que possa garantir (1)-(3)?  Outras sugestões sobre
>> como proceder?
>> 
>> Joao Marcos
>> 
>> --
>> http://sequiturquodlibet.googlepages.com/
>> ___
>> Logica-l mailing list
>> Logica-l@dimap.ufrn.br
>> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l
>> 
> 
> 
> 
> -- 
> Marcelo Finger
> Departamento de Ciencia da Computacao
> Instituto de Matematica e Estatistica
> Universidade de Sao Paulo
> Rua do Matao, 1010
> 05508-090Sao Paulo, SP Brazil
> Tel: +55 11 3091-9688, 3091-6135, 3091-6134 (fax)
> http://www.ime.usp.br/~mfinger
> ___
> Logica-l mailing list
> Logica-l@dimap.ufrn.br
> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l

___
Logica-l mailing list
Logica-l@dimap.ufrn.br
http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l


Re: [Logica-l] interpretacao dialectia na wikipedia

2011-10-09 Por tôpico Decio Krause
Legal, Valeria
A tradução que deu é a que de fato eu conhecia, e não a minha, que está errada 
mesmo (eu reproduzi de memória). 
Obrigado.
Abraço
Décio

Decio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause

"He [God] will never choose among indiscernibles"
(G.W.Leibniz)






Em 09/10/2011, às 09:34, jean-yves beziau escreveu:

> Valeria
> Muito boa a entrada sobre a interpretacao Dialectica na wikipedia
> acho que a wikipedia é um excellente instrumento que ainda é pouco
> aproveitado
> Um abraço, Jean-Yves
> 
> 2011/10/8 Valeria de Paiva 
> 
>> Decio,
>> desculpe, mas nao acho "Logic as the physics of the arbitrary any
>> object  whatever"
>> melhor nao.
>> e' melhor como o JM disse "Logic as the physics of the arbitrary object"
>> (mais seria) ou se voce quer brincar
>> "Logic as the physics of  any object  whatsoever"
>> mas como voce escreveu fica mal...
>> 
>> Jean-Yves,
>> obrigada pelas informacoes sobre o Gonseth, muito interessante saber
>> que ele fundou a revista Dialectica. Quanto ao  Goedel e sua
>> interpretacao Dialectica, na lista a gente andou discutindo esse
>> trabalho dele um pouco. se me lembro direito o Rodrigo andou ensinando
>> pros alunos dele a versao do Schoenfield da Interpretacao Dialectica,
>> o que eu achei o maximo.
>> 
>> nao sei se voce se lembra que a minha tese foi sobre uma versao
>> categorica da interpretacao Dialectica  e alias esse artigo da
>> wikipedia que voce citou so' existe pq eu o encomendei ao Paulo Oliva
>> ha' alguns anos atras.
>> 
>> abracos,
>> Valeria
>> 
>> 2011/10/8 Decio Krause :
>>>> "Logic as the physics of the arbitrary any object  whatever"
>>> 
>>> Fica melhor e mais de acordo com o modo como via de regra traduzem a
>> célebre frase de Gonseth.
>>> Agora pergunto: o que acham dela?
>>> D.
>>> 
>>> 
>>> Decio Krause
>>> Departamento de Filosofia
>>> Universidade Federal de Santa Catarina
>>> 88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
>>> deciokrause[at]gmail.com
>>> www.cfh.ufsc.br/~dkrause
>>> 
>>> "He [God] will never choose among indiscernibles"
>>> (G.W.Leibniz)
>>> 
>>> 
>>> 
>>> 
>>> 
>>> 
>>> Em 08/10/2011, às 10:19, Joao Marcos escreveu:
>>> 
>>>>> Ferdinand Gonseth é famoso para o artigo:
>>>>> "La logique en tant que physique de l'objet quelconque"
>>>>> Facil de traduzir em portuges:
>>>>> "A logica com fisica do objeto qualquer"
>>>>> Um colega esta me preguntando com traduzir isso em ingles,
>>>>> alguem tem uma boa suggestao?
>>>> 
>>>> "Logic as the physics of the arbitrary object"
>>>> 
>>>> JM
>>>> 
>>>> --
>>>> http://sequiturquodlibet.googlepages.com/
>>>> ___
>>>> Logica-l mailing list
>>>> Logica-l@dimap.ufrn.br
>>>> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l
>>> 
>>> ___
>>> Logica-l mailing list
>>> Logica-l@dimap.ufrn.br
>>> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l
>>> 
>> 
>> 
>> 
>> --
>> Valeria de Paiva
>> http://www.cs.bham.ac.uk/~vdp/
>> http://valeriadepaiva.org/www/
>> 
> ___
> Logica-l mailing list
> Logica-l@dimap.ufrn.br
> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l

___
Logica-l mailing list
Logica-l@dimap.ufrn.br
http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l


Re: [Logica-l] A logica com fisica do objeto qualquer

2011-10-08 Por tôpico Decio Krause
> "Logic as the physics of the arbitrary any object  whatever"

Fica melhor e mais de acordo com o modo como via de regra traduzem a célebre 
frase de Gonseth.
Agora pergunto: o que acham dela?
D.

____
Decio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause

"He [God] will never choose among indiscernibles"
(G.W.Leibniz)






Em 08/10/2011, às 10:19, Joao Marcos escreveu:

>> Ferdinand Gonseth é famoso para o artigo:
>> "La logique en tant que physique de l'objet quelconque"
>> Facil de traduzir em portuges:
>> "A logica com fisica do objeto qualquer"
>> Um colega esta me preguntando com traduzir isso em ingles,
>> alguem tem uma boa suggestao?
> 
> "Logic as the physics of the arbitrary object"
> 
> JM
> 
> -- 
> http://sequiturquodlibet.googlepages.com/
> ___
> Logica-l mailing list
> Logica-l@dimap.ufrn.br
> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l

___
Logica-l mailing list
Logica-l@dimap.ufrn.br
http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l


Re: [Logica-l] Livros eletrônicos publicados pelo CNPq

2011-10-06 Por tôpico Decio Krause
Pessoal
Acho que o que estão argumentando com relação ao CNPq e sua oferta está para lá 
de certo. No entanto, a iniciativa seria boa se a coisa fosse organizada, como 
com eles fornecendo ISBN, pedindo pareceres, "assinando", etc. pois poderíamos 
dispor de um lugar crível para livros online que seriam de boa qualidade. Não 
seria melhor pedir que arrumassem isso decentemente? Acham viável?
Abraço
D.
________
Decio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause

"He [God] will never choose among indiscernibles"
(G.W.Leibniz)






Em 06/10/2011, às 17:09, Francisco Antonio Doria escreveu:

> Na Lulu.com, o ISBN é de graça.
> 
> 2011/10/6 Joao Marcos 
> 
>>> Sim, João, é absurdo ceder os direitos ao CNPq (assim como o é ceder para
>> as
>>> revistas pagas).
>> 
>> Como é natural, as revistas (pagas ou não) e as editoras oferecem algo
>> em troca da concessão temporária de parte dos direitos do autor.  O
>> CNPq parece que não, não oferece absolutamente nada.  Nenhum *serviço*
>> é de fato oferecido: a distribuição da obra na internet na página do
>> CNPq é desnecessária, a revisão por pares inexiste, o prestígio do
>> CNPq como editora não foi sequer cogitado --- o CNPq sequer "assina"
>> as obras ali disponibilizadas.
>> 
>> Qualquer um pode providenciar um ISBN para a sua obra ---e notem que
>> nem isso é oferecido pelo CNPq!--- junto à Biblioteca Nacional por R$
>> 12.  Tal como está, a "inovativa" iniciativa do CNPq terá vida breve.
>> 
>> JM
>> 
>> --
>> http://sequiturquodlibet.googlepages.com/
>> ___
>> Logica-l mailing list
>> Logica-l@dimap.ufrn.br
>> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l
>> 
> 
> 
> 
> -- 
> fad
> 
> ahhata alati, awienta Wilushati
> ___
> Logica-l mailing list
> Logica-l@dimap.ufrn.br
> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l

___
Logica-l mailing list
Logica-l@dimap.ufrn.br
http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l


Re: [Logica-l] Nelson, etc

2011-10-01 Por tôpico Decio Krause
Doria,o que você quer dizer com isso?
Abraço,
D.


Decio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause

"He [God] will never choose among indiscernibles"
(G.W.Leibniz)






Em 01/10/2011, às 10:57, Francisco Antonio Doria escreveu:

> Pois é, Claus...
> 
> Nada a acrescentar ao que vc diz. E, num resumo: ZF não serve para descrever
> nem mesmo a matemática mainstream.
> 
> 2011/10/1 Claus Akira Horodynski Matsushigue 
> 
>> 
>> 
>> Grande Dória
>> 
>> É isso que falo desde meu doutorado
>> 
>> É isso aí!  Perfeito!
>> 
>> Desse modo, simplesmente não tem nem sentido
>> dizer que alguns problemas/afirmações são ou não
>> independentes a qualquer sistema formal, pois eles
>> nem podem ser bem expressos nele (portanto menos
>> ainda serem resolvidos neles).
>> 
>> O duro é o povo entender isso!
>> 
>> A questão então é que a "Matemática" se dividiria
>> em "duas", a dos sistemas usuais, onde é feita TODA
>> Matemática dita ordinária (=Matemática-Fundamentos),
>> e uma Matemática finitária, onde seria tratada a
>> Teoria da Computação.  Porém, há aí dois problemas:
>> a Teoria da Computação não estaria embasada em
>> nenhum sistema formal (ou seja, não há fundamentos
>> para ela) e passaria a existir um abismo entre todas as
>> teorias usuais (não de Fundamentos!) e a Teoria da
>> Computação.
>> 
>> Um grande abraço a todos, Claus
>> 
>> 
>> 
>> 
>> 2011/10/1 Francisco Antonio Doria 
>> 
>>> Muitos dos problemas que têm sido assinalados nessa discussão sobre
>>> Nelson
>>> resultam de um fato simples: sistemas axiomáticos como os usuais
>>> (consistentes, incluem bastante aritmética, possuem um conjunto r.e. de
>>> teoremas, têm por linguagem a lógica clássica) não se prestam à teoria da
>>> computação: muitos fatos simples e intuitivamente claros resultam, na
>>> versão
>>> formal, em sentenças indecidíveis. Me parece que a teoria da computação
>>> exige algum tipo de regra infinitária na sua axiomatização, se desejarmos
>>> que nossas intuições a respeito se reflitam em teoremas da teoria.
>>> 
>>> --
>>> fad
>>> 
>>> ahhata alati, awienta Wilushati
>>> ___
>>> Logica-l mailing list
>>> Logica-l@dimap.ufrn.br
>>> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l
>>> 
>>> 
>> 
> 
> 
> -- 
> fad
> 
> ahhata alati, awienta Wilushati
> ___
> Logica-l mailing list
> Logica-l@dimap.ufrn.br
> http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l

___
Logica-l mailing list
Logica-l@dimap.ufrn.br
http://www.dimap.ufrn.br/cgi-bin/mailman/listinfo/logica-l


Re: [Logica-l] Pseudoscience

2011-09-17 Por tôpico Decio Krause
Caro Manuel (e lista)
Eu não quero de fato entrar na discussão, mas do que li sempre acho suas 
opiniões sensatas e bem fundamentadas. Simplificando,  a discussão sobre o que 
é ciência, a delimitação entre ciência e pseudo-ciência ou o que quer que 
chamem, é sempre tênue, e muda com o tempo. Basta recordar, por exemplo, que no 
primeiro livro de história da matemática, do século XVII, de Montucla, a 
astrologia era parte da matemática... Isso é assim mesmo, e talvez seja o que 
faz a coisa ser bacana. Hoje, ciência empírica (seja lá o que for isso) parece 
requerer comprovação empírica, mas o que dizer de cordas, membranas, do que 
acontece "dentro"dos buracos negros, dos multiversos? Isso não é ciência? Claro 
que estou sendo óbvio e exemplos abundam (como diria o Millôr, que língua, a 
nossa!). Somente acho que usar ainda hoje critérios de falseasionismo, por 
exemplo, quando não se sabe muito bem o que seja isso (proponho, gurizada: 
tentem dar uma definição precisa de falseasismo), é perda de tempo. Popper é 
excelente de ler, tem coisas úteis e belas, mas no geral é história. Exceto 
talvez o nosso amigo David Miller, que se estiver lendo isso pode contestar, 
ninguém mais é popperiano radical. Ou há alguém que seja?
Ademais, concordo plenamente com você em que as coisas "estranhas" devem ser 
investigadas, mas com cautela; lembro haver lido, há muitos anos, na Notices da 
AMS, um matemático defendendo e pedindo que o congresso americano não 
restringisse por lei a destinação de verbas para projetos considerados meio 
malucos, porque, segundo ele, a maioria é de fato coisa de doido, mas de 
repente sai algo genial; não dá para saber, e assim o corte não poderia ser 
radical, atendendo somente as coisas do mainstream. Acho que não podemos dizer 
o que seja a ciência, mas podemos nos acercar com sensatez (mas isso é bastante 
subjetivo) do que seja atividade científica: astrologia, cursos de mecânica 
quântica para se achar parceiros (pensam que estou brincando? posso provar!) 
etc são  charlatanismo, mas mesmo assim é difícil julgar. Quem sabe? 
Chega.
Abraço,
Décio
________
Decio Krause
Departamento de Filosofia
Universidade Federal de Santa Catarina
88040-940 Florianópolis, SC -- Brasil
deciokrause[at]gmail.com
www.cfh.ufsc.br/~dkrause

"He [God] will never choose among indiscernibles"
(G.W.Leibniz)






Em 16/09/2011, às 20:56, Manuel Doria escreveu:

> Prezado Professor Krause,
> 
> Primeiramente, de minha parte não estou interessado em "ir ao tapa" com 
> ninguém e também estou longe de estar inteirado em scholarship de Popper. 
> Julgo que toda a agressividade que se aflorou na discussão foi fruto de algum 
> mal-entendido.
> 
> Tenho entretanto algo a comentar a respeito de "teorias estranhas" com algum 
> aval de legitimidade científica (multiversos, psicologia ecológica 
> gibsoniana, inteligência artificial forte) em contraponto a "teorias 
> estranhas" que não são legítimas cientificamente (crop circles feitos por 
> alienígenas, antropologia mórmon e gnomos jardineiros)
> 
> Os dois grupos se assemelham por agrupar inúmeras hipóteses 
> contra-intuitivas. As do primeiro grupo, entretanto, podem diferir das do 
> segundo de várias formas, como exemplo:
> 
> - Metodologias de pesquisa que buscam consiliência com o estado da arte 
> consolidado pelas ciências periféricas (há teorias de multiversos que possuem 
> gênese em tentativas de unificação da mecânica quântica com relatividade 
> geral)
> 
> - Inovação tecnológica (a robótica inspirada na ecologia psicológica dos 
> Gibsonianos está fazendo robôs de comportamento fluido e adaptativo muito 
> interessantes)
> 
> - Seus proponentes tendem a ter mais expertise em suas respectivas áreas. 
> Muitos cranks em cosmologia não possuem background em física. Muitos cranks 
> em evolução biológica não possuem background em biologia. Isso pode ser uma 
> virtude (John Maynard Smith e Sir Ronald Fischer, dois dos maiores biólogos 
> teóricos, formalizaram a matemática da genética de populações tendo 
> backgrounds iniciais em engenharia e matemática/estatística), mas quase 
> sempre não é
> 
> - Superioridade heurística (M-theory é extremamente estranha, mas repetindo o 
> bordão de Michio Kaku, acrescente mais dimensões e as contas ficam mais 
> fáceis e com soluções mais elegantes)
> 
> - Extensões de nossa ontologia justificadas/previstas teoricamente por outras 
> disciplinas (ao passo que a existência de uma filogenia que desembocou em 
> gnomos passou despercebida pela biogeografia e pelo registro fóssil)
> 
> - Maior neutralidade ideológica. Cranks quase sempre estão acusando a 
> existência de uma ditadura ideológica que os impede de serem reconhecidos, 
> uma conspiração de proporç

  1   2   3   >